002 - Apollo e seus Pokemons
13:30| 31o
Apollo e seus pokemons de fato pareciam gostar bastante do ambiente, era uma sensação de paz e tranquilidade, ainda mais com a melodia linda tocada por Dionísio, um nome que o treinador parecia gostar. – Não se preocupe, garoto, não precisa ir embora depois do almoço... como eu disse, não recebo visitar, tento deixar este santuário livre da interferência de humanos não muito amistosos. Mas você é uma boa pessoa, eu sinto – diz o homem calmamente, enquanto movimentava levemente as cordas de seu violino – Descanse, aproveite a estadia e.… se cure também hehehe. Você veio pelo caminho mais difícil para se chegar aqui. A grama alta e as espinheiras que coloquei por aqui deixam a passagem complicada, como você pôde perceber. Aliás, tenho algumas coisas de primeiros-socorros, se quiser tratar destes pequenos ferimentos, na casa. O melhor caminho é indo pela floresta, contornando, mas as pessoas tinham medo e preferiam arriscar pela mata alta heheheh. O caminho é até simples, só seguir uma pequena estrada de terra que tem, chega aqui gastando mais tempo, pois não é muito fácil achar a trilha toda, mas pelo menos chega em segurança - Dionísio terminava com um sorriso amável para o rapaz.
Vendo que Apollo se interessava pelas características de Gloom, o homem sorria, parecia gostar do interesse – Como você está anotando, vou lhe ajudar mais. A saliva do Gloom normalmente não faz isso tudo, ela ajuda a adubar o solo, mas a forma que eu encontrei, misturando algumas berries nessa “planta” que ele tem na cabeça – apontava para o gloom e gesticulava com as mãos tentando formar a planta que existe na cabeça dele, parando de tocar por um instante – ajuda muito mais, potencializa o efeito exponencialmente..., mas não posso lhe dizer a técnica toda heheheh. Eu era engenheiro químico especializado em berries décadas atrás – Dionísio falava com um sorriso sincero no rosto, enquanto tocava a melodia - mas era outra vida, deixa para lá heheheh.
Apollo, agora respondendo ao homem, contava sua trajetória o que parecia fazer o homem ficar feliz em ouvir – Criador hein! Uma profissão magnífica. Eu estudei um pouco sobre isso na minha especialização em Berries. Parabéns, muito boa escolha, lhe desejo sorte. – Quando Apollo falara do plano para entrar no local e de tudo o que aconteceu, o homem parecia intrigado, franzindo o cenho – Você é esperto hein heheheh. Conseguiu dar um jeito de entrar... foi assim que eu entrei aqui também heheheh – parava de tocar e pegava uma pokebola, liberando um Pikachu que estava muito feliz de sair, “cumprimentando” todos os presentes e gostando bastante de N que também parecia se dar bem com a sua evolução.
Os dois brincavam de correr pela relva, para a alegria de Dionísio – Décadas atrás Hoen passava por uma crise enorme e eu tinha sido demitido, vagando pelas rotas e cidades com minha... meu amigo – o homem mudava bruscamente a fala, como se ficasse levemente espantado com o que iria falar – Pika... é.… ai nós chegamos aqui, sem dinheiro nem nada, somente as roupas do corpo – puxava o seu casaco para mostrar que era o da história – depois de uns dias por aqui, comendo frutas e berries e pedindo esmolas, me toquei que se usasse energia, poderia entrar... e então até hoje estou por aqui. Gostei do local e os pokemons me adotaram também, para que sair? heheheh– Dionísio terminava segurando o pingente em seu cordão... voltando a prestar atenção em Apollo, deixando o pingente de lado – Quanto aos seus pokemons, desculpe-me heheheh, a comida com as berries deixam eles loucos, ainda mais pokemons com o faro mais apurado como um Pichu... mas pense bem, se não fosse, não iria ter este almoço incrível hehehhe.
Alguns minutos depois de a dupla continuar conversando, Gloom batia na panela com uma grande colher de ferro, uma chamada para o almoço. De dentro de um dos caldeirões, Gloom tirava duas vasilhas de madeira e enchia do ensopado de berries que cheirava muito bem e servia para a dupla. Os pokemons tinham que trazer suas próprias vasilhas, preenchidas por Gloom, que também dava novas para os pokemons visitantes de Apollo, os quais o treinador havia liberado para se juntarem ao resto. A comida era incrível! Um agridoce das berries, mas o molho aplacava a doçura, para não deixar em excesso, criando uma comida simples, mas nutritiva e saborosa.
Quando Apollo deitava na pedra, para descansar do almoço, Dionísio foi até dentro da casa – Hey, Apollo, venha aqui, tenho vinhos muito bons por aqui, não quer experimentar? Pode aproveitar e curar seus ferimentos também, como tinha falado outrora.
O que faria Apollo? Confiaria no homem? Iria embora?