Pokémon Mythology RPG
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CLEAN
Ao passar do tempo a sensação do lugar mudava completamente, antes uma brisa suave e fresca que corria se tornava um vento gelado de dar arrepios, o sol que brilhava forte começava a esvaecer, mesmo sendo ainda as primeiras horas da manhã, as folhas das árvores, as diversas vinhas e a fauna do local dificultava os raios solares.

Não pude deixar de perceber diversas espécies de pokémon por ali, principalmente os insetos que construíam teias de seda que cobriam as árvores e davam um toque mais assombroso no local. Eu estava maravilhada com tudo aquilo, decidi liberar Sandygast, o pokémon fantasmagórico adoraria passar um tempo pelo obscuro. Logo o montinho de areia se materializou do meu lado e seguiu viagem conosco, se arrastando pelos obstáculos, seria bom ter um corpo arenoso naquele momento.

— Não se preocupe, não há o que temer. — disse para a menina confiante, e realmente não tinha nenhum perigo eminente por ali. — Sem problemas!

Respondi a menina e segurei prontamente em sua bolsa, achei muito gentil da parte dela, com o passar do tempo a menina estava cada vez mais gentil comigo, as circunstâncias também estavam bem favoráveis, a menina queria companhia e ao mesmo tempo se certificar que eu estava bem. Após alguns minutos caminhando lado a lado um tronco bloqueava nosso caminho.

Karinna tentou subir nele e acabou por cair, rapidamente me prontifiquei pra ajudar, mesmo a menina esbravejando de raiva da situação, não a deixaria na mão, ela tinha me ajudado diversas vezes e eu estava realmente considerando ela uma amiga já, não tinha mais de uma hora que nos encontramos, mas ela estava sendo uma pessoa tão boa comigo.

— Você está bem? — perguntei preocupada — Não perca a cabeça... Você tá machucada, não quer descansar?

Karinna parecia não se importar muito com as feridas e continuou o caminho, me ajudando a passar do tronco, a loira estava sendo de extrema ajuda, mas eu mantive a preocupação com as feridas dela, não que fossem grande coisa, mas mesmo assim eram feridas. Toquei em seu ombro e a fiz parar por um momento, graças a minha educação de ouro eu tinha conhecimentos básicos de primeiros socorros, mexi na bolsa por alguns instantes e tirei uma gaze e um antisséptico.

— Isso vai machucar um pouco... — falei enquanto já passar o produto na pele dela sem dar tempo para que ela me impedisse, algo me dizia que ela era meio frouxa quanto ao medicamento, a maioria das pessoas eram frescas — É melhor arder agora que infeccionar depois.

Falei firme com ela, enquanto aplicava um curativo nela, feito aquilo sorri para a menina e segui viagem para o interior obscuro da floresta, talvez Sandygast conseguisse sentir a energia espiritual dos pokémon fantasmas próximo à casa abandonada e nos guiasse até eles. Enquanto tudo acontecia o montinho fantasmagórico observava a situação atentamente, era um pokémon quieto e observador, uma característica que percebi em pouco tempo de convivência com o pequeno.
(C) ROSS

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Última edição por Serafini em Qua Mar 13 2019, 22:29, editado 1 vez(es)

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Rota 101 - 28º - 7:55

Ambientação.
A floresta de fato assustava Karinna, mesmo com sua especialidade nos tipos psíquicos os fantasmas ainda lhe assustavam. Eles conseguiam fazer alguma coisa com sua mentalidade para que ela sentisse toda aquela energia negativa com tamanho medo. Era esperado. Mas Tábata contornava a situação com completa calma, Sandygast era a prova disso.

Mesmo as jovens sendo especialistas em tipos completamente opostos elas ainda se entendiam e começavam a ter laços afetivos bem aparentes, os gestos, a educação e toda o tratamento para com a outra mostrava isso de forma clara.

Caminhar pela floresta, por sinal, não era uma tarefa nada fácil. Os troncos que estavam caídos pelo chão e as raízes que também dificultavam a passagem faziam com que a queda de uma delas fosse quase que como algo planejado. Tábata cuidou dela, com seus conhecimentos de primeiros socorros, e, com aquela parada na exploração, elas estavam bem mais expostas.

Alguns barulhos continuavam ecoar pela floresta, gritos e sussurros profundos adentravam os ouvidos das garotas e pareciam querer carrega-las para algum lugar distante, escuro e vazio. Como se seus piores pesadelos se materializassem ali, bem próximos delas, e sussurrassem em seus ouvidos mentiras tentadoras. “Venham, vamos sair daqui...”, “Vamos nos divertir...” Sempre com uma risada contínua e macabra.

Durante aquele momento em que uma cuidava da outra, uma voz especial, sim, especial conseguia alcançar elas como se pedisse, ou melhor, suplicasse por ajuda.

- Socorro ...! – Dizia a voz feminina e bem doce. Era como se quem estivesse gritando aquilo fosse alguém delicada e frágil.

As garotas ainda estavam envoltas por aquela névoa escuro-acizentada e repleta de vozes estranhas, barulhos assustadores e sons perturbadores.

Giratina sorria.

PROGRESSO KARINNA :


PROGRESSO TÁBATA :

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Depois de me machucar ao descer do enorme tronco, parecia que o medo irracional começava a tomar cada vez mais conta da minha consciência. Eu fechava os olhos com medo de abri-los novamente, me forçando sempre a respirar fundo e me recompor devidamente.

Agora fragilizada, não iria dar o braço a torcer e voltar para a rota populosa, mas era visível que eu lutava a cada segundo contra minha própria cabeça. Tábata ajudou-me com curativos, a jovem parecia habilidosa nesse quesito, mas não era com isso que eu estava preocupada no momento: O ambiente me era agora, de certa forma, hostil. Agradeci a garota, claramente já a considerava como amiga, por mais que não quisesse admitir. Segurei no ombro da mesma, nesse ponto, baixar minha guarda era inevitável, ainda mais se tratando de algo que não tenho nenhum conhecimento sobre. Tábata e Sandygast pareciam estar gostando de toda essa loucura e era a única coisa que me confortava, a garota e o Pokémon estavam exatamente onde pertenciam.

— Er... — dei uma leve risada para tentar disfarçar o nervosismo, uma característica já há muito adormecida em mim — Estou um pouco apavorada, mas melhor seguirmos em frente de qualquer maneira, já viemos até aqui e retornar não é uma opção.

Minha consciência, combinada com o ardor dos meus machucados, me deixava de certa forma apreensiva ao extremo e com a guarda ligada mais do que nunca. Lembro-me de aprender quando pequena que quando um animal está ferido e em perigo é que seus sentidos verdadeiramente florescem à flor da pele. Talvez seja isso que esteja acontecendo comigo agora ou talvez eu só estivesse exagerando...

Sempre soube que minha grande conexão com psíquicos havia me tornado de certa forma mais suscetível a certas emoções e vibrações não comuns à outras pessoas, mas nunca liguei isso com o fato de sentir também situações perigosas, principalmente em ambientes desconhecidos.  E era exatamente isso que estava acontecendo, eu só não havia me dado conta.

— Tábata, sei que está gostando, mas há algo muito, muito errado acontecendo aqui nesse momento.
— parei abruptamente, segurando com a mão esquerda na raiz aérea da árvore mais próxima e com a direita dentro da bolsa na Pokébola de Sushi, meu Abra — O que faremos?

Soltar Abra de sua Pokébola não seria bom para o mesmo nesse ambiente horripilante, mas em algum caso de emergência ou até mesmo de sorte, serviria para algo. Decidi por abrir a esfera metálica do mesmo, com o raio brilhante que o materializava iluminando por poucos segundos a vasta névoa que, como num estalar de dedos, agora nos cercava.

A fumaça cinzenta parecia não ter fim. Fora feita de uma hora para outra, como se o clima do local tivesse mudado da água para o vinho, rapidamente. Os sussurros previamente ouvidos agora eram mais fortes, parecia de verdade que a única intenção deles era nos enlouquecer. Abra levitava do meu lado, com uma feição nada comum fora de batalhas: O Pokémon parecia irritado, como se algo ou alguém estivesse tirando sarro de todos nós. Sushi fitava fixamente o nada em meio à névoa, até sua orelha balançar uma vez rapidamente por algo chamando-lhe atenção. Segundos depois, era possível escutar uma voz fina e distante em meio à floresta, por um momento, não conseguia entender o que dizia, mas logo vi que pedia socorro.

— Arceus, era só o que nos faltava! — exclamei em direção à Tábata, que parecia mais controlada nessa situação do que eu — Devemos ajudar?

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Enquanto eu cuidava de Karinna a menina se alterou um pouco, eu não percebi num primeiro momento o que estava acontecendo, parecia exagero da parte dela, o clima mudando repentinamente para mim era normal pois estávamos próximos da casa abandonada possivelmente infestada de pokémon fantasmas.

Mas logo começamos a ouvir barulhos ecoando por toda a floresta, o som era hipnotizador, misterioso, gélido, amargo, comecei a duvidar da minha sanidade mental ao começar a ter sensações pelos ouvidos, como um som podia ser frio e ter gosto? Mas tinha e aquilo me arrepiou da cabeça aos pés.

Até mesmo para mim, mono treinadora fantasma aquilo estava demais, as visões distorcidas apareciam bem na minha frente, o vórtex maligno da solidão e do oblívio, meu maior medo, ser esquecida e deixada de lada. Aquilo me tormentava de verdade.

A risada macabra, o som, as visões por um momento foram quebradas por uma doce voz, gentil mas em apuros, pedia, não, suplicava por ajuda. Olhei para Karinna e dessa vez não conseguia conter o meu espanto e temor, aquilo estava além do meu limite para o macabro e obscuro, aquilo era o inferno.

E logo em seguida o clima voltou, ele nunca tinha ido, mas eu tinha deixado de prestar atenção para ouvir o pedido de socorro. O ar cada vez mais gélido e assombroso, as vozes esganiçadas, a risada maléfica.

— Algo não está certo, Karinna... Me desculpe! — comentei com a menina, me sentindo extremamente culpada por aquilo que estava acontecendo.

A menina tinha liberado seu Abra e eu nem tinha percebido, mas o pokémon psíquico estava visivelmente alterado com aquela situação, mas Khaki parecia apático com toda aquela movimentação misteriosa, talvez ele soubesse o que estava acontecendo, talvez ele como pokémon fantasma estivesse acostumado com essas brincadeiras horripilantes, porém aquilo estava ficando extremo.

— Não temos o que fazer, se ficarmos aqui seremos alvos fáceis para o que quer que seja isto — parei por um momento encarando a menina — E não podemos deixar mais uma pessoa nessa situação!

Falei firme, eu tinha percebido que a menina estava abalada com aquilo, eu também estava, mas se perdessêmos a cabeça ali, o que seria de nós? Eu tinha que tomar uma posição, defender aquela que eu começava a considerar como amiga.

Me levantei de uma vez, era difícil enxergar um palmo a minha frente, a névoa negra acinzentada estava densa demais, segurei a menina pela cintura para ajudá-la a caminhar, afinal ela estava ferida. Tentei sem sucesso ver através do que nos cercava, a nossa única opção era caminhar por através daquela neblina macabra.

— Você que pediu ajuda, onde você está? — Gritei de volta enquanto caminhava para além da escuridão com Karinna. Seja lá o que fosse aquilo, a gente teria que enfrentar juntas, e como prometido, eu protegeria ela do que quer que fosse, ela estava em clara desvantagem, tanto em batalha quanto psicologicamente.

Eu tinha que colocar minha cabeça no lugar, por ela, pelo seu pokémon, por mim e pelo meu Sandygast, pela primeira vez na minha vida eu estava tomando as rédeas da situação, liderando. Eu não podia estragar tudo, a loira contava comigo para ser forte, eu sabia disso, eu via isso em seus olhos assustados, mesmo estando morta de medo por dentro, eu tinha que me recompor e enfrentar meus medos pelo nosso bem. Mas a sensação de algo muito ruim estar por acontecer não conseguia sair da minha cabeça, minha espinha estava completamente arrepiada, os calafrios corriam pelo meu corpo, a situação não estava nada favorável.
(C) ROSS


Última edição por Serafini em Qua Mar 13 2019, 22:29, editado 1 vez(es)

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Rota 101 - 27º - 7:57

Ambientação.
Elas começaram a pelo menos demonstrar as primeiras ações para ajudar aquela voz infinda. De certo modo elas tinham sim uma ótima intenção, mostrar amor pelo próximo ao salvá-lo de alguma situação adversa. Quem sabe pelo o que aquela pessoa estava passando? Quem sabe o que estava acontecendo a ela? Não era hora de ficar pensando se aquilo seria um alarme falso ou uma armadilha, o sentimento humano falava mais alto e elas logo retrucavam aquele pedido com uma pergunta que provaria a veracidade de tal.

- Socorro ...! A cabana ...! – Continuou aquele grito ecoando pela floresta.

De certo modo aquilo parecia bem sem nexo, até então. Mas após alguns poucos segundos elas viam aquele bando de Taillow e Swellow voando entre as árvores desenfreadamente, como se algo lhes assustasse, ou algo parecido, ao fundo. Após isso era a vez dos Zigzagoon e Linoone, que também passavam entre as pernas das garotas, as evitando sem nem mesmo tocá-las. Logo, não demorou muito para uma nuvem negra, seguida por uma enorme luz alaranjada, chegar aos céus. Algo estava em chamas!

Caso elas corressem poucos metros mais a frente, cerca de dez ou quinze metros, elas poderiam ver uma cabana completamente engolida pelas chamas. Haviam ainda alguns pontos que dessem a entender que alguém estivesse ali, o primeiro era uma bicicleta encostada a uma árvore próximo a cabana, a segunda era alguns movimentos passando pela janela e, por último e mais curioso era a porta e algumas janelas batendo pelo forte vento que parecia atingir, aquela área mais baixa da floresta. Logo, após poucos segundos, uma rajada de vento logo atingia as garotas balançando desde as árvores, lançando suas folhagens ao vento, até as plantas que pareciam começar a sair do solo devido aquele forte vento.

Karinne e Tábata deveriam agir, elas tinham total capacidade de lidar com aquela situação, Abra e Sandygast mais ainda, afinal, eles pareciam estar fortalecidos por aquelas situações mais sobrenaturais.

PROGRESSO KARINNA :


PROGRESSO TÁBATA :

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Parecia que as coisas estavam piorando para nós duas: a névoa encobria ainda mais nosso campo de visão e a voz pedindo ajuda aumentava conforme adentrávamos a floresta. Pokémons selvagens pareciam correr entre nossas pernas, desesperados por um abrigo do que estava acontecendo.

Abra continuava inerte, observando a imensidão da fumaça. O cheiro agora parecia um pouco mais característico, como de algo queimando ao horizonte. Tábata decidiu que iríamos ajudar quem quer seja, então apertamos o passo em direção ao que parecia um pedido de socorro iminente.
Em pouco metros, era possível ver uma pequena cabana em chamas, com uma bicicleta estacionada na frente: Definitivamente havia alguém lá. Cobri minhas narinas com a manga do meu bolero, parando agora há poucos metros do fogo.

— Tenho uma ideia. — disse em meio à tossidas provenientes da fumaça tóxica do fogaréu — Acho que sou mais rápida que você, posso tentar correr com Abra e qualquer coisa nos teleportamos de volta pra fora.

Contei até três mentalmente, correndo em direção ao que parecia uma abertura na fachada da pequena cabana. O vento forte parecia alastrar ainda mais o fogo, que tomava conta de todo local, tornando a entrada praticamente impossível. Não consegui pensar duas vezes, se houvesse alguém ali, precisava de nós ou acabaria perecendo em meio a destruição. Sushi me acompanhava, o psíquico parecia tão empenhado em ajudar quanto eu, deixando de lado até mesmo o que o aborrecia há poucos minutos. — Nossa, quando foi que me tornei uma pessoa tão altruísta? — pensei enquanto encarava as chamas de perto — Espero que a pessoa aguente um pouco mais. Já estamos chegando.

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Última edição por Karinna em Qua Mar 13 2019, 22:33, editado 1 vez(es)

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CLEAN
Enquanto estávamos presas dentro daquela névoa maligna a voz ecoou novamente, dizendo que a cabana estava em chamas, mas que cabana? Olhei a minha volta e só o que eu conseguia enxergar era o breu que aquela neblina macabra lançava sobre nós, de repente, pokémon nativos da região começaram a correr, os guaxinins estavam desesperados, passando por entre a gente com uma velocidade invejável e muito cuidado para não esbarrar em nós, afinal seríamos um obstáculo a mais para a fuga deles. Os pássaros da rota voavam nervosamente por todos os lados e finalmente consegui ver o clarão alaranjado ao fundo, emanando uma fumaça densa e enegrecida com ferocidade.

Corremos na direção da luz e podemos ver o que estava acontecendo, a tal cabana estava completamente tomada em chamas, o céu era coberto por fuligem e fumaça. Algumas peculiaridades chamaram nossa atenção, uma bicicleta encostada e vultos por entre as janelas da cabana, alguém estava lá, mas será que poderíamos fazer algo? Fiquei em choque, não queria não fazer nada, mas não conseguia.

— Você tem certeza? — exclamei desesperada enquanto Karinna já começava a correr em direção à cabana, aquilo era extremamente perigoso! — Khaki, vem comigo, tive uma ideia...

Chamei meu pokémon e fui correr para as proximidades da cabana, meu pokémon não conseguia teletransportar ou algo do gênero, mas seu corpo todo era feito de areia, me agachei e comecei a cavar a terra, Sandygast pareceu captar a mensagem, o fantasma se aproximou para que eu pudesse jogar terra no seu corpo, não era nada ortodoxo mas funcionaria, eu aumentaria o tamanho dele para que ele conseguisse ao menos apagar pequenas chamas com seu corpo.

— Agora, Sandygast, cubra as chamas que você conseguir, vamos minimizar o dano causado à floresta! — eu disse por fim, imaginando quando chegaria a brigada de incêndio pokémon, não era possível que ninguém daquela rota estivesse vendo a fumaça nos céus, a ajuda tinha que chegar logo, eu estava cada vez mais ansiosa e preocupada com Karinna, ela tinha que voltar logo.
(C) ROSS


Última edição por Serafini em Qua Mar 13 2019, 22:14, editado 1 vez(es)

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Rota 101 - 27º - 7:57

Ambientação.
De fato, o ato bem generoso das garotas em salvar quem quer que estivesse ali dentro fora bem bonito e belo. Elas conseguiam se aproximar e com uma ótima ideia de aproveitar o corpo arenoso de Sandygast para apagar as chamas.

O Pokémon monte de areia já era enorme, ele atingia, quase, a casas dos 180 centímetros. Seu volume era bem difícil de manejar e a sua lentidão, que já era grande, ficara ainda maior. Era sim uma ideia boa, mas a execução talvez não ocorreria como as jovens pensavam, afinal, ainda faltavam alguns metros para chegar na cabana e com o Pokémon se arrastando naquela velocidade eles já chegariam no local quando estivesse caído e cansado em brasas e cinzas.

Talvez elas pudessem ter outra ideia tão genial como esta, mas até então parecia ser sua única alternativa até então aproveitada.

Por sorte havia um pequeno tanque de água, mas ele era bem extenso. Talvez houvesse cerca de dois mil litros de água ali dentro, quem sabe? Só tinha um modo de descobrir. O tanque estava erguido por uma fina torre de madeira protegida por uma pequena e desgastada cerca também e madeira. O chão era de grama, então, a temperatura já era alta ali e logo mais o fogo alcançaria aquele local. O que elas poderiam fazer?

Na cabana a situação só piorava, o fogo começava a consumir o interior, as chamas saíam das janelas como Flamethrower de Blaziken furiosos e o vento quente que explodia dali de dentro também parecia com um Overheat de um Torkoal enraivecido. Caso as jovens prestassem bem atenção, apertassem as vistas e logo se prontificassem, elas atentaria ao que realmente estaria ali no interior da casa. Era um pequeno e indefeso Ralts e um quase inconsciente Nincada.

PROGRESSO KARINNA :


PROGRESSO TÁBATA :


OFF :

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A quantidade de fogo parecia aumentar cada vez mais, tornando praticamente impossível a entrada na cabana em chamas naquelas circunstâncias. Parada em frente à casa, em meio ao desespero, procurava diversas alternativas para lidar com o fogaréu.

— Arceus, o que vamos fazer? — olhei para Abra com um olhar amedontrado — Seja lá o que for que esteja ali dentro precisa urgentemente de nós.

O psíquico parecia tão nervoso quanto eu. Minha ligação com ele era tão forte que pude sentir que o Pokémon já sabia do que se tratava e justamente por isso gostaria ainda mais de solucionar o problema o mais rápido possível. Depois de bastante tempo engolindo aquele monóxido de carbono tóxico, pensei em algo imediato, que de certa forma ajudaria-nos  no menor espaço de tempo.

— Sushi, use Teleport nas redondezas da casa, tente achar algo útil! — exclamei, agora me afastando um pouco mais da cabana em chamas — Se achar, retorne aqui e nos avise.

Tábata e Sandygast pareciam empenhados também, quando dei por mim o fantasma já estava maior do que eu com o tanto de areia que a garota usou para aumentá-lo de tamanho. Era uma boa ideia, mas não tínhamos tempo suficiente para o Pokémon, já lento, apagar aquela grande quantidade de fogo rapidamente.

Logo Abra retornou, com um Teleport em minha frente, agora me puxando pelas mãos em direção ao que parecia uma pequena caixa d'água. Como faríamos para derrubar aquele tanque ali? Sequer sabíamos se de fato havia água ali dentro, mas era a única saída.

Meu suor já escorria queixo abaixo como uma cachoeira; a temperatura do ambiente parecia aumentar vários graus a cada minuto. Meu vestido já estava encharcado, bem como minhas meias, o nervoso certamente contribuíra para tudo isso. Passaram-se segundos que pareciam horas enquanto pensava em como jogar o conteúdo daquele tanque em cima da casa. A adrenalina corria pelas minhas veias, Sushi já estava impaciente para que eu logo o ordenasse e toda essa pressão fez com que, quase que magicamente, uma ideia surgisse em minha cabeça. Olhei para Tábata com um olhar campeão que tenho certeza que a mesma entendera.

— Sushi, agarre o Khaki com toda a sua força! — O Pokémon achou estranho, mas logo o fez. — Sei que será muito exaustivo pra você, mas agora Teleport vocês dois para o topo da caixa e deixe Sandygast mais inclinado para a direção da cabana.

Agora em cima da caixa, o peso e tamanho de Sandygast fez com que a fina torre de madeira arrebentasse aos poucos, inclinando a caixa para cima da cabana em chamas. Claro que isso não garantiria que água não se espalhasse sem cair uma gota no fogo, então, pensei em outra solução.

— Agora, use Round repetidamente para direcionar a água na direção do fogo! — exclamei já com Sushi abrindo a boca e produzindo os belíssimos anéis tricolores. — Cuidado para não mirar na casa e destruir o que resta dela, basta mirar na horizontal que a água vai seguir o fluxo. Dê tudo de si!

O Pokémon criava círculos atrás de círculos, que eventualmente iam ficando maiores e mais poderosos, formando uma espécie de tobogã para a água que escoava do pequeno tanque d'água. A ventania, agora, estava em nosso favor: as grandes poças que se formavam mid-air eram carregadas pelo vento, ajudando a apagar o temível fogo. Finalmente.

Corri para a cabana, desviando de diversas madeiras arrebentadas pelo chão. A fumaça ainda era um pouco alta, o vapor d´água mal deixava ver a um palmo de nossos rostos. Sushi agora usara Teleport novamente para vir ao meu lado e ajudar no resgate de quem quer que esteja ali. Caminhamos mais a frente e pude ver dois Pokémons encolhidos no canto. Sei que um deles era Ralts, já conhecia o espécime pequenino de outros tempos, na época de criança, quando me apaixonara por psíquicos ao vê-los em revistas. O outro, um inseto, não fazia ideia do que era.

— E agora? Não sei se podemos chegar perto, eles podem estar ariscos e amendrotados. — indaguei ao psíquico, com a barra do meu vestido nas narinas me protegendo do quente vapor d'água misturado ao restante do monóxido de carbono proveniente do fogo. — O que fazer?

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Última edição por Karinna em Qua Mar 13 2019, 22:33, editado 2 vez(es)

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O resultado do meu esforço estava dando certo, aos poucos Sandygast estava tomando proporções gigantescas, ele estava com quase dois metros de altura, mas aquilo não saiu do jeito que eu planejava, meu pokémon era extremamente lento naturalmente, e todo aquele peso estava o deixando ainda mais lerdo.

— Khaki, bom trabalho! — parabenizei o pokémon do mesmo jeito, eu sabia que a intenção dele era de ajudar, o fantasma estava demonstrando ter um coração de ouro, apesar de não muito comunicativo.

Voltei minha atenção para Karinna, a menina estava ordenando seu Abra a procurar po alguma coisa, não pude fazer o mesmo, Khaki estava quase estático de tão pesado, ele não conseguiria achar absolutamente nada. Olhei para um lado e para o outro, tentando achar alguma maneira de ajudar.

Logo percebi que o pokémon psíquico voltara e estava puxando a menina para perto do que parecia uma torre de água, perfeito, mas como iríamos derramar toda aquela água na cabana? Sandygast era pesado demais para se mover, seu corpo arenoso apenas absorveria a água.

A loira então teve uma ideia e esperei para saber o que seria. Usar o Teleport de Abra para se mover rapidamente era excelente. Rapidamente me virei para o meu pokémon, para ajudar na execução do plano de Karinna eu tive também uma ideia.

— Sandygast, use seu Harden o máximo que você conseguir para ficar ainda mais denso e pesado, vamos derrubar essa caixa d'água! — exclamei confiante.

O pokémon fantasmagórico começou a brilhar, alguma reação estava acontecendo ali, o corpo arenoso do pokémon começou a expandir e a ficar ainda mais sólido, quase como uma pedra, por assim dizer. Eu esperava mesmo que desse certo o plano da loira.

Enquanto os pokémon trabalhavam em conjunto para tentar apagar a cabana, corri para mais perto dela, e logo percebi duas criaturas ali dentro. Como estava muito quente e escuro pela fumaça, não consegui identificar o que eram, mas sabia que eram bem pequenos o que me desesperou pois eu podia jurar que tinha visto uma criança por ali.

Olhei a magnitude do nosso plano em ação. Logo Abra começava a usar seu Round para desviar a água na direção da cabana, Sandygast estava no chão, um pouco molhado, mas ainda assim estava bem.

— Khaki, faça o seguinte! — minha cabeça estava a mil com tudo aquilo que estava acontecendo — eu sei que é difícil se movimentar, mas tente se desmaterializar o máximo para poder arrastar seu corpo pelo chão e dê o seu melhor para se aproximar da cabana e tentar cobrir a maior parte dela possível!

Poderia demorar, mas era algo ainda assim, o corpo arenoso do pokémon numa forma mais fluida ficaria mais fácil para o fantasma carregar e assim flutuar por cima da cabana, como uma onda de areia, um avalanche terrosa. Eu comecei a me preocupar pelo bem estar das duas formas presas dentro daquela cabana.

— Karinna, eu acho que vi algo dentro da casa, precisamos salvá-los!

Em questão de segundos a menina correra para dentro da cabana, identificando o que seriam dois pokémon. Um Ralts, uma criatura maravilhosa, era ela quem me deu a sensação de ser uma criança dentro da cabana em chamas, e a outra era uma espécie de cigarra, se eu não me engano era um pokémon inseto muito peculiar, evoluía para dois pokémon, e eu tinha quase certeza que um deles era um pokémon fantasma, uma espécie de casco vazio sem vida. Eu amava as histórias em torno de pokémon fantasmas, sempre eram cheias de mistérios envolvendo o além-túmulo.
(C) ROSS

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Última edição por Serafini em Qua Mar 13 2019, 22:15, editado 1 vez(es)

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