Pokémon Mythology RPG
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003 - Companhia Inesperada: Um Novo Norte!

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Depois de muito esforço e ponha esforço e paciência nisso, a Seviper da adversária Jéssica finalmente caiu. Para isso foram necessários um ataque conjunto de Buddy e Meo-Mey, além da feliz coincidência da paralisia agir no momento certo, impedindo que a sequência cruel de golpes da Pokémon serpente retirasse a Meowth de combate. O resultado do trabalho em equipe não podia ser outro além da vitória e era óbvio que nesse instante eu deixava transparecer um sorriso vitorioso em meus lábios. — Excelente trabalho! Agora recuem! — Comentei com os dois Pokémon, vendo-os voltarem para meu lado — Acho que esse é um sinal bem claro de que o crime não compensa, não acham Equipe Roquete? Entreguem-se ou fujam, mas deixem esses insetos em paz! — Bradei para o trio desajustado, que ainda se entreolhavam pensando no que fazer agora que não possuíam mais Pokémon para o combate. Ou será que possuíam?

O tal Jairo foi quem teve a ideia de enviar Pikachu para a luta, quase chutando o rato elétrico falante com ordens bastante severas. A criatura amarelada, por outro lado, retrucou as palavras do treinador e se negou a combater, dizendo que não entendia nada de luta. Enquanto isso, a silenciosa, mas traiçoeira Jéssica tramava um plano e esperava o momento certo de pô-lo em prática, quando revelou possuir uma bomba, dizendo que não tinha medo de usá-la. Nesse instante eu engoli em seco, dando um passo para trás e observando a reação de Yuri, Luci e Ben, assim como a de Jairo e do Pikachu. Ao que parecia ela podia não estar blefando e a ameaça colocaria em risco mais do que a vida deles, mas a de todos nós. — Ok, vamos com calma... Acho que podemos resolver isso no diálogo... — Disse encarando a menina, enquanto fazia um gesto com a mão atrás de mim, na forma de um círculo. Se Mey entendesse, saberia que eu queria que ela cercasse o trio Roquete, esperando as minhas ordens.

— Pelo jeitão de vocês, assim meio largadões acho que não ganham muito bem do irmão de Ben.... Vocês devem ter realmente um subemprego e olha que vocês tem bastante talento, poderiam estar agindo por conta própria por esse mundão. Por que se limitar? — Comentava para eles de forma descompromissada, enquanto Meo-Mey contornava pelas rochas para cercar o trio, principalmente a menina com o controle nas mãos. — Será que vale se explodir por tão pouco? Só para que um menino mimado leve algumas criaturas para casa e possa transformá-las em estátuas para o resto da vida? Isso é cruel demais com vocês. Vocês merecem a liberdade! — Terminei de dizer, notando que Mey já devia estar bem próximo de Jéssica. Agora precisava agir da forma certa pois qualquer descuido seria fatal. — Sendo assim... MEY! USE FAKE OUT na garota e pegue o controle, trazendo-o para cá. Já! — Comentei com a Meowth, apressadamente. O golpe prioritário deixaria a garota hesitante em apertar o botão, tempo suficiente para que Mey roubasse o controle e me entregasse. Restava esperar que tudo desse certo.

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Diante da ameaça feita por Jéssica, era necessário agir com cautela. Luci e Yuri estavam claramente apavorados e recuaram alguns passos, enquanto Benjamin, irritado com a situação, tentava auxiliar Luch em fazer eles recuarem, mas sem muito sucesso.

- Vocês realmente seriam capazes de se ferirem para fazer a vontade do meu irmão? Pensem bem! Tenho certeza que ele faria com o pokémon de vocês o mesmo que ele quer fazer com esses insetos!

A fala inicial do treinador e de Benjamin parecia já ter mexido um pouco com os ânimos de Jéssica e Jairo. O Pikachu, por sua vez, parecia não ligar muito para as palavras, mas claramente ainda estava afetado pelo medo diante de Jéssica com aquele botão na mão. Mas eles logo mudaram um pouco suas atitudes assim que ouviram a provocação de Luch. Nesse meio tempo, Ben já havia percebido que Meowth estava se deslocando furtivamente e entrou na onda.

- Luch, agora que você falou... O meu irmão é meio mão de vaca sim... Acho que esses três aí foram burros de trabalharem para o irmão errado... Eu com certeza arranjaria um uniforme melhor que esse trapinho aí?

- Como vocês ousam falar assim de nosso visual? Meu cabelo é todo natural e perfeito! - Protestou Jéssica, virando sua cabeça e agitando seus cabelos. - Além disso, eu só uso roupa de grife! Brada, Salgado & Barraca, Gutti...

Enquanto ela argumentava, Meo-Mey já havia armado o bote e avançado. Furtiva, ela saltou na direção de Jéssica e lhe atingiu um tapa na testa. Porém, algo não muito bem planejado aconteceu: a Roquete deixou o controle cair no chão! Pikachu e Meowth logo disputaram pelo artefato, mas foram surpreendidos por outra criaturinha: o Joltik de Luci usou o String Shot e puxou o item para perto de sua dona. Ela ficou apavorada com o controle remoto em suas mãos e logo passou para seu irmão. Apavorado, Yuri então entregou o item nas mãos de Luch e ficou aguardando para ver como ele reagiria.

Os integrantes da Equipe Roquete, por sua vez, ficaram em estado de choque e saíram correndo de forma desengonçada. Em uníssono, praticamente declararam sua derrota:


- Equipe Roquete escapulindo de novoooo!!

Livres da ameaça dos Roquetes - pelo menos por enquanto - o quarteto finalmente parecia ter um instante de sossego. Haviam conseguido resgatar todos os insetos de Unova com sucesso! Mas ainda haviam algumas pendências para resolver. Correriam atrás da equipe Roquete? Conversariam melhor com Benjamin sobre sua identidade? Tomariam alguma atitude quanto ao irmão taxidermista do jovem?

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Ao que parecia, Ben e eu tínhamos duas formas diferentes de reagir àquela situação. Enquanto o rapaz tentava amenizar a situação tentando convencer a Equipe Roquete a não explodir todos, buscando tocar seus corações, eu e Mey já nos precipitávamos em resolver aquilo com mais combate. Era difícil prever quais das duas formas de lidar com a situação era a melhor, mas assim que Ben notou o que eu estava tentando fazer, resolveu entrar na onda e botar mais pilha nas provocações contra Jéssica, Jairo e Pikachu, a fim de distrair ainda mais o trio. Felizmente, nossa tática improvisada deu muito certo e a distração deu tempo suficiente para a Meowth aproximar-se da menina e dar-lhe um tapa certeiro na testa, que a deixou sem reação e também a fez largar o importante controle remoto. Entretanto, nem tudo foi perfeito de acordo com meu plano e agora havia uma disputa ferrenha entre o rato elétrico e minha companheira felina pelo controle.

Quando nossos corações já saíam pela boca, quem tomou uma incrível iniciativa foi o Joltik de Luci. O Pokémon recém-capturado usou muito bem seu String Shot para grudar o controle na teia e trazê-la até sua treinadora. Daí em diante foi uma grande brincadeira de "batata-quente", com vários passa e repassa do objeto entre nós, até que ele foi parar em minha mão. Touché! Muito bem Luci, você treinou bem o Joltik, mesmo que tenha tido pouco tempo com ele! Hahaha! — Comentei, observando o botão do controle e ameaçando apertar — Eu não sei se isso realmente explode, mas agora vocês não tem mais nenhuma carta na manga... O que farão? — Perguntei aos Roquete, que estavam completamente desarmados. Entretanto, a única resposta que recebi foi uma fuga desajeitada do trio, que simplesmente desapareceu bradando sua derrota. Quanto a mim, não pude segurar a risada que soltei ao vê-los escapando de forma cômica.

Agora que nos livramos finalmente do grupo, podíamos nos concentrar no que realmente importava. Primeiro, ouvir melhor o que Ben tinha a dizer sobre sua família e segundo, decidir se deixaríamos os Taillfeller para trás ou se desmascararíamos o taxidermista de uma vez por todas. — Então Ben... Acho que você poderia nos contar melhor sobre tudo o que aconteceu antes de você sair de casa... Apesar de termos salvo esses Pokémon, acho que não seria legal deixar seu irmão à solta, podendo colocar em risco outras criaturinhas... Podemos aproveitar nossa "estadia" nessa Rota e traçar um plano para resolver esse problema de uma vez por todas. Sei que pode ser difícil encarar de frente seu passado assim, mas é uma forte causa! O que me diz? — Questionei Benjamin, enquanto Luci e Yuri apenas ouviam e concordavam com a cabeça, ao menos por enquanto. Aproveitando esse apoio, complementei — Vamos nos preparar ao máximo e agir! Conte comigo Luci, Yuri e todos nossos Pokémon para resolvermos isso de uma vez por todas!

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Com a fuga da Equipe Roquete e todos os insetos sãos e salvos - pelo menos por enquanto - o clima já ficava um pouco mais descontraído, apesar da exaustão de todos. Pelo menos agora eles tinham oportunidade para conversar melhor e Ben poderia contextualizar melhor sua situação para Luch, Luci e Yuri.

- Como eu havia falado antes, a situação é bem complicada. Somos filhos de uma família bem rica e influente em Kalos, os Taillfeler. A verdade é que desde que me conheço como gente, meus pais nunca deram muita atenção para gente. Eles sempre tentaram compensar isso com mimos e dinheiro, sabe? Ter dinheiro é bom, mas não é tudo... Entende? - A voz de Benjamin era melancólica naquele momento. - Eu sou o filho mais novo da família e sempre gostei muito de me enturmar com os funcionários de meus pais. Apesar de nunca ganhar carinho dos meus pais, eu sempre tive muitos amigos que se preocuparam comigo. Já o meu irmão é uma pessoa mais complicada, não sei se é por ser mais velho ou algo do tipo... Mas ele sempre foi mais fechado. Não é que ele seja rude, grosseiro ou mal educado... É que ele não gosta de lidar com pessoas, sabe? Desde minha infância, eu vejo ele sempre arranjando algum hobby novo e de tempos em tempos trocando por algo diferente.

Foi então que Benjamin se aproximou dos dois insetos que ainda não haviam sido capturados e os colocou dentro de pokébolas, garantindo a segurança deles. Pelo menos por enquanto.

- Não sei quem o que fez o meu irmão criar interesse por taxidermia. Eu fiquei muito revoltado e briguei bastante com ele e eu tentei conversar com meus pais. Mas ninguém me levou a sério. Meu irmão disse que eu precisava entender o lado dele e meus pais falaram que eu deveria deixar meu irmão ser feliz. Eles simplesmente aceitam qualquer coisa que meu irmão pede e bancam tudo para ele. Já que eu não consigo impedir ele, decidi atrapalhar os planos dele o máximo que posso, entende?

Ben suspirou e então terminou sua história, trazendo sua visão e pedindo uma sugestão de como agir.

- Desde que meu irmão começou a maltratar pokémons para ser feliz, fiquei com vergonha de minha família. Os renego o máximo que posso, por isso não quis revelar nosso parentesco. Mas, no fundo, eu sinto pena do meu irmão, sabe? Acho que ele está tentando preencher um vazio que meus pais deixaram... Eu realmente não sei o que devo fazer!  

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Agora com muito mais calma e tempo, nós pudemos conversar com Benjamin sobre a situação em que ele se encontrava e entender um pouco mais de seu passado, afinal ele tinha muito a explicar. O que eu não esperava era que esse "muito" realmente fosse tanto, pois Ben começou a contar sua história de vida, explicar seus motivos e depois disso não parou mais! Ao menos era uma história comovente e por que não emocionante? Luci literalmente chorava copiosamente ao ouvir o que o rapaz tinha a dizer e Yuri mantinha as mãos unidas e junto ao corpo, um tanto envergonhado por demonstrar seus sentimentos, mas também sentindo-se tocado por tudo que era dito. Já eu, mais do que emocionado, estava impressionado em como o rapaz ainda via com esperança em sua voz, um final melhor para seu irmão. Apesar de ser filho único eu podia imaginar o que se passava entre dois irmãos, uma relação realmente forte!

Assim que Ben terminou de se explicar e deu aquele último suspiro de alívio pelo desabafo, quem tomou a iniciativa de agir primeiro foi a menina Macchiato, que largou seus pertences no chão, deixou o choro sair e correu para abraçar ele. Nesse instante, se eu pensava em uma frase feita para ampará-lo ou dar minha força, simplesmente desisti e perdi as palavras. Eu realmente não era o melhor para lidar com esse tipo de coisa, mas resolvi deixar o instinto e o improviso me levarem por caminhos tortuosos — Eu te entendo Ben, eu te entendo! Eu não imaginei que você tinha um coração tão grande assim... Você está certo. Seu irmão de certa forma é uma vítima das circunstâncias... Seus pais podem ter tido alguma culpa nisso, mas acho que no fundo ninguém fez nada por maldade, apenas uma sucessão de erros que deram nisso...  — Comentei, tentando ser o mais natural possível.

Luci, que ainda estava abraçada, finalmente afastou-se dele, voltando para perto de sua mochila e pegando-a. Ela não conseguia falar direito, apenas enxugando suas lágrimas e sendo amparada por Joltik e Cleffa. Ben por sua vez, usou duas Pokébolas para recolher os Pokémon ainda não capturados e mantê-los em segurança e enquanto isso, desatei a continuar falando — Acho que eu tenho uma decisão da minha parte e preciso ouvir vocês para saber se vale a pena seguirmos esse rumo... Seu irmão ainda pode ter uma "solução". Pais sempre acham que filhos, mesmo adultos, são suas crianças... Talvez se eu for até sua casa e expor minha visão de mundo, minha curta experiência, eles até tentem entender. Caso contrário, estarei pronto para as consequências. De qualquer modo, você precisa tentar salvar seu irmão mais uma vez e só assim vai poder seguir sua vida. Se não houver jeito, a gente pensa em como pelo menos impedir que novos Pokémon sejam feridos...  — Disse de uma vez só, respirando aliviado apenas no final da conversa.

Depois de me ouvir, Yuri resolveu falar pela primeira vez, tomando a palavra com uma dúvida Ben, você que conhece sua casa... Ou antiga casa... Sabe se tem muitos seguranças para nos impedir? Acho que se eles são ricos devem ter seguranças mais fortes que esses tais Roquetes, não acha Luch?  — Disse o menino, olhando primeiro para Benjamin e por fim, para mim. Antes que alguém respondesse, Luci foi mais rápida em complementar e de certa forma criticar tudo o que havia sido dito Não quero estragar seus planos, eu também quero muito muito muito muito ajudar, mas a gente precisa ser mais forte! Precisamos de mais amigos Pokémon! Comentou um tanto ingenuamente a menina. Com essa frase eu sorri e depois encarei Benjamin, pois realmente não éramos um time de elite capaz de bater de frente com uma família rica e seus recursos ilimitados.

— Tudo isso faz bastante sentido... Mas mesmo não sendo tão fortes, podemos usar uma estratégia inteligente a nosso favor. É como vencer em um Xadrez ou um jogo de videogame ou até mesmo uma batalha Pokémon, a gente tem que estar passos a frente do adversário e agir apenas após ter certeza de nossos próprios passos.  — Comentei apressadamente e depois refleti um pouco sobre minhas próprias palavras e um pouco sobre o que as crianças disseram — De qualquer modo, precisamos avançar... Ben. Talvez hoje não seja exatamente o dia certo para uma "ofensiva", mesmo que seja uma "ofensiva do bem". Você pode cuidar desses dois Pokémon até o momento certo? Certamente Luci e eu cuidaremos muito bem de Shelmet e Joltik, mas se precisar ainda há espaço para levarmos mais algum inseto. E sobre nos fortalecermos... Queria pedir a sua ajuda para nos guiar até o fim dessa Rota. Seria possível? Estamos indo para Lavaridge e um de meus objetivos é capturar um Pokémon de fogo para diversificar minha equipe. Como já está aqui há mais tempo, sabe me dizer se há algum que eu possa encontrar? Desconheço os Pokémon que habitam aqui. — De certa forma concordava com o que os Macchiato disseram, mesmo que tenham um pensamento ainda simples e infantil. Precisávamos estar preparados para muitos enfrentamentos e possibilidades. Não podíamos andar mais rápido do que nossas capacidades e para isso precisávamos sim nos fortalecer. Restava agora esperar uma resposta do garoto para seguirmos.

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Conforme contava a história de sua vida para o trio, Benjamin ficava surpreso com as reações deles. Mas o fato de ver o trio preocupado e querendo ajudar de todas as formas possíveis deixavam o garoto alegre. Aquilo que ele havia conquistado ali era algo que o dinheiro dos pais dele jamais conseguiria comprar: amizades genuínas.

- Muito obrigado por tudo, pessoal! Acho que podemos pensar em algo para fazer enquanto vamos até Lavaridge. - O garoto pareceu raciocinar por alguns segundos e então fez um adendo para Luch. - Acho que podemos pegar um caminho um pouco maior para a cidade. Tem uma parte próxima do Fiery Path que costuma ter alguns pokémons de fogo circulando. Talvez a gente encontre algo interessante por lá.

O garoto então fez sinal para que todos o seguissem. Ele parecia seguro do caminho e seguia de forma natural. Provavelmente os seus passeios pela rota eram frequentes, o que provavelmente explicava o esconderijo que ele havia encontrado pros insetos na rota 111. Enquanto caminhava, continuava o diálogo com os irmãos Macchiato.

- Eu agradeço a preocupação de vocês, mas não precisam se preocupar em relação a seguranças. Acho que a ideia do Luch de conversar com os meus pais é a melhor, mesmo achando que eles não vão querer dar muita atenção para gente. Se eu estiver junto, eles vão ver que vocês são de confiança.

Benjamin agora guiava o trio para uma subida, onde a trilha rochosa continuava presente. A temperatura local aumentava alguns graus e era possível ver suor escorrendo da testa do herdeiro dos Taillfeler. Apesar do leve cansaço, ele continuava animado em guiar todos pelo caminho.

- Podemos continuar mais um pouco? A tendência é a temperatura subir mais um pouco. Se estamos em busca de um pokémon de fogo, devemos procurá-los em um ambiente quente, certo? - Afirmou o garoto, mudando sutilmente de assunto enquanto prosseguiam com a caminhada. - Quanto aos insetos, eu vi a forma como vocês estão se dando bem com Shelmet e Joltik. Ficarei feliz em ver vocês cuidando deles daqui pra frente. Em relação aos outros, sinto que eles ficarão felizes com qualquer um de nós. Se quiserem, podem levar mais um deles com vocês. Mas peço para que eu fique com pelo menos um, já que acabei me apegando a eles...

A conversa então foi interrompida devido a um barulho estranho. O chão tremeu por alguns segundos e então uma chuva de fuligem começou a cair do céu. O que seria aquilo?

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Assim que todos nós abrimos nossos corações um pouquinho, Ben resolveu expressar sua opinião sobre tudo que dissemos. Certamente ele estava muito lisonjeado pela forma que nos oferecemos para ajudar e concordou que ir com ele até os seus pais para conversarmos melhor sobre o assunto seria a opção mais acertada, mesmo que não fosse garantia de que daria certo. Com isso em mente, concordei assertivamente e ouvi do rapaz que ele ficaria bastante contente que eu e Luci cuidássemos de Joltik e Shelmet, podendo levar mais um dos insetos conosco, contanto que deixemos pelo menos um deles com o próprio rapaz, pois ele já havia se apegado bastante a eles — Com certeza! Acho que Venipede está bastante disposto a ficar contigo e nem cogitaria ir com mais ninguém. Mas acho que Dwebble se apegou bastante a Yuri nesse rápido momento que passamos juntos... Se ele quiser, podemos seguir todos juntos!  — Comentei para Benjamin, enquanto caminhávamos.

Ao que tudo indicava, o rapaz levaria todos nós por um caminho mais longo até a cidade de Lavaridge, assim teria tempo para nos mostrar por onde eu poderia encontrar um Pokémon de fogo. Sem pestanejar o seguimos para onde é que ele fosse com toda a confiança do mundo. No duro trajeto ele inclusive nos falou melhor sobre sua casa, principalmente respondendo a pergunta de Yuri, sobre terem muitos seguranças por lá. Ele disse que isso não seria um problema e que sermos "levados a sério" seria o mais desafio, o que certamente era um alívio para todos nós que não poderíamos lidar com mais uma batalha difícil. Enquanto debatíamos o futuro, acabamos não notando o quanto estávamos subindo. O ar parecia ficar mais escasso e o suor era uma constante. Não poderia ser apenas do esforço físico, havia algo muito quente por perto!

— Nós com certeza estamos perto! Olha como está quente! Você é demais Ben... Não vejo a hora de achar um Pokémon de fogo!  — Dizia empolgadamente, mesmo que estivesse esbaforido. Yuri e Luci estavam em uma situação ainda pior e eu começava a me preocupar se havia sido uma boa ideia fazê-los subir tudo isso, mas desistir agora não era uma escolha e até os próprios irmãos ficariam decepcionados se eu tomasse essa decisão, portanto segui em frente. Pelo o que o rapaz explicou, estávamos nas proximidades de um lugar chamado Fiery Path e não seria tão difícil encontrar o que eu procurava Estão sentindo isso?  — Perguntou Yuri, olhando para sua irmã e depois procurando algo de estranho ao redor Não vejo nada...  — Respondeu Luci, bem no momento em que algo começou a trepidar sobre seus pés. Parecia uma espécie de tremor de terra, mas também havia algo como uma nuvem de fuligem descendo a encosta. Seria uma erupção vulcânica? — Acho que... Algo de errado não está certo. Digo. Acho que esse vulcão não gostou da gente aqui! Vamos recuar?  — Questionei Benjamin sobre a situação, afinal ele conhecia muito melhor a região. Estaríamos em perigo real? Se for o caso, mantive preparado para correr o mais rápido possível, arrastando as crianças se fosse necessário.

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O tremor e a chuva de fuligem acabou deixando os treinadores um pouco receosos, mas Benjamin parecia calmo quanto a aquilo. O jovem rapidamente fez um sinal de indiferença com os ombros e explicou a situação para eles:

- O habitat aqui é cheio de pokémons do tipo fogo e do tipo pedra. O vulcão do Mt Chimney está num estado que podemos chamar "semi-adormecido". Ele dificilmente entrará em erupção por um bom tempo, mas os pokémons da região acabam provocando pequenos abalos sísmicos e criam mini erupções. Por isso que é normal chover fuligem de vez em quando por aqui.

Não demorou muito para que outro abalo fosse sentido. Porém, dessa vez, ele parecia ter vindo de uma direção específica. Benjamin olhou em volta e não conseguiu identificar a origem do abalo, mas logo deu um aviso para Luci, Luch e Yuri e esperou que eles pensassem em alguma solução:

- Este tremor sem sombra de dúvidas foi gerado por um pokémon. Talvez ele possa até mesmo ser do tipo fogo! Mas eu não consegui identificar a direção de onde ele veio. Algum de vocês percebeu o sentido? Ou querem tentar arriscar seguir em alguma direção?

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O abalo sob nossos pés havia sido bastante forte e ameaçador, o que só me fazia pensar em deixar aquele lugar imediatamente. Eu não entendia muito bem sobre vulcões, mas o pouco que conhecia me fazia pensar que deveria ser um terreno instável demais para situações "agitadas" como essas e talvez um tremor de terra, mesmo que pequeno, pudesse ter consequências catastróficas! Entretanto, enquanto eu e as crianças pensávamos em fugir, Ben se mantinha extremamente calmo, como se estivesse na sala de estar de sua própria casa. Apesar do grande temor que me assolava, eu havia aprendido a confiar nesse rapaz, mesmo no pouco tempo em que nos conhecemos, por isso tentei me manter calmo também, tentando transmitir a mesma sensação para os Machiatto. Foi o tempo necessário para Benjamin explicar melhor sobre os Pokémon de fogo e pedra que haviam por lá, que acabavam por causar mini erupções de vez em quando e uma nuvem de fuligens como consequência de seus "terremotos" pessoais. Com essas palavras eu pude sorrir um pouco mais aliviado.

— Bom saber! Por um momento achei que poderíamos acabar soterrados por lava e fuligem! Hahaha  — Comentei com o rapaz, enquanto passava a mão pelos próprios cabelos, tentando disfarçar meu medo. Olhei então para Yuri e Luci, que estavam tentando também demonstrar confiança, mas com um pouco mais de dificuldades do que eu, já que seguravam-se um no outro para não cair e davam um meio sorriso, inteiramente de nervosismo. — Bem, continuem juntos mesmo e fiquem sempre bem atrás de mim, ok? A gente vai...  — E assim que comecei a falar, um novo tremor surgir, mas dessa vez menos generalizado e mais próximo que o anterior. Era possível sentir que havia uma origem bem específica para ele, como se houvesse alguém no subsolo dando chutes constantes de baixo para cima, ou algo parecido com isso... Entretanto, ficava difícil saber de onde veio, era tudo muito instável.

Ben ainda mantinha-se calmo, mas não parecia conseguir identificar também a origem daquele tremor, vindo até mim e os irmãos para questionar-nos se conseguimos compreender a origem exata dele. Eu realmente não tinha certeza se sabia da posição exata, mas ficava feliz em ouvi-lo dizer com tanta propriedade que aquele tremor era definitivamente causado por um Pokémon. — Olha, eu não sei dizer com certeza... Mas assim, somos quatro pessoas. E se cada um de nós seguíssemos para o exato lugar de onde a gente acha que veio o tremor e começasse a pular e pisotear o lugar para estimular o Pokémon a dar as caras? As chances são maiores de acertarmos se formos para um lugar só. Se a gente fizer ele sair de seu esconderijo eu tomo a iniciativa de enfrentar o Pokémon e capturá-lo o mais rápido possível. Até porque está um calor insuportável!  — E com isso, recebi a confirmação de Luci e Yuri, apoiando a ideia. Restava saber se Ben achava essa uma boa ideia e se sim, colocar o plano em prática!


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Com a pergunta de Ben, surgiu uma ideia de Luch que parecia mais eficiente: ao invés de seguirem em uma direção específica, o quarteto poderia se dividir e seguir em direções diferentes, ampliando o seu potencial de busca. E assim fizeram. Bastou que o quarteto andasse poucos passos para que fosse possível perceber mais um tremor. Luci deu a entender que foi ela que sentiu o fenômeno com maior intensidade.

- O chão tremeu tanto aqui que até pareceu que ia abrir um buraco! - Relatou a jovem, afirmando que o abalo sísmico havia sido mais potente do que aqueles que ela havia sentido.

Logo todos começaram a seguri na mesma direção que ela. Foi então que Yuri percebeu algo peculiar acontecendo e se aproximou de Luch, apontando na direção de Luci e falando em um tom de voz um pouco mais baixo, talvez para a garota não ficar assustada.

- Luch, é impressão minha ou aquelas pedras ali estão se movendo sozinhas?

Logo que o treinador observou a movimentação, constatou que o que Yuri havia dito era verdade: apesar de se moverem lentamente, as pedras claramente estavam "vivas". Teria aquele movimento alguma relação com os abalos sísmicos?

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