Capitulo 15 - Onde Está Phillipe Swirller? - "Um Mar de Justiça / Parte 2"

Sneasel e Snover rapidamente criavam um tumulo de gelo para o pequeno Wingull, e em seguida Glace o lançava ao mar dizendo: - Que Arceus o tenha! - E assim o pequeno pokémon selvagem ia embora, sendo levado pelas ondem até sumir de vista.

Era a segunda vez que me culpava pela morte de um pokémon, mas no momento eu não podia me deixar tão abalado assim. Depois que o pequeno bloco de gelo sumiu no horizonte, enxuguei meus olhos e tentei me recompor para voltar a focar na missão. Nagisa fazia o mesmo, e com as duas mãos, ele dava um tapinha em seu rosto, como se aquilo espantasse toda sua tristeza em ver uma vida indo embora. Ele não voltou a seu estado normal imediatamente, mas o choro havia passado.

- Pronto! Agora vamos voltar ao trabalho. – Ele dizia com um meio sorriso no rosto.

- Certo, vamos voltar. – Eu concordava tentando sorrir de volta. - Obrigado Glace.

- Por nada. Já estou acostumada com esse tipo de coisa. Em locais muito frios, costumam haver muitas mortes. Então aprendi a conviver com isso. – Ela respondia com sinceridade. Não sabia se era só pelo momento, mas parecia que ela estava realmente mudando seu jeito.

- Capitão Falange, falta muito para chegarmos? – Nagisa perguntava inquieto ao voltarmos à cabine. E rapidamente o clima pesado começava a se dissipar.

Esperava que já estivéssemos próximos da ilha, não via a hora de começar a fazer outra coisa para poder manter a cabeça ocupada e parar de pensar naquilo.

Flapjack também tentava se recompor assim como nós fazíamos, mas ele era muito novo e parecia não ser tão fácil assim para ele. Enquanto isso, Falange apontava para fora, em resposta ao questionamento de Nagisa. Meus olhos não podiam acreditar no que eu estava vendo. Será que era mesmo uma ilha feita de algodão doce?

As montanhas rosadas se estendiam no horizonte, mas longe demais para saber se eram algodão doce. Mas apesar de distantes, ainda pareciam fofas o suficiente para alguém querer pular nelas. Mas ao redor da ilha havia bastante pedras, e parecia não ser um caminho fácil.

Enquanto estávamos distraídos com a paisagem bastante exótica, Falange virava sua mão de forma que era possível ver a bússola que estava segurando. Nagisa tentou olhar com atenção, já que sua curiosidade sempre o levava a fazer isso, e acabou percebendo que não havia uma agulha ali. Ele arregalou os olhos, mas antes de poder falar qualquer coisa, uma explosão jogou todos no chão.

- O que foi isso? – Perguntou Glace passando a mão no ombro depois de acerta-los em alguma coisa.

Bolha gemia de dor, parecia ter sido acertada por alguma coisa. Ao olhar ao redor a procura do que poderia ter causado aquilo, acabei vendo que atrás de nós havia um barco.

- Ali! – Eu disse quase que junto de Falange, que pedia que fizéssemos algo a respeito. - Pode deixar conosco. – Eu disse pegando a esfera de meu pokémon inicial. - Nagisa, venha comigo!

- Estou logo atrás de você! – Ele dizia pegando a esfera de Slow. - Glace proteja eles.

- Não se preocupem. Estaremos seguros aqui. – Ela dizia abraçando Flapjack em um reflexo. Normalmente estava sempre abraçando Snorunt, mas como a pokémon deixava o local gelado, ela a deixou descansando em sua esfera.

Ao sair da cabine, eu e Nagisa fomos até a parte de trás do navio. Como já estávamos equipados com as roupas de mergulho, não precisávamos nos preocupar em cair no mar. Olhei na direção do outro barco, e tentei ver algo que pudesse identifica-lo, além de olhar se dava para ver quantos tripulantes havia a bordo. Dragoon ainda estava na água, e esperava instruções, então precisava analisar a situação para saber o que fazer.

- O que querem conosco? – Eu gritei na direção do outro barco, esperando que eles ouvissem e dessem uma resposta. Não sabia se ouviriam, já que não tinha muita noção de distância em alto mar, algumas coisas pareciam longes demais, enquanto outras pareciam próximas demais.

Fiz sinal para que Dragoon viesse para o nosso lado e com seu auxilio seguimos em direção ao outro barco pela água. A esfera de Spartos estava pronta para caso precisássemos. Dessa vez sem montar em Gyarados, seguíamos cada um de um lado da serpente, segurando firme enquanto nadávamos juntos com ele. Nagisa também estava preparado, com a esfera de Slow pronta para ser lançada a qualquer momento.

Enquanto íamos na direção do barco, percebemos objetos boiando entre nós. Pareciam ovos. Mas o que estavam fazendo ali? O pior era que o barco continuava avançando em nossa direção, e acabaria nos atropelando, assim como os ovos.


Enquanto isso, no nosso barco, Bolha continuava a chorar por causa da dor. Querendo saber como estava o estado da “embarcação”, Glace seguiu até a lateral em que ela se movia menos e tentou ver o que havia ali. Para sua surpresa, um grande hematoma estava presente na lateral do corpo da pokémon. Não era uma coisa fácil de se tratar, por causa do local onde estava. Mas o mais estranho era que ali também havia um ovo pokémon.

- Nagisa, pegue um que eu pego o outro. Precisamos tira-los daqui, ou serão atropelados. – Eu dizia a ele. Ninguém havia respondido o meu grito, então não teríamos comunicação.

- Ok! – Ele dizia liberando Slow de sua esfera. - Vamos até aquele ovo! Precisamos resgata-lo e depois nos afastar. – Ele dizia a seu pokémon. Slowking confirmava e esperava que ele se segurasse firme, antes de seguir em direção ao ovo que estava boiando à direita.

- Dragoon, vamos resgatar o outro e contornar o barco pelo outro lado. – Eu dizia instruindo meu pokémon a seguir pela esquerda em direção ao outro ovo.

Pegaríamos os ovos e seguiríamos cada um de um lado do barco. Quando nos aproximássemos o suficiente, eu tentaria subir com a ajuda de Dragoon. Nagisa faria o mesmo com a ajuda das habilidades psíquicas de seu pokémon, pedindo-o para impulsiona-lo para cima com Confusion.


- Capitão. Vou descer para tentar ajudar Bolha. Acho que um Potion deve fazer a dor diminuir pelo menos. – Glace informava. - Além disso, tem algo preso a ela, e se eu retirar pode ser que fique ainda melhor. - Dito isso, Glace sacava a esfera de sua Snorunt, e a liberava rapidamente. - Snorunt, vou precisar da sua ajuda. Salte em direção à água e congele um pedaço próximo a Bolha. Preciso de um local para ficar de pé ali. Sei que terá problemas para fazer isso com sua habilidade e seu Icy Wind. – Com isso, a pokémon confirmava e saltava em direção ao mar. Com seu corpo tão gelado, que quase alcançava temperaturas negativas, ela já quase tinha a capacidade de congelar apenas com o toque. Enquanto caia, Snorunt liberava uma grande quantidade de cristais de gelo por sua boca, mas em direção a um ponto não muito próximo de bolha, para não acerta-la.

Quando a camada de gelo estivesse pronta na superfície da água, Glace desceria para pegar o objeto preso, que parecia ser um ovo, e aplicaria uma de suas potion no pokémon aquático.

Glace percebia que não havia necessariamente um hematoma ali, e sim uma gosma que parecia veneno. Poderia ser aquilo que estava deixando Bolha desconfortável. Mas ela não teve tempo de fazer algo para aliviar a grande pokémon, já que logo foi atacada pelo homem que aparecia no outro barco.


Enquanto isso, eu e Nagisa conseguíamos subir a bordo da embarcação inimiga, e bem a tempo de ver o que o homem estava prestes a fazer.

- Nagisa! Segure-se! – Eu gritava rapidamente. Em seguida dava o comando enquanto me agarrava ao parapeito segurando o ovo firmemente. - Dragoon, Earthquake!

Nagisa rapidamente fazia o mesmo, se segurando no parapeito do outro lado, e gritava um comando para Slow. - Ataque-o com Confusion, Slow!


- Snorunt, parece que ele vai atacar de novo. – Glace dizia enquanto tentava se segurar na boia de gelo. - Intercepte o ataque com Protect. Não podemos deixar que ele acerte Bolha mais uma vez. – Depois de dizer isso, ela tentava remar o gelo em direção à gosma roxa para ver se podia fazer alguma coisa. Ela não estava tão preparada para lhe dar com veneno, já que tinha apenas um Potion.


- Dragoon, se ele não cair, ataque em seguida com Ice Fang. – Depois que o barco parasse de balançar por causa do terremoto, eu olharia ao redor para ter certeza de que o homem estivesse sozinho. Para não ser pego de surpresa.

- Você também Slow, repita o Confusion se for preciso.

Ao tentar proteger Nagisa do ataque de Dragoon, acabei informando aos inimigos de que estávamos ali. Não me arrependia daquela decisão, mas acabava prejudicando nossa estratégia. O Swalot era bastante forte, e conseguia causar um bom estrago com apenas um ataque, além de resistir bem ao nosso ataque duplo. O pior vinha logo depois, quando um segundo pokémon era enviado pelo estranho, mas algo que ele dizia me chamava a atenção.

- Espera aí! Como assim criminosos? – Eu perguntava ao invés de dar comandos ao Dragoon. Ele olhava para mim sem entender, mas eu não podia entrar em uma possível batalha inútil naquele momento.

- Slow, Disable! – Era a única coisa que Nagisa dizia ao se colocar de pé apontando para o Swalot. Ele pelo menos não deixaria sermos atacados enquanto tentávamos resolver aquele mal entendido. - Você é que é o criminoso aqui! – Ele dizia finalmente.


Já no barco, as coisas se acalmavam, já que os ataques tinham parado e a perseguição também. Glace apenas tentava se livrar da gosma venenosa jogando água.