Continue : Vongole

Off: Não irei para a faculdade hoje a noite, então... Terei tempo para narrá-lo durante a noite, depois das 6 da tarde, mais especificamente, que é quando devo estar chegando em casa do estágio. Kkkkkkkk. ^^ Teria apenas aula de Direito Empresarial hoje... Mas, como já consegui nota o suficiente para passar, é minha melhor matéria, e já estou de saco cheio de faculdade, não vou. Kkkkkkkkkk

Alias... Obrigado então por estar gostando. Kkkkkkkkk

- Oi. - Dizia o homem que aparentava não estar com muito mais de 30 anos. Sua voz era grave, grossa, apesar de não haver muita emoção em sua voz naquele momento, sequer lançara um olhar ao rapaz, uma vez que seus olhos ainda recaíam-se sobre a criatura com a cabeça apoiada em seu colo, Apple. Trajava-se com uma regata preta, presa por dentro de sua calça, também preta, deixando a mostra a cinta que a segurava, e em seus pés, confortáveis sapatos avermelhados. Suas mãos, eram cobertas por uma grossa luva cor de musgo, um pouco mais puxada para um marrom, e preso às pontas dos dedos, uma pequena frutinha, de coloração meio rosada. Sem dizer qualquer palavra à V o homem abaixou-se ao lado do rapaz, e com uma expressão preocupada em sua face, esticou sua mão até a face de Ponyta, acariciando-a. - Tudo bem... Tudo bem... - Emitia ele, como se já fosse acostumado com aquele tipo de situação. Então, ele também aproximou à Apple, sua outra mão, a que segurava a frutinha, e com sua mão bem à frente de sua boca, voltou a liberar mais algumas palavras. - Coma isso. Lhe fará bem...

Apple pareceu um pouco relutante de imediato, encarando a figura do homem por alguns instantes, mas não tardou a mastigar então a fruta que o homem lhe oferecera. Era uma Pecha Berry. - Isso, agora... Como seu treinador já deve ter lhe dito... Descanse. - Ao dizer treinador, esta fora a primeira vez em que V encontrara o homem a lhe observar. Aos poucos, as manchas de Apple começavam a desaparecer, voltando à sua coloração natural, seu organismo enfim estava expulsando o veneno de sua corrente sanguínea, e era evidente que aquela fruta tinha participação nisso. Uma vez notando que a equina parecia demonstrar sinais de melhora em seu estado, apesar de ainda apresentar a tal inconstância em suas chamas, o homem então se levantava.

- Não deveria ter permitido que ela chegasse àquele ponto... - Dizia o homem enfim, tentando não parecer rude, mas deixando solto em sua fale alguma certa repreensão. Era evidente também que não se referia ao envenenamento, sim ao fato da equina ter ficado temporariamente fora de controle - Foi muito para ela... Sabe, vejo que ela ainda não teve muita experiência em batalhas. - Revirou seu olhar por um instante para Apple, mas logo voltou ao rapaz. - Assim como você. Mas enfim... Foi muita energia para seu corpo, mais do que pudesse suportar, e então entrou em colapso. - Seu olhar recaía brevemente para as mãos feridas do rapaz. - Agora... Isso deve estar doendo. - Apontava para os ferimentos. - Venha, vamos até minha cabana, lá poderei tratá-lo. - Lançava então mais um breve olhar para Ponyta. - Não se preocupe... Ponyta deve ficar e descansar. Minha cabana é logo após aquelas árvores. - apontava à alguma aglomeração de arvores que escondiam uma pequena cabana de madeira a alguns metros dali. - Tropius... Tropius deve cuidar dele. - Ao erguer seu olhar, o rapaz esticava sua mão ao céu, que até então revelava apenas o céu daquele fim de tarde. Em instantes depois, uma figura então surgiu ao céu, com seu grande corpo marrom, pescoço cumprido e coberto de folhas. Era o tal Tropius. Voava imponente pelo céu,


- E então... Vamos? - Perguntava o homem uma vez mais.

- Não há necessidade de me chamar de Senhor, Rapaz. - Emitira o homem, com um sorriso em sua face, encarando o rapaz por alguns instantes enquanto, juntos, caminhavam na direção da pequena cabana apontada a pouco pelo homem. - E também não me deve nada, Jack, novato. - A este ponto, já não havia mais um tom de voz tão forte quanto a pouco, parecia aos poucos mais tranquilo, até mesmo sentindo-se livre o suficiente para fazer uma breve brincadeira de chamá-lo de novato. - Meu nome é James. E não, não sou um Criador. Sou apenas um cara que prefere morar por aqui à morar na cidade. O ar do campo sempre me agradou mais. - Terminava ele, com um sorriso formado por seus finos lábios. Realmente não era um lugar tão distante de onde haviam deixado Ponyta, de forma que não se passara muito tempo até que enfim alcançassem a mesma. Era feita de madeira, e tinha uma aparência mais rústica, não havia sinais de pintura, apenas uma camada de verniz que já aparentava um tanto gasta, muito provavelmente à influência de dias sendo golpeada pelo intenso e luminoso sol, e outros dias sofrendo com pesadas pancadas de chuva. As janelas estavam um tanto embaçadas, mas ainda assim permitiam a visão de finas cortinas brancas em seu interior, todas fechadas. Ao chegar à frente da porta, o homem esfregou seus pés em um surrado tapete avermelhado, e ao enfiar a mão no bolso de sua calça, retirou um molho de chaves, chacoalhou-o por alguns segundos em busca da chave correta, e logo enfiou uma na entrada da chave e a rodou, assim abrindo a porta.

Uma vez lá dentro o lugar aparentava muito mais aconchegante que sua vista do lado exterior. Parecia até mesmo bem cuidada para a cabana de um homem que morava em meio à uma rota. O sofá, decididamente não era tão moderno, mas ainda assim, seu tecido vermelho parecia combinar perfeitamente com o piso amadeirado e a aparência mais rústica do lugar. - Sente-se, sente-se, já volto. - Emitia o homem, apontando para o sofá, em seguida desaparecendo em um cômodo qualquer. Ao voltar, entretanto, voltara com uma caixa branca, um pouco amarelada, mas ainda assim era evidente que outrora fora branca. Sentou-se em uma mesinha de madeira, um tanto baixa demais, em frente ao rapaz, e depositou a caixa ao seu lado. Desta forma, do interior da caixa, o homem retirara uma garrafa de vidro, com algum tipo de líquido incolor, o chacoalhou por alguns instantes e com uma espécie de careta fitou o rapaz. - É bom se preparar... Isso deve doer. - E ao abrir sua mão, deixara evidente que pedira as mãos do rapaz. Bem... Se iria doer, isso é lógico, sim iria, mas, muito melhor doer agora do que deixar que inflamasse, estando em contato com todo o tipo de bactéria que poderia haver na rota... Como o rapaz então reagiria?

Off: Sorry, tava esperando a rota Especial, na verdade, o próximo post. Mas já vi que vai demorar. Kkkkkkkkkk Então, vim postar. ^^

Com as mãos do rapaz agora esticadas, e com as palmas para cima, o homem as pegava com sua própria mão livre, prendendo dos pulsos do rapaz junto, para que não se soltasse, talvez apertasse mais que o necessário, mas ainda assim, no final, era para uma boa atitude. - Bem, está ferido. Estaria sendo um tolo se não o ajudasse, então, não há o que agradecer. - Respondera o homem, sem muita enrolação, mas com um fino sorriso em sua face, mais uma vez revirando o líquido naquele frasquinho, analisando-o, sem olhar diretamente para a face do rapaz. Ouvira as últimas palavras do rapaz, "Eu provavelmente deveria ter sido mais cuidadoso... A quanto tempo você veio pra cá?", mas a isso nada respondeu, não agora. No momento seguinte... A única coisa que vinha à mente do rapaz era uma dor intensa, aquela coisa sendo despejada sobre sua pele em bolhas, parecia causar muita mais dor que o momento em que ferira as mesmas, no momento em que suas mãos tocaram as chamas de Ponyta. As mãos do rapaz continuavam presas pela mão grande e pesada do homem.

No momento seguinte, entretanto, com um pano úmido, pego também da caixinha, o homem colocou sobre a palma da mão do rapaz. Não o esfregou, para causar ainda mais ferimento, apenas secou o restante do líquido que agora pingava ao chão, algo a que o homem pouco se atentava, ou se preocupava. No momento seguinte, espremeu quase metade, algo um tanto exagerado, de um tubo de pomada, sobre a mão do rapaz, e com as pontas de seus dedos, o mais gentilmente que conseguira, espalhou a pomada pelas mãos do rapaz, que pela primeira vez depois da queimadura, sentira uma gostosa refrescância em sua mão. Feito isso, com uma faixa, enrolou as mãos do rapaz.

- Bem... Acho que isso já deve ser o suficiente... - Emitira o homem, com um olhar de aprovação ao trabalho que fizera com as mãos do rapaz. No momento seguinte, tampara a caixa e mais uma vez observava o rapaz. - Como se sente, rapaz? Melhor? - Um sorriso surgindo em sua face. - Alias... Não se sinta tão culpado com o que aconteceu. Apenas não deixe que ela repita. - Emitia o rapaz, agora sem aquele tom mais sério que dissera quase as mesmas palavras a pouco. - Estou aqui a algum tempo já. Desde que saí da casa de meus pais. - Enunciara por último ao rapaz. Se olhassem do outro lado da janela, poderiam ver Ponyta, ainda no chão, descansando, com o grande Tropius a seu lado, suas longas asas de folhas fazendo sombra sobre a figura da equina.

Off: De boas. ^^ Hoje é sábado, dá pra narrar bastante durante o dia. ^^

- Está tudo bem, rapaz. - Respondia o homem logo após um breve bocejo, um fino sorriso surgindo em sua face. - Pode me chamar de Senhor, se for mais prático pra você. - Erguendo seus braços o homem se espreguiçava, tudo até então parecia voltar à tranquilidade. V. então se virava à janela, para melhor observar sua pokémon, com quem evidentemente se preocupava, e não tardara em fazer mais perguntas, às quais o senhor não parecia fazer caso, simplesmente as respondia sem muito problema. - Vivia em Slateport. Sabe, a cidade com aquela grande praia ao sul, já deve ter ouvido falar, acredito. - Observava a silhueta do rapaz ainda virada para a janela. - É um belo lugar... Mas, ainda assim... Prefiro este. - E esticava seus braços, demonstrando a cabana, fazendo com que seu olhar percorresse todo o lugar.

Como já foi dito antes... Tudo parecia bem... Parecia normal... Mas, numa fração de segundos - a fração de segundos em que o jovem treinador esfregara os olhos com as palmas das mãos, perdendo assim a visão temporariamente do que acontecia a seu redor - tudo parecia se alterar. Pela janela, ao abrir os olhos, agora era possível ver Tropius voando na direção da cabana, evidentemente apressado e apavorado, de forma que a grande silhueta, que era o voador, tampava a visão de Ponyta, que não poderia ser vista em cena.

James, ao ver Tropius a alguns centímetros apenas da janela, correu para a mesma, abrindo-a imediatamente. - O que aconteceu, Tropius? Saia da frente. - Seu tom de voz era um tanto apressado, e já suspeitando ser algo com a equina de Jack, ordenou que ela saísse da frente para possibilitar a visão de Ponyta. Sem muita demora, e com um olhar perdido, Tropius então deu alguns passos para o lado, de forma que agora, tanto para Jack quanto para James era possível encarar Ponyta, ainda no mesmo lugar em que fora deixada, mas, algo parecia errado, algo voltara a dar errado. A equina se debatia. Suas chamas voltaram a se erguer, não parecia nada bem, voltara a se descontrolar. Sem muito protesto, o homem correu para a porta da casa, e dali saiu apressado, muito provavelmente acompanhado por Jack, que não deixaria sua parceira sofrer sozinha. Ao chegar até a equina, ofegante da corrida que tivera, tentara se aproximar desta, mas ela não mais permitia nenhum tipo de aproximação. - Ah não... Ela não está nada bem. - Sentenciara o homem, que agora recuara alguns passos. Tropius também voltava à cena, se aproximando de seu treinador, como se esperasse algum comando. James esfregava sua testa, na esperança de que alguma ideia lhe surgisse.

- Existe... Existem... Duas formas de fazer isso... - Emitira o homem enfim, um tom de preocupação em suas mãos. - Há uma erva... Há o boato de uma erva medicinal poderosa ao norte daqui... Se o boato for verdadeiro, tenho certeza que seria capaz de melhorar essa situação. - Realizava uma breve pausa, um pesado suspiro. - Mas, poderíamos perder muito tempo em vão, se não for real... E a outra forma é... Apagar Ponyta, sabe, deixa-la inconsciente... Para então ver o que conseguimos... - Até então, aquelas palavras foram todas ditas enquanto ainda olhava a silhueta de Apple se debater apavorada, mas ao final de suas ideias, o homem se virava para V. como se perguntasse a este qual seria sua escolha... Apoiaria a derrotar a sua própria parceira, ou iria em busca de tal erva, em busca de uma fina chama de esperança?

Off: Editei uma imagem pra descrever melhor a erva, mas o IMGUR tá de palhaçada comigo e não está enviando a imagem. Kkkkkkkk

Jack fazia sua escolha... Precisava procurar pela tal Erva... Tinha de encontrar uma forma de sair daquela situação sem ter de causar mais ferimentos à Ponyta, mais do que ela causava a si mesma. James parecia pensar, seus olhos voltados mais uma vez às chamas de Ponyta, e aos relinchos que a pokémon liberava, parecia não conseguir pensar tão bem diante da situação mas ainda assim esforçava-se para lembrar tudo que conseguira reunir em sua mente sobre tal erva. - A erva... Se parece com um ramo... Um ramo de cumpridas folhas brancas... Não existem muitas plantas brancas por aqui, então, não deve ser tão fácil de confundir. - Mas, após uma breve pausa, o homem continuara. - Bem, já vi algo parecido ao norte, mas nunca a experimentei para saber seus efeitos... Então, sim... As propriedades especiais desta erva são sim boatos... Mas ainda assim... É a melhor chance de Ponyta.

Tropius decididamente parecia preocupado com a situação, seus olhos pareciam um tanto confusos, mas ainda assim sabia o que tinha de fazer, desta forma, abaixou seu longo pescoço na altura da face de James e a esfregou no braço do mesmo, chamando sua atenção, e depois acenando para V. Não demorou para que James também entendesse o que Tropius queria, e logo completou. - Não se preocupe... Tentarei evitar ao máximo ter de derrubar Ponyta... Mas, quero que leve Tropius consigo, ele vai te ajudar na busca, e pode levá-lo diretamente para a erva. Tenho outras formas de me virar. - Emitira o homem sacando uma pokeball do bolso de sua calça, não o liberaria de imediato, apenas caso fosse necessário. - Agora... Vá!

Tropius já abaixara seu corpo, deitando-se ao chão, o que não ajudara muito em sua altura mas chegara a um nível de altura em que o rapaz pelo menos conseguiria montar no pokémon. Tropius estava pronto para decolar rumo ao norte, em busca da tal erva.