6- Aztlán City

Como um relógio biológico, o roncar de estômago de Ryan já anunciava, estavam próximos da hora do almoço. Com esperanças de encontrar algum restaurante de comida natural tranquilo, vazio e com bom atendimento, marchou rápido em direção a rua que outrora estava vindo; se fosse para aquela pracinha enorme de novo, certamente acharia um local ideal. Andou pela estrada entusiasmado, quanto tempo não comia algo caseiro? Já que tinha tempo, procurar algo que o agradasse não seria um problema, não é mesmo?

Para a sorte do treinador, não precisou andar muito para sentir o primeiro vestígio de comida gostosa: um cheiro único vinha da rua lateral; era sem dúvidas comida caseira. O clichê feijão com arroz cheirava forte, de vez em quando sentia o sabor da moqueca entrando pelo nariz, enchendo os pulmões, a lasanha de forno também surgia no cardápio e, a carne de churrasco, mesmo que com fraco aroma, dava água na boca de qualquer um que passasse ali. Sem dúvida algumas, entrar naquela rua significaria inúmeras opções, já que tudo isso estava vindo de lá.

Escolher ir por ali significaria desviar do centro que, por um lado, é ótimo, as ruas laterais tinham um fluxo de pessoas quase nulo, mas em contrapartida, também significaria tardar o conhecimento sobre a cidade, mas quem liga, não é mesmo? Comida gostosa é comida gostosa, independente de onde e quando, é complicado resistir. Além do que, o garoto tinha tempo sobrando por enquanto, ainda era cedo e não gastara nada de sua tarde procurando sem encontrar.

OFF: Aaah, mesmo assim desculpa, odeio fazer isso, me sinto culpada e desatenta ç.ç

Entrando na rua lateral, o menino marchou até a origem do cheiro e descobriu um restaurante extremamente novo no local, sua arquitetura não tinha nenhum arranhão e sua construção cheirava a nova. Resolveu então entrar, empurrando a porta que dizia um clichê "empurre" e, por sorte, deu de cara com um ambiente temático muito raro na região, um recinto roceiro.

Composto por um estande de queijos, vinhos e cachaça, mesas de madeira quadradas e bancos no mesmo estilo, lampiões puramente decorativo e atendentes em vestidos costurados a mãos, o cenário era completamente rural, e Ryan, como esperado, sentira um gostinho de nostalgia que qualquer um sentiria. Andou até uma mesa ventilada e ali ficou, esperou se atendido e gentilmente pediu o prato mais quente que, por sorte, era o recém fervido angu com acompanhamentos a escolha. Comeu a comida com tempero especial, além da fome, é claro, que já fazia o gosto daquela polenta ser muito melhor, tinha um segundo gosto que tornava o prato completamente perfeito; a saudade.

Após limpar o prato, sem nenhuma culpa na consciência, o menino esperou alguns minutos para pedir a conta, resolveu observar um pouco o movimento, colocando o braço para fora da janela e caçando o bonito aos olhos. Ficou assim por algum tempo, até que finalmente achou algo que o chamou atenção, mas que estranhamente sumiu no ar: uma mancha escura no céu, rodeado pelo mais brilhoso ouro. Mas o que diabos fora aquilo? Piscou algumas vezes tentando não ser enganado por seus olhos e, na última piscadela, tivera uma surpresa ao abrir: o anel agora estava a sua frente, o engolindo sem nenhum pudor.

E sem nenhum aviso ou pedido de espera, Ryan foi carregado para um local preto, ficou ali preso no espaço tempo por alguns segundos, sem sequer conseguir respirar e, de repente, fora jogado em um cenário quase que idêntico ao lago que estava outrora, porém mais verde e sem ninguém.

OFF: Ok! ):

O local era realmente muito parecido com a paisagem de treino anterior, bastante calma e verde, e tendo um lago centralizado totalmente iluminado pela luz da manhã, será que voltara no tempo? É uma opção, meio improvável mas é uma opção, a verdade é que nem sequer a narradora (nada anônima) poderia explicar o que diabos tinha acontecido, o máximo que ela poderia dizer é que Ryan não era o único que estava sendo sugado para dentro de anéis, se tivesse lido jornais anteriormente, veria que muitos outros passaram pela experiência e voltaram são e salvos; o treinador não sabia, mas podia andar por ali despreocupado.

Procurou receoso pelas suas pokebolas e nada achou, aparentemente haviam zerado e não lembrara de comprar antes. Que triste, explorar um lugar novo sem pokebolas é algo bem ruim, nunca se sabe o que pode aparecer; áreas e histórias deveriam ser sempre desbravadas em conjunto com essas esferas aprisionadoras, para um treinador de bem, esse era um item essencial. Já descontente com a verificação de quantas pokebolas tinha, Ryan decidira tomar seu rumo mesmo assim, ainda que não explorasse cada canto e aproveitasse cada espécie, descobrir do que aquilo tudo se tratava era um desafio interessante. Deu o primeiro passo para frente e, de baixa guarda, foi atingido de leve nas costas, algo viera de trás e sem muita velocidade acertara, caso olhasse para trás e procurasse o que lhe atingiu, era um objeto esférico de cor branca e vermelha, que serviria como uma luva. Parece que além de jogá-lo em uma nova dimensão, deus decidiu dar um pequeno presente ao treinador, agora podia, sem pudor, desejar tirar algum proveito da situação.

OFF: Opa, problema resolvido.............. Q

A veracidade da pokebola fora assegurada, aquilo realmente serviria para capturar uma pokemon. Ryan então, receoso com o milagre que acabara de viver, olhou em volta e perguntou se alguém estava ali. Não ganhara nenhum aval. Sendo assim, o treinador ganhara novas opções do que fazer, como explorar verdadeiramente o local, caçar alguma outra pessoa ou ainda manter-se na linha de raciocínio anterior, descobrir o que aconteceu. Ou ainda fazer os três ao mesmo tempo, porque não?

OFF: Desculpa o post meh ): Expliquei na MP, mas vou deixar aqui também minha explicação; to com tendinite atacada pela 23812908x na vida, ai como n to em casa, postar do celular doi mmtmttmtmtmt o braço, to evitando usar ele =/

Mesmo que negasse a possibilidade de estar sozinho, a cada passo que dava, Ryan tinha mais dúvidas sobre isso. Não encontrara ninguém, poderia continuar e dar a volta no lago, completa, uma segunda vez, mas será que isso mudaria o resultado? Andou durando minutos, que quase se transformaram em hora, e nenhum sinal humano ou pokemon.

Quietude e serenidade definiam aquele lugar, o vento delicado, a constante sensação de calma, o sol manso, isso tudo convidava Dinho a sentar e relaxar um pouco, talvez dormir. Infelizmente ele pode estar certo; não há nada ali, até porque, o único lugar que ele ainda não olhou fora o lago que, tão igual a terra, parecia manso e imaculado. Julgando apenas pela sua extensa superfície, claro.