Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 3 - Inócuo [Tielo]

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Oldale Town - Capítulo 3



Observou cada detalhe da escola. As gravações, as imagens nas paredes e em quadros. Os desenhos. Teve pouca, quase nenhuma experiencia dentro de um escola. Desde pequeno foi educado juntamente com as outras crianças de seu povoado pelos mais velhos. No caso, os avós de Tielo tiveram uma grande participação no alfabetizado. E o garoto havia jeito pra isso, adorava histórias, então devorava livros rapidamente. Isso tornava tudo mais fácil. Até hoje a matemática é o seu pesadelo. Não que desempenhe mal uma função quando necessário. Sabia fazer muito bem as contas e as operações, apenas não gostava de ter de fazer.

A jovem Amanda levou ele ao local, e mostrou os materiais disponíveis. Apesar de tudo, sentiu-se uma criança. E por inocencia quis compartilhar os pensamentos com a quem lhe acompanhava.

— Uau... Esses brinquedos... São quase iguais aos de quando eu era criança. Alguns feitos a mão, improvisados, outros um tanto quanto judiado mas... Aposto que são os melhores! - Fuçava as caixas e alternava o seu olhar entre os itens que apreciava e Amanda. - Vim de um povoado pobre e nômade. Mas sempre adorei o que fosse mais barato. Minha imaginação funcionava melhor! Adoro tudo que me desperte imaginação. E esta sala além de fazer isso, parece que voltei no tempo. Veja, já tive um desses, ou muito parecido com... - Pegou uma pelúcia de um Jigglypuff. Que no caso, era um Pokémon sonho de consumo para o rapaz, afinal, era famoso por cantar!

Caixa vai, caixa vem. O jovem começou a separar diversas coisas. Arrumar aqui, e ali. Separou de tudo um pouco. Fantoches, marionetes, mascaras, pelúcias. Reconheceu o que eles estavam habituados, e de algum jeito tentaria agradar à todos. Neste momento sentia-se importante. Como era saudável fazer algo assim! Esqueceu-se completamente da recompensa, isso virou detalhe. Mesmo quem não soubesse fazer direito, aposto que adoraria e faria com o mesmo prazer.

— Certo. Amanda! - Disse após trocar várias coisas de lugar e experimentar diversos utensílios. - Eu vou fazer de tudo um pouco. Cantar, fazer pequenas fábulas com fantoches ou marionetes, não me decidi direito ainda. E 'cantar' algumas histórias. E se eu puder interagir com elas, melhor ainda! Enfim, me sinto pronto...



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Odale Town

Bastante entusiasmado com a situação, o artista voltou a infância e observou com carinho todos os itens ali presentes. Eram muitos, de fato, mas Tielo usou seu tempo para explorar caixa por caixa das que o interessava e terminar abraçado a um Jigglypuff. Tal carga de nostalgia parecia fazer bem ao artista, então Amanda tentou ao máximo deixá-lo confortável em tal situação; claro que não poderia demorar demais. Deu ao rapaz alguns minuto e nem precisou cortá-lo, logo ele já botava a língua entre os dentes e falava para a moça suas tantas ideias. Todas a agradavam muito, tanto que a medida que o menino falava, Amanda ficava tão animada quanto o artista; ficara tão eufórica que, após ouvir tudo, lhe disse de forma incessante:
- Ah que ótimo! Teremos bastante programações então! - Exclamou - Posso ajudar? Ou melhor, você quer ajuda? Quando devo chamar as crianças? Por onde vamos começar? Podemos ir arrumando o palco já! - Metralhou de perguntas.

Agora fora vez da mulher perguntar a Tielo tudo que queria saber; tal euforia se dera por dois motivos, o primeiro era o próprio ânimo contagioso do rapaz, o segundo era que já já daria o horário das crianças terem suas apresentações culturais, o que deixava a responsável um pouco desesperada, era melhor que decidissem um início o mais rápido possível!

Depois de seu perguntar múltiplo, Amanda reparou no quão desesperado e agitado soara seus questionamentos; sentira-se mal por pressionar o garoto, mas se sentiria pior se pedisse desculpas sem um motivo plausível. Estava tímida demais para voltar a falar e tentar consertar o adiantamento; talvez fosse melhor deixar passar. Tais pensamentos e formas de agir acabaram dando um tom avermelhado as bochechas da moça de pele límpida, deixando-a ainda mais bela.

OFF: Perdão pela demora!!! Semana de prova foi complicada ): Prometo normalizar agora!!



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Oldale Town - Capítulo 3



— Oras, já está basicamente pronto! - Disse Tielo ao ver Amanda auxiliar empurrando caixas, pacotes e móveis.

Era visível a empolgação da jovem também. Aquilo de certo modo era charmoso para Tielo. Adorava comunicação, quanto mais melhor. O palco principal parecia estar do agrado do Tielo. O que ele utilizaria agora estava no centro: Um banco e seu instrumento próprio de costume. As laterais, de forma mais escondida estava os outros objetos que Tielo usaria mais tarde para entreter: Marionetes, mascaras, fantasias e etc.

Percebeu que Amanda ficara vermelha e manteve-se quieta por um tempo. Tielo percebeu e viu os movimentos mais timidos. Era bom em captar emoções. Porém não havia notado o por que. Não notou nenhum tom de maldade ou pressa.

Sendo assim, aproximou-se com uma flor rosa do tamanho da palma de sua mão. E a colocou no cabelo da garota, um pouco acima das orelhas. Agora, ela fazia lembrar bastante da grande Phoebe, da Elite 4.

— Combina com sua cor de pele e seus olhos. - Disse Tielo calmo e com uma expressão quase neutra e indecifrável. - Vai dar tudo certo, já está tudo pronto pras crianças virem. - Sorriu de leve para a garota. E quebrou rapidamente o clima voltando e subindo para o palco e afinando as cordas do instrumento. Enquanto aguardava Amanda chegar com sua platéia.


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Odale Town

A moça ruborizou mais ainda com o ato do menino, mas desta vez ficara bastante feliz! Recebeu a flor com as mãos na bochecha, tentando esconder a timidez e sorrindo como uma criança presenteada; não era comum naquela cidade homens galantes, quem dirá artistas galanteadores. Agradeceu com um gaguejar rápido e, depois disso, tentou recompor-se. Esperou a vermelhidão passar e o calor de seu rosto dissipar e, assim que sentiu-se em plena confiança novamente, respirou fundo e anunciou:
- Vou lá busca-las!! - Comemorou, virando 180º e andando em direção ao corredor de onde vieram.

Amanda, com seus passos apressados, sumiu da vista de Tielo por um tempo, indo de sala em sala convocar os pequenos a grande sala cultural; dera a eles dez minutos para arrumar as bolsas e irem para lá em fila, passara de sala em sala anunciando isso e, na última, ficou, tentando ajudar e agilizar o processo.
O artista teria alguns minutos sozinho para fazer o que bem quisesse, mas depois deste intervalo, veria uma enxurrada de crianças entrando pela porta bastante eufóricas e falantes; repletas de energia!



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Oldale Town - Capítulo 3



O jovem treinador mantinha-se sereno. Não estava nervoso e sim descomplicado. Seria uma tarefa nem fácil e nem difícil, e sim agradável para ele. Dez minutos era o tempo entre a partida de Amanda e a chegada das crianças.

Quis repensar se realmente estava tudo na ordem. Salão com espaço e arrumado? Confere! Instrumento musical afinado? Confere! Fantoches, marionetes, bonecos, mascaras e fantasias? Confere! Instrumentos musicais reservas? Confere! Roupa limpa e sem amassado? Confere! Odor agradável em glândulas sudoríparas? Confere também! Estava tudo perfeito!

O jovem então sentou em seu banquinho, e apenas esperou. Até que então aparece uma, duas, três, quinze, vinte... Várias crianças entrando e olhando para o jovem no centro do palco. Uma bem diferente da outra. Meninos; meninas; altos; baixos; cabelos compridos; cabelos curtos; tom de pele variado; olhos puxados. Enfim, diferentes, era de encher os olhos a variedade. E todas elas com bastante energia.

Isso deixava Tielo inspirado. Afinal, captava a energia de sua platéia, para então liberar sua alma com ela. Uma platéia com energia precisava de bastante energia pra soltar.

Todas se acomodaram em seu lugar, e apesar do constante barulho de conversas paralelas, todas tentando adivinhar o que seria apresentado e comentando entre si uma sobre a apresentação. O silêncio tomou conta assim que o menestrel levantou-se e caminhou para a ponta do palco, dando seu inicio.

— Bom dia criançada!!! - Soltou essa frase com o máximo de empolgação que podia. Esperaria um ótimo retorno, afinal estavam aparentes todos animados. Porém se a reciproca não fosse, teria de armar um jeito de ser mais convincente, ainda assim prosseguiria normalmente por hora. - Meu nome é TI-E-LO. - Deu enfase nas divisões de vogais, não vagarosamente, apenas porque a sonoridade acaba saindo estranha quando falada rapidamente. - E hoje vou fazer diversas apresentações à vocês, vai ter de tudo um pouco, e vou precisar da empolgação de vocês pra ficar bem divertido...! Então. Deixem sua bolsa pro lado e fiquem de pé, iremos dançar um pouco agora.

O jovem preparou-se para cantar e observou a ação de Amanda. Esperava nela algum tipo de aprovação ou reprovação. Como um Feedback instantâneo. Não que estivesse nervoso, mas para ele criança era um assunto delicado, qualquer coisa poderia ir contra o que eles ensinassem ou que desgostassem. Então estava sempre atento à quem lhe contratou esperando alguma reação.

— Vamos lá! - Começou a tocar o instrumento, e a música parecia ser de conhecimento da maioria. - Quero todo mundo fazendo igual a mim!

— Mão na cabeça
Mão na cintura
Um pé na frente e o outro atrás
Agora ninguém pode se mexer
Estátua


Fazia a coreografia junto com todo mundo. Neste momento parou a música e deu uma pausa de alguns segundos, pela própria brincadeira. Olhou para a Amanda novamente e prosseguiu.

— Um braço pra cima
Um braço pra frente
Cruzando as pernas
Bumbum para trás
Agora ninguém pode se mexer
Estátua


Parou novamente. Olhou para Amanda, e as crianças. Não sabia se elas estavam gostando ou não, então parou a música um pouco para mais interação.

— Vocês estão gostando? Querem continuar ou vamos parar?

À narradora: Não sabia se eu podia ou não narrar a resposta das crianças. Mesmo que pudesse acharia muito pretensioso e tornaria a aventura muito fácil. Prefiro deixar isso em suas mãos como forma de demonstrar se estou indo bem ou não.



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Odale Town

As crianças chegaram aos montes, primeiro uma turma, depois outra e, por fim, a terceira e a quarta vieram juntas. Ao fim da última fila vinha Amanda, fechando os portões da sala e anunciando o início do evento. Tielo começava a falar, anunciava um bom dia animado e, ao fim dele, as crianças responderam em coro, parecia algo que estavam acostumadas já, o que tornara a resposta bastante bonita e esforçada. Tielo reparava que Amanda se aproximava da turma mais velha, já as outras funcionárias procuravam ficar próximas da turma que respectivamente eram responsáveis.

A partir disso a apresentação começou; fora procurando por um apoio de Amanda que o artista reparava na carinha de cada um ali. Havia todos os tipos de crianças dentro daquelas cinquenta carinhas, lá Tielo se deparou com novos visuais, novas cores, novos rostos, novas dificuldades; um deficiente físico justificava a presença das rampas e a inexistência de escadas. Dois portadores de síndrome de down sentavam juntos e sorriam animados, adoravam este momento da semana. Uma criança de aparelho auditivo, quase sem nenhuma porcentagem de audição, sentava ao meio da galera, mas sentia-se bastante deslocada. Olhava em volta; imitava os outros para não ser diferente demais nem se destacar, mas não nem um pouco desta programação. Algumas professoras e auxiliares tentavam animá-la e entretê-la, mas não podiam dar cem porcento de sua atenção para uma só criança, com outras cinquenta para cuidar.

A primeira música foi introduzida e as crianças levaram seu tempo para levantar, quem podia, claro! Seguiram os passos do artista e fizeram o que podiam. Na hora do estátua alguns tombavam para o lado, outros brincavam com o amigo, mudavam de posição, burlavam a regra, mas nenhum causava um problema relevante; apenas brincavam, reinventavam e se divertiam. O cadeirante, mesmo que sem ter muito como brincar, observava os outros amigos e ria; Amanda aprovava o que acontecia e, pela maioria das crianças, Tielo podia continuar naquela brincadeira por mais um bom tempo.

OFF: Ta certinhooo, mandou bem Smile



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Oldale Town - Capítulo 3



Sentiu-se culpado pelas crianças que não conseguiam aproveitar da mesma forma a diversão. Um cadeirante, um deficiente auditivo, e dois com síndrome de down. Talvez fosse momento de reparar o erro consigo mesmo e com as crianças, apesar de nenhuma delas se sentir prejudicada definitivamente.

Tielo brincou mais um pouco com a mesma música e por horas brincava com as crianças, fazendo-as rir, no momento em que tinham que manter seu corpo parado.

— Ih! Eu to vendo alguém aqui trapacear! Hahaha. - Disse olhando para uma das crianças que mudava para uma posição confortável para manter o corpo parado.

Tentava rir junto com as crianças, horas fazia caretas, horas fazia voz engraçada. Sempre tocando seu instrumento. Até o momento da música acabar. O jovem olha novamente para Amanda para certificar-se de estar tudo certo.

— Certo pessoinhas. Para a próxima atração, eu preciso de voluntários, quem? Quem? Quem? Levante a mão quem! - Viu se as crianças levantariam ou não a mão, mas mesmo assim apontaria para alguma, se ela aceitasse, ajudaria a subir até o palco, caso não, escolheria outra. - Tudo bem, temos uma voluntária. Só que eu preciso de mais! Que tal você? - Apontou pro cadeirante. Saiu da delimitação do palco e caminhou até ele. Parecia ser alegre pelo modo que brincava. Ajudaria com a cadeira de roda da forma que fosse para levá-lo ao palco.

Para ele seria um desafio enorme incluir de forma nivelada todas as crianças na brincadeira. Não queria fazer algo em que elas só sentassem e ouvissem. Gostaria da participação de todos. Incluir na sua arte, seja como espectador ou um auxiliar. Sendo assim, vez como podia, uma criança de cada vez seria inclusa em suas brincadeiras, de maneira adaptada a ela. Isso ajudaria não só a criança a se sentir acolhida, como ensinaria aos demais que também poderiam brincar com elas, e se adaptar a elas.

— Ótimo, vou fazer um pequeno truque de mágica que eu aprendi com um Mr. Mime em uma viagem que eu fiz. - Tielo pegou um buquê de flores falsas e entregou para a criança deficiente. E passou as instruções de maneira que o público todo pudesse ouvir. - Segure firme, e não cuidado pra não deixar elas tristes, se não elas desmaiam. - Dito isso, Tielo virou-se, puxando uma pequena linha de nylon fazendo com que as flores ficassem com aspecto de desmaiado. Provocando risos das crianças. Nesse momento o jovem olha pra platéia e pergunta. - O que foi? Por que tão rindo? - As crianças apontam para o menino com a flor caída na mão, e quando o jovem mágico vira-se pra olhar a flor, ele solta um pouco da linha, fazendo com que a flor fique ereta de novo. - Ué? Não vejo nada além de uma criança com flores na mão. - Ele vira-se de novo puxando a linha e fazendo a flor cair. - Vocês tão vendo algo de novo? - Vira-se fazendo o truque diversas vezes. - Ok, melhor deixar essa flor doida pra lá.

Dirigiu-se a outra menina no palco

— Tenho aqui na minha mão uma moeda. - E fez o velho truque da moeda aparecer e sumir várias vezes na mão, e reaparecer na orelha da criança, ou colocar ela no bolso da mesma sem ninguém perceber. - Aaaah, então tava com você a moeda! - Disse no final da brincadeira onde a menina encontraria a moeda em seu bolso. Nunca acharia ela. Ok pode ficar com você.

Olhando para Amanda novamente em busca de alguma aprovação.

— Certo. Estão gostando? Querem mais?


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Odale Town

Tielo começou a se preocupar com a diferença; não de modo negativo, mas um incomodo bom, daquele que faz com que o mundo se movimente. Tal incomodo gerou ideias novas, estas começavam a delinear o que parecia ser um programa de inclusão. Amanda sorriu com a iniciativa e apontou com o polegar positivo para o rapaz, indicando que continuasse assim. Chamou ao palco o deficiente e, junto dele, vinha uma menina que fora por vontade própria ali em cima. Muitas queriam! Sorte dela ter sido escolhida a dedo por Tielo.

Falas iam e vinham e a tal flor foi posta no colo do rapaz; ao virar do artista, estas se murchavam, e o garoto então se preocupava, comovia-se e se sentia culpado, até Tielo virar; demorou reparar que aquilo se tratava de um truque, e quando deu por si, tocou nas pétalas e repararam a artificial texturas que tinham. Vendo que nada era mais que uma brincadeira, entrou no clima e gargalhou; não tanto quanto os outros coleguinhas, mas gargalhou. Em contra partida, a menina chamada ao palco pareceu não entender muito bem o intuito de desaparecer com uma moeda; era dinheiro! Dinheiro se usa para comprar doces, não? Então, ao final do truque, como quem não estava interessado na mágica final, perguntou com olhar inocente;
- Posso ficar com esse dinheiro pra comprar bala na cantina, tio??? - Indagou, esperançosa.

Claro que todas as professoras riram da pergunta, mas não moveram um dedo para tirar Tielo desta situação constrangedora; contrário a isso, apenas mantiveram-se a postas no mesmo lugar vendo como o menino se sairia daquela cena sem fazer com que Micaela (o nome da garota ousada) terminasse em prantos ou mimada.



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Oldale Town - Capítulo 3



— Hãn... - O trovador olhou para Amanda, e certamente viu que as professoras se divertiam as suas custas. Mas não de uma maneira ruim, era cômico. Desafio aceito. - Bom, essa moeda não é de verdade. Ela é falsa. Não vale nada... Mas! Posso te dar isso... - Pegou uma pena de seu chapéu, que haviam muitas e entregou à garota. - É um amuleto da sorte. Sempre que eu fiquei triste ou com medo, eu segurei ele bem forte e as coisas ruins acabaram bem rápido, porque ele dá muita coragem pra quem usa. E eu não sou de mentir. - Colocou uma palma da mão no coração e a outra palma aberta levantada. Esperaria com isso dar à volta na situação. Talvez ainda assim a menina não se desse por satisfeita, mas, sorriu, e entregou mesmo assim a moeda que não valia nada para ela, junto com a pena.

Depois deste momento, Tielo ajudou tanto o cadeirante quanto a menina a saírem do palco e retomarem seu lugar. Retomou seu lugar novamente, com seu instrumento de cordas. Vestiu uma touca em formato de Feebas, sentou-se num banquinho alto, e pediu a atenção de todos.

— Ei criançada. Vamos fazer algo diferente agora. Vou contar uma história, com uma canção. Então, tentem prestar atenção.

Começou a dedilhar de maneira calma, fazendo uma poesia e ao mesmo tempo uma canção.

Era uma vez, um peixe muito pequeno...
Que nadava nas águas de um rio sereno...
Peixinho Feebas era seu nome...
Tímido, quieto, medroso e sempre com fome...
Não tinha amigos, e era sempre maltratado.
— Vejam, é o peixe abobado!
O pequeno Feebas nunca fez mal a ninguém!
Mas as Goldeens lhe tratavam com desdem!
Muito triste, o peixinho fugiu!
Entrou dentro do mar, e nele sumiu!
Só que nele, encontrou um grande peixão!
Sharpedo era o nome do tubarão!
— Hum, peixinho para o jantar? Essa refeição eu vou aceitar!
O Feebas tentou correr.
Mas quando virou, de novo deu pra se surpreender.
Outro peixão, um enorme tubarão!
— Ei, o que está fazendo? Peixes são amigos, e não refeição!
Um tubarão espantou o outro, e protegeu o pequeno Feebas!
— Calma amiguinho, eu vou te proteger, minha refeição, você não vai ser!
— Obrigado seu tubarão, mas por favor me ajude! Não esperava encontrar alguém com essa atitude!
— Claro amiguinho, mas o que acontece? Olhando pra você assim, isso não me diverte!
— Eu sou pequeno, feio e fraco. Na minha cidade todos me acham um fiasco...
— Oras mas que grande bobagem! Olho pra você e vejo um peixe cheio de coragem!
O peixinho ficou tão feliz, que brilhava em uma intensidade sem fim.
Mas esperava esse brilho não era em vão!
O pequeno Feebas estava em uma evolução!
— Olha como estou grande e bonito! Agora terei muitos amigos!
— Amigos você sempre vai ter, mesmo que for diferente, você tem que proteger!
Mas o Sharpedo malvado não se deu por vencido.
— Aquele outro tubarão não me deixou a comida! Os amigos daquele peixe então serão 'à servida'.
O pequeno Feebas que agora era um grande Milotic, ouviu o desespero de seus amigos.
— Oh não! O Sharpeedo mal está indo lá!
— Rápido, nos temos que ajudar.
Chegando no local, os Goldeen tremiam de medo.
A coragem do Milotic agora não era segredo.
Rapidamente espantou o tubarão.
E todos os peixes lhe deram a gratidão.
Mas logo o Sharpeedo bom apareceu.
E os peixes lago estremeceram.
— Calma, esse aqui é meu novo amigo!
Os Goldeens ficaram muito feliz por terem sido salvo.
E perguntaram para o novo herói:
— Nós te maltratamos muito, porque volto por nós?
— Porque eu aprendi, que nunca devemos criticar alguém pela aparência. Ser amigo e proteger os outros, é o que me deu essa magnificência!


Após parar te cantar, o jovem olhou para a reação da plateia, de Amanda e das professoras. Queria cantar e contar uma história, mas não sabia como, então improvisou nesse modelo. Isso era a paixão de Tielo, mostrar a lição que é aprendida em uma história. E acreditou que essa moral era uma boa: Não julgue pelas aparências.

À narradora: Se estiver chato, longo ou monótono, por favor avise.

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Odale Town

Deu a tal moeda para a menina, que ficara feliz por ganhar um presente, mas triste por perder o direito de compra; não teria sua bala. Saiu do palco com um mix de emoção, um pouco desapontada e esperançosa, mas bastante curiosa para ver o que aconteceria quando fizesse o pedido que tanto queria a moeda mágica.
Caminharam até seus lugares e, logo que sentaram, Tielo voltou ao palco e começou outra atração; agora contara uma história em rimas, bastante melódica e encorpada. Tinha em seu conteúdo uma mensagem bastante inclusiva, e tentava passar isso as crianças. Talvez montara a história tocado pela diversidade local, e conseguira muito bem afetar todas as crianças ali; mesmo que houvesse palavras que nenhuma conhecia, como "magnificência", isto abrira uma deixa para Amanda intervir, como estava acostumada a fazer:

- Antes de começar algo novo, porque não conversamos sobre esta história???? - Disse a coordenadora, subindo ao palco - Alguma criança se oferece para vir aqui contar o que entendeu? - Perguntou mais uma vez.
Dito isso, diversas crianças levantaram a mão, incluindo a garota que acabara de subir ao palco e ganhar a moeda. A menina com audição comprometida também levantara, de resto, eram rostos desconhecidos por Tielo até então; apenas pequenos dentro da normalidade. Para o azar do artista, Amanda deixou para o garoto a missão de escolher o voluntário para a brincadeira, além de também ter jogado para ele a responsabilidade de inventar as perguntas.

A intenção da coordenadora era fazer uma espécie de quiz ou jogo, para no fim dar um ou outro doce para a criança que acertasse e/ou se empenhasse na brincadeira. Claro que a deixa para Tielo significava o deixar livre para modificar tal ideia da forma como quisesse.

OFF: Nossa, nãaaao, to achando super legal! Já tentei fazer plots parecidos que ficou extremamente clichê, e não seu caso, está extremamente criativo e imprevisível, to adorando!!
OFF²: Inclusive me desculpe pela demora, to tendo o mês inteiro lotado de provinhas.



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