OFF: Olá, narrador! Essa rota será comigo e com o Sajin. Vou estar utilizando minha NPC durante a rota também, e, caso não queira narrá-la, eu posso fazer isso. Tô apenas usando ela para resolver umas tretas entre ela e o Daisuke já que o Raiko não tem que ficar vendo lavação de roupa suja :slow:
Aliás, lhe deixei a liberdade de descrever o ambiente da forma que preferir, para tornar mais claras as suas intenções com as missões e tal. Enfim, no mais é isso! Espero que a gente se divita. o/
Eu soube que estava na merda assim que vi a mensagem de Lisanna dizendo que já me esperava na zona embarque. Ela não costuma fazer tanta questão de chegar mais cedo, então, quando o faz, é porque quer resolver algo antes. Engoli seco. Quando entrei na zona de embarque, eu juro que fiquei feliz em vê-la. Sério. Até quis abraçá-la, e fui o mais rápido que consegui enquanto fingia não correr para tal, e, assim que me via chegando perto, a garota simplesmente se levantou da onde estava, o olhar frio como pedra, caminhou dois passos e me deu um belo tapa na cara. Assim, não que eu soubesse que ela não o faria, e não que eu achasse que não merecia...
... Mas fazer isso na zona de embarque foi sacanagem.
- Ai, porra. Ficou doida? Em plena zona de embarque? - Lhe questionava, e, em resposta, a garota revirou os olhos e se sentou onde estava anteriormente, em seguida, eu me sentava do seu lado e via ela pegar um livro. - ... Suponho que prefira conversar no avião.
- E eu suponho que seja isso que prefira, não é? Afinal, não da pra falar muito aqui. - Dizia, fria, enquanto olhava fixamente sobre o livro. Era um livro diferente... "Modernidade Líquida"...
Apenas assenti com a cabeça. Se fosse para ter uma conversa tão aberta num local daqueles, seria constrangedor. Quer dizer, ainda que no avião não teríamos muita privacidade, mas não dava para ficar adiando a nossa conversa, então... Peguei uma revista. "Manual do novato #01 - Como treinar seu Bulbasaur". Para mim, uma atitude normal, para ela, um belo motivo de risadas. Tanto que mal pode conter uma, e deixou escapar um riso abafado, enquanto eu me mantinha quieto, mas constrangido.
... Não tardou para entrarmos no avião. Lá, sentamos mais atrás, onde poderíamos conversar mais a vontade. Felizmente, o avião era organizado em duas fileiras, mas só haviam duas poltronas de cada lado de um extenso corredor, o que facilitava o processo. Me sentava na poltrona mais próxima do corredor enquanto a garota observava a janela e guardava seu livro na mochila, ambos sentados ao fundo do avião. Eu queria começar a falar, mas ela acabou fazendo-o primeiro.
- Daisuke... Eu larguei tudo. Tudo mesmo. Que diabos... Que diabos você tinha na cabeça? - Perguntava cabisbaixa enquanto olhava para baixo, ainda desviando o olhar para a visão na janela.
- Eu... Só não sabia como lidar com tudo aquilo... - Dizia enquanto olhava para ela. Não fugiria de suas expressões ou olhares, mas será que ela estava disposta, de verdade, a me repreender? Ou estaria só me testando? - Eu acabei largando tudo também...
- É, tudo mesmo. Você tinha ficado sem nem falar comigo durante dois meses. Porra, eu morava do seu lado. - Dizia, me enviando um olhar de repressão.
- Nunca tive a intenção de te fazer mal, Lis. Sei que não foi fácil para você ver eu... Bem, largando tudo por simplesmente surtar. E teve o Elfman também... - Dizia, cabisbaixo.
- Eu ainda não achei ele... A Mira não fala comigo sobre e sempre me deixa no escuro... Acho que não quer me preocupar. - Falava a garota, agora ainda mais cabisbaixa. Em seguida, ela se endireitava na cadeira e me olhava nos olhos, mais animada. - Mas não acho que ele esteja mal... E pelo menos, com tudo isso... Começo a me questionar se a Faculdade teria sido a escolha correta.
- Sério? Por que? Você não disse que não pretendia virar treinadora. - Dizia, questionando-a curioso.
- É, mas eles acabaram me abrindo novas possibilidades e... - Nesse momento ela parava de falar e me olhava nos olhos. - Ah, nem ferrando. Eu não vou mudar de assunto assim, eu deveria estar super zangada com você. Perdi dois anos da minha vida tentando cuidar dessa sua cabeça, seu idiota. - E me dava um empurrão, em queixa, o que acabava por me fazer gargalhar. - Você tem é muita sorte! Eu não deveria nem olhar na sua cara!
- Ah sai dessa. Você não conseguiria ficar com raiva de mim nem se quisesse. - Dizia sorrindo, enquanto ela desviava o olhar novamente para a janela, dessa vez, mais séria e menos melancólica. - Não vai ser fácil lá... Pelo menos, vou visitar a vovó.
Sabia que ela pretendia visitar o túmulo da vó desde o início, mas eu jamais saberia dizer em que estado a lápide estaria. Muito menos se ela ainda estaria onde a casa da Lis ficava antes de desabar, dito isso, passamos a viagem toda tranquilos até onde chegamos em Sienna e ouvimos aquele discurso bonito sobre a reconstrução e tudo o mais. Prometi para mim que passaria mais tarde para resgatar o meu TR, mas, a princípio, a prioridade maior seria ajudar, e, assim sendo, prosseguimos até Pallet de helicóptero, onde, lá mesmo, eu podia reconhecer Raiko, um dos garotos da minah sociedade, mais ao fundo. Acenava para ele enquanto aguardava a chegada até a cidade, da qual eu não sabia exatamente o que esperar além de uma grande terra molhada e hiper salinizada.
Isso me faz pensar, será que a agricultura em Tohjo poderia ser reestabelecida um dia? Tem alguma coisa em Pallet, uma cidade pequena e pouco estruturada, que estava inteira? Ainda não sabia dizer, e, via da janela um cenário desastroso...
No que diabos eu fui me meter...
Última edição por LCunha em Ter 2 Jun - 2:03, editado 1 vez(es)