#3 - Restoration

Os idosos começaram a pedir coisas, deixando as garotas perdidas e Margaretha dava um risinho desconfortável ao ouvir o último pedido. Kathryne balançava a cabeça para os lados, não sabendo em quem prestar atenção, mas da um suspiro de alívio quando Aprile intervém.

Quando a situação se acalmava uma das senhoras fazia um pedido. Era algo bastante complicado, uma apresentação de Contest. Ao ouvir isso Margaretha chama Kath e sussurra para ela: -Acha mesmo que conseguimos fazer algo do tipo?

-Acho que não custa tentar. Eu e Zen podemos tentar bolar algo. Deixa comigo.- Kathryne estava determinada para fazer aquilo. Poderia servir de aprendizado, pois tem um pequeno interesse em Contests.

A jovem se aproximava da senhora e dizia: -Acho que posso fazer isso, mas não garanto que será algo extraordinário. Sou uma novata e tenho zero experiência com Contests e não tenho nenhuma fantasia ou coisa do tipo, mas vamos ver no que dá, hehe.- Sorria para a senhora e chamava o seu Kadabra para perto.

-Abram espaço pessoal.- Kathryne esperava um pouco e então falava para o seu Kadabra: -Zen, tente acender algumas chamas com o Fire Punch e espalhá-las e então às levante com o Confusion. Quando elas estiverem no alto, forme um anel em volta de você.- Fazia carinho na cabeça dele e então se afastava.

Kath não sabia se aquilo daria certo, o Fire Punch de Zen não era tão poderoso e tinha medo de forçá-lo demais no geral, mas ela se viu na necessidade de pedir mais um complemento: -Quando terminar, tente flutuar e girar as chamas à sua volta.- Tentava fazer a preocupação desaparecer de seu rosto para não preocupar o pokémon e então se virava para a senhora que havia pedido a apresentação: -Espero que goste mesmo não sendo muito.

Margaretha se sentava do lado de Aprile e começava a conversar com ela: -Espero que dê certo. Quero ver minha "irmãzinha" brilhando, hehe.- Dava um risinho e continuava: -Ela não é minha irmã, mas é quase uma.- A jovem então começava a assistir o pokémon de sua amiga na apresentação.

O plano de Kathryne acabava não dando certo, mas não ficava muito abalada por isso, sabia que não estava pronta para algo do tipo, apenas estava um pouco envergonhada, pois certamente os idosos tinham alguma expectativa. Depois de Zen terminar a apresentação sem sucesso, Kath se aproximava dele: -Desculpe por te forçar tanto assim de repente.- Afagava a testa dele

Então olhava envergonhada para a plateia: -Uhhh, sinto muito, não foi nada do que vocês esperavam, hehe. Como disse só sou uma novata, tenho muito a melhorar.- Kathryne olhava para eles, esperando as reações, provavelmente não seria algo muito rígido, mas mesmo assim a deixa a ansiosa.

Margaretha se aproximava de Kathryne, tentando ajudá-la com a "platéia": -Então, precisam de mais alguma outra coisa? E pedidos sérios dessa vez, nada de namoro ou coisa do tipo.- Ela havia ficado um pouco brava com o que falaram antes, mas queria realmente ajudar com algo.

Kathryne deixava de ficar tão envergonhada quando viu a reação de Aprille. Ninguém estava lá para criticá-la. A menina começa a dar risadas alegres, tinha conseguido dar alegria para alguém, apesar da apresentação ter falhado.

As garotas agora estavam prontas para ajudar em qualquer coisa que os idosos precisassem: -Claro, sem problemas. Só nos dar uma referência de onde fica, que achamos o lugar.- Margaretha respondia ao pedido, fazendo um sinal de "ok" com a mão.

Elas estavam prontas para partir, mas Kath havia se distraído. O Alakazam que havia levado Nutrix voltava e ele parecia estar interessado no Kadabra. Vendo isso e notando o outro pokémon ao lado do senhor, uma Gardevoir, ela resolveu tentar puxar uma breve conversa com o velho treinador.

-Hey, hey. Se importa de conversar um pouquinho?- Estava tímida pois não sabia como abordá-lo direito: -Você treina pokémons psíquicos? Sou uma treinadora desse tipo, fiquei interessada ao ver seus pokémon, eles são tão lindos. Alakazam e Gardevoir.- Kath dava um suspiro e uma pausa em sua fala: -Me desculpe se estou te perturbando.

Margaretha se aproximava de Kath, não saíria sem ela. Enquanto a menina mais jovem fazia seus gestos comuns de quando estava tímida, como olhar para o chão, enquanto esperava a resposta do idoso.

Aprille se oferecia para ir junto com as meninas até a casa de repouso e Margaretha respondia com: -Claro, é sempre legal andar com mais companhia, hehe.

Elas ainda não partiram pois Kathryne ficou interessada pelo "companheiro" mono psíquico. Margaretha por outro lado acabou se sentindo desconfortável ao ser fitada tanto pelo treinador quanto pelo pokémon e dava um sorriso torto e ignorava o comentário do idoso, mas não saíria dali pois sabia o quanto Kath era teimosa quando se interessava em algo e queria deixá-la feliz, pois ainda estava fragilizada devido aos eventos recentes.

Com a ajuda de sua Gardevoir, o homem passava a falar mais coerentemente, contando sua história. Marg acabava cedendo e passava a ouvir o que ele dizia, mas Kath estava completamente fixada, balançando a cabeça enquanto o ouvia e fazendo curtos comentários. Quando teve a deixa, ela contava sobre si mesma.

-Que interessante que todos aqui são mono treinadores. Agora um pouco sobre mim, meu inicial também foi um Abra, como você pode ver o Zen, meu belo Kadabra. Não tive nem dois dias de jornada e ele já salvou minha vida. E infelizmente eu ainda não tive a oportunidade de capturar outro psíquico.

Margaretha esperava a amiga, pacientemente, mas queria ir logo buscar comida para os idosos e tentava chamar a atenção de Kath discretamente, ela que respondia gesticulando, pedindo para esperar mais um pouco e volta rapidamente a conversar com o homem.

O velho mono treinador fazia uma proposta para a menina, ele queria uma batalha amigável entre o seu Alakazam e o Kadabra de Kath. A jovem notava que a Gardevoir parecia não ter gostado da ideia e Kath, também não queria batalhar contra um oponente muito mais forte.

A jovem de cabelos curtos se prolongava sem falar nada, apenas soltando gaguejadas como se quisesse começar uma frase, estava procurando uma maneira educada de recusar sem deixar ele chateado. Depois de mais algumas gaguejadas, ela finalmente conseguiu começar uma frase.

-Então, acho que não seria uma boa ideia enfrentar alguém que não tenho chances de vencer, mesmo em um confronto amigável e também não quero forçar muito o Zen. Me desculpe, mas espero que me entenda.- Ela então fazia seu gesto comum de tímidez, que era olhar para o chão, esperando a resposta dele.