[Missão de Sociedade] Forina Floresce! Festival da Colheita!

A cara inchada de Joy, com a mão na cintura, tendo Chansey para copiar cada movimento, deixava os dois treinadores desconsertados, mas tinha um Sylveon ali que não estranhava o que tinha acontecido. Talvez a euforia que Laelynn tinha, enquanto era um Eevee, se deu apenas para poder evoluir... Agora como Sylveon, o pokémon apenas sorria para Joy e tentava acalmar a situação daquela madrugada. Bem, não era uma repreensão na madrugada que iria acabar com o que tinha acontecido, não é mesmo? Joy respirava fundo e logo pedia para os meninos dormissem... Slugma não era um caso grave, poderia esperar uma noite para se recuperar...

Todos iam para suas camas. Os meninos, acabados depois de tanta viagem e ainda uma pseudo batalha, iam dormir. Na verdade, o sono era tamanho que eles nem tiveram chance de interagir quando chegaram no quarto, até porque o narrador não deixou. Morpheus abraçava os dois ali que desabaram na cama. Laelynn chegou até a dormir na cama com Haruki, entrelaçando os seus laços no braço do menino e assim o restante da noite era preenchida com muito sono... De tanto sono, nem alarme colocaram...

O dia amanhecia! O quarto escuro dos criadores parecia formar uma atmosfera de preguiça. Os pássaros cantavam lá fora, enquanto os dois se arrastavam na cama. Haruki acordara primeiro que o moreno, tendo sua higiene matinal sendo feita. Luch ia mais arrastado, mas a motivação de levar Slugma até a enfermeira Joy o puxava. Além disso, o Centro Pokémon de Forina oferecia café da manhã, o que seria de grande ajuda para os produtores de festa, pois o dia ia ser corrido...

Apesar da esperança de que pudesse curar os ferimentos de Slugma o quanto antes, acabei tendo que esperar o dia seguinte para resolver essa situação. Entretanto, se a opção veio da própria Enfermeia, tratei de aceitar como uma verdadeira opinião profissional e não perdi tempo em pegar a chave, subir as escadas e alcançar o meu quarto. Lá, palavras não precisaram ser ditas. Eu apenas tomei um banho veloz e caí na minha cama, deixando é claro os Ovos e a Poké Bola de Slugma a noite toda juntinhos, dentro da mochila. O cansaço era tanto que a sensação do dia seguinte foi de que eu tinha martelado minha cabeça no travesseiro e imediatamente acordado depois, sem sonho, sem tempo de espera enrolando para "apagar", apenas um bate-e-volta, que não correspondia exatamente ao descanso que eu precisava...

Forçando os olhos para ficarem fechados por mais tempo, tratei de puxar o lençol que me cobria, para perto do rosto, virando-me de costas para o colchão e fazendo uma expressão de incômodo, pois sabia que por mais que eu enrolasse ali, não teria forma de escapar da realidade. Entretanto, essa confirmação só veio quando abri os olhos e notei que Haruki já estava terminando sua rotina matinal no banheiro, voltando para o quarto. O momento ideal para eu assumir seu lugar — Oh céus... Bom dia... — Comentei, rindo em seguida e depois respirando fundo, enquanto lentamente esticava braços e pernas, espreguiçando-me — É hoje que começamos o trabalho escravo! Espero que não tenhamos grandes complicações.. — Disse, já me levantando, passando as mãos pelo cabelo e depois esticando os braços novamente, mas dessa vez para o alto. De todo modo, entrava no banheiro e tratava de fazer toda a higiene matinal.

Ao sair do banheiro, recostei-me com o ombro e depois com a cabeça na porta, pensando em tudo que teríamos que fazer naquele dia. Na verdade, tentava me recordar das palavras do Aprendiz de Ginásio ao dizer todas as nossas tarefas semanais, enumeradas em uma lista sem-fim — Eu estou ansiosíssimo para comer um café da manhã reforçado, já que não jantamos... — Suspirei, levando a mão até o estômago — Durante o café podemos repassar nossos passos, né? Se me lembro bem, tudo vai começar na Prefeitura, conseguindo um Alvará. Mas também precisamos anunciar um Processo Seletivo para artistas da Cidade, na própria Prefeitura. Então... Se decidirmos um tema e um anúncio em si antes mesmo de chegar lá a gente já pode fazer as duas coisas de uma vez só! — Comentei, esboçando um sorriso em seguida e depois caminhando até a cama, para dar uma "breve arrumada", antes de pegar o PokéNav e a Pokédex, colocando-as nos bolsos. Em seguida, coloquei a mochila nas costas e fiquei próximo da porta, apenas aguardando Haruki para descermos até o Salão do Café.

A manhã se seguia com promessa de muito trabalho. Os meninos criadores acordavam sendo arrastados da cama, pelo menos Luch. O sono do garoto tinha que ser regularizado logo. Depois de suas respectivas higienes matinais, os dois desciam para tomar café. Joy e Chansey estavam já na ativa, revisando prontuário e visitando o único Pokémon internado, por uma complicação além de uma simples cura que poderia ser feita. Talvez ela tivesse acordado bem mais cedo e por isso a necessidade de um sono mais regularizado. Agora, os dois iam até a área do café, lugar simples, sem grandes ornamentações, mas com uma mesa farta.

Haviam ali poucos treinadores. Ainda não tinham chegado uma grande massa de turistas para o evento do ano da cidade. A mesa era repleta de várias frutas, como uva, melão, abacaxi, melancia, tinha ovos mexidos, torradas, mel e até geleias. Era possível ver alguns tipos de bolos e biscoitos caseiro, possivelmente comprados ali mesmo em Forina, além de café, leite e suco e água, claro, dando muitas opções para os treinadores.

Joy que viu os meninos passarem, seguia-os de perto até se aproximar, principalmente, de Luch.

- Bom dia, meninos. - Joy estava com o humor totalmente diferente, nem parecia que brigou com Luch há poucas horas. - Você tem um Pokémon para que eu possa olhar, não é? Deixe eu examiná-lo enquanto tomam café!- realmente, algumas pessoas mudavam completamente o humor quando acordadas de forma abrupta...

— Profissional? Que nada... Isso foi ideia daquele doidinho do Ginásio de Forina mesmo Hahaha! Mas enfim... Vamos descendo! — Comentei com o rapaz, caminhando já na frente até o local do Café da Manhã. Um lugar espaço e felizmente carregado de comidas bastante interessantes. Como o ambiente não estava tão abarrotado, não seria tanto problema deixar nossas mochilas na mesa e só depois irmos no servir no Buffet. Eu inclusive não fiz cerimônia e enchi meu prato com um pouco de cada, além de escolher um copo de chocolate quente e outro de suco de uva, para durante e depois de comer tudo. É evidente que demorei um bom tempo enchendo meu prato antes de me sentar na mesa e começar a devorar aquilo...

— De todo modo... Independente de como formos chamar os Artistas, temos que colocar algum Tema mais específico, não acha? Ou seria sub-tema? Enfim... Eu pensei nisso ó: "Pés no Chão" — Comentei, largando os talheres por um instante e falando ao ar, abrindo as mãos, como se mostrasse um letreiro. Depois, não resisti e ri, pegando novamente os talheres e engolindo um pedaço de fruta que mastiguei em seguida. Ao mesmo tempo, a Enfermeira Joy - agora com um humor muito melhor - surgiu e me questionou sobre o Pokémon que precisava de cuidados. Engoli ás pressas o alimento, depois de mastigar ainda mais rápido do que antes, enquanto fazia um sinal de "aguarde" para a jovem — Ah! Aqui, obrigado... E novamente, desculpe por tudo... — Comentei por fim, esboçando um sorriso sem graça e esperando ela sair.

— Que diferença de ontem, né? Mas, o que importa... O que acha de dar um tema do tipo, para aguçar a criatividade dos artistas e talvez até estimular uma certa temática em questão de vestuários, da ornamentação e tudo mais. A gente pode escrever um texto convidando quem quiser participar e marcar uma audiência para sexta ou sábado, que o palco já deve estar montado...  — Finalizei o comentário, esperando a reação e a opinião de Haru enquanto comia novamente, além de aguardar a Joy trazer novamente a cápsula de Slugma, é claro.

As ideias eram lançadas na mesa de café-da-manhã. Cada um dava sua opinião enquanto abocanhava uma torrada ou bebia um copo de leite. Os criadores teriam muito trabalho para fazer naquela semana e era crucial que eles desempenhassem aquelas tarefas com responsabilidades. Claro que seria trabalhoso, mas, tinham uma lista enorme para cumprir, alguns itens tendo prazos. Felizmente, Luch tinha anotado tudo e não seria difícil lembrar, difícil seria executar tudo a tempo. Embora faltasse só 8 dias para o festival, talvez fosse um tempo mais que o suficiente para montar tudo. Pelo menos era isso que eles esperavam!

O café da manhã era finalizado com sucesso, enquanto Chansey vinha trazer uma bandeja com capacidade de seis esferas, embora só uma estivesse preenchida com uma esfera, que era Nany. Haruki logo pós a se levantar, indo até um dos computadores. Forina era uma cidade de médio porte, repleto de artistas, mas parecia ter menos treinadores, o que deixava tudo no Centro Pokémon sem muita espera. Ali mesmo ele fazia uma troca Pokémon.

Depois de dar minha opinião sobre a temática do Festival deste ano, fui rebatido por Haruki, dizendo que era clichê - o que realmente era - e em seu lugar ele sugeriu "O Desabrochar". Uma ideia interessante, mas... — Também é uma boa, mas é clichê da mesma forma Hahahaha! Acho que talvez pudéssemos fazer uma pesquisa rápida com outros moradores à caminho da Prefeitura ou lá mesmo. Criamos algumas opções e podemos ver a reação das pessoas, daí tiramos conclusões...  — Sugeri ao rapaz, já tendo terminado de comer o café da manhã e agora simplemente terminando de beber o que havia feito questão de trazer para a mesa. Enquanto isso, Chansey vinha nos visitar trazendo a esfera de Nany e encerrando minhas pendências dentro do Centro Pokémon. Agradeci então à Pokémon e levantei-me, deixando um funcionário da Copa retirar os pratos e talheres, enquanto vestia novamente - e cuidadosamente - a mochila em minhas costas.

Ao que tudo indicava, Haruki tinha algo a fazer nos Computadores do Centro Pokémon, mas não demoraria. Concordei com ele e informei que aguardaria do lado de fora, observando como estava o Clima. Já havia notado que a Cidade não estava muito cheia, pelo menos não tanto quanto há alguns meses, quando o Teatro de Forina estava aberto e atraindo novos turistas. Apenas esperava que esse ritmo aumentasse nos próximos dias ou nosso Evento seria um fracasso. Mas enfim... Carregando a mochila cheia de incubadoras, deixei o estabelecimento de saúde e fiquei nas proximidades, na calçada, observando o fluxo de pedestres e me perguntando como poderia abordar os transeuntes com a minha ideia de "Pesquisa" sobre suas impressões acerca do Evento e dos possíveis temas. Quando Haruki voltasse poderia colocar isso em execução. Ou não, dependeria da vontade do rapaz também...

Os rapazes encontravam divergências em suas ideias e, naquele instante, era totalmente compreensível e bem vindo, afinal, são desses discursões que nasciam os grandes projetos. Após um tempo, Luch era o primeiro a sair daquele Centro e percebia o quão bonito estava o dia! O Centro Pokémon estava localizado na periferia do centro da cidade, uma rua atrás dos restaurantes e talvez duas ruas da praça do chafariz em que eles treinaram no domingo de manhã. Além disso, o sol brilhava como nunca, mas não era um calor que incomodava. Havia uma brisa fria que competia com o astro-rei. Ambos faziam um clima bem temperado...

Quando Haruki saiu ele sentiu esta diferença. Enquanto o Centro Pokémon era bem climatizado e quase frio, a cidade de Forina era perfeita para qualquer Pokémon grama viver ou qualquer Pokémon que seja, pois afinal, quem não gostaria de um clima desses? Os dois decidiram primeiro fazer uma pesquisa, mas isso era muito vago? Algumas pessoas passavam nas ruas, caminhando de forma apressada, algumas com “cara de segunda feira”, outras já acordavam inspirada com a cidade.

Caminhando um pouco, mais ao centro, o movimento começava a crescer. Comercio aberto. Lojas com pessoas na porta chamando a atenção de quem passava. As ruas com suas pedras quadriculadas pareciam bem compostas. A cidade era repleta de praças com suas áreas verdes. Em um espaço mais aberto, um garoto gordinho caminhava, segurando as suas mãos e cabeça baixa. Era o típico perfil de pessoa tímida, que estava acompanhada de seu Bulbasaur. O Pokémon grass usava suas sementes emergidas de seu bulbo e elas caiam no chão de pedra da cidade e se abriam, emitindo vários ramos de raízes pelo local, que brilhavam amarelado. Aquilo fazia o que parecia ser um ninho de raízes e no meio dele o gordinho aparecia com Bulbasaur. De tímido, o gordinho fechava os olhos e abria a boca, revelando uma voz lírica surpreendente.



As pessoas ficavam surpresas e dentro do ninho de raízes elas jogavam dinheiro para prestigiar aquela apresentação linda em uma plena manhã. Aquilo dava uma imagem linda. Um ninho de raízes provindas do Leech Seed, que brilhava na tentativa de sugar as energias de alguém e no meio o gordinho que cantava calorosamente. A voz do gordinho era cortada pelo som que provinha de um celular. Uma garota de cabelos rosados estava tomando a atenção das ruas. Com a música no celular, ela começava a se remexer, como se fosse primeiro um robô e demonstrava grande habilidade de dança de rua, acompanhada de um Piplup que não tinha tanto, mas tentava fazer do seu jeito. Ele usava sua pele oleosa e escorregadia para rodar no chão, como um “hip-hoper”.

Mais incentivos à cultura eram lançadas para a menina, deixando claro o quão artística a cidade de Forina poderia ser...