Pokémon Mythology RPG
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Corona de Lágrimas! [Novela Mexicana]

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A ligação chegava a seu fim. Os olhos de Lysander pareciam brilhantes, e em sua face, havia um belo sorriso, uma expressão sonhadora. No entanto, ao ouvir a voz de Amélie, sua expressão se amenizava e parecia perder o brilho, seu sorriso valilava.

- Uma ilusão? - Sua voz parecia confusa, como se não entendesse exatamente o que a jovem queria dizer com aquilo, no entanto, segundos depois, seu sorriso voltava a sua face. - Não. Não é uma ilusão. - Ou era o que o rapaz gostaria de acreditar. - Você não se lembra? O estalar de dedos... Me fez ir ao passado... Consegui fazer com que ela voltasse... Tecnicamente, fazer com que ela nunca tivesse partido, pra começar. - Era o que ele preferiria acreditar, mas ainda assim, esperava uma resposta de Amélie, como se em seu fundo, soubesse que aquilo não poderia ser real.

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 Amélie olhava para Lestrange com a expressão de quem destrói um sonho, mas ao mesmo tempo havia algo de determinado na expressão da jovem, o que dava ares de estranheza, pois não devia ser algo comum para ela.

- Eu passei pelo mesmo processo, vi coisas que eu queria que tivessem mudado, mas por sorte o Meditite de minha tia desfez a fantasia, desculpa Lysander... Ele fará o mesmo com você.

 E surgindo do nada, como se abrisse um buraco na realidade, o pequeno Pokémon em posição de lótus paira no ar e começa a grunhir seu nome de forma sistemática, como um mantra enquanto entoava as palavras tudo ao redor ia se dissolvendo, mas não rápido como areia e sim lento como gotas de chuva caindo sobre uma janela.

 Seria o fim da vida perfeita? O que Lysander faria?

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Lysander parecia imóvel diante das palavras de Amélie, a não ser suas mãos, que tremiam mesmo que apoiadas sobre a mesa, como em choque. No fundo, soubera desde o início que aquilo poderia muito bem se tratar de uma ilusão, mas, ouvir a história pelos lábios de uma segunda pessoa fazia tudo parecer muito mais convincente, no entanto, não era o que queria ouvir. Sua boca se abria, de forma que estava prestes a falar alguma coisa à garota, estava prestes a falar que ela estava errada... Que não é por que a tal Medidite interrompeu sua visão, que faria o mesmo com Lysander. Diria que talvez Meditite tivesse se atrasado, que já tinha conseguido mudar o passado antes dela alcançá-lo. Mas, todas suas teorias foram jogadas fora ao ver a criatura surgir em meio a seu campo de visão, suas mãos agora ainda mais tremulas.

- Não! - Emitira o rapaz, em um forte brado, que viera de sua garganta mesmo sem pensar sobre, como por instinto. Não poderia se desapegar daquele... Aquele lugar é onde deveria estar, com sua família, uma verdadeira, que o amasse e que se preocupasse com ele. - Não! - Emitira o rapaz mais uma vez, sua face e seu corpo voltado à figura de Meditite. Sua mão, que apouco estava apoiada sobre a mesa, fora jogada sobre o dispositivo que estava sobre a mesa, o dispositivo de onde a pouco pudera ouvir a voz de sua mãe. Sua outra mão, ainda sem pensar, agarrava o corpo de Pancham e o trazia para perto, mesmo que o pequenino não entendesse direito o motivo para o desespero de seu mestre. - Eu quero ficar! - Seus olhos viajavam por alguns instantes sobre os objetos que pareciam se dissolver diante de seu olhar, seu interior gritando a cada partícula que partia... O que aconteceria quando tudo se acabasse?

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 Lysander pedia desesperadamente para continuar ali, na ilusão, as vezes a vida real é dura e ele percebia como podia ser mais feliz vivendo algo irreal, mas Meditite não tinha os olhos preocupados de Amélie, seus olhos - quando esses abriram e antes de serem povoados por um tom róseo típico dos psíquicos - eram determinados e a paisagem ao redor sumia de forma mais rápida, desfazendo-se vigorosamente.

 Quando o jovem mono percebeu estava novamente no local onde encontrou o homem contador de histórias, Amélie de pé ao seu lado com uma expressão que indicava que ela lembrava o que acontecera.

 O contador de história sorria com uma expressão debochada na face, Meditite não estava mais por ali.

 O que Lysander faria?

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O que fazer? O que fazer agora que fora forçado a voltar à realidade? Agora que fora forçado a abandonar tudo o que mais desejara? Uma sensação estranha se apossou do jovem treinador, uma mescla de tristeza e fúria. De seus olhos - focados na figura do homem que sorria - escorriam lágrimas, mais lágrimas. Seus dedos trêmulos agora pressionados contra a palma de sua mão. Mordia seus lábios para que estes não se soltassem e se escancarassem em choro, em soluços e mais fraqueza de sua parte - ou o que achava ser fraqueza. Quando se deu conta, já estava partindo para cima do homem, sua mão presa ao colarinho deste, seus olhos ainda escorrendo lágrimas.

- Me faça voltar! Quero voltar! - Suas palavras pareciam ser gritadas, como se ao aumentar o tom de voz fosse resolver alguma coisa, mas a única coisa que aquilo atrairia seria atenção. Sua face encarou a do homem por um instante, e então, sua face caiu, e o aperto no colarinho do homem se afrouxou, e mais uma vez, quando se deu conta, estava de joelhos, a face enterrada em suas mãos, seus cotovelos apoiados em suas pernas. - Pra que? Pra que mostrar tudo isso? Pra que? - Emitia o jovem em meio a soluços descontrolados. - Pra que mostrar tudo o que nunca poderei ter?! - Sua voz ainda mais alta, no entanto, não parecia mais se importar com quem o ouvisse, com o que poderiam pensar de suas ações, tudo com o que se importava era em desabafar, permitir que as lágrimas escorressem como em sua vontade. Que tudo ao seu redor se esvaísse, que voltasse àquela realidade que até a pouco estava preso. - Para que?! Por que?!

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 O homem pouco se movera diante do ataque de fúria de Lysander, pelo visto sabia que o que o jovem vivenciara não o deixaria com força suficiente para o atacar. Como? Não se sabe... Tão paralisada quanto o homem estava Amélie, a menina de cabelos azulados permanecia quieta, observando o rompante de fúria e posterior queda em lágrimas de Lestrange.

- Você é fraco, lhe falta ódio... - dizia o homem ajeitando seu colarinho com o sorriso debochado e altivo no rosto - Fraco...

 O homem se levanta, indo embora, mas logo retorna, sendo lançado ao chão por um soco, o barulho do punho contra o rosto ecoa pelo local e pela quantidade de sangue saindo do nariz do homem foi bem forte. Mas, além disso, uma voz conhecida ecoa pela cafeteria - que pelo visto não tinha vigilantes.

- Alvarez, não faça isso!

 Era a voz de Éclair, não havia como não a identificar, mas seria outra ilusão?

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Mesmo em prantos, a voz do homem voava claramente até seus ouvidos, suas palavras, ecoavam em sua mente por bons momentos, como em tortura, mas não esboçara reação alguma, a não ser continuar no chão, a face ainda mergulhada em suas mãos. No entanto, teve de erguer sua cabeça a ouvir um baque surdo, seguido pelo som de uma bruta queda no chão. Era o homem que estava no chão, o homem que pronunciara aquelas palavras que ainda ecoavam em sua mente. De olhos, que continuavam a vazar em lágrimas, agora fixos na figura caída ao chão, Lys mostrara sua face mais vermelha que nunca. No entanto, algo o assustara ainda mais que o som do baque, e foi uma vez, uma voz já conhecida, uma voz que fizera seus olhos saltarem e percorrerem todo o local em busca da pessoa que as pronunciara.

- Éclair. - Emitira o rapaz enfim, em baixíssimo tom de voz, como se de alguma forma ele a visse como sua salvação. Um brilho de esperança em meio todo o caos. Retirando forças do desconhecido - Dua própria força, na verdade, mas uma que o rapaz parecia não acreditar possuir - Lysander pôs-se de pé. - Éclair!? - Continuou ele, agora em claro tom de voz. - Por favor... Sei que está aqui. - Clamou ele, com um aspecto infantil, frágil. Seus olhos recaindo brevemente sobra a figura do homem cujo nariz sangrava. - Sim... Sou fraco. - Emitira ele, meio que para si mesmo, meio que para ninguém em especial, apenas palavras que vinham em sua mente e não poderia permitir que se perdessem em seus pensamentos confusos. - Estou farto de minhas fraquezas... Mas também estou farto de tudo que já carrego em meu coração... Não preciso de mais ódio... Também não preciso de mais poder... Tudo que preciso, tudo que mais gostaria, é apenas felicidade. Uma que nunca terei, não aqui... - Suas palavras pareciam perder as forças, assim como seu corpo, que parecia abalar mais uma vez, por pouco não desabando ao chão novamente. Mas e Éclair... Ela aparecia para Lysander?

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 Alvarez fez o seu trabalho como o belo brutamontes que era, Lysander o ignora, afinal Éclair era mais importante e após dizer umas palavras para o contador de histórias procura pela ex-sacerdotisa, mas não precisou buscar por muito tempo, ela estava a alguns metros atrás de Alvarez, numa posição encolhida, braços perto do corpo próximos as coxas, ao seu lado Meditite observava Lysander com olhos saudosos.

- Olá, Lysander... Quanto tempo, não? - sua voz ainda era calma - desculpe por deixar ele ir tão longe com essas ilusões, não sabia que ele faria isso usando Pokémon psíquicos.. Desculpe... 

 Talvez o jovem não percebesse o que acontecia ao seu redor diante da aparição quase santa de Éclair, mas Amélie elogiava a força de Alvarez o chamando de tio.

 O que faria?

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Enquanto o homem continuava ao chão, Lys notara a presença de Éclair, e pela primeira vez, desde que vira a figura do brutamontes que jogara o homem ao chão, o identificara como o homem que conversara no mesmo dia que passara ao lado da jovem que agora lhe parecia como um anjo. Era Alvarez, o homem que provavelmente se casara com Éclair. No entanto, Alvarez não lhe parecia tão interessante quanto a figura que realmente chamara sua atenção, Éclair. Lys, como uma estátua ouviu as palavras que a mulher tinha para lhe dizer, no entanto, assim que esta acabou, as forças que Lys empregava para resistir se acabaram, e quando notou, já caminhara na direção da moça, e seus braços já a prendiam em um abraço, suas lágrimas ainda escorrendo por sua face, soluços mais uma vez vindo à sua garganta.

Se Alvarez poderia se incomodar com seu gesto? Provavelmente. Mas, não se importava. O que sentia pela mulher não era o mesmo tipo de afeto que o do brutamontes, mas simplesmente sentia necessidade de continuar a chorar. Ainda não era hora de parar. Ainda tinha mais o que desabafar. Tinha mais do que se livrar, se livrar de tudo o que lhe infectava, lhe fazia mal, e as lágrimas lentamente faziam este serviço. Seus ouvidos captavam a informação de Amélie dizer ser sobrinha de Alvarez, assunto que futuramente Lys tocaria, mas no momento, tudo o que tinha de vontade de fazer era continuar a chorar.

Pancham, por sua vez, olhou para Lysander com estranheza, e ao mesmo tempo tristeza por um momento. Como se tentasse entender o que se passava em sua mente, sem muitos problemas, afinal, não parecia compreender muito bem tudo o que estava acontecendo por ali, mas numa tentativa de copiá-lo, fingindo choro, o pequenino investiu contra Meditite, seus bracinhos lançados ao ar, fingindo pranto.

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 Alvarez não se incomodou ao ver Lysander abraçado a Éclair, a ex-sacerdotisa acolhe o abraço com ternura e calma, repetindo que tudo havia passado, tudo. Pancham não teve a mesma sorte e Meditite o afastou com um empurrão incomodado.

- Lysander... Deixa sair, chore, a dor vai embora quando as lágrimas caem...

 Enquanto a mulher falava, Alravez enxotava o contador de histórias e explicava o que estava acontecendo aos funcionários da cafeteria.

- Não achei que te encontraria tão fragilizado, o que houve? Além do que presenciou a pouco...

 O que Lysander faria?

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