Pokémon Mythology RPG
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When the bonds are good, the rest don't matter

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National Park


The Bones - Song

Apesar das contradições, Ren estava nervoso. O que, como disse, não faz muito sentido. Afinal de contas, ele estava lá para relaxar um pouco. Eram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que ele já mal sabia quem era. Quando fora a última vez que tomara algum tempo para si mesmo; e consequentemente; para dedicar-se aos seus pokémon de coração?

... O fato de ele não saber com exatidão o assustava um pouco.

Como usual, ele fora até ali subitamente. Saindo do Contest de Lilycove tendo um segundo lugar em mãos; e de Sootopolis depois de uma leve noite contra as Kimono Girls, fora quando rapaz ficara sabendo do tal evento. Um festival acontecendo na Região de Johto; um parque de diversões. Supostamente, ele enfim poderia relaxar um pouco lá.

Johto... Não muito tempo antes, o coordenador estava na região, mas por motivos completamente diferentes. A fim de reconstruir as forças do destroçado continente, ele foi até Ecruteak com alguns amigos, para tentar restaurar o ambiente. Era extasiante, pensar que após tanto pesar, o lugar havia finalmente conseguido renovar-se, inclusive sediando novos eventos.

Sentado em seu assento no trem, Ren tinha a pequena Laylah a dormir sobre seu colo. Após reunir informações brevemente, ele ficou sabendo que poderia levar para dentro do parque apenas um de seus monstrinhos; fato que não conseguiu lidar muito bem. Os pokémon do rapaz estavam sempre juntos, e tudo que faziam, faziam unidos.

Principalmente a doce Laylah. Ela estivera acompanhada de outros pequeninos desde o nascimento. Era acostumada com a presença de vários conhecidos mimando-a com atenção, carinho. O aprendiz de Lisia estava relativamente preocupado com o bem-estar da Eevee, mas decidiu que era um ponto a ser trabalhado. A tipo normal não poderia ficar debaixo da saia da mãe para sempre, certo?

Ele suspirou, olhando vagarosamente através da janela; sem deixar seus globos incólumes prenderem-se a nenhum ponto específico. Ainda era cedo; estava no meio da manhã. O rapaz esperava que isso fosse tempo o suficiente para aproveitar bem todas as atrações. Acariciando levemente a fofa pelugem de sua pokémon, ele então começou a divagar.

O mundo onírico; criado pela mente e suas percepções, é proditório. Controlado por uma visão em primeira pessoa — imprecisa e imparcial —, pode ser um lugar arriscado a se explorar. Mas ao mesmo tempo; muitas vezes, é também o único refúgio nas horas mais inesperadas ou desesperadas. Assim sendo, da mesma forma que tomava um trem até o National Park; Ren Hughes agora embarcava também no cruzeiro por sua mente.

Ele havia passado por tantas coisas desde que saíra de casa... Algumas foram pequenas — e igualmente impactantes —, outras foram grandes e inacreditáveis; umas alegres e outras carregadas de sentimentos nem tão positivos assim. Mas todas faziam parte do rapaz. Suas lembranças, desenrolares, eram o que formavam todo o seu ser.

"Apagar nossas memórias só garante que repetiremos nossos erros."

Encontrara Nise em sua primeira aventura, na Rota 104. A ruiva o ensinara muito; e inclusive, ele apenas estava inserido no mundo dos Contests por influência da própria. Depois disso, foi tudo uma grande correria. O Teatro Continental; o recrutamento para a sociedade; a tempestade acerca de Lilycove; os preparativos para o grande Battle Tower; o próprio evento...

As coisas acalmaram um pouco depois disso tudo, com o rapaz indo buscar a tutoria de Lisia; fazendo a missão da mesma na creche em Forina. Em seguida, os encontros de Sociedade; a reconstrução de Tohjo; o Contest de Mu Island; Lilycove e tudo mais... Bem, o importante a se ressaltar era que o rapaz estava em uma correria intensa desde que... Bem, desde que fugira.

A liberdade era um pouco... assustadora. Ele entrara em situações que nunca imaginara antes. Às vezes; muito raramente, encontrava a si mesmo desejando alguns dos luxos que tinha em sua vida passada. Bem, o berço de ouro não vai embora tão facilmente assim, mesmo que as atitudes não reflitam a ele sempre. Em verdade, Ren devia muito de seu comportamento mais honesto e menos mimado à avó.

Ah sim, Diana. Sinceramente, um assunto tabu para o jovem. Ele nunca disse uma palavra da senhora para ninguém a não ser Lisia. E mesmo para com essa; fora apenas para enunciar o grande amor pelo tipo feérico que herdara da avó. Ele sentia falta dela. Sua vida nunca mais fora a mesma. Tanto fora que ele acabara por fugir de casa, enlouquecendo sob a pressão.

Ele tinha medo. De muitas coisas, na verdade. Normalmente, conseguia esquecer-se destes; na companhia dos mais diversos amigos e companheiros pokémon, mas à vezes... Não podia deixar de sentir; quando sozinho. Ah, sentimentos são coisas complicadas. Ainda mais quando relacionados tão intensamente com tudo que se vem passando. Memórias sentimentais, são as piores — mas também, em outro lado, as mais reconfortantes.

Assim que se deu por si mesmo, o trem já havia parado, tendo chegado ao destino do especialista em feéricos. Ren levantou-se, espreguiçando-se enquanto acordava sua monstrinha; depois de passar horas sentado. A pequenina ainda estava sonolenta, então o jovem apenas a tomou no colo e preparou-se para descer.

Vamos lá, Laylah. Sinto que será um dia longo; mas reconfortante — sussurrou ele no ouvido da vulpina, enquanto acariciava novamente o pelo marrom da mesma. Tal qual o sol nascente, Ren seguia em frente, tomando o passado consigo para progredir. Assim sendo, deu seu primeiro passo pelos portões do parque. na expectativa. — Afinal de contas, "o hoje só importa se nos lembrarmos dele amanhã."

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Quando entramos no trem, o sol já despontava no horizonte, colorindo o céu em tons de amarelo e laranja que me agradavam aos olhos. Dizem que o amanhecer é um dos momentos mais belos do dia… não posso discordar. No entanto, prefiro vê-lo lá fora, podendo sentir a brisa da manhã em meu rosto e admirar a aurora em toda a sua completude - e não preso em um vagão, restringindo minha vista a uma única janela. Nunca gostei de ambientes fechados… me tiram a paciência, e com aquele trem não era diferente. A cada torturante minuto que se passava, eu precisava relembrar a razão de estar ali, caso contrário me subiria uma enorme vontade de brigar com o maquinista até ele me deixar sair daquela coisa. Essa razão, por acaso, tem nome e sobrenome… e estava dormindo no banco ao meu lado, seu corpo enfim rendido após tantas noites de insônia.

Era um alívio vê-la descansar. Nessa última semana, não foram poucas as vezes em que acordei durante a madrugada com a minha treinadora rolando de um lado para o outro da cama, inquieta demais para achar uma posição confortável. Igualmente comum era vê-la esbravejar nesses momentos, amaldiçoando suas más escolhas e deixando bem claro qual era a razão do seu tormento. Um erro tolo, uma falta de atenção tão característica do seu jeito avoado e distraído… mas que lhe custou a chance de estar entre os melhores daquele Contest. Embora dias já tenham se passado, ela permanecia incapaz de superar o ocorrido. E, certa noite, Yoshiro me confidenciou que era por esse exato motivo que não conseguia relaxar. A cada vez que fechava os olhos, via-se de novo naquele palco, de volta ao momento da batalha, com todos os olhos e câmeras voltados para si.  

De certo modo, acho que era isso o que mais a perturbava… como se deixar o pódio escapar-lhe por entre os dedos não fosse ruim o bastante, fizera-o em cadeia nacional. Se tem algo que aprendi sobre a minha dona, é que ela é muito autoconsciente. É a primeira a condenar-se por seus erros, e tende a imaginar igual julgamento nos olhos alheios, mesmo que as outras pessoas não estejam nem pensando nela. Creio que seja uma das desvantagens de ter uma imaginação tão fértil… aliás, de tanto ocupar sua mente com a culpa daquela batalha, o comportamento da garota mudou bastante nesses últimos dias. Sempre quieta e cabisbaixa, já há algum tempo que não demonstrava a energia e a empolgação que antes eram tão típicas dela. Aquele sorriso bobo e sonhador, o qual com frequência me irritava, agora é algo que quero muito ver de novo.

Foi uma simples derrota, Yoshiro… acontece com todos. Quanto tempo pretende continuar mal por isso?  Precisa lembrar que não está mais no internato… aqui fora, o mundo não gira ao seu redor. Nem tudo vai dar certo. Quando escolheu sair em uma jornada, não sabia disso? Bem, agora precisará aprender, de uma forma ou de outra… mas espero que fique bem, humana. Não gosto de te ver assim. Tanto que te arrastei para esse trem, né?

Foi um golpe de sorte ter achado aquele folheto. Fui correndo entregá-lo à minha treinadora, que pareceu meio confusa com meu súbito entusiasmo. Claro, passar um dia inteiro viajando num transporte fechado só para passar um tempinho em outro continente não é algo que eu geralmente gostaria. No entanto, se há algo capaz de animar a minha humana, tem que ser esse parque de diversões, não é? O nome já diz tudo. Foi tão conveniente, eu não podia deixar essa chance passar. Felizmente, não foi necessária muita insistência - minha treinadora nunca foi boa negando qualquer coisa aos seus Pokémons. Especialmente a mim. No mesmo dia pudemos embarcar para Johto.

- Já chegamos…? - Murmurou, ainda sonolenta, quando precisei acordá-la. O trem havia parado e os passageiros começavam a sair. Só tivemos que seguir o fluxo. Subi no ombro de Yoshiro, querendo aproveitar a carona, mas desisti da ideia assim que notei que a menina estava mais dormindo do que acordada. Seus olhos pesavam, contrariando as ordens para se manterem abertos, e aqueles passos cambaleantes denunciavam que ela não seria um transporte muito seguro. Eu não poderia estar mais certo. Assim que entramos no parque, Yoshiro não conseguiu dar nem cinco passos até tropeçar nos pés de um outro visitante e cair.

Começou cedo hoje, hein?”  Fui tentar ajudá-la a se erguer - o que não era tão fácil pra quem tem 40cm-, meio risonho por ver que pelo menos aquilo não tinha mudado. Continuava tão desajeitada como sempre.

- Aihn, me desculpe… - Mesmo que só ela tivesse ido parar no chão, a primeira coisa que a garota fez foi desculpar-se com… bem, seja lá quem for aquele pobre desafortunado. Definitivamente estava no lugar errado e na hora errada. Yoshiro levantou-se (apoiando um pouco mais de peso em mim do que eu gostaria), parecendo finalmente estar mais desperta. Pelo menos pra isso aquela queda serviu. Depois, olhou ao redor, meio confusa por estar em um lugar tão movimentado e que ela nunca tinha visto na vida. - E agora…?

Ela olhou pra mim, como se eu tivesse alguma resposta. Ora, se uma humana não sabe o que fazer em um parque de diversões, como é que um anfíbio vai saber? Apenas acenei com a cabeça e apontei em uma direção aleatória, para que fôssemos andando por ali. Pelo menos era melhor do que ficar perto da entrada, com algumas pessoas ainda rindo por aquele pequeno acidente.

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National Park


Pouco tempo depois de entrar no Parque, Ren fora surpreendido com um aviso: um novo Contest aconteceria, e agora na própria região de Johto. Após observar a temática e analisar os pontos, o coordenador decidiu que não poderia perder a chance. Precipitado, talvez; em confirmar a presença apenas instantes depois do anúncio, mas ele não podia de fato evitar.

... Afinal de contas, os concursos eram a única coisa que fazia com que não se sentisse completamente perdido. Isso, e é claro, como já citado, seus amigos. Devia muito a todos os encontros que tivera desde que saíra de casa. Seu olhar se perdeu no horizonte, enquanto esboçava um tímido sorriso; pensando em todos que o apoiaram. Suas mãos continuavam a percorrer o pelo macio da ainda dormente Eevee.

Bem, não por muito tempo.

Certamente, não era uma boa ideia simplesmente empacar a seis passos de distância da entrada do parque, com pokémon e aparelho eletrônico em mãos. Apesar de ter um mínimo de controle sobre suas ações, pensamentos e decisões, Ren Hughes definitivamente não tinha como prever certas improbabilidades. Como por exemplo; pessoas.

Ah sim. Era até mesmo um tanto quanto gozado. Ele ali, sonhador e pensativo, um pouco melancólico, inclusive; refletindo sobre pessoas que impactaram sua vida — até então, de maneira positiva; ele preferia não pensar muito nos fantasmas de seu passado — quando sofreu um outro impacto. Mas desta vez, de forma mais literal do que o desejado.

Alguém havia trombado nele, fazendo com que perdesse o equilíbrio e quase caísse. Felizmente, não o havia feito; mas o susto fora o bastante para despertar a pequena Laylah, que olhou para os arredores um tanto quanto confusa. Particularmente, acho curioso, o fato de que ambas as representantes femininas estavam sonolentas, precisando de um literal chacoalhão para finalmente virem à tona.

Aparentemente, o aprendiz de Lisia não era a única pessoa pensativa e distraída que tentava acalmar as angústias no evento. Quero dizer, apenas fazendo uma suposição. O próprio não fazia ideia de coisa nenhuma; inclusive culpando a si mesmo. — Oh não, sou eu quem lhe deve desculpas. Estava distraído, e bem aqui na entrada. Deveria ter pensado um pouco mais.

Ren respondeu com calma, parando agora para dar uma breve olhada naquela em que esbarrara. Longos cabelos negros, vestes relativamente casuais, mas que caíam bem em seu corpo. Um rosto fino de pele alva, que envolvia com perfeição o azul celeste de suas órbitas. E parecia ser um pouco mais baixa que o garoto, o que o deixou um pouco surpreso. Não eram muitos, os que eram capazes de realizar tal feito.

Uma jovem muito bela, de fato. O coordenador reconhecia isso, apesar de não sentir nenhum tipo de atração por tais características. Ao lado dela, um pequeno anfíbio, de aparência fofa e incomum. Laylah pareceu contente em ver a presença de outros monstrinhos; já mostrando que não estava acostumada a permanecer longe dos seus semelhantes.

O especialista em feéricos abaixou-se um pouco, até poder encarar o Mudkip com maior facilidade. — Ele é um monstrinho adorável. Minha Eevee pareceu gostar, também — apontou ele, tendo seus ditos confirmados pela pequenina, que grunhiu animadamente. Em seguida, Ren passou a olhar ela novamente. — Oi, eu sou Ren. Vocês também vieram tentar aplacar a si mesmos aqui?

Concluiu sua frase rindo. Nem todo mundo ia até ali para conquistar paz interior, Ren. Alguns só querem alegria genuína. Mas bem, vai saber. Ele finalmente começou a olhar mais atentamente o ambiente ao seu redor, procurando coisas que atraíssem sua atenção. Afinal de contas, tão absorto em pensamentos, acabou por nem mesmo observar o cenário. — Será que eles têm algo com doces ou bebidas...? Acho que Laylah gostaria de um suco...

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Por sorte, o rapaz em que Yoshiro esbarrou não pareceu chateado com aquilo. Muito pelo contrário, ele mesmo se desculpou por esse seu peculiar comportamento de ficar parado, com a cabeça nas nuvens, bem na entrada de uma das atrações mais visitadas atualmente em Johto. Não posso criticá-lo por isso. É definitivamente algo que a minha treinadora faria. Atrevo-me a dizer, aliás, que ela só não fez a mesma coisa porque foi ao chão antes de ter essa chance. Enfim, acho que posso dizer que tivemos sorte… se o alvo daquela colisão tivesse sido alguém mais estressado, teríamos problemas. Trouxe Yoshiro aqui para relaxar, não para ficar ouvindo broncas (nem sequer as que ela merece). Portanto, a reação tranquila do menino foi mesmo um alívio… não quero arranjar briga tão cedo.

- Eu também deveria olhar para onde vou, desculpe… - Minha dona ainda insistiu em assumir a responsabilidade, curvando-se para o rapaz em um claro pedido de desculpas. E, afinal, quem exatamente era ele? Alguma coisa naquele humano me parecia estranhamente familiar… talvez aqueles cabelos de fios rosados, cujo tom tanto me lembrava uns certos cogumelos que encontrei em um passado não muito distante. Naquela ocasião, quase ganhei um trauma dessa cor… agora, felizmente, já consigo gostar outra vez de rosa, e não relacioná-lo diretamente a labirintos mágicos ou anõezinhos psicóticos. Um dia todos superam esse tipo de incidente, né?

Embora ele fosse menor do que a maioria dos meninos que vejo por aí, ainda era mais alto que a minha treinadora. Não que haja algum mérito nisso aí. Até hoje nunca vi ninguém realizar a proeza de ser menor que essa menina - apesar de a dona de Virgil ter chegado bem perto. As feições delicadas daquele humano, emoldurando um sorriso dócil e gentil, davam-lhe um aspecto bem meigo e até inocente. Do tipo que você olha e diz “ah, esse aí é inofensivo”. Não que eu vá baixar a guarda perto de um estranho só por causa disso, contudo… a gentileza nos olhos dele parece bem genuína. Ah sim, e eles são de um cor bem interessante… nunca vi orbes nesse tom violáceo, atrevo-me a dizer que são ainda mais chamativas do que seus cabelos. Um olhar dócil e sonhador, porém ainda um tanto melancólico… me fez imaginar quais pensamentos minha treinadora acabou interrompendo.

Nos braços do garoto, uma raposinha tinha acordado de uma forma bem brusca, coitada. Aquelas orelhas longas, o cachecol felpudo ao redor do seu pescoço e os pelos castanhos e fofinhos fizeram-me reconhecer a espécie no mesmo instante. Conheci um desses alguns dias atrás… Eevee, não é? O tipo de Pokémon que todo humano quer pegar no colo e apertar. E admito, ela é bem fofa mesmo. Até me cumprimentou de uma forma bem bonitinha, sem nenhum mau humor por ter despertado daquele modo.

Oi. Foi mal pela minha treinadora.” Acenei para a Eevee com uma pata, tentando não perder o equilíbrio só com as outras três. Ai ai, esses hábitos humanos… anfíbios não acenam assim, Sapphire. Você é um Mudkip. Um Mudkip. Fiquei repetindo isso na minha mente, contudo, quando o dono da raposinha se abaixou para interagir comigo, eu repeti exatamente o mesmo gesto para ele. A convivência realmente deixa seus traços…

- Obrigada, ele é uma gracinha mesmo… assim como a sua Eevee. Ela é muito linda. - Yoshiro abriu um sorriso meio tímido para o treinador, que havia acabado de se apresentar como Ren. Talvez ainda envergonhada pelo acidente, talvez simplesmente por aquela natural insegurança que ela sentia toda vez que conhecia uma pessoa nova… não é a melhor em interações sociais, diga-se de passagem. Talvez por isso costuma ficar bem nervosa no começo. - Sou Yoshiro. Um prazer conhecê-lo, Ren. - Hesitou por um instante, mas então estendeu a mão para cumprimentá-lo. Era o educado a se fazer nessa situação, não? E a atitude receptiva dele parecia estar aos poucos começando a acalmá-la também.

Aplacar a si mesmos…?” Repeti, olhando para Ren. Foi isso o que mais me chamou a atenção nas palavras dele. Não era um comentário muito comum de se ouvir às portas de um parque de diversões, contudo, resumia muito bem a nossa situação. E, pelo visto, creio que a dele também. Bom saber que não somos os únicos aqui buscando por alguma paz após uns dias bem complicados.

- Bem, acho que posso dizer isso, sim. Mas a ideia de vir aqui foi dele. - E apontou para mim, fazendo-me assentir alegremente com a cabeça para confirmar. Claro que tinha sido. É meu dever cuidar dessa tonta, já que ela é péssima em fazer isso sozinha. Após esses dizeres, os dois humanos começaram a olhar ao redor, buscando por algo pra fazer. Ren, em particular, parecia interessado em arranjar o que comer ou beber… me parecia uma ótima ideia, não comemos nada desde que entramos naquele trem. Yoshiro também pareceu aprovar, já que uma singela palavra foi capaz de despertá-la dos devaneios nos quais já estava começando a entrar. - Doces…? Com certeza deve ter, em algum lugar por aqui. Acho que o Sapphire gostaria também.

Não aja como se eu fosse o mais interessado aqui, Yo. Dá pra ver na sua cara que você quer esses doces mais do que todos nós juntos. Enfim, com isso minha treinadora perguntou se poderia ir com ele em busca de algo para lanchar. Como o garoto ainda não tinha feito menção nenhuma de se despedir, então isso significa que ele está aceitando companhia, né? Até prefiro ter outros por perto, seria um pesadelo perder Yoshiro de vista no meio dessa multidão. Só preciso ficar de olho nele até garantir que é mesmo confiável…

… Mas, sério… onde foi que eu já vi esse menino?

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Tímida era a estrela central que se escondia por trás das diversas nuvens que dançavam pelo céu de Johto. Seus raios solares, apesar de potentes como quase toda manhã na região, eram aliviados pela brisa refrescante e constante que passava por National Park, que dava trabalho até mesmo para alguns vendedores ambulantes que lutavam para segurar seus balões de hélio em formato de Pokémon. O parque, completamente enfeitado para o festival, tinha suas cercas quilométricas que o envolvia completamente cobertas de vinhas e margaridas cor-de-rosa; algo bem capaz de ter sido produzido por alguns espécimes gramíneos, visto a vasta quantidade de vegetais que se enroscavam dentre os metais. Do lado de fora, alguns vendedores passavam oferecendo balões, pipocas, balas e todo tipo de bebida, já que talvez não fosse permitido que o fizessem do lado de dentro. Inclusive, vamos falar dos portões que introduziam o festival: enormes, mas não cobertos de flores, com somente um cartaz em azul-bebê no topo, indicando a entrada.

Distribuídas na beirada das cercas, diversas árvores de copa alta serviam de abrigo para aqueles que fugiam um pouco do sol ou simplesmente decidiam parar por ali para descansar com seus pequenos. Um rapaz vestido com uma capa e calças longas em tons verde-pastel escondia suas pernas-de-pau, o que encantava diversos Pokémon como também algumas crianças que não sabiam do que se tratava. O funcionário, com cerca de 4 metros de altura, caminhava pelo meio da multidão que adentrava o Festival com um sorriso estampado em seu rosto caucasiano, prendendo suas longas madeixas caramelo no processo. Gritava, para todo mundo que quisesse ouvir, que entrassem para conhecer o maior festival dos últimos anos na história de Johto, entregando também panfletos e tirando fotos com alguns dos transeuntes que passavam.

E, então, vinham nossos heróis. Yoshiro e Ren não poderiam ser mais diferentes, porém iguais em diversos aspectos, inclusive na desatenção que os devaneios causavam enquando caminhavam. Com uma trombada a treinadora do Mudkip mais carismático de Hoenn ia ao chão, mas talvez com esse simples acaso do destino, tanto a sua quanto a história do especialista em fadas mudaria para sempre... Um tanto dramático, admito, mas dizem que é o que amizades verdadeiras fazem, não é? O potencial claramente existe.

Passados os portões não era difícil identificar como o festival estava distribuído; inclusive, sua organização era algo que traria êxtase aqueles que gostam de tudo muito bem dividido e certinho. Uma seção, indicada por alguns letreiros luminosos que apontavam para a esquerda, se tratava da praça de alimentação, bem próxima ao portão — muito provavelmente uma estratégia de marketing, já que para entrar e sair era necessário ao menos passar por parte dela. O aroma predominante certamente vinha dali, com a brisa que passava trazendo o cheiro de torta de oran berry com canela, provenientes da maior barraca que havia disposta por ali. Seguindo reto estavam as atrações principais, inclusive para onde a grande maioria da multidão se movimentava: ao fundo era possível ver a famosa montanha-russa e a púrpura roda gigante, ambas abraçando todo o festival com sua grandiosidade. Já para a direita, o local mais vazio, uma única placa designava a direção para uma outra atração chamada "Dreamy Lake".

E agora, para onde ir?


Progresso da Rota :



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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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National Park


O cenário definitivamente era digno de um conto de fadas — ou ainda, quem sabe, de uma animação, mostrando as belezas fantasiadas de um parque de diversões. Quaisquer fossem as interpretações; provavelmente nenhuma analogia seria capaz de captar em completo a essência daquilo tudo que viam. Era único, especial.

Mostrava um verdadeiro laço entre a força dos humanos e pokémon. Sim, até mesmo nas cercas e delimitações de espaço: placas metálicas envoltas pela magia dos monstrinhos. Algo realmente doce de se ver. E isso não era a única coisa doce ali. Não, não estou falando do agradável odor de torta — apesar de este certamente também ser maravilhoso —, mas das ações de duas (ou quem sabe, quatro) singelas almas que se encontravam ali.

Ren sorria para a garota, aceitando a mão que a mesma estendia a ele. Em verdade, era até mesmo ousado o bastante para tentar algo a mais: fechou-a em um breve e não muito apertado abraço. Em pouco tempo, ele a soltou. — Bem, nós já nos chocamos antes. Acho que um pouco mais de contato físico não faz tanto mal, certo? —comentou, simpático. — Quero dizer, desde que não tropece em mim novamente! —completou rindo.

A Eevee grunhiu alegremente para Mudkip. Infelizmente, não sou capaz de entender a língua dela; mas parecia estar devolvendo os cumprimentos do aquático. Não era a única. O especialista em feéricos olhou para ele com certa expressão de assombro. — Por um acaso... ele acabou de acenar para mim? —perguntou o jovem, já certo da resposta. — Céus, como é fofo! — prosseguiu então, passando a acariciar o anfíbio.

E tem bom gosto, ainda. Foi inteligente em te trazer para cá. As coisas estão todas tão lindas que eu me arrependeria de não ter vindo...! —exclamou ele, verdadeiramente impressionado com os feitios do inicial. Retomou então ao seu questionamento anterior. — É, eles definitivamente têm doces. Está sentindo esse cheiro? Não sei o que é, mas já quero um!

O aprendiz de Lisia então olhou para sua monstrinha, que ainda repousava tranquilamente em seus braços. — O que acha de dar uma voltinha por aí, Laylah? Seria interessante comer algo, e quem sabe; guardar algum Colorful Shake para mais tarde. Aliás, será que eles vendem Colorful Shake por aqui...? — Ren começou a bombardear o ar com perguntas que ninguém ali tinha como saber a resposta; indício de que, o que quer que estivesse incomodando-o mais cedo, já havia passado.

Ele parou para olhar ao longe: as árvores sombreadas; a roda gigante e a montanha-russa. Certo, ele queria muito tentar aquilo tudo. Nunca havia experimentado nenhum dos dois; mas dizem que para tudo existe uma primeira vez, não? — Vocês vêm? — perguntou ele por fim, colocando Laylah no chão; enquanto voltava-se para a treinadora atrás de si.

... Ren não tinha planos para aquele dia; muito menos motivos para querer menos companhia. Então por que não aproveitar a presença dos semelhantes que o destino inserira em seu caminho?

Enquanto começava a deslocar-se por entre as barracas de comida; notou que sua Eevee havia parado para observar uma das atrações do parque. Não parecia lá tão movimentado, mas não custava nada ir ver o que era — ao menos, ele esperava. Além disso, ela parecia estar interessada. — Dreamy Lake, é? Por que não? Vamos apenas pegar algo para comer, e então vou com você até lá.

E com isso, ele chamou Laylah para andar mais próxima de si; para que não se perdessem. O coordenador acenou para Yoshiro também, reforçando mais uma vez que não se importava em passar mais um tempo com ela e seu adorável monstrinho. Aqueles longos cabelos negros dela eram bastante notáveis, aliás. Se não estivesse fazendo um esforço tão grande em relaxar, talvez eles fizessem com que Ren se lembrasse de algo.

Mas fazer o que...

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Ao contrário da minha treinadora, Ren demonstrava ser bem sociável - parece-me o tipo de pessoa que facilmente faz amizades aonde quer que vá. Com uma voz mansa e um sorriso simpático no rosto, retribuiu o cumprimento da garota com um pouco mais de coragem do que o esperado. Vi os olhos da humana arregalarem-se por um instante quando o maior trouxe-a para um abraço, tão surpresa quanto eu, porém se logo se acalmou. Um sorriso terno abriu-se em seu rosto, mostrando que ela até tinha gostado daquele carinho, embora definitivamente não estivesse esperando por ele.

- Pode deixar, da próxima vou conferir se o seu pé está no caminho. - Comentou, levando uma mão à nuca e abrindo um sorriso amarelo pelo comentário que o garoto havia feito sobre evitar futuros esbarrões. Por sinal, com tantas pessoas ali, esse seria um verdadeiro desafio. Poucas vezes estive em um lugar tão lotado… seria sufocante, se a exuberância daquele ambiente já não tivesse por si só me arrancado todo o fôlego. A decoração do parque estava incrível, diferente de tudo que já vi na vida. Se alguém me dissesse que ele surgiu de um mundo fantasioso, fora da nossa realidade, eu nem conseguiria duvidar. Quanto trabalho e empenho devem ter sido necessários para tornar tudo aquilo possível?  Era, de fato, uma comemoração digna pelo renascimento de Tohjo…

Minha treinadora parecia igualmente encantada com aquele lugar. Embora Yoshiro centrasse sua atenção em Ren quando o rapaz estava falando, bastava o silêncio pairar por um par de segundos para que ela se distraísse com algo. Os balões, as barracas, a montanha russa, a roda gigante, um homem estranhamente alto que estava distribuindo panfletos por aí… (sério, o que foi que esse humano comeu quando era filhote?), e não menos importante, a cerca que rodeava o National Park. Admito, ela foi uma das partes que mais gostei. Vinhas e flores entrelaçavam-se ao metal, criando um contraste curiosamente harmônico. Era interessante ver como esses dois elementos, perfeitos opostos, conseguiam coexistir e se complementar de forma tão bela.

-  O Sapphire é mais esperto que eu, às vezes. Ou quase sempre… mas agora realmente estou devendo a ele, não acredito que quase perdi a chance de vir aqui. - Enquanto falava, a garota se abaixou para fazer carinho na minha cabeça, uma recompensa muito bem-vinda depois de todo o trabalho que tive. Aguentar tantas horas naquele trem não foi fácil! - Uhn, parece torta… de Oran Berry, eu acho? - Arriscou uma dedução, já que doces estão entre as poucas coisas nesse mundo que Yoshiro conhece bem.

Não me importa o nome, só sei que cheira bem e que eu quero um pedaço.” Dei um empurrãozinho com a cabeça para apressá-la, mas nem foi necessário. Ren já tinha começado a andar naquela direção e chamou minha treinadora para acompanhá-lo, convite que ela prontamente aceitou. Pareceu alegre, até, ao notar que teria a companhia de outro humano dessa vez. Desde que saiu do internato, não é algo muito frequente.

Mais ou menos na metade do caminho até a barraquinha de comidas, a pequena Eevee se interessou pela placa de uma das atrações. Dreamy Lake…? O nome realmente não pareceu animar muito a minha treinadora. Não posso culpá-la, já que nossa última experiência em um lago não foi das mais agradáveis… a menina me lançou um olhar inseguro, ao qual respondi com um aceno de cabeça, incentivando-a a ir junto. Vai ficar tudo bem. Estou mais forte agora do que naquela época, não vou deixar nada machucá-la. E, afinal, não permitiriam a existência de uma atração que colocasse em risco a vida dos visitantes, não é?

Não é...?

Espero que não.

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Encantados não só pelo aroma adocicado que perfumava a entrada do festival mas também pela curiosidade em relação ao lago sonhador, Ren e Yoshiro decidiam seguir para a praça de alimentação em uma tentativa de agradar a vontade crescente por um pouco de açúcar no corpo.

Quer dizer, quem não gosta de doces, não é?

A caminhada era bem curta, para não dizer inexistente. Claro, alguns passos foram dados, mas se fossem compridos, certamente teriam que dar uma diminuída no ritmo e o porquê estava bem diante de seus olhos: a quantidade de pessoas na praça de alimentação era, para dizer o mínimo, exorbitante. Todas as mesas, quadradas e de plástico em um tom rosa-bebê, estavam lotadas, bem como as filas de todas as barracas. A única exceção, por incrível que pareça, era de uma tenda bem humilde, localizada no canto mais distante do portão, que possuía duas ou três curiosas pessoas em sua frente, que por sua vez saíam assim que terminavam de ler o cardápio. Aliás, talvez esse não fosse exatamente o motivo para não estarem comprando por ali e sim uma coisa muito atípica de se ver: em sua frente, um pequenino Trubbish pulava de um lado para o outro oferecendo panfletos, sendo completamente ignorado e muitas das vezes até mesmo levando um olhar maldoso dos transeuntes. Se observassem o interior da barraca, tudo que nossos heróis conseguiriam ver eram alguns fornos e, bom, uma criança, provavelmente nos seus 10/11 anos de idade, sentada em cima da cadeira abraçando suas pernas, claramente entristecida. Com cabelos negros bem curtinhos que contrastavam sua pele alva e um vestido de Maranga Berries amarelo, não parecia tão disposta assim a atrair clientes como o venenoso em sua frente.

Aquilo claramente atraía a atenção da pequena Laylah, que inclinou sua cabeça para o lado em curiosidade. Com um cry quase inaudível, bateu sua patinha dianteira direita sobre o braço de Ren, como quem pedisse para que fossem até lá. Sapphire, claramente também curioso, tinha uma expressão bem complicada de ler estampada em seu rosto, algo que talvez somente sua treinadora fosse capaz de entender e eu não me atreveria a tentar descrever.

Se decidissem seguir para aquele caminho, perceberiam que muitos dos olhares das outras barracas estariam direcionados a eles; não dos compradores, claro, mas dos vendedores em si, em especial os de uma família que trabalhava na tenda que lhes chamou atenção assim que adentraram o parque, a mais cheia e chamativa de todas. A surpresa veio quando um único funcionário saiu de lá de dentro após alguns cochichos, se encaminhando na direção de Ren e Yoshiro com um sorriso no rosto:

— Bem-vindos ao Doll Fanfest! — alto, com a cabeça raspada e um tanto quanto gordinho, o adulto parecia ser o patriarca daquela família — Gostariam de aproveitar a melhor torta de Oran Berry daqui? Vamos, dou até uma provinha para vocês! — tentando empurrá-los de uma vez para lá, o homem colocava as mãos nas costas de Ren e Yoshiro, mas não contava que a pequenina Laylah revirasse os olhos para ele e trotasse (uma gracinha, inclusive) na direção da barraca da menina — Oferta limitada, hein? Se forem depois não vou dar as amostras grátis!



Progresso da Rota :



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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Awards :

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Por sorte, o percurso até a praça de alimentação foi bem curto. Nosso maior problema foi o trânsito de pessoas - era tanta gente que precisei subir no ombro de Yoshiro, só pra garantir que nenhum distraído iria me pisotear por acidente. Quando estão com fome, humanos não prestam muita atenção em quem está no caminho deles, especialmente se esse alguém mede apenas quarenta centímetros. Felizmente, minha treinadora é prestativa, aproveitou minha nova posição para ficar me mimando enquanto andava, ora afagando-me a cabeça, ora coçando meu pescoço. O carinho dessa humana é bom… acabei fechando os olhos e ficando meio alheio ao que acontecia ao nosso redor, apenas conseguia ouvir uns risinhos baixos dela pela minha reação.

Fiquei até decepcionado quando ela parou. Abri os olhos e a encarei, pronto para dar-lhe uma bronca. No entanto, notei que o olhar da menina estava fixo em um ponto nas extremidades da praça de alimentação. A expressão dela era difícil de ler, e isso me preocupou… ainda mais quando vi que Laylah estava do mesmo jeito. Segui com os olhos a direção que as duas fitavam, e lá me deparei com uma cena realmente triste de ver. Em uma barraquinha bem simples, de longe a menor e menos chamativa daquele lugar, um pequeno Trubbish tentava chamar a atenção dos humanos e distribuir seus panfletos. No entanto, pouquíssimos prestavam atenção no pobrezinho - e mesmo estes só o faziam por tempo suficiente para direcionar-lhe um olhar maldoso. Como se ele não tivesse o direito de estar ali. Quando querem, humanos conseguem ser tão desprezíveis...

- Ren, Ren… olha ali. Por que fazem isso com ele? - Yoshiro parou de andar e chacoalhou de leve o ombro do seu acompanhante, para atrair a atenção dele. O que não era de fato necessário, aliás, já que a Eevee havia feito isso muito bem. A cada instante que se passa, simpatizo mais com essa raposa. Ela falou com seu treinador, pedindo para ir lá. Parecia preocupada, tanto com o Pokémon quanto com a criança que o acompanhava. Acenei com a cabeça para Laylah, mostrando iria junto, e nem precisei confirmar qualquer coisa com Yoshiro. Conheço-a bem o suficiente para saber que ela não seria capaz de ir em outra tenda depois do que tinha presenciado, pelo menos isso nós temos em comum. - E aquela garotinha parece bem triste... Vamos lá? Acho que a Laylah quer ir também.

Quase ao mesmo tempo, eu e a Eevee acenamos em concordância. Foi mal, Ren, a maioria ganha. Sem nem sequer esperar por uma resposta do rapaz (que provavelmente seria afirmativa, de qualquer modo), minha dona segurou-o pela mão e começou a conduzi-lo até lá. Uma atitude que ela geralmente não teria coragem de tomar, em especial com alguém que havia acabado de conhecer, porém parecia tão inconformada com a falta de empatia daquelas pessoas que nem pensou antes de agir.

Os primeiros cinco passos foram fáceis de dar. Mas depois disso, um humano saiu sabe-se lá de onde e resolveu frustrar nossos planos. Colocou os braços ao redor dos nossos treinadores e começou a arrastá-los para a direção oposta, dizendo algo sobre… amostras grátis? Uma oferta encantadora, mas hoje não dá. Alguém diz pra esse cara que não estamos interessados, por favor?

Laylah fez melhor que isso. Revirou os olhos para ele e saiu correndo, o que me fez sorrir em completa admiração. Mesmo pequena, ela sabe bem o que faz. Talvez melhor do que os humanos aqui presentes, aliás. Yoshiro, por exemplo, estava tão surpresa que não conseguia reagir. Lançou-me um olhar desesperado, que facilmente pude interpretar como um pedido de ajuda. Com a criação que teve, ela era incapaz de recusar um convite tão “gentil”, temia ofender aquele funcionário. Precisava de um empurrãozinho pra sair dali. Por isso, saltei do seu ombro e também corri até a tenda onde estava o Trubbish, dando à minha treinadora uma justificativa perfeita para ir até lá.

- P-perdão, senhor! Preciso ir buscar o meu Mudkip, ele é um pestinha se não tiver ninguém olhando. Vai acabar aprontando alguma coisa. - Desvencilhando-se daquele aperto, Yoshiro soltou qualquer desculpa (isso foi mesmo o melhor que ela conseguiu inventar?) e nem precisei olhá-la para saber que estava prestando uma profunda reverência ao homem como pedido de desculpas. Logo em seguida, ouvi seus passos vindo na minha direção, e fiz questão de acertar uma investida quase fraca na perna dela assim que chegou perto o bastante. - A-ai! O que foi, Sapphi?

Não precisava ter improvisado tanto, sabe?”  Olhei de uma forma não muito amigável para a garota, fazendo-a recuar alguns passos e abrir um sorriso amarelo em sua defesa. Embora não falássemos a mesma língua, ela entendeu muito bem o motivo daquela cabeçada. Não acredito que ela teve a ousadia de me chamar de pestinha....

- Desculpa, eu fiquei nervosa. - É, deu para perceber. Assenti para a minha dona, mostrando que ela estava perdoada dessa vez. Com esse detalhe resolvido, pudemos voltar nossa atenção para o que realmente importava ali: o Trubbish e a criança que, aparentemente, estava ali para cuidar da loja também. Yoshiro ajoelhou-se ao lado do venenoso e sorriu de forma bem amigável para ele, acenando um cumprimento. - Oi, pequeno. Posso ver um dos panfletos que você tem aí? - Estendeu a mão para apanhar um dos papéis e, se notasse que o Trubbish estava receptivo, provavelmente tentaria fazer carinho nele também. É algo que ela sempre faz com os Pokémons que encontra. - Aquela lá dentro é a sua treinadora? Pode nos apresentar a ela, por favor?




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❁      houses won't fall

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National Park


E a fome falava mais alto. E quando não, afinal? Mesmo com inúmeras atrações ali presentes, é claro que o grupo queria primeiramente fazer alguns beliscos. Ainda mais logo após de uma tão cansativa caminhada. Céus; dez passos para chegar até a praça de alimentação era demais. Em que os organizadores do evento estavam pensando quando decidiram isso?!

Ren estava um pouco perdido, para ser sincero; sem saber exatamente em qual direção olhar. Haviam tantas barracas e tendas que ele provavelmente não seria capaz de escolher uma sozinho. Felizmente, o rapaz não estava só; e sua pokémon — tal qual Yoshiro — eram capazes de tomar tal decisão por ele, inclusive mostrando para o coordenador uma cena peculiar.

Um... Trubbish? Vamos lá sim — disse ele, ao enfim notar o que acontecia, com a ajuda da morena. Seguiu sua monstrinha com os olhos; passando dela para o venenoso e a garotinha atrás deste. Para um festival tão animado, eles pareciam estar com o mood errado. — Laylah é bastante sensitiva; ainda mais agora que não tem nenhum amiguinho por perto. Além disso, algo parece estranho...

E afinal, não só parecia. Um burburinho começou a se formar. De longe, quase que inaudível; mas Ren conseguia notar os olhares, as mãos a cobrirem as bocas. Ah sim, ele já fora o motivo de tais comentários. Sabia muito bem como funcionavam. E ver aquilo, ali, naquele lugar que era suposto a ser sinônimo de paz e alegria, irritou um pouco o aprendiz de Lisia.

Quando um funcionário da mais lustrosa das barracas aproximou-se com um sorriso convidativo; todos do grupo pareceram concordar por algum tipo de telepatia que não ficariam ali, fazendo-se de bonitos (embora realmente fossem). Incentivado por sua pokémon — que tivera uma reação adorável, aliás —, ele tratou de negar a oferta do robusto homem.

Contudo, não era tão rebuscado quanto Yoshiro. Não estava afim de atuações por ali; não, deixaria isso para os Contests. Quer dizer... Talvez ele pudesse se divertir um pouco. Essa erra a intenção, não? Assim sendo, exibiu um sorriso ao funcionário. — Oh, olá! Uma torta...? — disse então, mostrando-se ligeiramente interessado de início.

Talvez você fique um pouco confuso aqui. Mas tudo bem. O importante é que logo em seguida, o jovem exibiu uma expressão de desânimo, como se algo estivesse errado. — Ah, Oran Berry? Desculpe... Não comemos isso. É muito... simples, se é que me entende — concluiu por fim, mostrando um outro sorriso, agora mais cínico e repleto de sarcasmo.

Se ele podia bancar o riquinho exibido, por que não? Era engraçado, afinal.

Em seguida virou-se, fazendo pouco caso do atendente, demorando-se em seus passos para ir atrás de sua pokémon e de Yoshiro. — O dia está lindo, não? Eu odiaria se tivesse alguém que está fazendo com que os outros não consigam apreciar ele. Mas tenho certeza de que ninguém aqui é tão cruel assim, certo? — proferiu, fazendo insinuações nada indiretas. E então, seguiu em frente; deixando as ofertas de tortas para trás.

Assim que se aproximou do grupo, agachou-se para fazer um carinho em Laylah, além de sorrir para Trubbish. Yoshiro parecia estar lidando com eles já, então Ren limitou-se a ouvir apenas. Sua monstrinha tentava chamar a atenção do venenoso, por algum motivo que o rapaz não compreendia exatamente, mas aprovava.

Sentia orgulho da vulpina. Desde já apoiando as minorias. Não havia algo que deixava Ren mais contente. Ele definitivamente odiava a repressão dos grupos que não fazem parte do padrão. Sentira na pele como aquilo era. E não era o único disposto a ajudar naquela situação, o que quer que estivesse acontecendo. Naquele momento, apreciou ainda mais a presença da treinadora de Mudkip — além do próprio. Eram uma dupla... interessante.

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