Staring At The Sun

Raikk escutava com atenção as palavras de Klaus, nem percebeu que sua feição mudou um pouco quando falou de Celurean. Quando o rapaz falou dos ovos de Pokémon, Raikk reparou na Kangaskhan segurando os ovos. Ele deu um passo para querer pegar um dos ovos, pois nunca viu um, mas ficou receoso, então retornou o passo.
- Nossa, que incrível, nunca vi um. Quais pokémon são? você sabe?
Depois de perguntar, ele olhou novamente para a Kangaskhan e os ovos, depois respondia a pergunta.
- Sinceramente? Não sei, estava pensando em treinar dessa vez, quem sabe me preparar um pouco para a próxima fase. Mas se eu pegar alguém igual a você, é derrota certa. Ele ria, tentava descontrair um pouco, mas afinal, ele só falou a verdade quando elogiou seu oponente de mais cedo.

Raikk percebeu que Klaus não era um treinador como ele, e sim um criador Pokémon, era o primeiro que ele conhecia. Se abaixou para ver mais de perto os três ovos e ficou tão admirado com a explicação do rapaz, notou o quão inexperiente ele ainda era, ele gostava de receber tanta informação, sempre poderia extrair coisas boas disso.
- Incrível, sério, incrível. Agora fiquei bem curioso de saber quais serão esses dois Pokémon que estão para nascer. - Dizia após se levantar.
Voltou a dar total atenção ao rapaz que o derrotou mais cedo, e mesmo com as explicações dele, ele não sabia se ele era ingênuo, sarcástico ou humilde.
- Não sei sua luta anterior, mas contra mim, não foi sorte, foi eficiência.
Abriu mais um sorriso, queria mostrar que era passado, que não estava chateado por ter perdido, queria deixar o rapaz a vontade sobre isso, era um assunto passado.
Então algo aconteceu, Klaus ofereceu ajuda à Raikk, ajudaria com técnicas para seus Pokémon, sem dúvidas isso o ajudaria, deixaria seus amigos mais preparados para desafios futuros.
- Claro, eu iria adorar! - Dizia repetindo o movimento de Klaus, abria sua mochila mostrando seus mini discos. - Tenho esses também, pode ficar a vontade se quiser algum. Falava enquanto mostrava para o criador seus TM's.

Raikk era totalmente diferente de Klaus, o criador deixava seus pokémon sempre livres, andando, talvez isso seria algo que ele devesse fazer também, talvez aproximaria sua relação com seus pokémon, aliás, era a dúvida que ele iria tirar em breve, após responder a outra dúvida que Klaus tinha.
- Isso! É o Giro Ball uma técnica muito boa. - Respondendo a dúvida, ele olhava os mini discos do criador e ficava meio sem graça em escolher. - Bom, eu vou querer esses cinco. Acho que vou fortalecer eles demais.
Depois disso, Raikk liberava alguns dos seus Pokémon. Butterfree, Pikachu, Stantler e Charmeleon. - Ensinarei algumas técnicas para eles.
Aproveitando que seus pokémon estavam fora da pokébola, Raikk foi enfim tirar sua dúvida.
- Você criador, com certeza entende melhor, por qual motivo deixa todos seus pokémon andando com você? É por causa que está chocando esses ovos ou você realmente anda com eles ao seu lado? Dizia isso após ouvir a questão de como tem que ser cuidado quando um pokémon nasce.

Ouviu mais uma vez com atenção tudo que Klaus falava, cada vez mais conhecia os Pokémon de uma maneira geral. Quando explicou sobre os que gostam e os que não gostam de ficar na Pokebola, logo se lembrou de seu Mankey que odiava ficar dentro da esfera, só aprendeu a ficar dentro depois de muito tempo.
Quando o criador perguntou o motivo de Raikk não deixa-los fora, ele se lembrou dos incidentes que aconteceram. Quando roubaram alguns pokémon em Veridian Florest, quando um amigo faleceu em Pewter City e ganhou seu Pikachu. Lembrou-se que o mundo é um lugar frio e cruel.
- Eu tenho medo... o mundo é um lugar imprevisível, rodeado de pessoas com más intenções. Eu prefiro deixa-los guardados em meu bolso, onde é seguro. Mas as vezes me sinto solitário, comecei minha jornada com meu melhor amigo, amigos de infância, mas nos separamos bem cedo, desde então viajo sozinho, é um pouco triste, mas prefiro me sentir sozinho, do que algo acontecesse com meus pokémon. - Seu tom de voz era diferente do normal, falava abertamente como se conhecesse Klaus por muito tempo. Mas logo após a explicação, o tom mudou novamente, dessa vez de uma forma mais carismática, fazia um carinho na cabeça da sua Butterfree que logo voou e pousou em seu ombro.
- Bom, eu espero me fortalecer nesse pequeno intervalo para a próxima fase e fazer bonito. Já decidi quais movimentos irei ensinar para eles. - Dizia mais uma vez pegando sua agenda eletrônica e em seguida enfileirava seus monstrinhos.

E pela primeira vez Raikk via o nascimento de algum pokémon, e nasceu dois logo de uma vez. foi uma cena incrível, quase se emocionou o treinador quando viu.
- Nossa, incrível, sem dúvidas. Vai por um nome neles?
Perguntou enquanto ficava numa certa distância olhando para a pequena zebra e a Ave. Tinha parado o início do treinamento dos novos movimentos de seus Pokémon para ver o nascimento.