Rumo ao olho da tempestade.

rumo ao olho da tempestade

Saber lidar com a situação era o mais requerido ali, e Gray sabia disso, de um jeito ou de outro; sua risada ecoava entre o labirinto junto com sua cantoria e misturado aos sussurros existentes ali naturalmente. Era no mínimo estranho pensar na maneira que tudo se instalava, se parasse pra pensar em como fora parar ali e como tudo acontecera, provavelmente enlouqueceria; uma labirinto ilusório que ficava no meio de um segundo plano dentro de uma ilusão que formou um segundo plano O paradoxo era interminável e fazia jus ao termo, literalmente não tendo começo, meio ou fim; não dava para ter certeza onde era o plano real, e onde acabava a primeira ou a segunda ilusão. Ainda assim, o treinador sequer parecia ligar para isso, e bem, era o melhor a se fazer.

Contando com a forma normal de seu Pokémon agora, eles continuaram o caminho e foram notando as mudanças no local ao seu redor, sem muito o que se fazer para parar tudo; primeiro as paredes que antes era ornamentadas e belas se tornaram opacas e enegrecidas; depois a grama viva que ali habitava caía, uma por uma sobre o chão, causando diversas cinzas de chamas, como se fossem queimadas. Um barulho alto fora ouvido, não identificável pelo fantasma, mas logo seu dono apareceu; era um outro Gengar, que olhou para Conde e riu, se desfazendo em fumaça e deixando como presente duas esferas negras que foram em direção a dupla, mas facilmente evitadas pelo venenoso de Gray. Aquele era o novo objetivo, caçar a sombra inimiga.

PROGRESSO:

rumo ao olho da tempestade

Aquilo parecia realmente estranho, lutar sem enxergar ou sequer saber exatamente de quem se tratava o inimigo. É claro, seu Conde parecia obstinado e sabia bem do que falava ali para seu mestre, mas quem garantia que ele mesmo não poderia estar sendo enganado? Tudo ali poderia ser uma ilusão para o pobre Gengar e isso talvez estivesse relacionado a alguns pontos. Primeiro de tudo, Gray não havia sentido nada até agora e talvez nem fosse por conta dos desvios e sim por ninguém estar atacando-os realmente; mesmo que isso fosse uma teoria real não seria de todo o mal pensar que estava sofrendo golpes de verdade visto que este era o objetivo principal do teste.

Bem, fosse o que fosse, o cinzento estava preparado para aquilo e ordenara mais dois golpes de seu fantasma, que mesmo sem um alvo específico conjurou seus poderes ectoplasmáticos para alterar o campo ao seu redor e tentar usar isso contra o venenoso inimigo. Não era tão desperdiçável o ataque do garoto já que aquilo acabava por revelar a localização da sombra do mal, mas ele não conseguia causar os danos que queria para contra tal, e isso deixava a situação ainda mais estranha. Porque ele não conseguia atacar? Estaria preso numa outra ilusão? Tudo indicava que sim, mas a batalha poderia se tornar real pela forma que o Gengar inimigo se mostrava raivoso; mas por pouco tempo. A forma do fantasma foi se alterando e em pouco tempo ele se tornou um... Banette? É, era isso, era um metamorfo mas não um Ditto já que ele teria de ver os Pokémon para se transformar. O que quer que fosse, estava ansioso por derrotar o rapaz, seu sorriso denunciava isso e ele não parava de se aproximar deste.

PROGRESSO:

rumo ao olho da tempestade

OFF:

Era parte do plano de Gray atacar qualquer coisa que aparecesse no caminho, e com aquele Banette não seria diferente. Mesmo que ele não parecesse ser um fantasma, e sim uma raposa ilusória nativa da região de Unova, o treinador não se intimidaria por tamanho poder. Não, de fato ele não parecia sequer apreensivo com as capacidades de enganação da Pokémon. Ele a cobiçava, queria ela para si, para treinar e ajuda-lo a enganar outras pessoas futuramente, como já fazia com alguns de seus monstrinhos, mas não na mesma dimensão e qualidade que a noturna poderia executar. Seria de fato uma aquisição e tanta, uma nova dimensão de poder que sequer os humanos compreendiam. Afinal, nem mesmo os melhores pesquisadores sabiam a causa de Zoroark imitarem as coisas; de outros Pokémon até mesmo humanos, esses seres das trevas conseguiam enganar o mais inteligente ser existente com uma simples risada e uma mudança de forma no caminho. No entanto, o destino funcionava de maneiras estranhas, e aquela situação não parecia ser favorável para o pobre mono treinador.

O Banette logo tomou a forma de um ser inesperado, um que o rapaz sequer imaginava existir ali e muito menos com aquela dimensão de poder. O ser amarelado que ele vira antes, agora se materializava a sua frente, com um sorriso macabro e fazendo seu acompanhante surgir meio a confusão do pobre. O homem que se fazia parceiro do narigudo tinha feições sombrias, quase tão calejadas quanto a do próprio Gray. Ele carregava consigo um cajado de prata, que se unia a sua mão num jeito estranho de existir, e que emanava uma energia roxa esquisita. Sua altura era média, mesclada a um corpo nada pesado, e uma pele negra que contrastava perfeitamente com seus fios de cabelos completamente brancos; seus olhos eram negros como a noite, ainda mais escurecidos que o órgão que recobria seu corpo e que sequer exibiam uma fagulha de vida. Aquele seria o oponente dele, o ser supremo que parecia comandar essa pequena dimensão, mas não todas; aquele era apenas um, dos chefes dos espelhos, e aquele Pokémon também era apenas de todos os outros iguais a ele. O homem deu alguns passos atrás, sem dizer nada, e esperou que o oponente desse seus comandos. Ali começaria o verdadeiro teste de Gray.

PROGRESSO:

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A batalha seria intensa, isso dava para ter certeza conforme os olhares se trocavam entre os dois Pokémon. Gengar era do tipo mais assanhado, que provocava o oponente com seus movimentos abusados e ainda os levava a loucura, enquanto que o Hypno por sua vez era mais calmo, pacato e sereno como se esperasse por algo acontecer para só assim, tomar a iniciativa. Esse tipo de estratégia não era das melhores visto a velocidade e o poder de Conde, mas ele sabia bem como lidar com isso e já estava preparado para tal; isso se concretizou com os comandos que vieram por parte do homem, e que demoliam a ofensiva do cinzento. - Light Screen e depois Protect. Você não passará por nós, pobre garoto. - A voz do rapaz era mais sinistra do que sua aparência, mas isso só tornava a rota melhor para nosso protagonista.

Com os dois lados prontos, o arroxeado fora o primeiro a se movimentar. Com uma velocidade sem igual, disparou um jato de veneno no corpo do amarelado e assim o intoxicou gravemente, e apesar de querer contra-atacar, ele revidou apenas criando uma tela de energia mágica a sua frente, que o ajudaria e muito na segunda parte da rodada. A concentração de Gray viera com uma dança esquisita, e isso transformou o Sludge Bomb de seu Pokémon numa poderosa rajada de ácido, que fora defendida em grande parte. Primeiro, ela atingiu a tela de luz e perdeu metade de sua força, para ao final atingir uma outra tela, criada especificamente para este ataque e que quase parou por completo o Z Move dele, mas pouquíssimos resquícios da toxina atravessaram tais muralhas e atingiram, de fato, o corpo de Hypno. Uma rodada de apenas defesa por parte dele, mas que significaria uma segunda rodada de bastante ataque, não? Não. - Thunder Wave e Calm Mind. - Foram os comandos dele, que vieram simples e carregados de uma estratégia sinistra por parte dele. O veneno de antes, aquele primeiro que atingira completamente o inimigo, fizeram ele sofrer conforme corroíam seu sangue; isso seria ótimo, se o garoto fosse capaz de aguentar o suficiente.

Campo: Labirinto com paredes de aço enferrujadas, ambos os treinadores dentro de uma ilusão criada por sabe-se lá quem. Light Screen ativo no lado de Hypno (1/3).

PROGRESSO:

rumo ao olho da tempestade

Pensar que um Pokémon simples como aquele tinha uma grande capacidade defensiva, a ponto de quase neutralizar um Z-Move era espetacular. A poderosa barreira que ele criara poderia ser sua grande condição de vitória para diante do grande Gengar, e se isso significasse perder alguns turnos para arrumar bem as condições que ele precisava, assim fosse. Contudo, não era muito o que ele fizera visto a desvantagem em que nosso protagonista se encontrava; Conde era do tipo venenoso, que era fraco contra tipos psíquicos, e apesar de ter sua contra parte fantasma, um golpe amplificado por esta vantagem e pelo Calm Mind seria devastadora para o Pokémon aliado. De qualquer forma, não parecia ser o que nosso adversário queria por enquanto, e ele perdera mais dois turnos utilizando o que poderia lhe ajudar a vencer no futuro, levando algumas porradas da sombra.

Primeiro, o grande sorridente criou uma poderosa faísca ao redor de seu corpo, que tomou forma e foi disparada contra Hypno, chocando-se à barreira e passando apenas metade do dano, o suficiente para deixa-lo bastante ferido. Contra atacando, o amarelado disparou uma onda de choque bem parecida com a do oponente, mas diferindo na maneira em que afetava o alvo; ao invés de causar dano, ela invadia suas sinapses neurais e as tornava lentas, paralisando o corpo dele com grande efetividade. Depois disso o hipnotizador aproveitou de sua velocidade contra ele e concentrou-se na energia ao seu redor para aumentar sua defesa e ataque especiais. O fantasma tornou a atacar usando toda a sua energia venenosa, numa bomba de lama arroxeada, que atingiu o corpo pós tela de luz, e aumentava ainda mais o dano causado; sem contar com o veneno que já corria nas veias dele, que danificaram devidamente tal inimigo. Agora era hora de Gray atacar primeiro, e isso poderia definir a batalha.  

Campo: Labirinto com paredes de aço enferrujadas, ambos os treinadores dentro de uma ilusão criada por sabe-se lá quem. Light Screen ativo no lado de Hypno (2/3).

PROGRESSO: