off :
Olá, senhor narrador!
Essa rota aqui é, se nada der errado, pra ser em dupla. Estou esperando a @Karinna, e essa senhoria deve brotar a qualquer segundo.
Planejamos ir ao Shimmer Desert, mas nada contra encontrar alguma coisa/pokémon pelo meio do caminho (até porque queria upar um pouquinho esse bendito Solosis Q).
Você pode, por favor, ajeitar os Hold Item dos meus bichinhos pra mim?
Gyarados > Expert Belt
Rotom > Wide Lens
Solosis > Power Belt
Enfim, ademais, acho que é isso. Espero que possamos nos divertir!
De antemão, obrigada por assumir <3
(E perdoe-me se esse post estiver confuso de algum jeito, acabei me perdendo em pensamentos enquanto escrevia, mas tentei me conter Q)
Essa rota aqui é, se nada der errado, pra ser em dupla. Estou esperando a @Karinna, e essa senhoria deve brotar a qualquer segundo.
Planejamos ir ao Shimmer Desert, mas nada contra encontrar alguma coisa/pokémon pelo meio do caminho (até porque queria upar um pouquinho esse bendito Solosis Q).
Você pode, por favor, ajeitar os Hold Item dos meus bichinhos pra mim?
Gyarados > Expert Belt
Rotom > Wide Lens
Solosis > Power Belt
Enfim, ademais, acho que é isso. Espero que possamos nos divertir!
De antemão, obrigada por assumir <3
(E perdoe-me se esse post estiver confuso de algum jeito, acabei me perdendo em pensamentos enquanto escrevia, mas tentei me conter Q)
Quão estranho é ser capaz de realizar (parte de) seus objetivos e, mesmo assim, se ver tragada pelo sentimento de vazio deslizando por suas entranhas?
Se parasse para pensar, era difícil de recordar ao certo quanto tempo desde a última vez que aquela sensação latente de apatia se curvava diante de uma emoção mais... Cálida, por assim dizer; Principalmente levando em consideração a inconsciência e perdição as quais fora induzida durante (e após) sua ousada exploração pelo cemitério vertical de Hoenn em meio à tempestade. Em realidade, arriscava apontar que o último momento de paz havia vindo bem antes até mesmo da peça de teatro em Forina, que apenas servira de estresse sobre como deveria fazer o quê e, mais importante, a maneira que deveria agir para dar prosseguimento leal à obra arquitetada. Era com saudosismo que cerrava as pálpebras, inerte, e refletia as tímidas interações com o moreno de orbes marinhos após a competição de Sootopolis e, de maneira até periculosa, arriscava puxar uma memória ainda mais antiga: O próprio passado, à orla de Olivine, com a brisa roçando pelos fios avermelhados, a maresia invadindo-lhe os pulmões e, principalmente, a visão das ondas que avançavam e engoliam a praia antes de recuar, envergonhadas, para desaparecer no oceano que as originara.
E, com essa recordação, fantasmas mais antigos eram aqueles que a assaltavam. Assombrações que tinham uma imagem distorcida, àquela altura; Não arriscava dizer se suas lembranças de tal época eram ou não realísticas em plenitude pois, sinceramente, tinha medo do fundo de verdade que essa consciência poderia lhe reservar - costumava tentar convencer a si mesma que os demônios que a perseguiam eram tão recentes quanto sua jornada pelas estradas e rotas perdidas entre regiões, continentes e até dimensões paralelas: E, com isso, também apagava o fato de que eles existiam antes mesmo que recuperasse sua gentil inicial, Ryo.
Ao compartilhar com Luch a leveza que o oceano lhe trazia, jamais havia revelado também o estremecer de espinha que a vibrante cor de suas águas trazia como consequência: Fosse por ironia ou sina, afinal, a preciosa tonalidade azulada sombreava não somente a serenidade de seu coração, como também a amargura distante de uma separação repentina, que nunca tivera chance de compreender em âmago. Não era como se essa não fosse uma parcela de sua existência que simplesmente desaparecera no fundo do armário, oh, não; A ausência majoritária de sua citação nos pensamentos que a atormentavam de noite não era por indiferença, e sim pelo fato de que aquele era o único fantasma silencioso dos tantos que berravam em sua cabeça, limitando-se a observar do canto do quarto, na visão periférica, ao passo que a insânia ameaçava, passo a passo, dominar-lhe e retorcer a consciência em ameaça esquizofrênica; Uma mancha não realmente ignorada, mas praticamente despercebida no caos psicológico que sofria desde a situação maldita do Limbo.
Uma mancha que, agora, tornava a tomar forma ao passo que, por um momento que seja, os demônios em sua cabeça se permitiam retroceder para que a preocupação do vínculo oceânico transbordasse: A insistência de tentativa de contato com Valassa desde a tempestade da 121, sem sucesso, trazia à tona o temor de um desaparecimento de outrora, uma nova quebra daquilo que havia tentado crer se tratar de um novo pedaço de rotina e, com ele, a definição cada vez mais vívida de um espírito que, com seus orbes também aquosos, sussurrava as confusões de um abandono que a havia assombrado por muitos, tantos anos, sem nunca fazer sentido – e, após todo aquele tempo, fazia cada vez menos, ao ponto de que a realidade insossa que a envolvia houvesse feito dissipar suas tolas tentativas de explicá-lo.
”Seus olhos... ... ... Eles...”
...As pálpebras se entreabriram, suaves, mais uma vez – após se cerrarem por um instante prolongado. Com um suspiro inquieto, os orbes acinzentados correram pelo ambiente, perdidos; E, apesar da demora em analisar a paisagem, foram incapazes de se localizar. Os ombros se encolheram, silenciosos, e uma respiração trêmula foi o único som que escapou de seu ser, naquele momento. Com discrição, a atenção então desviou-se em direção aos céus, e o canto dos lábios se torceu ao se deparar (ou não fazê-lo) com o manto celeste azulado, quase que totalmente encoberto por nuvens cinzentas que, bem, apesar de provavelmente não serem prenúncio tão forte de tempestade quanto as que se acumulavam ao redor do Monte Pyre anteriormente, certamente eram indício suficiente de que, outra vez, não enfrentaria um dia ensolarado.
Já havia se acostumado com a tormenta, àquela altura.
Sem rumo, havia chegado àquele pedaço de rota: E foi sem rumo que os passos ameaçaram seguir – e, de fato, o fizeram -, hesitantes, pela estrada de terra. Sentia o corpo envolvido num baile suave com fantasmas que há muito não tinha consciência do paradeiro: Questionou-se, por um instante, se o céu oculto por detrás dos algodões lamuriosos saberia o dizer, se ousasse realizar tal clamor, se tivesse a ideia de fazê-lo. Como obstáculo à tal possibilidade, porém, existiam também as várias noites em claro em que os orbes perdiam-se pelo manto celeste e, nas noites mais sombrias, roçavam pelo concreto acima de sua cama, em murmúrios silenciosos que buscavam não só razões, mas até mesmo auxílio de uma existência superior que, se não viesse em intercessão, pelo menos o fizesse com a mais tola das justificativas para que pudesse apaziguar a maré dolorosa e sufocante que afogava seu coração.
De uma maneira ou de outra, nunca recebera uma resposta – e, eventualmente, desistiu de encontrá-la.
Com esse - ou esses - pensamento, não é surpreendente dizer que não chegou a prestar atenção pelo caminho que os pés optaram em percorrer - mas, oh, esse fato não era novidade, considerando que foi com essa exata dispersão que havia partido de Mauville, ao que aparentava. Quão distante estaria da cidade, naquele instante? Era difícil dizer, principalmente que não mais a enxergava, independente da direção que arriscasse observar. Mais perdida do que a primeira vez que arriscou um repouso para tentar se encontrar, o corpo tomou a decisão por si só e estancou no lugar; As íris, então, deslizaram de um lado à outro, silenciosas, senão para identificar alguma coisa ou pista que pudesse usar para se situar, pelo menos para verificar se não existia nada em torno que precisasse de sua atenção para que, huh, não acabasse tendo que lidar com ainda mais problemas do que já tinha, naquele momento.
...Não que isso impedisse ou evitasse, é claro.