King's Row

 Seria esse um momento de evolução de Katheryne? Ela se sentia novamente, como na vez em que assou pela Rota 112, ela estava mais confiante, e isso transparecia até mesmo na sua forma de lutar.

Venger já reparava seu Psychic, novamente dominava Gurdurr e arremessava-o, repetindo o forte dano causado [-35| 10], o pokémon lutador já demonstrava grandes sinais de cansaço, já que apesar ser um pokémon bastante forte, tinha poucas defesas contra golpes psíquicos.

O Meowth cinzento, por sua vez atacava usando uma mordida, que ia de encontro a venger, causando um dano ok [-14| 52], mas ainda faltava para conseguir parar Kathy. Meditite corria em direção do felino, logo após desferir o golpe em Vanger, ele era recebido com um tabefe poderoso na cara, que vinha a causar um grande dano ao pokémon [-27| 31]

Agora, como ninguém tinha como se defender, Gurdurr invocava novamente diversas rochas, naquele pequeno espaço, não deixando ninguém escapar do golpe, Swoobat recebia um grande dano [-35| 17], apesar da vantagem de Kathy, ela precisava tomar cuidado, Meditite também sofria [-28| 16], ambos os pokémon se mostravam bastante cansados.

Para o alívio de kathy, Venger conseguia nocautear o primeiro adversário, com seu Psychic, ele derrubava Gurdurr, o suficiente para que ele não levantasse.  Meowth dava um forte rugido, amedrontando, mas não era o suficiente para parar a investida de Medidite que com mais uma palmada quase nocauteava o gato, mas ele aguentava por pouco [-23| 8]

Campo: Descrição do campo de batalha e clima.

Boa Kathryne, isso é o que você ganha pelo excesso de confiança, agora as chances de derrota são razoáveis e sabendo minha sorte eu poderia perder agora mesmo. O que aconteceria se eu perdesse? Não consigo pensar, mas com certeza não iria me dar bem. Mas também eu não havia perdido, foco, apenas mais um ataque e tudo aquilo acabaria. Respirava fundo antes de ditar os últimos comandos, ou melhor, possíveis últimos comandos da batalha.

- Venger, se recupere usando o Roost, duas vezes. Prudence, Force Palm duas vezes! - Fui curta e direta, não tentava tirar respostas do meu oponente, sabia que seria inútil. Agora era só aguardar o desfecho da batalha. Confesso que havia me preocupado demais, afinal eu ainda tinha Zen para me proteger e rapidamente eliminar qualquer ameaça.

Eu dava um outro sorriso para a mulher e o seu pokémon que eu ainda não consegui ver qual era. Outra parte de mim estava terrivelmente ansiosa para saber sobre... tudo. Que cura? Quem era aquele cara? Quem era aquela mulher? Essa situação tinha alguma relação com o COVID? Perguntas, perguntas e mais perguntas. A combinação da incerteza do resultado da batalha e de minhas dúvidas me fazia bater o pé no chão de uma maneira bem sonora, esse maneirismo foi capaz até de provocar a mim mesma, não me surpreenderia se o homem se irritasse também.

Inkay 21/40

  - Eu vou voltar sua cadela, só espera! - O homem recolhia seus pokémon e saia correndo, deixando Kathy ainda com mil perguntas sem respostas. Pelo menos agora ela e a outra mulher podia respirar mais tranquilas.

 - Muito, muito obrigado por me ajudar. - Dizia a mulher com a cara inchada de tanto chorar - Eu não sei o que faria sem a sua ajuda, Meu nome é Joana Bandeira, e o seu? 

Resumo escreveu:

Swoobat recebeu 2692 de xp 
 > Subiu para o Lv. 27 e ganho 3 pontos de happiness

Meditite recebeu 2692 de xp
 > Subiu para o Lv. 22 e ganhou 3 pontos de happiness

Eevee recebeu 2448 de xp
 > Subiu para o Lv. 17 e ganho 9 pontos de happiness

Sigh, aquilo estava acabado e uma parte do meu excesso de confiança voltava. Consegui mandar mais um babaca embora. Até fazia um gesto de deboche enquanto ele ia embora, imitando um resmungo. Deixei aquele cara mais irritado ainda? Claro que sim, se ele tiver me visto é claro. Mas não é como se ele pudesse fazer alguma coisa. E aquilo era também mais uma vitória na conta dos meus queridos, inclusive Prudence que eu via crescendo bastante, ainda tinha dificuldades em batalhas, mas ela estava crescendo e alguma hora sua evolução chegaria. Afagava os dois, Prudence ainda era a bobinha curiosa de sempre e Venger aceitava de... "asas abertas". Curei os ferimentos dos dois: um full Restore no Swoobat e duas Potions em Meditite.

Retornava os dois monstrinhos para a pokébola e enquanto isso a mulher vinha me agradecer e eu estava pronta para bombardeá-la com perguntas. Eu precisava saber o que acabou de acontecer. Mas antes que eu falasse algo, era como se o nome dela ecoasse várias vezes. Joana Bandeira... Bandeira. Ah sim, parece que o narrador destino resolveu me ajudar dessa vez. Ela não teria o mesmo sobrenome do cara que eu estou procurando apenas por coincidência né? Talvez meu trabalho tenha sido facilitado. Mas o que ela saberia sobre a cura? Será que além de ser parente do paciente zero, ela é uma médica? Que seja, teria que perguntar para saber.

- Umm... não há de que. Me chamo Kathryne Keyron. - Então uns segundos de silêncio pairavam pelo ar enquanto eu engolia a seco antes de começar a rajada de perguntas. - Ehh... então. Quem era aquele cara? Umm... existe uma cura do Corsola Vírus? E bem... umm... você é parente de Manuel Bandeira?

Ok, eu sabia que todas aquelas perguntas soariam estranhas para Joana e foi para isso que eu me abaixei e abri minha mochila, a procura dos documentos que eu recebi em Mountrock e também no meu exame do COVID. Na verdade eu deveria ter mostrado os papéis antes e feito as perguntas depois, mas digamos que eu não funciono desse jeito, não sei como agir da melhor maneira com outras pessoas.

- Bem, como você pode ver aqui é meio que um trabalho que eu tenho pelo hospital de Mountrock. É complicado mas eu tenho que saber sobre a rotina de Manuel pra tentar achar algo que ajude a descobrir a origem do vírus. Eu tava indo até o hospital pra ver se eu conseguia falar com o médico dele, mas não botava muita fé nisso, já que o sigilo médico bem... existe. E umm... me desculpe por fazer tantas perguntas.

Inkay 22/40

Os eventos começavam a correr, Kath ficava feliz por ter recebido uma luz, depois de uma manhã extremamente conturbada. Por mais que a garota bombardeava Joana de perguntas, ela não parecia se incomodar, na verdade parecia estar muito tranquila, talvez pelo simples motivo de ter sido salva do grande brutamontes. 

 - Então você também já sabe da verdade? - Perguntava a mulher - Eu sou esposa de Manuel, também fiquei doente, porém tive sintomas muito leves e no fim os médicos constataram que eu não estava mais a transmitir o vírus, Manuel não teve tanta sorte. - Explicava.

Ela limpava sua roupa depois de se levantar, colocava sua máscara e voltava para a rua principal, onde continuava a falar. 

 - Eu preciso vir ao hospital quase que diariamente, para acompanhamento, Manuel ainda precisa ficar internado por um tempo. Aquele cara ali era um enfermeiro, que foi infectado, e ao descobrir quem eu era veio atrás de mim, muito obrigada pela ajuda. 


Joana ouvia o pedido de Kath, que precisava de informações para a missão que havia sido dada a ela e a mulher não pensava muito e apenas convidava a treinadora para lhe acompanhar ao hospital.

 - Vamos?

Eu me ajoelhava para organizar todos aqueles documentos de volta em minha mochila, afinal não podia correr o risco de perdê-los ou danificá-los. E bem... esse pensamento fora um pouco hipócrita, pois eu acabava guardando os papéis de qualquer jeito, distraída na fala de Joana. Que seja, eu já estava acostumada com minha própria desorganização, então era melhor eu prestar atenção em cada palavra que Joana falava.

Ali estava a esposa do paciente zero do Corsola Vírus, que já estava imunizada. Ainda não foi informação o suficiente, mas acho que seria mais fácil saber sobre Manuel por Joana do que por um médico, pois além de não ter todo o sigilo médico no caminho, ela convivia com o "dito cujo". Claro, isso se ela quiser responder as perguntas, não queria forçá-la e acho que não conseguiria nem se quisesse. Bem, outro ponto interessante era que aquele cara de antes era um enfermeiro, mas porque ele foi atrás de Joana? Seria ela uma médica ou uma cientista ou algo do tipo? Eu acenava e concordava em acompanhá-la até o hospital, antes de parar e me lembrar de algo.

- Hey, umm... eu lembro de ter visto um pokémon com você. Não consegui ver direito, talvez eu estava vendo coisas mesmo, hehe. - Então dei um suspiro e me preparava para fazer mais algumas perguntas: - Vou fazer mais algumas perguntas, apenas responda se quiser. Ahem... o seu marido trabalhava no que? A minha tarefa é tentar descobrir como ele entrou em contato com o vírus, então acho que saber onde ele trabalhava é um bom ponto de partida. E umm... por que aquele enfermeiro veio atrás de você especificamente? Atrás de uma cura? Você seria uma médica ou algo do tipo.

Pigarreava e sussurrava um "me desculpe" e ainda continuava parada antes de começar a andar. Se ela me responder as perguntas, facilitaria demais o meu trabalho, na verdade seria perfeito. É mas ao mesmo tempo eu sinto que eu estava pressionando demais a mulher, a ponto dela não querer responder nada, o que me fez pensar que eu estava sendo insensível. Não sei o que Joana andou vivendo durante essa iminente pandemia.

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Kathy não perdia tempo e aproveitava a oportunidade para tentar coletar o máximo de informações que podia , afinal era para isso que ela estava ali.

- Sim, eu estava com meu pequeno Beldum... - Ela dizia chamando o pokémon que se escondia atrás dela - Ele é um pouco tímido, desculpa. Enfim, eu estava indo ao hospital, quando aquele cara me encurralou.


Elas agora caminhavam pela calçada em direção ao hospital.

 - Eu sou médica, Manuel é policial, descartamos a possibilidade de ser relacionado aos nossos empregos, pois tudo começou quando estávamos de férias, os sintomas surgiram nos últimos dias que passamos em Galar.


Finalmente chegava ao hospital, antes de entrarem, Joana entregava uma máscara para Kath dizendo - Vai precisar - Assim ela entravam - Espere aqui, enquanto eu faço uma ligação.


Novas informações entravam na mente da garota, e uma pontinha de luz surgia em todo aquele misterioso caso. Ela agora se encontrava na recepção do hotel, ao que tudo indica Joana era alguém muito importante, pois chamava a atenção de todos ao redor quando entrava acompanhada ao local.

Era uma recepção ampla e bastante iluminada, havia uma sequência de bancos de espera, algumas máquinas de comida. Ela conseguia ver também as placas indicando onde eram os banheiros, a recepção, uma grande porta que levava para dentro do hospital.

E agora eu absorvia mais um "overflow" de informações. E por onde começar a assimilar todos esses fatos? Ela tinha um Beldum, como eu não havia notado isso? Enfim, o pokémon metálico junto com o fato de Joana ser uma médica era algo que se encaixava perfeitamente, afinal eu sabia do papel que essa exótica espécie de Pokémon desempenhava em tratamentos de câncer e mais recentemente do próprio COVID. Se eu quisesse saber mais, teria que fazer mais perguntas a Joana. Mas por enquanto continuava a prestar atenção no que ela tinha a falar.

Huh, então Mu Island não era o "berço" do vírus, mas sim Galar aparentemente, o que me lembrava de eu ter ouvido falar de uma variante do Corsola Vírus vinda exatamente de lá, que não era exatamente o Corsola Vírus, mas sim Cursola Vírus. E isso me trazia uma hipótese que eu confirmaria com Joana, afinal ela que é a médica. Mas tanto a minha pergunta sobre o Beldum e essa hipótese esperariam um pouco, pois chegavamos ao hospital e Joana ia logo fazer uma ligação.

Bem, pelo menos agora eu não receberia olhares desconfiados, pois eu tinha uma máscara. Me sentava em algum lugar da recepção, sem ninguém por perto, tanto por causa do distanciamento social e também porque eu queria "espaço". Ansiosamente eu batia o pé no chão, fazendo um pouco de barulho e pediria desculpas de uma maneira tímida caso incomodasse alguém. Eu apenas esperava Joana terminar a sua ligação para logo "confrontá-la" com minhas dúvidas. Seria logo no momento em que ela voltasse até mim.

- Wow, você é realmente importante por aqui, mas enfim, desculpe mas tenho mais perguntas. O uso de Beldum pro tratamento do vírus está tendo algum progresso? Eu vi em Mountrock que estão usando esses pokémon no estudo do vírus, mas eu não sei muito sobre. - E eu dava uma longa pausa antes da segunda pergunta, que era um pouco mais delicada: - Então, sei que você é a médica aqui, mas já ocorreu a possibilidade do seu marido ter pego a variante Galariana do vírus: o Cursola Vírus?

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Kathy começava a juntar várias peças e por elas em seus lugares, podendo assim começar a desenvolver uma linha de pensamento. Quando Joana voltava, já a bombardeava com novas perguntas, porém era logo interrompida pela mulher.

 - Só um momento. - Pedia ela para que Kathy reduzisse a marcha - As informações que eu havia lhe passado eram coisas que não eram tão secretas, mas para o que você quer saber, precisei ter uma confirmação antes, por isso a ligação.

Uma vez que ela explicava a situação, guiava a garota para uma nova sala, era um consultório bem organizado e bonito, onde atrás de uma escrivaninha se sentava Joana, que convidava Kathy para fazer o mesmo nas cadeiras que haviam ali perto.

 - Você está livre para perguntar o que quiser, vou tentar tirar o máximo das suas dúvidas para que incomode o mínimo possível o meu marido. Sobre o Beldum, não há nada que comprove, mas esse meu pequenino está comigo desde que eu era criança, não há nenhum estudo que comprove, porém os testes em Mountrock parecem ser promissores.  - Ela fazia uma pausa para respirar - Assim como uma gripe, vírus possuem um grande potencial mutagênico, então não seria surpresa alguma se o Cursola Vírus tenha sua estrutura modificada, os testes em Galar ainda estão sendo processados, para que possamos depois cruzar esses dados e quem sabe conseguir uma resposta para tudo isso.


Ela parava e olhava no fundo dos olhas da garota e terminava perguntando: - Qual sua próxima dúvda?

Obviamente eu estava sendo precipitada demais e sussurrei um "me desculpe" para Joana quando ela me pedia pra diminuir o ritmo das perguntas. As vezes eu sinto que o pessoal de Mountrock me deu essa tarefa porque eu era a única que podia ir sem risco de contaminação. Quer dizer, era exatamente isso. Alguém que soubesse literalmente falar direito já teria tido mais progresso do que eu. Arg, mas eu também não conseguiria muito se eu continuasse lamentando desse jeito. Segui Joana até o consultório dela e com aquilo eu pude perceber que ela era realmente uma pessoa importante.

Enfim, eu sentaria na cadeira, daria uma leve girada caso fosse giratória, apenas por impulso e então respirava fundo para ouvir Joana. E eu cada vez recebia informações mais interessantes. Então aquele Beldum era dela e não pra trabalho, se assim pode-se dizer. É algo interessante ver um pokémon raro desses assim tão casualmente, ainda mais quando é um que eu cobiço. Além disso mais algumas informações sobre o Corsola Vírus, que era o meu foco afinal. Quando ela terminava, não demorava muito para que eu continuasse com minhas dúvidas.

- Então, você sabe dizer como anda a pesquisa do vírus? Se uma vacina está próxima de ser desenvolvida ou algo do tipo? - Então eu dava uma pausa antes de prosseguir. - Bem, como meu objetivo é tentar saber de onde o vírus veio, eu gostaria de perguntar o que você e Manuel fizeram em Galar? Tipo, alguma coisa meio "fora do comum"? - Eu deixava essa pergunta no ar, dependendo da situação, ela não responderia, mas sentia que essa pergunta era chave para a minha dúvida. Depois de um tempo eu voltei a falar.

- Umm... desviando um pouco do assunto. Que interessante que você tem um Beldum. Você sabe que não é um pokémon que se vê todo dia até mesmo em Hoenn. Sei que você era criança quando ganhou ele, mas sabe me dizer... as "origens" dele. É que tipo, eu tô meio interessada em ter um, como treinadora especializada no tipo psíquico, hehe.

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