Pokémon Mythology RPG
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Mas é claro que não seria fácil assim, né?

A desconfiança já deveria ter vindo quando a chave fora entregue de mão beijada; por algum motivo nenhuma das duas parou para pensar que em um lugar como esse nada viria fácil, mas o que esperar? Ambas mentes já estão tão perturbadas — seja pela situação ou pelas memórias que nos foram impostas — que o discernimento sequer existe mais.

— Argh. — a frustração veio em forma física, quando novamente a machucada mão direita se fechou e acertou a porta com um soco — Parece que não sairemos nunca daqui. — a mão direita apoiou-se sobre o ombro de Natalie, apertando-o levemente duas vezes seguidas — Vamos, vamos subir. — apontei na direção da porta onde a cozinheira estava enquanto subia as escadas, aproveitando para responder a pergunta da ruiva — Lá só tem uma mulher doida que está cozinhando algumas comidas. É impaciente e mau humorada, mas não parece ameaçadora. — voltei a atenção para a bolsa, aproximando-a do corpo — Seja lá o que for esses Pokémon, ao menos sairão dessa maluquice aqui com a gente. — uma risada ecoou agora pela parte superior do hall da mansão; em cima, mais uma porta dupla nos aguardava — Vai, mal posso esperar para você colocar essa chave na fechadura só para perceber que falta outra para abrir a porta. — gargalhei, debochando uma segunda vez da má sorte da ruiva; não que não me identificasse com essa maré de azar, mas o objetivo era puramente brincar com ela — Ah! — cerrei os olhos — E nada de recompensas por me ajudar a roubar esse manicômio. — a mão direita repousou sobre o peito — Sua recompensa é a minha amizade de volta.


E, honestamente, talvez de fato fosse. Somente um evento como esses seria capaz de fazer com que toda raiva acumulada que sentia de Natalie desaparecesse no ar; se as circunstâncias fossem outras e não tivesse sido obrigada a agir em conjunto com a ruiva desde o começo, provavelmente simplesmente teria dado as costas e ido embora. É... Pelo menos para alguma coisa essa loucura toda havia servido.

— Eu não tenho um centavo, você acha que é fácil criar essa criatura?
— apontei com a cabeça para Sushi, que vigiava nossa retaguarda — Ele é magro de ruim, come por uns três Snorlax... — o psíquico virava a cara, irritado com o comentário, como todo adolescente faz quando a mãe fala da cria para suas amigas — Só espero que não tenha passado muito tempo lá fora... — a lembrança do que havia vindo inicialmente fazer na rota cento e onze voltava a mente — Dizem que deserto de noite é amedrontador.


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- Especialista II Psychic;
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Não foi com nada além de uma frustrante sensação de desgosto que a ruiva encarou a fechadura ao se dar conta de que não, não poderia abri-la com uma única chave - e considerando que a primeira estava protegida por um demônio dos espelhos, não tinha certeza do que encontrariam nas outras áreas daquele projeto de mansão/masmorra. Em realidade, o que mais a surpreendeu naquilo tudo foi o murro repentino com o qual a loira acertou a passagem, os pés recuando em reação automático e os orbes desviando para analisar a expressão da outra.

— ...Acho que, pra porta cair, você precisa bater com mais força. — Gracejou, um sorriso pequeno diante da explosão de raiva que a situação havia arrancado de sua conhecida de longa data. Era compreensível, para dizer o mínimo - afinal, ela própria não estava lá de muito bom humor diante aquela maldita prisão para o qual haviam sido arrastadas, sem mais e nem menos. Entretanto, naquele ínfimo instante, questionou-se o quão comum era aquele descontrole por parte da loira...

...Particularmente, não quis saber a resposta.

— ...O salão de jantar deve ser aquele, então. — Murmurou, encarando a porta dupla oposta àquela em que estavam; Suspirou, e assentiu com a cabeça quando Karinna incentivou para que subissem, limitando-se em seguir seus passos pelos degraus acima. — Ah, então só "ganho de volta" se saquear o lugar contigo, é? — Gargalhou, e empurrou com suavidade o ombro da outra, balançando a cabeça. — Tem certeza que quer levar as coisas? Vai que vai com uma maldição junto, hein... — Provocou, um sorriso despontando de ponta de boca.

Não que duvidasse das próprias palavras.
Mas, àquela altura, já era tão atormentada, que a ideia de uma assombração por espíritos raivosos nem era mais uma possibilidade que se preocupava em contemplar.

— ...Você nem me fala. Da última vez, um dos meus me comeu uma pokéball. — Comentou, deixando escapar um suspiro discreto - e divagou na lembrança distante dos treinos realizados logo antes o evento teatral de Forina. Naquela época, havia se estressado com tantas coisas para se fazer - ah, se soubesse quão ladeira abaixo as coisas iriam logo a seguir, teria se dado ao luxo de aproveitar um pouco mais.

Talvez aquela fosse sua sina, afinal.

— ...Deserto? — Perguntou, a atenção se desviando na direção da loira, pouco antes de voltar na para as seis portas que se apresentaram logo à sua frente. — E o que você ia fazer lá? — Continuou, estalando os dedos e movimentando o pescoço, cansada. — Sinceramente, eu não tenho a menor ideia nem de onde a gente tava. Era perto do deserto? — Murmurou, esfregando o rosto e suspirando mais uma vez. — ...Esse lugar é enorme. A gente vai ter que procurar por todo esse andar pra conseguir encontrar outra chave? — Reclamou, olhando ao redor. — Bom, dizem que direita é sucesso, né? Sei lá.

Pretendia ver o lugar um pouco melhor mas, huh, a ideia inicial ia acabar sendo abrir todas as portas: Então, bem... Começar pela primeira porta à direita parecia uma sugestão - entretanto, porém, contudo e todavia; Será que estaria trancada, também?

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Apesar da situação nada convidativa, Karrina e Natalie continuavam a encontrar forças uma na outra para manter a coragem de seguir procurando uma saída. Enquanto conversavam buscando romper tanto quanto possível a tensão da situação em que se encontravam, veio a tona algumas constatações... muito provavelmente (e isso só uma realidade alternativa para responder) não teriam concordado em conversar e colaborar uma com a outra sob outras circunstâncias mais leves, a mono treinadora até confirma... afirmando que sequer teria escutado sua amiga se houvesse opção mais cedo. Outra é a de que, quem quer que tenha metido as duas naquele lugar, ainda não estava satisfeito, e ainda não estava disposto a deixá-las ir embora daquele lugar, e como tinham sido informadas do que havia atrás da única porta que não abriram, e tendo em vista que o ser que as informou aparentemente havia sido sincero, embora nada bondoso, fazia sentido subir as escada até o andar seguinte

Outra constatação, essa menos relevante para a resolução da situação, mas ainda assim uma curiosidade interessante... ambas sabiam o que era ter um monstrinho com um apetite voraz! um deles inclusive ainda era um bebe.. (espera até a criaturinha chegar na adolescência....) entretanto, questões como quem as levou, se sairiam daquele lugar, onde, em qual momento do dia.... eram dúvidas que ainda persistiam e provavelmente iriam perdurar por mais um tempo...

Iam ambas conversando enquanto subiam os degraus de mármore, corrimão em madeira trabalhada, o centro dos degraus cobertos por um tapete vermelho... bem... naquela área, tudo gritava "luxo". Ao subirem, estavam em um corredor igualmente bem decorado, bem largo, com seis portas bem distintas. bem ao fundo, havia uma janela, que mostrava uma bela lua cheia e um céu estrelado.
Quanto as portas... uma delas branca, adornado com um unicórnio de crista colorida, a segunda em metal semelhante a de um cofre, a terceira em madeira simples tratada havia nessa um brasão em formato de Aegislash em madeira pendurado, a quarta era preta, e tinha uma máscara funerária egípsia pintada. a quinta ostentava inúmeras manchas de tinta aleatórias e coloridas. mas a última... Karinna reconhecia.... era a porta da casa nas palafitas, onde outrora tinha morado com sua família.... Natalie, sem conhecer o lugar, inocentemente sugere a porta reconhecida pela amiga....

mapa, caso tenham dificuldades em entender a descrição :



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Não sei se estava pronta para ter essa conversa.

O frio subia à espinha como em uma criança desesperada pelo pavor de ser descoberta ao ter feito algo errado. Os dedos, ainda calejados, agarravam-se à barra da saia como se aquilo pudesse salvá-los e impedir os lábios de dizer o que Natalie queria saber. A verdade é que, novamente, o temor à reação da ruiva ao descobrir uma das minhas atitudes era o que envergonhava de dizê-la de uma vez por todas. Uma das muitas desvantagens de amar somente uma pessoa na vida é exatamente essa: o que ela pensa de você é quase que tomado como verdade, já que a opinião dos demais não interessa. Por mais que tenha acabado de reencontrá-la, não é bem como se algum dia tivesse deixado de se importar com o que acha; oras, quando imaginava que Chase estava morta, fingir que conseguia ouvi-la me julgar diretamente do céu era um dos meus hobbies favoritos. Céus, como explicar que essa é a única saída que tenho e que não aguento mais viver nesse mundo?

— Acho que estar aqui já é maldição suficiente. — resmunguei, fitando a parte além do corrimão - tinha que ter certeza de que não estávamos sendo seguidas — Você acha mesmo que essas criaturas vão dar falta das coisas? Provavelmente estão todos mortos. — aproveitei para soltar os cabelos — Você quer saber mesmo? — abaixei a cabeça, observando somente os pés da ruiva caminharem até além do campo de visão — ... — os olhos se cerraram; respirei fundo e falhei ao tentar buscar a força que precisava para dizer a verdade — Estava indo passear. — involuntariamente a cabeça balançou em negação; até mesmo o corpo tem vergonha da covarde que lhe é recipiente — Só.

E, então, o pé direito encontrou o último degrau e os olhos ergueram-se para frente. O que demorou segundos, na mente aconteceu em minutos: apesar de conseguir observar bem as diversas portas que introduziam o segundo andar, a única que de fato chamou atenção fora a que Natalie escolhera abrir. O estômago revirou-se em um mix de raiva e tristeza... Já deveria esperar que algo me aguardava, mas não dessa maneira. Não um golpe baixo desses. As pernas que antes subiam as escadas com determinação já mal respondiam e, caso Sushi não estivesse atrás, faltaria reflexo para segurar no corrimão e não despencar por todos degraus abaixo. As janelas cerúleas uma vez mais lutavam contra as lágrimas que surgiam rapidamente por trás delas, tentando com toda força manter suas trancas fechadas. Não podia dar esse prazer a essas criaturas...

Não assim.

As pernas decidiam acordar e, com uma injeção de adrenalina, deram passos que mais pareciam uma corrida. A mão direita, já disposta à frente, segurou a de Natalie que acabava de segurar a maçaneta. Os olhos, antes envergonhados e agora entristecidos, fitavam o chão; a cabeça, baixa, era coberta pelas loiras madeixas que tentavam esconder da ruiva sua verdadeira expressão.

E, sem dizer uma única palavra, permaneci.

— ... — segundos e mais segundos se passaram sem uma única palavra dita — ... — ambos braços erguiam-se em um demorado abraço; o rosto, ainda coberto pelos cabelos, deitava sobre o ombro direito de Natalie — N-Não. — a voz quebrava — Não abre. — os olhos perdiam a luta que travavam e as lágrimas começavam a escorrer pelo rosto e molhar as vestes da ruiva — É pra mim.

E tinha certeza que isso era tudo que precisava ser dito para Chase entender do que se tratava. Mas não tinha jeito, tinha? Se dependesse de mim seria enterrada ali mesmo; a força que havia acabado de reencontrar já se esgotava e estava pronta para fazer daquela mansão meu verdadeiro túmulo. Mas não poderia fazer isso com ela. Natalie não merece ficar presa eternamente nesse pesadelo.

— ... — os punhos cerraram-se novamente — Não posso deixar que entrem na minha cabeça. — apesar de tudo, tentava me convencer de meu próprio conselho — Não posso... — soltava do abraço, respirando fundo enquanto virava aos poucos na direção da porta e erguia a cabeça — ... Posso? — a mão direita apoiava-se sobre a maçaneta e, apesar da pergunta direcionada à Natalie, fitava fixamente a porta — Por favor.

Já sabia o que aguardava do outro lado da porta...

Mas precisava ver para acreditar.


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Certamente, em algum momento da vida de uma pessoa, existe aquela situação em que ela para e pensa que existe algo, alguma coisa de errado, ainda que não saiba dizer ao certo o o quê. Para Natalie, o breve instante de hesitação nas palavras de Karinna era atestado mais que suficiente para que incompreensão e incerteza emergissem de seu coração, balançando-se em garoa serena, suave, daquelas que antecedem o grotesco temporal que doma e sacode a mais sã e controlada das existências. Mais uma vez, era lhe arremessado nos braços um receio que não era seu e que não tinha ideia da origem; Ainda assim, naquele ínfimo momento que parecia eternidade, não pronunciou-se a respeito de desconfiança que talvez fosse óbvia - não queria forçar para fora um problema entalado que, ali, poderia trazer-lhes mais desgraças atoladas que alívio.

Não que não se importasse com a outra, longe disso!
E era exatamente por isso que não desejava que seus rancores e temores fossem sussurrados aos ouvidos dos demônios.

— ...Bem, sei lá. — Comentou, depois de alguns segundos, num balançar de cabeça discreto. — A gente tá, né? Ou, pelo menos, eu acho que sim. — Acrescentou, num olhar rápido na direção de Bley. — ...Sei. Sempre bom tirar um momento pra esfriar a cabeça, hm? — "Questionou", num sorriso simples que escondia turbilhões confusos - como há muito sua expressão já havia se acostumado à fazer (ou, huh, talvez não o fizesse tão bem assim) -, enquanto se aproximava da passagem de palafita, indiferente aos significados que simples estrutura poderia ter.

O próximo passo para a tempestade, então, se iniciou com um singelo repousar de mão sobre a própria, impedindo o avanço tensionado; A ruiva piscou uma, duas vezes, e as pupilas bailaram até a imagem da outra, pálpebras se estreitando com discrição diante de sua postura que, de repente, parecia derrotada. Arrepio inquieto foi o que percorreu por sua espinha quando a cabeça de Bley tombou em seu ombro e, mais especificamente, diante de suas palavras engasgadas - confusas, até -; Foi por conta delas que os dedos recuaram da maçaneta, e uma respiração profunda foi tudo o que lhe restou quando sentiu as lágrimas escorrendo das janelas d'alma da jovem de cabelos dourados.

Não respondeu, pois não acreditou que seria necessário - palavras, por deus, só pareciam piorar a precária situação em que estavam. Observou enquanto a monotreinadora se adiantou em seu lugar e, não realmente serena, repousou a mão onde a própria estava há pouco: Outra respiração profunda, e as pálpebras caíram por alguns centímetros - sem que se cerrassem de fato - e, então, os dedos encontraram coragem para repousar sobre os de sua tola Cabeça de Shuckle, os dígitos entrosando-se junto aos opostos e os orbes acinzentados mergulhando nos marinhos que tão bem conhecia.

...

Com ela e por ela, abriu a porta; Quis, acima de tudo, pontuar que estava ali.
Agora estava, pelo menos.

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Karinna estava hesitante... não queria que a amiga, que mal havia reencontrado pensasse mal dela, e se soubesse que havia planejado suicídio? o que ela iria pensar? não sabia, e tinha medo de descobrir. Mas seus passos e falas hesitantes não passaram despercebidos... Onde estava aquela expansividade que vinha demonstrando até então? Esse é um dos problemas quando se faz perguntas... nunca se sabe quando vai trazer a tona algo delicado, por mais banal que pareça a pergunta. a jovem treinadora de psíquicos buscava se recompor durante a subida das escadas... apenas para tomar um baque maior, precisando ser até mesmo amparada por seu inicial, que vinha logo atrás

Natalie ao se dar conta de que estava mais uma vez trazendo a tona anseios e receios alheios, e sabia o bem que por eles pra fora podia fazer... Luch que o diga... mas preferia evitar esse efeito agora em Karinna... não que não quisesse ajudá-la com seus problemas, mas ali, onda cada pensamento parecia se tornar uma arma contra elas... melhor que saíssem antes que esse desabafo seja sussurrado aos ouvidos de quem quer que estivesse tramando aquilo tudo... e por tudo isso, por mais fértil que fosse sua imaginação, parecia improvável que tais anseios se materializassem em uma porta, a mesma que, sem saber havia proposto abrir... Ao menos agora estavam juntas, e fazia questão de o demonstrar, mesmo que de maneira mais contida que a loira.

Ao abrir a porta, um lugar completamente diferente se mostrava... estavam na palafita onde a jovem de olhos azuis havia nascido e passado parte de sua infância... sentado a mesa de jantar, um conhecido Throh magro, de quimono rasgado e aqueles olhos de quem ja havia desistido da vida. erguia a cabeça de forma apática, parecia mesmo estar esperando alguém... embora nada empolgado... mas ao barter os olhos nas duas jovens, seu rosto transmitia a grande confusão
-Você... não é o Mirror... -Dizia fixando o olhar em Karinna, solo em seguida, reparava Natalie também estava ali - O que fazem aqui? por que você se parece tanto com ela? - dizia apontando para a loira com uma mão, e esmorrando a mesa com a outra. a voz daquele pokemon... era mesma que Karinna se lembrava o pai ter


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...

Desde que a solidão começou a assolar o interior anos e anos atrás, sentir-se querida era já uma utopia diante da vida que levava. As células do corpo já não recordavam o que era vivenciar o afeto de alguém. Se as únicas pessoas que se importavam haviam ido embora de uma maneira ou de outra, não tinha como saber... Não tinha como sentir. Morte, desaparecimento. De uma maneira ou de outra era como se a felicidade até pudesse ser sentida na pele, mas não por tempo demasiado - uma hora ou outra era arrancado abruptamente do meu ser. E nessa eterna autossuficiência vivi, com a tristeza e solitude devorando com seus caninos afiados cada parte boa do íntimo até não sobrar absolutamente nada por ali.

Mas...

Algo sobre aquela alva mão e suas falanges entrelaçadas às minhas enchiam o coração de ternura. De tanto que as emoções foram suprimidas por todos esses anos, sentir amor na pele era quase como um sentimento novo, daqueles que bebês experienciam pela primeira vez na vida. Um meio-sorriso dentre as últimas lágrimas que escorriam se manifestou... Natalie não precisou dizer uma única palavra para saber que, sim, estava ali por mim. Aos poucos a cabeça pendeu-se na direção da ruiva, encostando ambas testas por alguns segundos.

— Não me deixa fazer nenhuma besteira, Cara de Wooper.

Os dedos pressionaram-se contra o objeto e, finalmente, a maçaneta foi girada.

O receio de ver o que se encontrava dentro do cômodo encheu as orbes azuladas de medo: cerradas, abriram-se lentamente, até não acreditarem no que estavam vendo diante de si. A expressão, uma vez triste, fechava-se completamente. Se antes sentia o amor que a amizade de Natalie emanava, meu corpo agora se recordava de como era ser coberto pelo quente manto da raiva e do mais puro ódio que um ser humano pode sentir. Involuntariamente, a mão direita soltou-se da de Natalie e os punhos cerraram-se; as pernas, inquietas, mais uma vez decidiam correr, dessa vez para cima do Pokémon lutador ali manifestado...

Mas, após um único passo, não mais conseguia sair do lugar.

Para minha surpresa, ambos braços de Chase envolviam minha cintura: suas pálidas mãos, entrelaçadas entre si, faziam o máximo de força que podiam para não permitir que agisse sem pensar. Mas estava ali ambos responsáveis por tirarem tão cedo de mim o que há de mais valioso no mundo: minha família.

Não tinha como ficar quieta, ainda mais após ouvir a voz do pai ecoar da boca do Pokémon.

— DESGRAÇADO! — já não mais sentia qualquer auto-controle sobre o corpo, que esperneava, sendo impedido de prosseguir pela ruiva — EU VOU TE MATAR E ARRANCAR CADA PEDAÇO DO SEU CORPO COM OS DENTES! — os gritos eram tão altos que tinha certeza que ecoavam por toda mansão — ME SOLTA, NATALIE! — o olhar furioso agora voltava-se para a ruiva, que ainda assim não soltava seus braços — E VOCÊ? VAI FICAR OLHANDO? — a vítima da vez era Sushi, que observava tudo um tanto quanto surpreso - não pela minha reação, mas sim por finalmente dar um rosto ao Pokémon que tanto maldisse desde que o conheci — PSYCHIC! DESTRUA A MENTE DELE!



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É válido pontuar, então, que também existem aquelas vezes em que já se é capaz de entender e predizer quais serão as próximas coisas a acontecer em um cenário - e, naquele em específico, tal tarefa se desenrolou a ritmo inacreditável e assustador assim que, pós-reação e súplica de Karinna para que mantivesse as coisas "sob controle" além de, é claro, se passar o tempo necessário para que a outra pudesse se recompor e enfim girar a maçaneta que as separava de cômodo imprevisível que parecia planejado tão especificamente não só para uma, como também para a outra e, além de tudo, era capaz de acertar precisamente em pontos tão vitais de seus sentimentos há tanto ocultos.

...Pra resumir, soube imediatamente o que aconteceria assim que os orbes acinzentados repousaram na imagem de Throh esquelético: E um temor inquieto percorreu por sua espinha quando apercebeu-se do ódio inflamando no interior dos da monotreinadora. Naquele instante tão ínfimo, foi capaz de ver toda a situação cuidadosamente planejada voando pelos ares e o perigo se estreitando e enlaçando ao redor da garganta de Bley; Não soube, e jamais saberia, em que pé acabariam caso se permitisse apenas observar o desespero se agitar para fora de uma mente atormentada.

Não soube, pois não permitiu que ocorresse ou, pelo menos, não o fez fisicamente.

Os pés agiram rápido - mais do que ela sequer foi capaz de perceber, e os braços encontraram a pequena criança amaldiçoada e a envolveu, apertando-a entre os próprios braços e limitando não só sua movimentação, mas também tentou fazê-lo com sua ira. Naquele instante, as pálpebras se apertaram, e os dedos também o fizeram sobre as roupas da outra: Sentiu-a debater-se, lutar, gritar, ameaçar, não se importou. Encontrou um centro de equilíbrio e firmou os calcanhares, impedindo um avanço irresponsável e impensado por parte da outra.

...Entretanto, não impediu as ordens de ataque que ela instruiu à preguiça psíquica.

— ...Reflect e Psychic, Kaleo. — Instruiu, sem se mover do lugar, as unhas torcendo o tecido das roupas de sua tão querida - e descontrolada - Dama do Lago. — ...Se proteja por trás do Sushi. — Acrescentou. Não sabia a força de seus oponentes mas, sinceramente, tinha a consciência de que seu pequeno pokémon célula nada mais era que um jovem suporte, àquela altura da vida. Pelo menos por enquanto, huh?

...

— ...Se controla. — Sussurrou, firme, ao pé do ouvido da loira. As pálpebras arriscaram se entreabrir e bailaram nos pokémons que talvez já se enfrentassem à frente, mas se limitou a respirar fundo, trazendo-a ainda mais de encontro ao próprio corpo e apertando as costas da moça contra o peito. — ...Se você surtar, não vai conseguir fazer nada. — Tentou relembrá-la; Tinha consciência de que falar era bem mais fácil que fazer mas, oh, se as palavras não a alcançassem...

Tudo bem.
Ainda podia usar a força, huh?

...Mais ou menos.
Era uma lástima ter que tentar lidar com a própria insanidade e, ao mesmo tempo, cuidar da outra e tentar manter as rédeas da situação, com todos os sentimentos engarrafados repentinamente subindo pela garganta. Doía, por dentro e por fora - e os músculos ardiam, incômodos, urrando pelo esforço ao qual eram submetidos enquanto tentava subjugar e aprisionar Karinna em seus braços.

Sinceramente?
Odiava aquele tipo de lugar.

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Antes de abrir a porta, Karrina se permite perceber todos os ternos sentimentos de companheirismo por trás do simples gesto de Natalie de estar ao lado dela. não sentia isso a tanto tempo que era quase como se sentisse pela primeira vez, e lhe faz um pedido, que apesar de simples de se expressar, se mostraria muito custoso de cumprir na prática... Não deixar a outra fazer nenhuma besteira... e assim que a maçaneta girou, revelando a antiga casa, onde estava um Throh acabado, que estranhamente possuía a voz do progenitor da loira... a mono treinadora foi tomada por uma fúria tal que se não fosse a rápida ação de sua amiga teria enfrentado o pokemon ela mesma. o que não a impediu de esbravejar, gritando até mesmo com o próprio pokemon. Mesmo com as dimensões daquela mansão certamente aqueles gritos seriam ouvidos por grande parte dela.

Sushi no entanto não ficou acuado nem xateado com sua treinadora por isso, aquele grito soou para o mesmo como uma carta branca para destruir o que agora via como a personificação dos mais antigos pesadelos da jovem, e sem pensar duas vezes o ataca com seus poderes psíquicos, lhe causando ja muita dor... o pokemon no entanto parecia canalizar aquela dor em um golpe tão devastador quanto, ja Kaleo, preocupado tanto quanto a ruiva, erguia uma barreira protetora diante de si e Alakazan.

A preguiça psíquica havia tomado para si a tarefa de destruir aquele lutador, e atacava mais uma vez a mente do pokemon, que mais uma vez transforma a dor que sentia em energia para seu golpe, mas dessa vez direcionado a Kaleo, que consegue amparar parte do golpe se escondendo atrás de seu companheiro de batalha Alakazan



       
Throh:
normal
Hold Item:
Black belt
Trait:
Guts

lv50 Throh


103/180
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[Remember] - Route 111 - - Página 6 Solosis[Remember] - Route 111 - - Página 6 Alakazam
lv20 Kaleo


26/48
lv37 Sushi


61/104
Trait 1:
Magic guard
Trait 2:
Inner Focus
Hold Item 1:
power belt
Hold Item 2:
Twistad Spoon
Kaleo:
normal
Sushi:
normal


Campo: Uma pequena casa de palafita


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E tudo escalou muito rápido.

Talvez pela consciência estar completamente enublada pelo ódio, pensar direito era impraticável nos primeiros minutos que observei aquele Pokémon manifestado naquela sala. A raiva instantânea, a perda do auto-controle e a fúria manifestada impediam analisar a situação de verdade e imaginar uma saída adequada para aquela situação. Oras, se não fosse por Natalie aquele lutador provavelmente teria quebrado todos os ossos do meu corpo e agora estaria morta no chão, sem qualquer sinal de vida. O que despertou a consciência e conseguiu sobrepor parte da raiva por preocupação foi o ataque devastador que Sushi levou após seu primeiro Psychic. Assistir aquilo apertou o coração de uma maneira terrível e, apesar de ferir o âmago ainda mais, mostrou que a prioridade agora não era vingança, mas sim o bem-estar daquele que sempre esteve ali presente quando precisei.

E como um brinquedo onde as pilhas de repente param de funcionar, os braços e pernas subitamente deixavam de lutar contra a força de Chase que os mantinham no lugar.

— ... — os pulmões enchiam-se de ar, soltando-o lentamente em uma tentativa bem-sucedida de se acalmar — ... Obrigada. — virei o rosto no ângulo que conseguia, fitando Natalie por alguns segundos — Pode me soltar agora, Wooper. — sorri, repousando os braços sobre os da ruiva que abraçavam minha cintura — Prometo que não vou fazer nada.

E, honestamente, não faria mesmo. Não agora. Aproximar o frágil corpo de cinquenta e cinco quilos daquele monstro lutador seria assinar uma sentença de morte -- se Alakazam já se mostrava exausto após um único golpe, não era eu que conseguiria torturá-lo antes de conseguir extinguir suas forças em batalha. Agora livre, a mão direita buscou a esfera de Espeon dentro da bolsa, lançando-a em campo.

— Manju, Helping Hand no seu irmão. Sushi, duplo Psychic. — o tom de voz diminuía consideravelmente; os olhos, mais uma vez cerrados, tentavam mascarar a expressão raivosa que se manifestava cada vez que fitava o adversário — Ei... — o melhor a se fazer era ser sincera de uma vez com Natalie; estávamos juntas nessa situação, não tinha mais porquê esconder qualquer coisa, seja por vergonha ou por receio — Estava indo pro deserto me matar. — a cabeça girou-se mais uma vez para a ruiva e, aos poucos, as janelas cerúleas se abriram com um meio sorriso manifestando-se no rosto — E mais uma vez você apareceu para me salvar de mim mesma.

Anos atrás, sem família e vivendo nas ruas de Olivine, conhecer Chase e nos tornarmos irmãs foi o que impediu a mente já tão só de tentar ceifar a própria vida em desespero. A ruiva jamais saberia disso, já que o orgulho sempre impediu de contar que, naquela mesma manhã chuvosa, a Bley tão jovem planejava mergulhar no mar da rota quarenta e nunca mais emergir. Não que com essa única frase Natalie entendesse o que queria dizer, mas ao menos esse peso já não mais carregava no peito.

— Só... — com um único passo parei ao lado da ruiva e a mão direita apoiou-se sobre seu ombro esquerdo — Peço que deixe eu fazer o que quero quando essa batalha acabar... — os olhos fitaram as orbes acinzentadas de Natalie sem continuar a frase -- para bom entendedor, meia palavra basta — Por favor.


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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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