Pokémon Mythology RPG
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Capítulo 9 - Tempestade [Tielo]

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descriptionCapítulo 9 - Tempestade [Tielo] - Página 3 EmptyRe: Capítulo 9 - Tempestade [Tielo]

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Sofrendo de maior vulnerabilidade em relação às investidas constantes do valente pássaro, era clara a péssima situação que Beautifly se encontrava - tanto para o inseto, quanto para o seu treinador, que agiu de imediato para retorná-lo e deixar o combate nas mãos (ou, mais precisamente, boca?) do inicial aquático. O desaparecimento súbito do voador no meio de um feixe carmim assombrou a ave menor, que encarou o vazio de olhos bem abertos, olhando de um lado para o outro em busca de alguma explicação para a situação: Nisto, o anfíbio encontrou espaço para agir, cuspindo um jato d'água na direção do ovíparo que, infelizmente, não mais aguentou. Já bamba, o último impacto foi suficiente para fazê-la ceder e tombar no chão, desacordada, fato que invocou a fúria do Taillow restante. O animal emitiu um guincho potente, abrindo as asas, que se iluminaram e as penas pareceram ficar mais afiadas por um breve instante. (Water Gun/Focus Energy)

O pássaro chegou a tentar avançar, é verdade - mas a paralisia, ainda que não o houvesse impedido de agir até então, deu brecha o suficiente para conceder vantagem ao anfíbio, considerando a dificuldade que o tricolor encontrava para fazer o menor dos movimentos. O Taillow até abriu as asas e tentou investir na direção do pokémon de Soul mas, como bem pontuado, o aquático teve uma reação rápida, lançando outro de seus movimentos aquosos na direção do voador, que foi empurrado para trás e se arrastou na relva. Chegou a tentar se levantar mais uma vez, porém, os machucados estavam além do que seu corpo despreparado era capaz de suportar: Com ou sem coragem, enfim cedeu, colocando um ponto final no conflito desenvolvido. (Water Gun)

Status 1:
Nocauteado
Status 2:
Nocauteada
Hold Item 1:
---
Hold Item 2:
---
Trait 1:
Guts
Trait 2:
Guts

Lv.13 Taillow


00/33
Lv.6 Taillow


00/20
Capítulo 9 - Tempestade [Tielo] - Página 3 TaillowCapítulo 9 - Tempestade [Tielo] - Página 3 Taillow
Capítulo 9 - Tempestade [Tielo] - Página 3 Marshtomp
Lv.27 Marshtomp


71/74
Trait:
Torrent
Hold Item:
---
Status:
-1 Attack

Campo: Uma pequena clareira envolta por alto matagal. Uma grande árvore está no centro, e um ninho repousa em um de seus galhos. A brisa é fria, mas sua força é contida pela vegetação.
Hora da Experiência! escreveu:
Beautifly recebeu 855 de experiência por vitória contra os Taillows, subindo para o nível 21, e ganhou 3 pontos de felicidade.
Marshtomp recebeu 855 de experiência por vitória contra os Taillows e ganhou 1 ponto de felicidade.


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Capítulo 9 - Tempestade [Tielo] - Página 3 Zeu0QEE
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Rota 121



Finalmente estavam nocauteados. O que era um misto de sentimento. Feliz por tudo ter acabado, e triste pelas pobres aves. O bardo sem nem antes comemorar avançou sobre o chapéu, lastimando-o mais do que a derrota das aves.

— Oh pobre de você! Espero que tenha aprendido sua lição. Seu lugar não é no vento ou nas garras de um ser selvagem. - Deu alguns tapas para retirar sujeiras mais pesadas. Inutilmente, já estava encardido de folhagens, relva, e lama. - Um bom banho e teremos você como novo. - Disse com um olhar analítico avaliando se ele precisaria de alguma costura. Mas, recolheu as penas colocando na parde de dentro do chapéu e segurando entre seu braço e seu corpo.

Marshtomp olhava curioso. Dentro da Pokébola os Pokémons não tinham muita ideia do que poderia estar acontecendo do lado de fora. Mas a situação de Tielo para ele era também um misto de sentimentos. Ele julgava aquilo ótimo, inclusive, estava andando pela chuva agora, e sentindo a lama em seus pés. Aquilo relaxava-o. Já que, imune à raios, a tormenta claramente seria sua amiga.

Ele sorria vendo aquilo. Era encantador quando Marshtomp se dedicava à ser criança novamente. Após ter evoluído, tinha muito receio em comportar-se como Mudkip, pois achava que tudo aquilo era imaturo demais para ele. Embora não fosse ainda um adulto, parte de criança ainda vinha à tona. E isso era uma coisa saudável para ele, aos olhos do treinador. Já que, mudavam tão rápido...

— Eu tinha me esquecido que você iria se dar bem aqui. Bom, como ganhou a batalha incrivelmente. Vamos passear juntos. Você merece banhar-se.

Tielo estava pronto pra sair dali. Mas não sem antes retirar um tecido de sua mochila, e guardar o chapéu nela. Tentaria com cautela cobrir ambos os Taillows junto para partir dali em segurança e com a consciência tranquila.

Sua intenção não seria capturar. Já havia Taillow em sua equipe e... Uma captura agora seria dramática afinal, separar uma família assim? É desleal.



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O fim da batalha era acompanhado por uma cena de materialismo impecável - o afeto escancarado a respeito do próprio chapéu era pelo rapaz explicitado e, em contrapartida, o fato de ser retratado em um cenário de temor e violência poderia ser quase cômico, julgando seus temores até então tracejados a respeito de ferimentos que possivelmente tivesse de infligir nas aves, agora caídas e arrastadas à inconsciência. Oh, bem, mas explicitando os problemas com o objeto de maior interesse: Não, não havia rasgo algum no acessório. O dano máximo que poderia ser visualizado se tratava de suas penas, bagunçadas e algumas em desfalque, mas nada realmente preocupante, se fosse assim dizer.

O segundo ponto, se assim for possível definir, era Marshtomp - e a maneira como a mera existência do aquático do lado de fora era vista com bons olhos por seu treinador e, não obstante, como uma recompensa aos esforços prestados em combate, como bem verbalizou. A terceira preocupação, talvez não menos importante mas definitivamente menos prioritária ao rapaz, foi se utilizar de um pequeno tecido para cobrir os jovens Taillows inconscientes, um ao lado do outro. No ninho acima, um piado fraco em resposta, um filhote sem forças para voar ou se unir à batalha travada de maneira inevitável por seus irmãos.

Não fazia diferença, em fato. Não mais, pelo menos.
Agora, ao rapaz cabia qual seria o caminho a seguir - afinal, não existia nenhuma trilha demarcada no solo, e o matagal continuava a cercá-lo por todos os lados de maneira quase predatória. Se fosse para definir suas opções, quais poderiam ser? Tentar retornar por onde viera (se é que se lembrava da direção)? Aventurar-se por qualquer um dos lados? Utilizar seus pokémons para tentar encontrar uma direção correta?

Bem, restava ao cigano este poder de decisão.

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Rota 121



Sem saber o que fazer agora, o jovem ponderava das circunstâncias e suas decisões daqui pra frente. Tinha mais ou menos uma base de onde havia vindo, mas sequer sabia como fazer para voltar. Afinal, precisava se orientar no mínimo pelas pegadas que havia deixado no solo, mas que a água e a torrente muito provavelmente já haviam apagado.

Hipóteses de por seus Pokémons à trabalho também já foram previamente negadas. Dustox provavelmente já estava farta de trabalhar. E Beautifly provavelmente se atrapalharia e desviaria do caminho para perseguir uma flor. A situação que ele pensava estar era de uma clareira no centro de uma grande vegetação, alta e densa. Como fugir?

Imaginou ter que subir aquela enorme planta mas, aquele local já não era mais para ele estar. Tentou então seguir, junto de Marshtomp, iria por intuição, retornar de onde havia vindo, e partir dali.

Agora com decisão feita, seu chapéu guardado na mochila, e seu primeiro companheiro seguindo-o. O jovem ia se espremendo entre plantas pra voltar ao ponto de antes.

Não havia sequer uma informação.

Não havia também uma fonte para iluminar suas decisões. Tudo baseava-se em sua intuição.

— You can't always get what you want... - Cantarolou tentando amenizar as emoções.



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Ainda que quisesse voltar pelo caminho inicial, querendo ou não era complicado descobrir qual exatamente era a direção de onde viera - um dos motivos pela pressa em chegar até ali, e o outro pela confusão ocorrida com os filhotes de Swellow. Uma ótima opção para resolver (ou dar uma "luz" de por onde seguir) seria escalar a grande árvore no centro da clareira, possibilidade prontamente descartada pelo cigano: A melhor coisa que poderia fazer era estar bem longe quando a ave maior retornasse ao ninho. Além disso, pelo menos naquele exato instante, era de pleno conhecimento do bufão que seus insetos voadores não teriam a melhor disposição possível para guiá-lo naquele labirinto de gramíneas.

Então, parou para analisar. Olhou ao redor, tentou identificar a direção pela qual tinha saído: Não poderia mais contar com as pegadas, a chuva e a densidade das plantas não permitiriam uma checagem acurada. Contou com a sorte, respirou fundo - um, dois, três, escolheu uma direção e foi. Sem pressa ou rejeição, o matagal o acolheu como o retorno de um filho querido, sufocando-o em suas folhagens e o mesmo fez ao anfíbio que o acompanhava. O som do choro celestial se chocava com o topo da vegetação, escorrendo por sua extensão e gradualmente se intensificando com o passar dos segundos ou até minutos que o albino novamente se viu obrigado a aturar dentro daquele mar verdejante.

Não se sabe quando, ou em que altura exatamente - mas, dentre aqueles sons abafados pela garoa, existiu outro que se sobressaiu por ínfimo segundo: Um guincho estridente, ecoando pela direita do rapaz, afastado dentre aquele matagal. Nada certo - quem sabe se não seria apenas uma impressão no meio da tormenta? Era difícil dizer, sem dúvida, mas uma coisa talvez fosse fácil: Valeria a pena investigar?

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Rota 121



Minutos após a caminhada. Tielo pensada sobre a decisão que havia tomado. Principalmente sobre o feito em relação aos Taillows. Óbvio, corria de Swellow. Não era nenhum bravo herói, e muitas vezes partia pela surdina para não ser apanhado em flagrante cometendo algum delito ou minimamente incorreto.

Ainda assim. Tinha um pesar com os Pokémons. Sua mente não descansava. Queria voltar e ajudar os Taillows ao mesmo tempo que queria que tudo acabasse e essa história ficasse de uma vez por toda para trás. O motivo disso? Tielo era muito mais empático com Pokémons do que com humanos. A inocência e os atos das criaturas para ele eram muito mais genuíno do que pessoas. Apesar dos humanos também inspirar bastante suas poesias.

Resolveu mais uma vez, deixar a história para trás. Respirar e seguir em frente. Precisava de uma vez por todas superar isso. E os passarinhos não ficaram de asas abanando.

Aquele trapo que Doris carregava consigo, havia aquecido ela durante uma vida toda, apesar de hoje não precisar mais. Doris com certeza era uma figura única à passar por sua vida. A senhorinha que a vida toda perambulou pelas ruas, sem destino, sem moradia, sem família, apenas com sua amiga Misdreavus tomando conta de si. Nunca que o jovem poderia deixá-la viver essa vida no final de sua velhice. Esperava que seus parentes tivessem acolhido ela, como com certeza fariam. Precisava ligar para eles o quanto antes, após toda essa encrenca, para saber da adaptação da senhora. Provavelmente ela estaria vendendo muito chá nos festivais.

Vez ou outra, Tielo pegava a si mesmo pensando em eventos. Tudo acontecia como um filme em sua cabeça. Era interessante recordar. Mas tantas coisas para recordar acabava fazendo ser um homem distraído, e comparando muito as situações. Ainda assim, eram experiências. Quando queria focar, sabia focar. Só nem sempre sustentava por muito tempo.

Indo em direção à o que seria a saída, ou imaginava que fosse, um som passou pelo cambo, carregado pelo vento, e que não era somente as árvores em uma guerra de existência com a ventania. Marshtomp parecia ter ouvido também, e dado mais atenção que Tielo. Talvez então fosse algo a se considerar.

— Lamento amiguinho. Mas precisamos sair daqui o quanto antes. - Marshtomp fez um olhar que mal pode ser analisado, em instantes cedeu e concordou. Precisavam seguir.

Houvesse a oportunidade de ir, Tielo iria, mas estava em um imbróglio com o labirinto. Mas Marshtomp, apesar de já ter concordado, olhava pra direção que vinha o tal som. Tielo então, com passos pequenos para dar tempo de mudar suas ideias, pensou o que poderia ser. Talvez os Taillows tivessem mais um filhote. E... Se eles estiverem perdido? E se Swellow tivesse partido para procurá-lo? A teoria parecia absurda com toques de realidade. Esperava que não, mas uma olhadinha não fazia mal. Ainda mais que... Parecia tão perto. Desviar o caminho seria um problema, mas problemas geralmente tem soluções.

— Ok, ok. Só uma olhada! - Cedeu. - Se for algo que nos traga problemas. Eu não quero nem saber. Vamos voltar! - Ordenou

Sua preocupação era nítida. Não pelo que havia feito barulho, e sim por sua segurança e de seu Pokémon. E com razão porque o clima não estava favorável. O bioma estava diferente além da rota ser evidentemente inexplorada pelo poeta.

Avançou então para a direção do som. Com cautela. Se esgueirava entre as plantas, à fim de não fazer nenhum barulho que fosse tão estridente que os anunciasse prematuramente.



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Talvez pela inexistência de algo além do mar esverdeado que se erguia imponente de todos os lados, a mente do cigano era assaltada pelas mais diversas lembranças, preocupações e pensamentos. Chegava a ser engraçado a maneira como tão ínfimo objeto - como um trapo envelhecido - era capaz de servir de gatilho à tantas memórias, que agora possuiriam inevitável ligação eterna. Doris era uma figura inseparável do tecido o qual o presenteara, o mesmo que o albino havia repassado (ainda que de maneira não tão delicada quanto a que havia recebido) agora para os jovens pássaros derrotados: Duas - três? - existências que jamais chegaram a realmente se encontrar, mas ainda assim eram sentenciadas a compartilhar de uma mesma corrente de lembranças.

De todo modo, não era este o fato importante entre os braços do matagal. Ao bufão, se apresentava a necessidade urgente de escapar daquele labirinto sem curvas e caminhos o qual poderia decorar, e era exatamente por conta disso que todo o seu pensamento se via obrigado a abandonar recordações e hipóteses para focar no presente - mas não foi por isso que tal fato realmente aconteceu, e sim por causa do estranho barulho que, mesmo sufocado entre as folhagens, era alto o suficiente para chamar a atenção do cigano e, principalmente, de seu pokémon.

Ainda que não inicialmente propenso à verificar, o albino viu-se vítima novamente do assalto da família das aves que, até então, ficaram para trás. O repentino temor de que talvez pudessem existir mais filhotes do que os que havia conhecido o atingiu em cheio e, incentivado pelo curioso anfíbio que se mantinha desviando a atenção na direção do tal guincho, rendeu-se à ele, mesmo que com suas imposições de que a qualquer momento iriam embora, condição aparentemente acatada pelo aquático. Em passos lentos e cuidadosos, a invisível trilha seguida até então foi desviada, e seguiu a dupla em busca do causador do barulho. O silêncio, rompido apenas pelo barulho da vegetação se balançando ao vento e da próprio chuva, se tornou magistral, como se o som que havia corrido pelas altas gramíneas não fosse nada além de pura e simples imaginação. Seguiu-se assim por mais alguns passos, suficientes para que a suposição de que realmente fora apenas delírio coletivo pudesse chegar a passar pela cabeça do cigano...

— ... ...ac... ...ço... ...ado... — ...Até que não pudesse mais. Abafado pelo mato e pela chuva, uma voz distante e ininteligível se embrenhou pelas plantas, praticamente indistinguível dos sons naturais da rota para os que não prestassem atenção. — ...ez... ...dol... ...tético... — A cada passo, porém, as sílabas se tornavam cada vez mais claras e compreensíveis. Não necessariamente era possível de se saber o que diziam, mas já era possível identificar que se tratava, muito provavelmente, de um rapaz.

Mais alguns passos à frente, e a vegetação se abria em outra clareira. Infinitas vezes menor que a anterior, e nesta não existia árvore alguma, mas sim duas... Ou melhor, três presenças. A primeira, um jovem bem acolhido em uma capa de chuva escura; A segunda, um símio azulado de cabelos encaracolados com um debochado e insistente sorriso no rosto. A terceira talvez fosse o que mais chamasse a atenção, ou não o fizesse: Em uma pequena gaiola, um vulto enlameado guinchava e se debatia contra o metal, em busca de uma liberdade agora tomada de si.

— Meu deus, cala a boca! — O rapaz reagiu, irritado, finalmente abandonando a aparente conversa que estava tendo com o primata que o acompanhava para dar um pisão com sua bota na superfície da jaula, fato que apenas agitou ainda mais o espécime ali aprisionado. — Caralho, que bicho chato do cacete... — Resmungou, revirando os olhos. — Ah, mas se tudo der errado, qualquer coisa a gente faz um ensopado com ele, pra não ter perdido tempo à toa... — Comentou com seu pokémon, que emitiu um riso chiado, e compartilhou um pequeno toquinho de mão com seu (era de se supôr) treinador.

Considerando que o albino não houvesse abandonado a vegetação, ainda era possível sair dali sem chamar atenção: A dupla parecia distraída o suficiente com sua pequena aquisição para se preocupar com qualquer outra aproximação.
Dito isto, o que Soul faria?

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Rota 121



Diante de uma cena, um pouco fora do convencional. Grande parte por nada ser convencional naquele momento e naquele local. Uma sequencia de eventos que para Tielo pelo menos, só lhe rendeu uma desaforo e um peso na consciência. Ainda que houvesse a estima de mudar, de ponta-cabeça, o jogo de azar do jovem, não iria ser tão fácil assim.

Entre uma moita e outra, preferiu manter-se oculto, numa espécie de tocaia, para presenciar o que havia adiante. Um treinador com dois Pokémons. Um de longas madeixas para invejar qualquer madame invejada por um encaracolar perfeito. O outro, mais acuado, em uma emboscada terrível, acuado e um tanto quanto receoso em suas atitudes e seu tom ao choramingar.

Sempre de coração mole, Tielo pelo menos, iria saber o que ocorria ali. Mas era um bom momento para surpreender e se exibir. Mesmo detonado pela chuva e pelo negativo tempo, decidiu que não poderia mais esperar, tramou com Marshtomp uma entre para poder se anunciar.

— Agora é a hora de você me ajudar. Você vai fazer pequenas bolas de lama, e jogar para o céu, depois use o Water Gun para atirar nessas bolotas no céu. O barulho de ambos se chocando irá assustá-lo. Ai eu entro! - Combinou com Marshtomp que achou deveras simples e um tanto divertido. Para a ocasião, com os recursos que tinha... Era excelente. Mais que o necessário talvez.

Foi então que a salamandra azul entrou em ação. Com seus golpes do tipo Ground, atirou para cima e então explodiu a bolota de lama para todos os lados, fazendo barulhos seguidos que poderiam assustar mesmo em meio aquela chuva. Obvio que todos ali se sujariam um pouquinho mas, já estavam todos tomando banho naturalmente então não se importou.

— O grande espetáculo chegou! Senhoras e senhores! Aproximem-se pois está na hora dele! O grande artista, respeitado por diversas modalidades, o inigualável... TIELO! - Disse com uma voz fanha, imitando um microfone, e logo após aparecendo e fazendo pose de herói só após retirando o instrumento musical das costas e após uma sequencia de notas, sem sentido, fez uma pequena reverência para o encapuzado.

Realmente, não era um grande espetáculo, mas, Tielo não queria ser furtivo nesse momento, apesar de quase sempre conseguir quando quisera. E antes de notar qualquer reação, adiantou sua palavra ao garoto.

— O que acontece por aqui? A que devo a honra de sua presença com essas duas... Criaturas? - Não era dono do local. Tão pouco proprietário de algo. Mas um blefe seria sempre um blefe.


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Fosse induzido por seus próprios fantasmas ou meramente por uma questão de moral (vaidade, até), a decisão de se manter oculto ou simplesmente ir embora foi descartada quase de imediato pelo altíssimo cigano. Não obstante, tratou também de rabiscar um plano simples para seu companheiro anfíbio que, de muito bom grado, aceitou participar da pequena tramoia de seu treinador e, ao seu sinal, iniciou o processo de arremessar os golpes em direção ao céu. O som produzido talvez não fosse tão alto quanto o esperado, mas foi o suficiente para chamar a atenção pelo menos do símio de cabelos encaracolados, que virou o rosto de imediato na direção de onde as esferas enlameadas eram arremessadas e "estouradas".

— Henn? O que foi? — O fato capturou o foco também de seu treinador, que franziu o cenho diante da atitude do pokémon e, endireitando a coluna, voltou a cabeça para a área onde ainda se escondia a querida dupla heróica do dia. Não precisou pensar muito, considerando que pouco tempo depois surgiu a voz de Soul por detrás das folhagens e, mais importante, o próprio. A dupla desconhecida ficou um tempo em silêncio, com um olhar esquisito direcionado ao artista, como se ele tivesse uma segunda cabeça ao lado da primeira, se limitando a ouvir a bizonha introdução improvisada.

Isso, claro, antes de caírem na gargalhada.

— Mas que merda é essa? O circo chegou e eu não vi? — Debochou, enquanto seu pokémon aquático se curvava para frente com as mãos na barriga em meio à risadas. A graça pareceu aumentar ainda mais, aliás, com toda a pose imposta pelo bufão em sua tentativa arriscada de blefe. — Tá se achando o dono do mato? Bom, só se for pra ser espantalho, esquisito desse jeito... Ou eu deveria dizer ridículo, mesmo? — Provocou, um sorriso malicioso passeando pelos lábios. Nenhum dos dois parecia intimidado: Pelo contrário! Afinal, o símio ainda se desdobrava em gargalhadas e, bem, o único que não estava rindo era a pobre criatura engaiolada, que ainda se debatia em busca de liberdade...

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Rota 121



As palavras do garoto, eram uma tentativa de frustrar a apresentação de Tielo. Com sorte, o bufão, tinha umas cartadas na manga. Não iria se abalar com a negativa que havia causado, mas precisava de tempo. Tempo pra analisar a situação, e decifrar o que acontecia. Era fácil ler a atitude do garoto e do seu primata, mas queria era entender o que havia ali enjaulado.

— Oh, claro que o circo chegou. E eu estava precisando de dois animais para adestrar. Por sorte eu encontrei três aqui. É claro que você é um pouco mais bizarro que os outros dois. Deus! O que aconteceu com você? - Debochou da cara do jovem, principalmente por ele estar em boas condições. Não sabia o quão baixo foi ou precisava ser mas, agora, exposto, e vangloriando-se e contando vantagem para o jovem, iria minimamente averiguar. - E o que tem aí, nesta jaula? Você precisa de uma pra você também?


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