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Caindo de joelhos, Vincent não acreditou que conseguiu. A parabenização de Dilan, claro, veio antes de sua queda. A ficha não havia caído. Todo o treino da sua vida até então tinha sido aplicado, e por mais que já tivesse ganho batalhas antes, fazê-lo com seus próprios pokémons era, no mínimo, regozijante. Ele olhou para seus pokémons, saindo totalmente do personagem que havia encarnado em meio a luta, e lhes mandou um "joinha", enquanto esboçava um de seus raros sorrisos sinceros. Gaspar deu um largo suspiro e se jogou no chão com o intuito de descansar; frustrado, contudo, por Vigne, que o agarrou com suas videiras e correu para o treinador, abraçando-o.
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Isso, pessoal, é uma estreia! -- ele abraçou Vigne de volta, e descansou a cabeça em cima da de Gaspar, que estava emaranhado dentre as vinhas da pokémon de Grass. --
Vocês são demais!→Após aquela cena, ele se levantou. Se recompôs enquanto via Dennis vindo em sua direção. Desconfiado, retornou seus pokémon para a pokébola. Ele não sabia o que esperar de alguém que perdeu, pois, no geral, Vincent não confia assim nas pessoas. Ele cochichou para as pokébolas um preocupado e sincero "Descansem, vocês merecem" e as guardou. Trataria de levá-los de volta ao Centro assim que aquela cena toda terminasse. Quando Dennis parou de andar, o ruivo se surpreendeu com a amistosidade e maturidade do jovem, até se arrependendo um pouco de sua desconfiança. Mas, sem abaixar a guarda, Vincent prosseguiu com a conversa:
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Obrigado! Vocês também. Cara, por um segundo pensei que o Litleo ia acabar com os meus esquemas! -- ele riu, descontraído. Escutou então a proposta do rapaz, algo sobre pokémons elétricos. Parecia interessante... Nunca havia usado um, embora já tivesse sido posto à prova contra um antes. Pensou um pouco e respondeu. --
Parece uma boa. Digo, planejava seguir para Mauville, mas não tenho data para ir. Encontro vocês no saguão amanhã?
→Vincent então se tocou do que estava acontecendo. Ele tinha conseguido... amigos? Com essas baixíssimas
social skills que ele tem? Digo, Vincent possuía sim amigos já, poucos, mas os tinha. Embora não saiba o paradeiro de muitos depois da tragédia de Indigo... Então, ficou ansioso. O que fazer? Como ele poderia lidar com aquela situação? E, nossa! Ele tem de curar seus pokémons, não é? Havia esquecido! Coitado de Gaspar, que mal se aguentava mais de pé. O rapaz então falou:
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Vamos andando para dentro do Centro enquanto falamos, sim? -- o rapaz começou a andar em passos curtos, esperando que o outro lhe acompanhasse. --
Me passa o teu contato e o de Dilan, assim facilita a comunicação. E qual é a dessa situação dos pokémons elétricos?
→Acalmando-se, o rapaz voltou a si. Situações inusitadas não são com ele, e ele não era fácil de conquistar a amizade assim. Embora ele pudesse sim tirar proveito da situação atual: capturar um pokémon forte, conseguir rivais para lhe ajudar no crescimento como treinador, coisas assim. Era um
win-win, então resolveu entrar no jogo.