Pokémon Mythology RPG
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[01] Após a tormenta

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A waterful start
Route 110


Salvos pelo gongo. Ou pelo pássaro. Ou pelo deus. Como preferir. O fato era que, apesar da frustração de Yoshiro por, aparentemente, não ter acertado a pegunta por completo, eles ainda precisavam seguir em frente. Sim, seguir em frente, e não voltar-se para trás e gritar com a figura que estava vindo atrás de você, falando de uma tal Ana Berta misteriosa.

Afinal, não havia Ana nenhuma ali, para salvar-lhe com planos, bonés invisíveis ou qualquer outra coisa. Eu disse bonés invisíveis? Esqueça. Isso é loucura demais, até para os padrões do Mundo Pokémon. Ainda assim, receberam uma outra ajuda misteriosa, com o voo de um pássaro escaldante.

Assim que o choque inicial passara, eles continuaram em frente, embora talvez fazendo uma prece silenciosa à uma divindade há muito esquecida. E com razão. Por algum motivo, eu diria que eles não receberiam uma outra benção flamejante, ao menos em breve.

De fato, nada como ser perseguido por um monstro mitológico para renovar as forças. Com o que parecera ser uma explosão de energia, eles correram até o caminho da direita, sem demorar-se com a escolha da bifurcação. Que fosse o que deveria ser, então.

Eu havia citado a umidade relativa do ar mais intensa? Pois bem. Enquanto embrenhavam-se no labirinto vivo, Sapphire provavelmente era capaz de sentir uma região que estava mais úmida que a outra. Mas, sempre que pareciam estar caminhando até tal direção, que parecia ser o coração do labirinto, as cercas subitamente mudavam de direção, indo ao lado diretamente oposto.

Estranho.

O Minotauro havia sumido mais uma vez, não se via aquela imensa sombra em lugar algum. O que viram, no entanto, era o que parecia ser uma poça d'água surgindo bruscamente em seu caminho. Por detrás dela, mais dois caminhos. Um ia na direção do coração do labirinto, e o outro, para o lado contrário. Só que... Não cheirava como água.

A poça parecia exalar um odor ácido, que feria as narinas do trio. Pobre Poochyena, se os narizes ultrapassados de Sapphire e Yoshiro sofriam, como estaria o do lupino, tão desenvolvido? Talvez a grande cobra que estava mergulhada na poça soubesse de algo, visto que levantou-se assim que viu a treinadora e os pokémon. Ergueu seu corpo, fazendo-se maior e mais assustadora, como se já não fosse o bastante antes.

SSSSSS! — anunciou ela, visivelmente nada contente com a presença de não-convidados. Suas escamas Brilhavam em uma combinação estranha e assustadora. Mas isso não era o pior. Nem de longe. — O que vocêsssss fazem aqui, invasoresssss? — proclamou, sibilando com sua língua bifurcada. Ah, que maravilha. A cobra tenebrosa falava.

[01] Após a tormenta - Página 6 Arbok





PROGRESSO — HANAKKO :

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Só nessas últimas 24 horas eu vi muitas coisas esquisitas, mas esse labirinto conseguiu ser o mais estranho de todas. As paredes dele mudavam sua formação do nada, como se tivessem vontade própria. Sempre que parecíamos estar chegando a algum lugar, os caminhos se refaziam, nos levando na direção oposta. Se não fosse pela diferença de umidade, eu acharia que essas mudanças são aleatórias. No entanto, o labirinto estava tentando nos afastar de um lugar específico… um lugar onde a umidade era mais alta que no resto. Devia haver algo importante lá.

Pelo menos não vimos sinal do minotauro. Contudo, nossos problemas estavam longe de acabar.  No meio de mais uma bifurcação, encontramos uma poça que parecia de água, mas realmente não cheirava como se fosse. O odor que exalava era ácido, machucava nossos narizes, principalmente o de Poochyena. O coitado do cãozinho estava deitado, ganindo enquanto tentava cobrir o focinho com as patas. Todavia, a pior parte não era o cheiro. Longe disso. Era a cobra medonha que se ergueu da poça, nos encarando de forma nada amigável.

- Você… fala!? - Minha treinadora exclamou, o choque visível em seu rosto.

Espere aí, você entendeu?” Como raios aquela cobra conseguia falar na língua humana? Eu convivi com humanos minha vida toda, e ainda assim eles só escutam “mudkip mud” toda vez que digo algo! É frustrante, nunca conheci espécie com audição pior. Mas, se Yoshiro tinha entendido a Arbok, era melhor termos cuidado redobrado. Significava que, como tudo naquele lugar, ela também não era normal. “Desculpe a Yoshiro, sabe como humanos ouvem mal.

Tentei me dirigir à Arbok, embora o olhar dela estivesse me deixando bem nervoso. Não era fácil interagir com um Pokémon que podia me abocanhar a qualquer hora, eu não estava com a mínima vontade de virar petisco de cobra. No entanto, alguém tinha que fazer a mediação, e eu sou quem tem menos chances de estragar tudo. Eu acho...

Não queremos invadir seu território, só acabamos perdidos aqui dentro. Estamos atrás de uma forma de voltar para casa. Pode nos ajudar, por favor? Sabe onde fica a saída?” Escolhi as palavras com cuidado e tentei usar um tom tranquilo, na esperança de que a Arbok se acalmasse. Yoshiro estava quieta, provavelmente ainda tentando se recuperar da surpresa de ter achado uma cobra falante. Eu achava ótimo, aquela humana podia acabar dizendo algo errado, então preferia que continuasse calada. Infelizmente, não continuou.

- E-eh… uma sombra muito grande e estranha nos assustou até aqui… e ouvimos risadas também. Desculpe se nossa presença aqui for uma ofensa para você, não queremos invadir nada. - A menina fez uma reverência para a Arbok, para mostrar que sentia muito. Que esquisito… sempre achei que humanos fossem mais orgulhosos. Não é da natureza deles se curvar, principalmente para um Pokémon. - Aliás… tem mesmo um Minotauro aqui dentro? Acho estranho que até agora só vimos a sombra dele...

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A waterful start
Route 110


Bizarrices havia tornado-se comum desde que Yoshiro e Sapphire encontraram-se. Cobras falantes estavam incluídas nesta lista. Ainda assim, era difícil saber quem estava mais chocado: a humana, não acreditando em seus próprios ouvidos; ou o anfíbio, confuso por sua treinadora, normalmente analfabeta em "pokemonês" ter compreendido a mensagem.

Normalidade para que, afinal (esta frase fica ainda mais reflexiva ao notar que, ao longo de tudo isso, Yoshiro não havia encontrado um único pokémon de tipo Normal.)? Arbok não pareceu muito surpresa com nada que ouviu. Nem mais contente. É, talvez ela não gostasse muito de bater um bom papo ou de ser acariciada.

SSSSSSILÊNCIO! ESSSSTOU FARTA DE TANTOSSS QUESSTIONAMENTOSSSSS! — sibilou a cobra, aparentemente irritada e sem paciência para picuinhas. — Esssstou maissss que consssssciente de vosssssa ssssituação. — céus, chegava a ser irritante a maneira com a qual falava.

Poissss bem. Já não tenho alguma diverssssão há algum tempo... — a cobra disse, como que hesitante. Se tivesse mãos, talvez estivesse coçando seu queixo de maneira maquiavélica. Espere, cobra possuem queixo? — Vamossss fazer um jogo. Ssssse ganharem, responderei-lhesss uma, e apenassssss uma, pergunta. Sssse perderem, ssserão meu jantar.

Sem dar ao trio mais tempo para qualquer coisa, Arbok prosseguiu com seu monólogo. — Batalharão contra meu ssssservo. Um contra um, nada maisssssss. — proclamou então, em voz alta e imponente. Após um breve intervalo, contado impacientemente pela cobra, uma forma esférica esverdeada surgiu.

Parecia hesitante, e tinha algumas cicatrizes em seu corpo. Não parecia querer lutar, mas mudou rapidamente de opinião quando Arbok dirigiu-lhe o olhar, passando a cauda ao redor do corpo do verdinho. Parecia que precisariam ganhar aquela batalha se quisessem continuar. Será que consssssssseguiriam?

[01] Após a tormenta - Página 6 Gulpin





PROGRESSO — HANAKKO :

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Não era só na aparência que aquela cobra era assustadora. A atitude dela combinava perfeitamente com sua postura de vilã maquiavélica. Quando nos propôs o jogo, eu soube que, se perdêssemos, ela não hesitaria em nos dar o destino que prometeu. Se quiséssemos sair dali com vida (e eu lhe garanto que nós queríamos), a única alternativa seria enfrentar esse tal servo. Nesse intervalo em que aguardamos nosso oponente aparecer, fiquei tentando imaginar como ele seria. Eu esperava algo grande, medonho, com presas venenosas e garras compridas… afinal, vindo daquela cobra, eu esperava qualquer coisa.

Ahn, pensando bem… qualquer coisa, exceto uma bolinha verde com uma pena na cabeça. Pisquei um par de vezes, só para garantir que era aquilo mesmo. Por um lado, não era nem de longe assustador como eu estava imaginando, o que era bom. Por outro, eu me sentia mal em batalhar com aquele pequenino, que parecia mais digno de pena do que de medo. Pela cara da minha treinadora, supus que ela também não tinha gostado da ideia de enfrentá-lo. Afinal, estava bem claro que ele não queria briga, estava sendo forçado àquilo.

- Precisamos mesmo…? - Yoshiro começou a questionar, olhando com piedade para a bolinha verde, mas um olhar da Arbok a fez se calar. Era simples: ou lutar, ou virar almoço. Não era uma escolha difícil. Minha humana estremeceu, visivelmente assustada com aquela situação. Ela parecia perdida, tudo estava acontecendo rápido demais para a menina. Não faz nem um dia completo desde que a conheci, e já perdi a conta de quantas vezes algo tentou nos matar, fosse o oceano, o calor do deserto, a sombra de um minotauro ou uma cobra psicótica. Yoshiro não estava conseguindo processar tanta coisa de uma vez só.

Pode deixar. Eu cuido disso.” Dei um passo à frente, e senti o olhar da minha treinadora sobre mim. Retribui seu olhar, tentando transmitir alguma confiança a ela. Já tínhamos chegado até ali, não seria agora que algo nos deteria. “Confie em mim, vai ficar tudo bem.

Ela pareceu mais calma ao me ouvir, e acenou com a cabeça, mostrando que estava pronta. Um bom tempo atrás, Daisuke me disse que poucas coisas são tão fortes quanto o elo de um treinador e seu Pokémon inicial. Eu nunca acreditei nessas visões romantizadas, é claro. Contudo, vendo a forma que Yoshiro reagia ao que eu falava, mesmo sem compreender uma mísera palavra… eu estava começando a acreditar que, talvez, tivesse alguma verdade naquilo. O fato era que minha humana confiava em mim, e eu não podia decepcioná-la. Perder não era uma opção. Eu iria tirá-la daquele lugar, e os jogos daquela cobra não me impediriam.

- Dessa vez… eu vou te ajudar, tá? - A menina mexeu na mochila, parecia procurar por algo, até tirar de dentro uma pequena máquina colorida em rosa e preto. Apontou-a para mim e um pequeno “bip” foi ouvido. - Certo, entendi. Sapphire, vamos começar com Growl, ok? Depois, Water Gun!

Admito, foi uma surpresa ouvir um comando consistente dela. Acho que me ver batalhar com Diglett ajudou-a a entender como combates funcionam. Estava finalmente começando a agir como uma treinadora de verdade… aquela bolinha verde que se cuidasse, porque nós não a deixaríamos vencer.

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A waterful start
Route 110


Pobre Gulpin. Nem ele nem seus adversários queriam aquela luta. Mas afinal, o que poderiam fazer? Estavam todos sob o olhar frio de Arbok. Um passo em falso e... Melhor nem pensar. O dia não estava sendo fácil para eles. Aliás, será que ainda era dia? Difícil dizer. E se o tempo passasse de modo diferente naqueles lugares também...? Poderia ter passado uma semana e ninguém teria notícias deles.

...

É, definitivamente era melhor parar com aquele pensamentos e focar na batalha, mesmo que esta fosse tão trágica quanto tais pensamentos. E bem, pareciam dispostos a ganhar, pelo bem de suas próprias vidas. Sapphire colocou-se em posição de combate, e para sua surpresa, Yoshiro ditou algumas ordens após checar um estranho aparelho róseo.

Pokédex escreveu:
Mudkip, o Pokémon Peixe de Lama
A barbatana na cabeça de Mudkip age com um radar altamente sensível. Usando esta barbatana para sentir movimentos da água e ar, esse Pokémon pode determinar o que está acerca de si sem usar seus olhos.


Estranho. Mas tudo bem. Então começou a batalha. Sapphire começou. Seguindo as instruções de sua treinadora, emitiu um grito em direção à bolinha. Esta já não estava lá muito afim de lutar, e com o grito, pareceu ficar ainda menos disposta. Assim assim, aproximou-se com um pulo, dando um fraco tapa (-2). Apesar de terem uma velocidade semelhante, o aquático parecia mais determinado, então começou o turno mais uma vez.

Usou o golpe que estava mais acostumado até então. Water Gun, o potente jato d'água. Acertou Gulpin em cheio, que mal teve tempo para reagir (-4). O venenoso estava com tanta vontade de batalhar que até mesmo bocejou em pleno combate, quando Arkbok desviou o olhar. Um bocejo daqueles até dava sono, poderia afetar Sapphire depois...

Esta sim parecia uma primeira batalha. Mas como deveria, não parecia tão simples. Será que eles dariam conta de ganhar? Quais ordens Yoshiro daria a seguir?








Gulpin:
-1 Attack
Hold Item:
~x~
Trait:
Sticky Hold

lv08 Gulpin


25/29
[01] Após a tormenta - Página 6 Gulpin
[01] Após a tormenta - Página 6 Mudkip
lv08 Sapphire


16/26
Trait:
Torrent
Hold Item:
~x~
Sapphire:
Drowsy

Campo: Um espaço um tanto quanto apertado no meio de um labirinto de cerca viva. Há uma poça com algum tipo de ácido ou veneno nos fundos. Uma grande cobra vigia a batalha.


PROGRESSO — HANAKKO :

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O primeiro turno foi bem favorável para nós, estava na cara que aquela bolinha verde não estava com a menor força de vontade. Tanto que bastou Arbok desviar os olhos um pouquinho para que soltasse um grande bocejo, a falta de entusiasmo dele era contagiante. De fato… tão contagiante que até me deixou meio sonolento. Aquilo seria fácil, então eu podia relaxar, não é? Quem sabe até tirar um cochilo…

- Muito bem, Sapphire! Agora use seu Water Gun mais duas vezes, tente manter distância para ele não te acertar tão facilmente. - A voz de Yoshiro me fez despertar um pouco. No que raios estava pensando?? Aquela com certeza não era hora de dormir! Eu tinha que terminar aquilo rápido e nos tirar da mira daquela cobra tenebrosa. Não podia ter chegado até ali para virar almoço. Ou lanche da tarde. Ou jantar. Já nem sabia que parte do dia era, ou se sequer ainda estávamos no mesmo dia. Não é fácil medir o tempo quando você não para de ser levado para os extremos da Terra. - Sapphire, tudo bem?

Tão perdido em pensamentos, nem tinha notado que meus olhos estavam ameaçando fechar de novo. A menina teve que me chamar outra vez antes de eu voltar a mim. A voz dela estava rouca, com certeza estava com dor de garganta, mas ela estava se esforçando para ser forte. Se até alguém frágil e mimada como a minha dona estava tentando tanto aguentar a situação, seria uma vergonha se eu me deixasse abater só por um bocejo. Repassei os comandos dela na minha mente, para garantir que cumpriria direito.

Water Gun… duas vezes… ok. Por que meu raciocínio estava ficando mais lento? Que sensação esquisita… e começou depois daquele bocejo do Gulpin. Será que ele fez alguma coisa comigo? Bem, eu não tinha tempo para pensar sobre isso agora. Balancei a cabeça bem rápido e dei uns saltinhos, para tentar me manter desperto. Eu tinha ordens para seguir, e não podia vacilar.

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A waterful start
Route 110


O anfíbio mantinha-se forte, em nome do bem-estar de sua treinadora e dele mesmo. Ainda assim, parecia de fato mais lento. Tanto que Gulpin pôde agir antes deste, apesar da tão próxima velocidade de ambos. Chegou até Sapphire na maior preguiça, dando-lhe um tapa na cara (-2). Talvez ajudasse a manter o aquático acordado, quem sabe.

Pareceu funcionar, até então. Ele seguiu a ordem de sua treinadora, fiel e leal, usando um outro jato de alta pressão. Sua dedicação era tanta que até mesmo conseguira dar um dano crítico (-5), inclusive assustando o venenoso com tamanha força. Entretanto, esta parecera ser uma última medida desesperada, uma vez que Sapphire perdera sua batalha interna, caindo no sono. Ops...

Agora tendo todo o tempo do mundo para si só, Gulpin resolveu abusar mais uma vez de sua característica preguiçosa. Não queria sair de seu lugar para estapear seu adversário. Não. Deu apenas uma golada do líquido na poça, limitando-se a arrotar depois. Um modo um tanto quanto perigoso de liberar gases. Ou deveria dizer tóxico? Por que mesmo adormecido, Sapphire respirava. E respirou o gás.

Pobre Mudkip. Adormecido e envenenado. Conseguiria virar o jogo? Talvez... Ao final de tudo, o veneno que aspirara causava danos em seu corpo (-2). Preocupante, no mínimo. Arbok continuava vigilante, não se preocupando tanto com os métodos de seu servo. Desde que ele ganhasse, é claro. Dizem que os fins justificam os meios, certo?





Gulpin:
-1 Attack
Hold Item:
~x~
Trait:
Sticky Hold

lv08 Gulpin


20/29
[01] Após a tormenta - Página 6 Gulpin
[01] Após a tormenta - Página 6 Mudkip
lv08 Sapphire


12/26
Trait:
Torrent
Hold Item:
~x~
Sapphire:
Asleep 1/?
Poisoned


Campo: Um espaço um tanto quanto apertado no meio de um labirinto de cerca viva. Há uma poça com algum tipo de ácido ou veneno nos fundos. Uma grande cobra vigia a batalha.


PROGRESSO — HANAKKO :

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Ainda na metade do turno, Mudkip caiu no sono, confundindo sua treinadora. O que havia acontecido com Sapphire? Aquele era um péssimo momento para tirar um cochilo. A garota, tão inexperiente em batalhas, não entendia o que tinha feito seu Pokémon adormecer. E, pior, não fazia ideia de como acordá-lo, pois nem sequer gritar o nome dele foi capaz de causar qualquer reação. Mesmo assim, continuou chamando-o (afinal, o que mais poderia fazer?), na esperança de que despertasse.

- Sapphire! Por favor, levante! Sapphire… - Não era fácil gritar com a garganta inflamada, mas ela fez o que pôde. E estava tão empenhada nessa tarefa que percebeu tardiamente a nuvem de gás venenoso que Gulpin havia expelido contra o Mudkip, não havia mais tempo para retorná-lo à Pokébola. O máximo que a jovem conseguiu fazer foi segurar Poochyena nos braços e tampar o nariz do cachorrinho, escondendo seu próprio rosto no pelo dele. Não sabia o quanto a nuvem de veneno se espalharia, e era melhor se prevenir.

Sapphire, por outro lado, nem pôde se proteger. Sua pele azul ganhou, por alguns instantes, um leve contorno arroxeado, anunciando que a toxina estava fazendo efeito. Dormindo e, agora, envenenado… é, as coisas não estavam nada boas para ele, e tampouco para sua treinadora. Como Yoshiro tinha deixado a batalha tomar esse rumo? Era seu dever prevenir situações assim, guiar seu companheiro à vitória, e tudo o que ela fez foi colocar a vida de ambos em risco. Talvez o Mudkip tivesse mais chances de ganhar sem a intromissão dela. Se acordasse a tempo, é claro…

Yoshiro sentia seu corpo tremer e, dessa vez, não era de frio. Estava tão frustrada consigo mesma por ter colocado Sapphire naquela situação, nada daquilo teria acontecido se não tivesse feito escolhas tão tolas desde que se conheceram. Se não fosse tão irresponsável, à essa hora os dois estariam descansando tranquilamente em Slateport, e não sob o olhar assustador de uma cobra que havia jurado devorá-los. Com certeza Sapphire não estaria envenenado e à mercê de uma bola venenosa ambulante.

- Sapphire... - O som saiu mais como uma súplica do que como um chamado. A garota nunca tinha se sentido tão impotente. Se pelo menos… pudesse fazer algo. Mas que algo? Hórus provavelmente não iria aparecer de novo para salvá-los. Espera aí… Hórus! A lembrança da estátua fez a garota perceber que havia, sim, uma forma de livrar Mudkip daquela situação. Correu para o meio do campo de combate e ajoelhou-se ao lado do seu inicial, com uma certa guloseima em mãos. Despedaçou o Lumiose Galette e colocou-o na boca do aquático. - Ei, acorde! Tem biscoito!

Como não pensou nisso antes? A pressão do momento deve tê-la deixada lerda - não que ela já não seja normalmente. Contudo, havia conseguido solucionar os dois problemas de uma única vez, graças aos efeitos quase milagrosos do Lumiose Galette. E agora? Já tinha perdido tempo usando o item, não havia como pensar em uma boa estratégia no momento. Então, por hora, melhor insistir no Water Gun e tentar deixar Gulpin bem longe daquela poça de veneno. Sapphire já tinha caído no truque do bocejo uma vez, então Yoshiro torcia para que o Mudkip conseguisse se proteger na próxima.

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A waterful start
Route 110


Uma tacada de gênio, realmente. Yoshiro podia não entender completamente tudo que havia acontecido, mas nem precisava. Dera conta de tudo, sozinha, após pensar um pouco. Conseguira salvar-se, o veneno não chegara a atingi-la, diferentemente de Sapphire. As condições do aquático não estavam nada boas.

Entretanto, nada que um biscoito não resolvesse. Assim que Gulpin terminara de dar mais um de seus tapas (-2), a treinadora correu até seu pokémon, despedaçando-o na boca do pequenino. Foi instantâneo. Aqueles biscoitos realmente eram bons, fosse pelo sabor ou característico odor, Sapphire estava curado de todas suas condições, como num passo de mágica.

O venenoso, irritado, partiu para cima com mais um de seus tapas, mas agora o aquático podia responder novamente: Water Gun. E este parecia ser o mais forte que já havia usado em toda sua vida. Fosse pela motivação ou pelo simples fato de estar defendendo-se em uma situação crítica, Sapphire propulsionou seu jato com força na bolinha verde, que até ficou tonta com o impacto (-7).

Se as coisas continuassem assim, a vitória era uma possibilidade próxima. Próxima até demais. A atitude no olhar de Arbok pareceu mudar. Estava... Preocupada? Vai saber... Mas quem diria que um aperitivo poderia fazer tanta diferença?





Gulpin:
-1 Attack
Hold Item:
~x~
Trait:
Sticky Hold

lv08 Gulpin


13/29
[01] Após a tormenta - Página 6 Gulpin
[01] Após a tormenta - Página 6 Mudkip
lv08 Sapphire


08/26
Trait:
Torrent
Hold Item:
~x~
Sapphire:
~x~

Campo: Um espaço um tanto quanto apertado no meio de um labirinto de cerca viva. Há uma poça com algum tipo de ácido ou veneno nos fundos. Uma grande cobra vigia a batalha.


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Eu… perdi? Tudo escureceu tão rápido… antes de cair, um último pensamento percorreu minha consciência: eu tinha falhado. Não pude proteger Yoshiro, como jurei que faria. Raios, não tinha protegido nem a mim mesmo! Estávamos os dois condenados, e tudo porque meu corpo não resistiu a um bocejo. Que fim humilhante… o olhar frio da Arbok foi a última coisa que vi antes de apagar. O grito de Yoshiro, chamando meu nome, não era mais do que um eco distante - quase irreconhecível para a minha mente em seus momentos finais de consciência. Será que morrer era assim também? Tão vazio e escuro? Eu provavelmente descobriria logo...

… Por que a morte cheira a biscoitos?

Não sei quanto tempo passei dormindo, para mim pareceram apenas alguns instantes. Acordei com um sabor adocicado em minha boca - revigorante e deliciosamente familiar. Ele espantou todo o sono que eu estava sentindo, e neutralizou uma dor estranha que percorria meu corpo - algo que eu nem tinha reparado que estava sentindo até acordar. Yoshiro estava na minha frente, com um sorriso aliviado. Eu não sabia ao certo o que ela tinha feito, mas de alguma forma tinha me salvado.

- Eu te disse que era bom guardar os biscoitos. - Ela tentou soltar uma risadinha, mas soou meio rouca, provavelmente pela garganta da menina não estar nas melhores condições. Não tivemos tempo de conversar mais, Gulpin avançou para cima de mim, visivelmente irritado. Eu sentia meu corpo todo cansado e dolorido (nem parecia que tinha acabado de cochilar), no entanto, nunca tinha me sentido tão forte. O Water Gun que lancei contra ele saiu com um poder que eu nem sabia que tinha. Talvez fosse a adrenalina do momento? Não sei, mas estava gostando daquela sensação. Sentia que agora podia arrancar a vitória das mãos (mãos?) daquela Arbok. - Sapphire, não deixe o Gulpin chegar perto daquela poça de ácido.

Não entendi a razão, mas era melhor ouvir, Yoshiro estava muito mais a par da situação. A única coisa que ainda me preocupava era aquele bocejo… e se Gulpin fizesse de novo? O jeito era derrotá-lo antes que isso acontecesse. Entretanto, seria muito bom ter uma garantia… olhei para minha treinadora, e ela estava bem pensativa, eu quase conseguia ver as engrenagens girando dentro da sua cabeça. Após alguns instantes, ela arregalou os olhos, como se tivesse acabado de perceber algo.

- Foi o bocejo… - A voz dela não saiu mais que um sussurro, contudo, deu para ouvir. Era algo meio óbvio, foi a única coisa que aquela bola verde fez além de me estapear, não tinha como ter sido outra coisa. Porém, eu tinha que levar em consideração que Yoshiro não sabia muito sobre batalhas, então nem tudo era tão óbvio assim para ela. Minha dona andou por alguns metros antes de parar e (para a surpresa geral) começar a falar diretamente com nossa assassina em potencial. - Arbok, quando isso tudo acabar, pode ensinar o Sapphire a falar minha língua também? Seria muito legal entendê-lo.

Do que raios aquela tonta estava falando…? É claro que ela não poderia. Já tentei pra caramba fazer os humanos me entenderem, e nunca consegui, não seria uma cobra que seria capaz de me ensinar. E eu tinha certeza de que Yoshiro sabia que aquele pedido era absurdo. Então, por quê...?

Ela me olhou pelo canto do olho, como se estivesse me apressando. Só então reparei o que minha humana estava tentando fazer: impedir o Gulpin de bocejar. Da última vez, ele só tinha se atrevido a fazer isso quando Arbok desviou os olhos, provavelmente não queria dar uma prova tão descarada de falta de vontade na frente dela. E Yoshiro estava posicionada de forma que a cobra não poderia olhar para ela sem olhar também para o seu servo. A menina estava tentando puxar assunto para manter os olhos de Arbok na direção dela e, consequentemente, na de Gulpin. Eu tinha que admitir… essa garota não é tão tola quanto parece.

É claro, aquilo não duraria por muito tempo, Arbok logo a mandaria se calar. E insistir demais em falar com uma cobra que não queria conversa não era uma boa ideia. Yoshiro me arranjou algum tempo, preciso aproveitar… resolvi continuar com o Water Gun e aproveitar ao máximo a nova força que tinha conseguido, torcendo para conseguir acabar aquilo rápido. Iria insistir nesse ataque até que Gulpin fosse derrotado. Afinal, não tenho muitas opções de ataque, e eu é que não vou cabecear uma bola de veneno ambulante.

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