Pokémon Mythology RPG
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Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede

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A estranheza daquelas ordens terem surgido só agora me fazia cogitar duas hipóteses: ou o desafiador tinha um total de zero planos estratégicos ou o narrador só pensara em alterar o Moveset dos pokemons agora. Deixe-me contar... Worry Seed, Aromatherapy, Sweet Scence, Solar Beam, Mega Drain, Sunny Day. Ok, fechou seis. Arcanine teria Odor Sleuth, Crunch, Flamethrower, Fire Fang, Howl e Safeguard. Ok, também fechou seis. Isso é uma informação importantíssima: nenhum ali tinha nada para parar a gente e nem... Protect. Mantive-me antenada para as opções que se sucederiam e puft; a sequência de acontecimentos de TFT quebraram a lógica da batalha.

Numa pausa para farme de Torchics e Blazikens tentei manter o foco. Catei-os um cinto e uma armadura; colocaria-os em Steelix de imediato se, antes disso, não tive uma crise de riso ridícula bem à frente da plateia. Os equipamentos criariam um item que causaria queimadura nos inimigos mas não conseguir colocá-lo a tempo por um simples motivo, eu não parava de lembrar de Nicholas tetando por a Armadura e eu dizendo para botar Steelix para fora. Olhando daqui eu consigo ver bem o absurdo que era minha ideia: a serpente metálica mal cabia no palco! Encarei o cavaleiro e entre risos disse-lhe, sem me importar muito com a falta de sentido que isso faria para as outras pessoas:
- Imagina isso no seu camarim - Comentei, quebrando completamente a quarta parede - Ainda bem que você não me ouviu. Aqui ele já não tem espaço.

Bem, era uma figura cômica, um Steelix expremido entre paredes, ainda assim, eu precisava focar na batalha e, melhor ainda, encarar Vili, a pequenina logo ao lado, que eu era responsável:
- Use dois Bites em Roserade. Se de alguma forma à pokemon cair antes, mude o alvo para o canino rival - orientei.

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Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Nico se perguntava por qual motivo ele trouxe Steelix para o tetro. O espaço ficou tão apertado que mal o Pokémon Steel-Type. O treinador percebeu que Winnie ria da cena e ele sabia que ela estava lembrando-se de quando sugeriu que ele liberasse Kelsier no camarim.

- Vamos atacar a Roserade com Fire Fang, Steelix. – Nico apenas desejava que não caísse de cima do Steelix durante o ataque, principalmente durante o segundo. – HORA DO NOSSO ULTIMATE. INFERNO OVERDRIVER NO ARCANINE.

Com toda certeza a cena mais cômica de todo teatro foi Nicholas fazendo a dança do Z-Move em cima do seu Steelix e ainda usando uma armadura.

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ALICE E O CAVALEIRO BRANCO ATRAVÉS DA QUARTA PAREDE

Winnie era uma excelente treinadora e rapidamente decorava os golpes dos seus inimigos, organizando uma lista mental com os movimentos dos mesmos para planear e organizar os ataques com o seu parceiro. Já agora que esta rota quebra bastante a quarta parede eu estou aqui pensando que Agar.io não vai funcionar como o próximo jogo... Enfim... Vai ser um Dating Simulator, estilo Amor Doce, em que a Victoria vai ser o senpai que as garotas do primeiro ano querem namorar. Voltando. O par ainda trocava alguns risos ao verem a serpente metálica entrar em campo para substituir Honedge devido a seu tamanho e ainda mais engraçado ficou quando Ran subiu na cobra durinha... Algo tinha de o atrair na Victoria, né. Bem, o oponente se surpreende com o tamanho da cobrona e ele até mesmo se esquece de juntar os itens que tinha recebido.

Sobre a batalha... Vili iniciou o turno se lançando sobre a gramínea com uma forte mordida que a deixou atormentando-a, impedindo-a de atacar neste turno. Foi então que Arcanine conjurou uma espécie de manto azulado que distribuiu por ele e seu aliado, deixando os dois protegidos contra a confusão e condições de status. Mas infelizmente isso foi inútil para a pobre Roserade que foi totalmente consumida pelas chamas que se distribuíam pelas mandíbulas de Kelsier que a mordia com imensa força e quando a soltou já o seu corpo estava espalhado pelo corpo...

Agora o casal só possuía um único inimigo. Vili fez exatamente a mesma coisa, mas o seu efeito adicional não foi ativado desta vez, pelo que Arcanine respondeu com o mesmo golpe de Kelsier no próprio metálico, causando um dano considerável e ainda o deixando com dolorosas queimaduras, porém isso nem parecia machucar o mesmo quando o seu treinador ativou o poder do seu Z-Crystal com uma dança engraçada, aquele tipo de danças servia sempre como alívio cómico para a peça como se aquela precisasse ainda de mais né, e então a serpente libera uma intensa labareda sobre o campo inimigo varrendo todas as outras peças do campo, mas sem os nocautear, só os derrotou pelo turno mesmo. Porém, Steelix ainda se queixou das queimaduras ao longo do seu corpo que o deixavam mais fraco.


Roserade:
Nocauteada
Arcanine:
-4Sp. Def; +3Atk
Hold Item 1:
Miracle Seed
Hold Item 2:
--
Trait 1:
Natural Cure
Trait 2:
Intimidate

lv25 Roserade


00/65
lv25 Arcanine


22/80
Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 RoseradeAlice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 Arcanine
Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 Furfrou-kabukiAlice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 Steelix
lv25 Furfrou


67/72
lv25 Kelsier


57/72
Furfrou:
-2 Eva; -1Atk
Kelsier:
Burned
Hold Item 1:
Black Glasses
Hold Item 2:
Firium Z
Trait 1:
Fur Coat
Trait 2:
Sheer Force

Campo: Arena de TFT. Reflect aliado(4/6); Sunny Day (3/6); Safeguard oponente (2/5)

Victoria (47/50)


Nicholas (35/50)
Victor Perriraz (31/50)

PROGRESSO WINNIE :


PROGRESSO NICHOLAS :



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VIRTUUM :

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Agora a batalha realmente estava próxima de seu fim. Roselia havia caído com o ataque de Steelix e Arcanine possuía pouca energia lhe restando. Apesar de Steelix ter ficado com queimaduras a vitória já era certa. Dessa vez Nico quase conseguiria o máximo de pontos da batalha, contudo já era mais do que ele precisava. Winnie novamente conseguia seus 50 pontos, lhe dando uma grande vantagem no teatro.

- Steelix, vamos finalizar com duplo Fire Fang!

Provavelmente apenas um golpe bastaria, contudo eles não poderiam arriscar.

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Mais uma vez o placar sorria para mim. Encarara os números ao canto do palco com uma sensação de "trabalho feito". Um misto de orgulho e satisfação enchiam o meu peito e com ela eu respirava fundo: ainda não acabou. Fechei o punho num sinal de esforço e esbocei com a boca um "vamos lá" que ninguém vira ou ouvira. Era uma expressão minha que, mesmo no palco, era só para mim:
- Vamos continuar com dois Headbutt - Eu ordenei.

Em uma batalha normal eu nunca ordenaria isso; arriscaria um Dark Pulse na esperança de dar mais dano e nocautear logo Arcanine, mas Nicholas ainda estava no jogo e ainda podia coletar mais pontos do que um simples nocaute, sendo assim, desacelerei. A batalha acabaria logo mais; fora mal metade do teatro e eu já estava cansada daquilo. Não de saco cheio mas... exausta. Talvez uma rota cumprida, de semanas, acampando ao meio da floresta e correndo só com visão da luz lunar seja mais relaxante que forçar-se em expressões a todo momento.

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Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

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ALICE E O CAVALEIRO BRANCO ATRAVÉS DA QUARTA PAREDE

A batalha não demorou muito mais para terminar. Furfrou agiu rapidamente através de uma cabeçada diretamente na jugular no canídeo de fogo que o mesmo expôs ao tentar desviar-se, pelo menos não foi na cara. Arcanine se levantou em apenas duas patas enquanto rugia bravamente e reunia grande quantidades de chamas na sua boca para depois voltar à posição quadrúpede e lançar um jato de fogo sobre o metálico que agonizava de dores, quando as chamas baixaram Kelsier mostrava grande dificuldade para se manter em apenas duas patas e estava com a respiração bastante pesada, mas com o desejo de vitória correndo pelas suas veias ele se lança novamente sobre Arcanine com a sua boca em chamas para morder o adversário com bastante força, que causava ainda mais dano devido à habilidade do mesmo, levando assim o mesmo ao nocaute. Porém, o turno não terminou sem Steelix gemer de dores devido às queimaduras, caindo no palco causando um estrondo considerável que derruba as outras peças adversárias.

Com o estrondo da queda mais duas coisas aconteciam no palco. Winnie cai do seu pedestal sobre os braços de Nicholas que com o momentum rodopiou fazendo com seu elmo caísse e quando pousou Winnie no chão, Furfrou ainda desequilibrada com dá uma passos para trás, batendo na sua treinadora com seu traseiro a empurrando contra Nicholas que apanhando de surpresa acabam por aproximar suas faces levando a um beijo. Eu avisei que teria mais.

Do outro lado do palco, o ator dramatizava como se estivesse sendo acertada por algumas balas que levavam o seu HP para 0, sendo assim derrotado no jogo e, consequentemente, eliminado. Porém... Como qualquer vilão, nunca é derrotado à primeira, ele sobe nas costas da estrutura de Jaguadarte, que abre as suas asas e a sua boca, ao mesmo tempo uma coluna emite um rugido bem alto que pretendia representar um rugido do dragão, a estrutura começou a mover-se na direção do par que se encontrava  a meio do beijo - Eu vou derrotá-los aqui e agora! Não interessa os meios! - ele grita enquanto avança em cima de Jaguadarte.

O chapeleiro estava pronto para ajudar novamente - Usem aquilo de novo, agora! - assim que o fizessem as cortinas fechariam outra vez em meio a um flash de luz para que o cenário fosse trocado novamente, eles agora tinham um pouco de tempo para descansar e respirar, quem sabe beber um pouco de água e retocar suas fantasias.


OFF: Vou averiguar como calcular essa EXP e posto depois ~



Roserade:
Nocauteada
Arcanine:
Nocauteado
Hold Item 1:
Miracle Seed
Hold Item 2:
--
Trait 1:
Natural Cure
Trait 2:
Intimidate

lv25 Roserade


00/65
lv25 Arcanine


00/80
Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 RoseradeAlice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 Arcanine
Alice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 Furfrou-kabukiAlice e o Cavaleiro Branco através da Quarta Parede - Página 6 Steelix
lv25 Furfrou


67/72
lv25 Kelsier


00/72
Furfrou:
-2 Eva; -1Atk
Kelsier:
Nocauteado
Hold Item 1:
Black Glasses
Hold Item 2:
Firium Z
Trait 1:
Fur Coat
Trait 2:
Sheer Force

Campo: Arena de TFT. Sunny Day (2/6); Safeguard oponente (4/5)

Victoria (50/50)


Nicholas (47/50)
Victor Perriraz (39/50)

PROGRESSO WINNIE :


PROGRESSO NICHOLAS :



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VIRTUUM :

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Mais um baixar de cortinas, provável que Nicholas dependa dele mais que eu: Steelix inesperadamente caiu. Talvez fosse uma vantagem absurda ser protagonista, ter seis pokemons no lugar de apenas dois nos fazia ganhar não só mais tempo como também variar nas estratégias. Talvez, apenas talvez, tenho reparado brechas nesse evento; começo a cogitar que ele tenha sido um pouco mal feito, como diabos um incentivo cultural pode ser transformado numa competição tão díspar assim? Era óbvio que um ou outro aspecto perderia qualidade mas, no caso em questão, o déficit parecia ser dos dois! Não havia mais significado na peça teatral, assim como não havia mais significado em levar aquelas batalhas a sério, ao menos não naquele palco. Talvez a plateia tenha gostado, talvez só eles estejam gostando... talvez este seja o ápice da mercantilização da arte: uma produção, contratação, competição apenas para entreter. Onde diabos está o significado disso? Fora num simples ato, ou melhor, em dois, que me toquei o quão sem sentido aquelas batalhas se tornaram. Não havia porque derrubar alguém; não havia porque levar o outro a sério. Se eu já não gosto muito de batalhas, quem dirá essas, que expõe o pokemon ao ridículo. Para o outro que perde então: como explicar para todos que um Arcanine perdera para um Honedge de Reflect? Porque diabos Roserade não golpera uma vez sequer com um golpe decente? Que tipo de treinador mantém um suporte que não suporta? É simples: o treinador quer pontuar e não vencer. Ainda que derrotado, o inimigo fizera próximo dos quarenta pontos. Derrotadamente erguido! Se comparado com os míseros 15 pontos do adversário anterior, a partida de TFT fora muito mais disputada.

Passado Mario Kart e TeamFigth Tatics agora vinha o... Dating Simulator? Oh, essa era a parte mais bizarra do esqueleto que me deram; não tínhamos roteiro mas ao menos nos deram um esquema de como, provavelmente, seriam as coisas. Aproveitei as cortinas para respirar, desta vez não encarei Nicholas ou me aproximei como da última, eu sabia que, no próximo ato, estaríamos próximos demais. Queria espaço e, principalmente, ar. Não queria ser vista então aproveitei para sumir por um tempo; fui ao fundo do bastidor e sentei num desses encostos comuns em cenários. Deixei-o que cuidasse de Steelix e, numa confiança esquisita, deixei que ficasse com meus pokemons também. Não sei quem é Nicholas, de onde vinha, para onde iria, mas sabia que ao menos não conseguiria sair correndo com um pokemon meu daquele lugar, não sem colocar seguranças e polícias em questão. Ah, claro, devo admitir: confio nele de graça. Tem vezes que não é preciso dizer de onde tu és para que eu lhe dê um voto de confiança; acho que entre brigas e batalhas entendi que Nicholas não me prejudicaria... ao menos eu acho.

Oh, disse que queria estar sozinha né? Olha eu aqui falhando de novo. Mesmo ao fundo do palco, evitando contato, estava lá, olhando, espiando, encarando o meu parceiro. Que solidão é essa que é protagonizada pelo olhar em outro? Oh deus; ao menos meu tempo aqui estava acabando e eu não teria mais que me justificar para mim mesma. Levantei apressada - como se não houvesse mais o tempo que houvesse - e voltei a posição que deveria estar: ao lado de Skoll, com Loki no colo e percebendo Vili vagando entre os outros. Nicholas? Bem, ele devia estar ao meu lado, de preferência com Steelix na esfera; certamente aquela enorme serpente ao chão deu um bom trabalho para os bastidores da peça: imagina fechar as cortinas e tapar um troço enorme daquele? Pois é, conseguiram. Não sei como, mas conseguiram.

Voltemos à peça que, felizmente, já se encaminhava para o fim. As cortinas se abririam e eu, nervosa, caçaria a mão de Nicholas para apertar. Eu olhava para frente e, numa esperança boba, procurei-o ao meu lado. Não tenho certeza se o achei ou não, só sei que quando as cortinas abriram e o cenário fora revelado pela luz, eu finalmente entendi do que se tratava o jogo em questão.
Era um restaurante, com quatro a cinco mesas, parecia bem frequentado. Forçaram na utilização de Figurantes em todos os jogos mas, neste em específico, o papel deles era essencial. O andar para lá e para cá dava uma realidade na brincadeira e o murmúrio dos atores desenhava a situação. Palco liso, piso marrom de madeira, tapete centralizado, mesa para dois, pessoas ao fundo e um garçom, que vinha em nossa direção e nos levava para a mesa bem... ao... centro. Oh, é mesmo: éramos protagonistas.

Esse era um evento que eu provavelmente ia querer apagar da minha memória momentos depois. Era impossível não lembrar de Matthew ao sentar ali, em frente a Nicholas. Não era um rememorar nostálgico mas era inevitável! Minha única experiência do tipo era com ele e eu teria que encená-la com Nicholas? Isso parecia um tipo de traição e... sinceramente? Não sei à quem. Talvez a mim mesma. Nestas horas eu pararia e pensaria "o que diabos você está fazendo, Winnie?" mas o contexto de um teatro me legitimou para fazer o que eu bem quisesse e como eu bem quisesse, até porque, na pior das hipóteses, eu daria de ombros e usaria o argumento mais tosco e inabalável possível: "era apenas um teatro". Há como questionar a realidade dos seus atos se eles não forem reais? Claro que não. Obrigada Forina, por me permitir passar por isso, transitar por isso e chegar nisso sem muito medo.

Engoli a seco, balancei a cabeça numa auto-afirmação e segui o garçom. Sentei na mesa de centro e, mais uma vez, a antítese me pegou. Eu preciso fazer isso sendo o centro das atenções? Como se já não fosse difícil o suficiente viver um encontro sem ninguém me olhar... ah é, esqueci de novo, eu era a protagonista. Ajeitei meu vestido, coloquei os braços sobre a mesa, deitei delicadamente minha cabeça sobre um deles, bufei e, com uma das mãos esticadas, procurei as mãos do rapaz: Alice e o Cavaleiro Branco já deviam ser um casal à essa altura do universo de Lewis Carroll, não era para ser algo tão incomum estarem juntos:
- Oh, cansei - Reclamei, tentando ser a Alice reclamona mas, ao mesmo tempo, falando sobre a Winnie cansada - Esse negócio de ficar jogando é mais difícil que parece. Acho que vou pedir um chá... Ei, garçom, me vê um chá de... ah, pode ser de hibisco, aprendi na escola que chá de hibisco é bom para meninas cansadas - Disse, pedindo a primeira coisa que vinha em mente.

Ainda semi-deitada na mesa ergui o queixo e apoiei-o sobre a madeira fria, encarando, de cima para baixo, o rapaz à frente, numa posição bastante desconfortável para meu rosto mas bastante adequada para meu pescoço e ombros cansado. Ficaria assim, falando, com a mandíbula imprensada entre o móvel e o maxilar, ou seja, falando entre dentes:
- Talvez a gente devesse voltar para Wonderland. Lá pelo menos tinha sentido, sabe? - Indaguei, numa reclamação levemente provocativa - E esse simulador aqui... ah, eu realmente estava com saudades dos restaurantes ingleses mas... me acostumei com o chá do chapeleiro e dificilmente eu... - Comecei mas uma música, extremamente alta, me interrompeu.

A música viera com um garçom que, felizmente, viera com um chá. Botei-o sobre a mesa e tão rápido quanto surgiu o ator desapareceu. Mas o que? As pessoas ao fundo também sumiram. A luz se apagara aos poucos e agora já era tarde. O que diabos fora aquilo? Olhei para Nico completamente confusa: aquele desespero era de Winnie e não de Alice. Em segundos todos foram embora, a mesa era preenchida com "fake comida" e em poucos instantes era retirado tudo. O garçom ia e vinha num galopar bizarro e eu? Bem, eu não falava nada. Não sabia o que estava acontecendo; vez ou outra cogitei fingir comer mas desistia rápido da ideia: o buffet parava ali por tão pouco tempo que não daria certo.
A velocidade dos figurantes que ora ou outra passavam pelo palco também me assustava: um prato fora quebrado e em alguns instantes já estava tudo limpo. Discos eram jogados num simbolismo de pratos passados e  a cada segundo que eu me mantinha ali as coisas ocorriam mais velozmente. Continuei em silêncio até que, numa explosão pouco interpretativa, gritei:
- O que diabos está acontecendo aqui? - Quando reparei a sobreposição de Winnie vertiginosa no papel, tentei reverter - Oh deus, nem mesmo quando virei Rainha a festa foi tão bizarra.

O erro estava feito e fora respondido com uma voz um tanto quanto gracejada do narrador que, outrora, leu a introdução da peça: "é o modo Skip do aplicativo", respondeu ele, talvez não com essas palavras. Vermelhei na hora e tornei-me a sentar. A essa altura Vili, Skoll e Loki só encaravam tudo ao canto do palco, sem surgir em momento algum mas bastante inseguros quanto a decisão de participar.
A decisão de voltar a sentar fora bastante assertiva na peça porém péssima para mim; quando tornei-me a cadeira, um garçom havia retirado-a sem que eu visse, ao meio de toda aquela velocidade. Acabei por cair no chão. Vermelhei mais que antes mas, como sempre cogitei usar e só agora poderia: era apenas um teatro. Respirei fundo e não me irritei, passei a mão nas costas para aliviar a dor e gritei:
- Mas que mal educados. Nem fechamos a conta ainda - Bravejei - Venha cá, devolva isso, eu quero comer mais.

Começara uma briga no restaurante? Não sei; talvez sim. Se fosse orientada à tal eu continuaria. O problema maior era Loki que numa ansiedade desesperadora já entrou em cena. O ursinho correra até a mim e me ajudou a levantar, feito isso, cruzava os braços irritado, querendo com todas as forças atacar o garçom responsável pelo machucar de sua dona.
Era impossível, completamente inviável, ficar triste com Loki ao meu lado. Sei que logo mais ele evoluirá e se tornará de fato assustador mas, como Teddiursa? O que eu mais queria era colocá-lo no colo e enchê-lo de beijos. Claro que não o faria: eu não poderia desrespeitar a raiva de meu pokemon assim. Além disso, desautorizaria toda a marra e seu desejo por batalhar. Eu também queria acabar isso logo então seria estratégico usá-lo para um terceiro ato:
- Não vão fechar nada antes de eu comer minha sobremesa. Eu e Loki vamos DESTRUIR esse restaurante se vocês não me derem meu pudim - A fala era completamente sem sentido e sem coerência. Nem Winnie, nem Alice, nem o Cavaleiro, nem ninguém a falaria num contexto de Lewis Carrol mas, e dai?

Era incrível como nenhuma das minhas preocupações se concretizou: eu não precisei rememorar encontro algum e muito menos pressionar uma situação desconfortável com Nicholas. O palco se resolveu por si só e eu não tive poder algum no que acabara de acontecer, felizmente. Nem mesmo a atitude de Loki fora calculada por mim! Que seja assim até o final, amém.

OFF: Shiannei.

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Com o fim da batalha as cortinas se fecharam mais uma vez. Nico notou naquele momento que estava cansado de trabalhar na peça e isso porque sua armadura não estava com o peso real. Anotou agradecer quando a peça acabar a pessoa da produção que lhe ajudava deixando a armadura leve.

Resolveu usar um Full Restore no seu Steelix e depois uma Sitrus no Honedge. A terceira batalha seria provavelmente a mais difícil entre a três e seus Pokémon precisariam estar preparados para qualquer coisa. Nico não estava tão preocupado assim com a batalha, afinal não precisava fazer muitos pontos. Seu único objetivo era vencer os oponentes e assim chegar no quarto NPC. Talvez perder também não fosse uma ideia ruim, já que isso faria com quem saísse do teatro mais rápido.

Entretanto sair do teatro mais rápido era uma péssima ideia se isso significasse se separar de Winnie. Ele não tinha ideia se a garota ainda queria lhe acompanhar. Ela havia dito isso anteriormente, contudo bastou que chegassem em Sootopolis para que ela lhe deixasse para ter um encontro com Matthew. O ruivo não tinha se importado com isso na época, mas agora ficava pensando o que rolava entre Winnie e Matthew? E mais ainda o que rolava entre ela e ele.

Nico também havia notado que dessa vez a garota não se aproximou dele durante a pausa do teatro. Pensou em se aproximar para falar com ela, contudo ela havia se distanciado. Talvez assim como ele, ela estivesse com uma multidão de pensamentos na cabeça. Além disso, ele não sabia muito bem sobre o que iriam falar.

Não demorou para as cortinas se abrirem novamente. O treinador estava do lado de Winnie quando sentiu ela tocando sua mão, sem pensar duas vezes ele segurou sua mãO e olhou para ela sorrindo. Dessa vez ela conseguiria ver seu sorriso, já que desde a vez que tirou seu elmo ele o jogou em algum lugar e agora não sabia onde estava. Isso não importava muito, já que não planejava usar isso uma segunda vez.

- Eu não sei o que é isso. – Nico sussurrou no ouvido de Winnie ao ver o cenário do novo jogo.

Ele notou que estavam em um restaurante, isso era óbvio. O local estava cheio e realmente parecia que estavam em um restaurante de verdade com toda movimentação que ocorria. Mesmo sem saber o que estava acontecendo ele começou a seguir Winnie que por sua vez seguiu o garçom até uma das mesas vazias.

Nesse momento Nicholas descobriu mais uma coisa sobre os Cavaleiros. Eles com toda certeza não comiam em restaurantes, pois era bastante desconfortável permanecer muito tempo sentado nas cadeiras usando uma armadura. Felizmente, esse tipo de pensamento não durou muito tempo em sua cabeça, já que no momento seguinte Winnie estendeu a mão para que ele segurasse. Novamente ele segurou a mão da garota sorrindo. Por sorte havia tirando suas manoplas há algum tempo, já que suas mãos também estavam suando muito com elas.

Ele sabia que tudo aquilo era uma atuação, Winnie estava interpretando Alice e provavelmente aquele era algum tipo de jogo de namoro. Mesmo assim... Não deixou de ficar nervoso ao segurar a mão da treinadora, ao mesmo tempo que isso era uma sensação muito boa.

- Isso porque você não está usando uma armadura, Alice. – O Cavaleiro respondeu a reclamação, também reclamando. – Eu vou querer um chá preto.

- Eu não sei o que são restaurantes ou simuladores, mas eu também adoraria voltar para Wonderland. – Alice não havia terminado sua frase devido a música e também por causa dela o Cavaleiro teve que responder um pouco mais alto do que o normal.

Foi quando tudo ficou estranho. Olhando ao redor, também sem compreender nada, Nico notou que as pessoas se moviam em uma velocidade que ele mal conseguia acompanhar. Era como se todo o dia do restaurante passasse em alguns poucos segundos e isso tudo se repetia em um loop infinito. Que tipo de jogo era esse? Se ele estava confuso antes, agora estava mais ainda. Ao olhar para Winnie percebeu que ele também não sabia o que estava acontecendo e antes que ele conseguisse abrir a boca para perguntar algo a garota gritou inquirindo o que estava acontecendo.

De forma mais estranha ainda, a pergunta de Winnie foi respondida pelo narrador do teatro. O ruivo não entendeu muito com aquela resposta, entretanto Winnie parecia ter entendido, já que voltou a sentar. Pelo menos ela tentou, pois quando o fez o garçom havia acabado de retirar a cadeira, fazendo a garota cair no chão. Nico levantou-se de imediato para ajudar a garota. Felizmente, ela não parecia ter se machucado, contudo estava muito irritada.

- E ainda queremos comer de graça, já que vocês machucaram minha acompanhante! – Ele nem sabia se os personagens teriam que pagar pela comida, mesmo assim seu personagem teria que dizer algo em apoio tanto a Winnie quanto a Alice. Ele havia percebido que ele estava começando uma briga, isso significaria que eles entrariam na terceira batalha um tanto mais rápido.

Entrando na deixa de Winnie, Nico tirou sua manopla sabe-se-lá de onde e a jogou na cara do garçom mais próximo. – Eu os desafio para um duelo! Irei conquistar esse restaurante em nome de Alice. Xeque! – Esbravejou já com seu Honedge em punho.

Nico estava segurando o riso depois de sua fala. Ambos haviam saído bastante dos personagens, entretanto isso não importava. Primeiro porque não tinha um roteiro. Segundo que o nome que eles escolheram para peça os deixava inventar qualquer tipo de bobagem por mais incoerente que fosse. Agora era apenas esperar o que o narrador acharia disso tudo.

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ALICE E O CAVALEIRO BRANCO ATRAVÉS DA QUARTA PAREDE

Diversas coisa aconteciam em pouco tempo... Winnie estava saturada com o evento, era verdade que haviam recompensas em troca de todo o esforço mas ainda assim... A dupla se separava por breves momentos, se calhar até era bom para ter um momento para descansarem e repensarem sobre as próximas cenas, que lembravam coisas não muito boas para Winnie. A jovem garota estava indignada por algumas coisas que aconteciam em palco e isso a deixava a remoer sobre vários assuntos enquanto aguardava o palco ficar pronto... Incrível o teatro... Enquanto em palco os atores estavam tudo de si para entreter a plateia mas fora dele se debatiam sobre diversos problemas pessoais que não podem transparecer quando debaixo dos holofotes. Bem, Nicholas apenas curava o seu pokémon e rapidamente o recolhia.

Enfim a peça retornou e tudo acontecia extremamente rápido. Os movimentos, expressões, sons, falas mais que curtas era até que engraçados quando contextualizados pela fala do narrador e faziam parte do clima cómico da peça. O casal de protagonistas ficavam até um pouco atarantados com tamanha confusão, mas os outros atores o faziam com tanta naturalidade que até o que poderia ser um erro acabava se tornando parte da peça com a maior das facilidades.

Finalmente chegou o momento para Alice e o Cavaleiro Branco intervirem, afinal eram os protagonistas. Ela pede um chá, mas o funcionário lhe prega uma partida e a faz cair ao chão, o cavaleiro em sua defesa logo interrompe pedindo uma "indemnização" pelo acontecido e não estavam dispostos a ir embora sem ter aquilo que queriam comer. Porém... O Cavaleiro Branco atrasa ainda mais o pedido desafiando o moço para um duelo, quem não sabia dava muita credibilidade para a cena pois, na verdade, Nicholas estava segurando um Honedge de plástico já que a espécie tem como... Um hábito sugar a vitalidade de todos os que o seguram. Nada demais, claro.

O garçom logo mostrou as suas duas esferas - Pensa que me assusta com essa espada? Aposto que até a da garota é maior e mais durinha! - ele ria com a afirmação sem nexo e sequer criatividade do narrador - Bem, se perderem pagaram o dobro e também a louça que foi quebrada. - um sorriso cínico no final lançando os seus pokémon.


OFF: +3893EXP para Arcanine;
+3129EXP para Roserade.



PROGRESSO WINNIE :


PROGRESSO NICHOLAS :



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VIRTUUM :

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- Não insulte a dama com suas palavras imundas! Xeque! – Nico proferiu segurando sua espada de plástico criada pelo narrador. Então para que o combate possa começar logo, ele libertou seu Honedge, dessa vez o verdadeiro e jogou o de plástico na cara do NPC já que não podia jogar no narrador.

- Mostre seus Pokémon! Não nos faça perder mais tempo, temos um Swarm pra ir!

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