Fake Plastic Trees

Toda a admiração demonstrada por Raikk era algo que a Water/Fairy realmente merecia, afinal, vencer o psíquico da forma que ela havia o feito, era uma situação que deveria ser devidamente honrada. Entretanto, O Skydragon sabia que não poderia perder mais tempo, já que, Britney, mesmo com sua digna atitude para com seu parceiro, tinha que ser julgada por seus atos, uma vez que a forma com que ela conduzia a vida, não era nenhum pouco condizente com o certo.

Só que, antes mesmo que Rotom e Donkey pudessem cumprir as ordens recebidas, Paul, que parecia ter acompanhado todo o desenrolar daquela situação, e visivelmente agindo pela surdina, já estava na companhia de mais um de seus pokémons. Mas, no fim, não era uma batalha com o comandado pela golpista queria, pois, sem pensar duas vezes, ele logo gritou a seu Houndoom, o parceiro citado, para usar o Smokescreen contra o treinador e os pokémons em sua companhia.


Deste modo, enquanto todos tentavam lidar com a fumaça que limitava a respiração, podia se ouvir alguns passos que eram dados nas proximdades. E, tais passos, acabaram por serem seguidos pelo inesperado ligar da máquina voadora, o que indicava que a dupla de ajudantes tinha aproveitado a batalha de sua chefe para finalizar os consertos do transporte. Com isso, a fumaça veio a se dissipar graças a velocidade das hélices das turbinas, fato que permitiu a todo o grupo liderado por Raikk ver pela ultima vez Britney, que, sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento, falou ao treinador:

- Curta sua vitória! Só não ache que não voltarei a te encontrar. Britney Dakota nunca esquece suas pendências...

Ao final daquele discurso, a comporta da nave se fechou e ela cortou os céus da rota 111. Agora, mesmo com aquela vitória, que poderia até ter um gosto amargo, restava saber o que Raikk faria a partir daquele momento, pois, querendo ou não, ele ainda tinha uma espécie de divida com a Water/Fairy, divida esta que ele mesmo fazia questão de pagar.

Por algum motivo, Raikk Skydragon parecia sentir que aquela não seria a última vez que ele se encontraria com a bandida que se distanciava, fato que justificava a vontade do rapaz de ficar ainda mais forte para reverter qualquer problema que a garota viesse a criar. Afinal, independente de como cada um tivesse tocado sua vida, era nítido que, depois de que tudo que ambos viveram naquela rota, uma ardente rivalidade havia surgido, e, isso, certamente acompanharia ambos os jovens pelos caminhos que ambos traçariam daquele momento em diante.

Contudo, sabendo que precisaria deixar todo aquela situação no passado, uma vez que seu lado havia saído, pelo menos daquela ocasião, como o vencedor, Raikk resolveu focar no presente. Assim, acreditando que o melhor para seu time, e inclusive para selvagem, seria mesmo uma passada por um centro pokémon, o treinador resolveu reafirmar o convite feito a Water/Fairy.

De uma forma até curiosa, já que Raikk parecia entender perfeitamente o que Azumarill gesticulava enquanto pronunciava seu nome, ficou nítido para o jovem quais eram as reais intenções da pokémon. Ela estava determinada a voltar para o santuário que ela protegia em busca de tranquilizar seus amigos, e, depois, confiando na promessa feita pelo Skydragon, pelo menos era o que ela esperava, eles trabalhariam em conjunto para esconder a entrada do local.

Com isso, firmando seus olhos no olhar do rapaz, como se estivesse fechando o acordo de o esperar no santuário, a pokémon shiny seguiu sua decisão dando espaço para que Raikk enfim partir para o centro pokémon mais próximo. Que, pelas placas escondidas em meio as rochas daquele ecossistema, não estaria lá tão longe...

Ao ver o trabalho sendo feito por Azumarill e seus protegidos, Raikk, procurando ser o mais simpático possível, tratou de deixar sua opinião sobre o que poderia vir a acontecer ao lugar, afinal, independentemente de todo o trabalho, o esconderijo da pokémon poderia ser facilmente redescoberto caso Britney tentasse um novo ataque contra o local. E, isso, no fim, levaria a baixo todo o trabalho desenvolvido pelo grupo de criaturas selvagens que, visivelmente, acreditavam que só apenas trabalhar daquela forma seria apenas o bastante.

No entanto, mesmo com todas aquelas importantes considerações ditas pelo rapaz, e todas as outras que poderiam ser vislumbradas, Azumarill, com um singelo sorriso, deixou por alguns segundos seus afazeres para, com um pequeno movimento, chamar a atenção de dois pequenos pokémons, que podiam até lembrar ursos de pelúcia, que rapidamente seguiram de encontro a Water/Fairy. Quando estavam a poucos metros do treinador, e muito próximo da líder do santuário, eles, ao escutarem as instruções dela, usaram seus poderes para criar um espécie de miragem sobre todo lugar aberto.


Então, com um leve novo sorriso, o que parecia indicar que Azumarill tinha completo controle sobre as situações, a pokémon, apontando para as pokébolas do treinador, indicou para que o jovem libertasse suas criaturas. Assim, além de mais ajuda para completar a barreira física, os pokémons do treinador poderia curtir o aconchegante clima daquele lugar.