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When the bonds are good, the rest don't matter

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when the bonds are good
the rest don't matter
É engraçada a forma como empatia funciona, certo? Para poucos, basta-se olhar e observar a expressão no rosto, linguagem corporal, qualquer indício para que corramos para ajudar aqueles que precisam. Infelizmente, para a maioria das pessoas não é assim e, bom, estava evidente diante daquela situação. A felicidade do pequeno Trubbish quando observou Laylah e Sapphire se aproximarem era tão grande, que ele ficou até mesmo um pouco amedrontado, por mais que a expressão nos monstrinhos de Ren e Yoshiro fosse mais do que amigável. Correu, com seus pézinhos de saco-de-lixo, tropeçando no caminho e derrubando alguns panfletos. Quando deu por si, todos os quatro já estavam próximos, com a morena direcionando algumas palavras a ele.

Ah, não achem que esqueci! O funcionário da barraca mais luxuosa, frustrado principalmente pelo comentário do especialista, fechou o rosto, batendo os pés de volta na direção da tenda que lhe pertencia. Ao longe, era possível ver sua expressão irritadiça, uma mistura esquisita de raiva com preocupação.

Voltando a parte interessante, pode-se dizer que o cheiro não era lá dos... mais agradáveis. Por conta da habilidade mais comum dentre a espécie do venenoso, Stench, era natural que o pequeno soltasse alguns aromas esquisitos, mas a surpresa não vinha daí. Quando percebeu que nossos heróis estavam ali sendo amigáveis, Trubbish correu desengonçado para trás de sua barraca, passando por baixo de alguns panos da mesa, saindo dali com um frasco pequeno de perfume. Seu olhar, que antes era preocupado, agora estava amigável, o que fez com que levasse o recipiente até Sapphire e Laylah, indicando que o ajudasse a passar a essência — muito provavelmente sabia que seu cheiro natural incomodaria os outros; ora, com certeza já estava acostumado com a maldade dos olhares que levava por estar em uma praça de alimentação. Colocando o frasco no chão com o borrifador virado para si, o venenoso indicava para Sapphire que batesse sua patinha sobre a pequena alavanca e, hm... Pode-se dizer que o cheiro do perfume era ainda pior que o seu natural. Claro, Trubbish não sabia disso, então com a borrifada, ficou passando seus bracinhos pelo corpo, esperando espalhar o líquido sobre seu corpo.

Finalmente o Pokémon abria um sorriso. Ainda atrapalhado, corria para buscar os panfletos que caíram no chão com seu estabanamento, correndo para entregar um para Ren e um para Yoshiro. Simples, estava longe de ser algo feito por alguma gráfica famosa, com letras garrafais irregulares e uma coloração nada atrativa; sinceramente, até as fotos do que parecia ser uma torta eram bem pixeladas, não dando para identificar do que se tratava. O título e algumas informações, por mais que borradas, dava para ler:

"Família Shinkai
Receitas caseiras!

Venham .....entar a melhor to... de Oran Berry de Mahogany!"


Quando Ren e Yoshiro terminassem de ler — ou tentar — o panfleto, Trubbish estaria olhando diretamente para eles, com os olhinhos como quem perguntasse se iriam querer comprá-la. O preço? Míseros PK$15 por uma fatia. Independente da resposta, o Pokémon estava tão animado que puxou Sapphire e Laylah com seus bracinhos, largando os panfletos no chão mais uma vez. Os três passavam por debaixo da mesa, adentrando a simples tendinha, que era quando finalmente a mocinha entristecida percebia a presença de nossos heróis.

— ... Oi. — ergueu a cabeça, limpando algumas lágrimas disfarçadamente com o dorso de suas mãos — N-não briguem com ele, me desculpem! — antes que pudessem falar qualquer coisa a garota se levantava, rapidamente tentando repreender o venenoso, que já abria um dos fornos ali presentes e dava uma provinha para Eevee e Mudkip — Trubby, não faz isso! Não tem ninguém aqui pra defender a gente! E se gritarem com a gente de novo!? — a frustração no rosto da garota era mais do que legível; agora, pouco se importava, com algumas lágrimas descendo pelas suas bochechas coradas — Que droga! — sua voz quebrou um pouco, dando a entender que claramente não era assim que se comunicava com o venenoso; este, por sua vez, que já havia colocado um avental sujo e mal trapilho com uma estampa desgastada de torta, simplesmente soltava os bracinhos, murchando um pouco seu corpo assim como sua expressão, que ficava triste — ... Poxa, você estraga tudo! — e, então, a menina saiu correndo para o fim da tenda, que dava em um canteiro de plantas, sentando-se em um paralelepípedo da leira que abrigava um pouco de terra; botou a cabeça dentre os joelhos, claramente caindo em prantos — ...

O interior da tenda, inclusive, era também simplório. Poucos fornos, em sua maioria sujos e arranhados pelo tempo, estavam dispostos do lado direito, próximos ao limítrofe da pequena barraca. A mesa, forrada com um longo pano xadrez branco e azul também antigo dividia o lado interior do exterior, separando de onde deveriam ficar os funcionários e os clientes. Além disso, havia uma caixa registradora acima da mesa, bem como um enorme recipiente de madeira circular, de onde Trubbish tirou as provinhas para Laylah e Sapphire, muito provavelmente onde ficam guardadas as tortas semi-prontas. Diversos panfletos, empilhados um do lado outro, pareciam molhados, o que explicaria o porquê deles estarem tão difíceis de ler; além disso, serviam como base para um único porta retrato, esse talvez a única coisa que parecia de valor ali, com uma borda dourada, florida e elegante.

Foto: :



Progresso da Rota :



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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Aquele Trubbish era bem engraçadinho. Com seu jeito meio atrapalhado, recebeu-nos muito bem e tentava ao máximo nos agradar. Até buscou uma colônia para disfarçar o não-tão-agradável cheiro que o cercava (e eu realmente não tive coragem de avisá-lo que o odor daquele perfume era ainda pior). Quando pressionei a válvula para lançar o líquido sobre ele, tive que lutar contra o impulso de recuar alguns passos, mas tentei não deixar esse desconforto muito evidente na minha expressão. Eu não queria magoá-lo. E como poderia, diante do olhar tão inocente e esperançoso no rosto daquele pequeno?  Não entendo como podem ter sido tão cruéis com ele…

Deixei que o venenoso me arrastasse para dentro da tenda, a qual era de fato bastante simplória em comparação às demais. Fiquei perguntando-me quem era o responsável pelo lugar, e como deixou que ele chegasse a esse ponto… uma criança de certo não poderia cuidar de tudo sozinha, não é? Aliás, é estranho o fato de não ter outros adultos por perto. Onde está a família dessa menina? Ela deveria estar lá fora brincando, não aqui, tentando cuidar de um trabalho que só estava entristecendo-a.

Vi Yoshiro e Ren entrarem logo depois de nós, e de relance pude notar que a minha humana estava carregando os panfletos que o Trubbish tinha deixado cair. Contudo, não tive tempo para observar a reação dela, pois o Pokémon tirou do forno alguns pedaços de torta e gentilmente ofereceu-os a mim e a Laylah. A condição da tenda e o cheiro daquele perfume ainda impregnado em minhas narinas deixaram-me meio hesitante, contudo, quem não gosta de amostras grátis? E tenho que admitir… o gosto era muito melhor do que eu esperava. O sabor da Oran Berry era bem evidente e, embora eu não soubesse como estaria para o paladar humano, para o meu estava ótimo. Não me importaria nada em ganhar mais uns pedacinhos, aliás...

Infelizmente, antes que eu pudesse ganhar mais alguma prova, a menina ali notou nossa presença e começou a reclamar com o Trubbish. Aquela criança estava… com medo de nós? Por quê?  Até entendo que algumas pessoas desgostem de Pokémons como aquele - a arrogância e narcisismo que tantos humanos possuem é de longe um dos seus maiores defeitos. Todavia, maltratar um filhote da sua própria espécie? Isso não é só maldoso, é ilógico. Até para os níveis deles.

- C-calma, nós… - Como Yoshiro pretendia acabar aquela frase foi algo que nunca descobri. A menina agoniou-se tanto que esqueceu como usar as palavras direito, a surpresa estava bem estampada em seu rosto enquanto ela tentava processar o que estava acontecendo ali. Sua voz não saiu mais do que um murmuro trêmulo, fraco demais para alcançar a dona da loja. E, logo, também fraca demais para impedi-la de correr até o outro lado da tenda, caindo em lágrimas bem ali.

Tudo aconteceu rápido, eu mal pude reagir. Minha única certeza era que precisávamos fazer algo para ajudar aqueles dois… no entanto, o quê? Eu não fazia ideia, tampouco a minha dona. Yoshiro limitava-se a alternar seus olhos entre a menina e o venenoso, sua respiração já começando a alterar-se pela ansiedade que crescia em seu interior. Minha humana nunca foi boa lidando com esse tipo de situação, fica tão nervosa quanto os próprios envolvidos… portanto, esperei que Ren fosse tomar a iniciativa. Na verdade, até torci para ele fazer isso...

...Até os olhos de Yoshiro centrarem-se em um objeto sobre os panfletos. Um porta-retratos? Curiosamente, era a única coisa bonita e bem-cuidada lá dentro. E, no interior daquela bela moldura, estava a foto de uma família. Todos nela pareciam felizes, até o garotinho que tentava esconder-se no colo da mãe. A atenção da minha dona alongou-se naquela imagem, e com isso ela pareceu se acalmar. Ao invés de surpresa ou medo, seu olhar só demonstrava uma tristeza que não consegui interpretar direito. Pela primeira vez nesse dia, realmente não sei o que se passa na cabeça dela.

- Ei, está tudo bem… Posso sentar aqui com você? - Caminhou com calma até o lugar onde a criança estava, sentando-se ao lado dela sem realmente esperar por uma resposta. - Ninguém aqui vai te machucar, ou brigar com você… nós nunca, nunca faríamos isso. Por favor, não chore... - Pegando-me realmente de surpresa, Yoshiro passou um braço ao redor dos ombros da garotinha e trouxe-a para um abraço. Tomando cuidado para não assustá-la, deixou a cabeça da mais nova repousar sobre o seu ombro enquanto lhe secava algumas lágrimas. - Seu Pokémon não fez nada errado… pelo contrário, ele é uma gracinha! E meu Mudkip parece ter gostado da torta.

Vendo uma boa deixa, corri até as duas e acenei um “sim” com a cabeça. Ok, Sapphire, hora de ser um Mudkip fofinho e alegrar esse filhote… não deve ser tão difícil, né? Tentei fazer algumas gracinhas para animá-la, e, enquanto isso, vi minha treinadora olhar para Ren, em um pedido de ajuda silencioso. Ele tem cara de quem se dá bem com crianças.
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❁      houses won't fall

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National Park


É claro que sobraria para Ren. Bem, não que ele achasse ruim — na verdade, até que gostava da ideia. Queria ajudar.

Aconteceu tudo muito rápido. O garoto mal teve tempo de ficar contente para com a reação do tal dono da outra barraca; logo já se vendo encantado pela prestatividade do pequeno monstrinho de lixo. Ele parecia bastante empolgado, e apesar de ser um tanto quanto triste; foi também adorável vê-lo pedindo para que Sapphire espirrasse o perfume em si.

Claro, a infusão de odores não ajudou muito, mas... o que vale é a intenção.

Trubbish parecia realmente bastante animado. Provavelmente, apenas pelo fato de ter visitantes que não o chutavam ou olhavam com desprezo estampado na face era um bom motivo para manter-se alegre. Até mesmo ofereceu um quitute para Eevee, que comeu vorazmente enquanto seu treinador lia o cardápio.

Tudo ali presente era bastante humilde, do lugar aos cardápios. Mas até que o coordenador não se importava tanto. Vendo a animação do monstrinho, até sentiu seu coração aquecer-se um pouquinho. Contudo, é claro que os sorrisos não foram eternos. A jovem que acompanhava o pokémon havia notado a presença dos visitantes, e de maneira bastante pessimista.

Ren suspirou. Yoshiro fora capaz de tomar a frente, após observar um pouco o que se passava. Ele agradeceu mentalmente por isso. Deu um tempo para parar e analisar a situação. Evidentemente, ambos estavam passando por circunstâncias... desagradáveis. Algo que chamou a atenção dele também fora a imagem emoldurada, ajeitada com preciosidade sobre os panfletos.

O coordenador mordeu a língua ao observar a cena. Provavelmente, era um retrato da família da jovem. Todos pareciam felizes, harmoniosos. Fato que certamente divergia-se quando comparado à atualidade. Para começar, o especialista em feéricos via apenas a garota e o pokémon. Nada de uma família à sua volta que poderia ajudar.

Ele havia aprendido da forma mais desconfortável possível que não era nada legal perguntar sobre a família; ainda mais para um desconhecido. Teve isso em mente quando notou o pedido de ajuda vindo de Yoshiro. Era estranho, como ele conseguia comunicar-se bem com a morena, mesmo não a conhecendo direito, mas deixou para matutar sobre isso depois. Tinha outra prioridade em mente no momento.

Bem, sim, ele já havia lidado com crianças anteriormente. Trabalhara em uma creche em Forina, à pedido de Lisia. Posteriormente, ajudara uma outra comunidade órfã quando foi até Ecruteak, ajudar na restauração da cidade. Então é, talvez pudesse falar que ele sabia uma coisa ou outra. Mas isso não significava que ele tinha certeza de tudo o que fazia. Afinal de contas, ele mesmo não era lá muito mais velho.

Contudo, precisava tentar; ao menos. — Ei. Ela está certa. Não queremos fazer mal a você. O máximo que pode acontecer é algum de nós acabar por tropeçar e fazer seus panfletos voarem! — comentou ele, exibindo um sorriso empático para tentar aliviar um pouco o clima. — Foi você quem assou as tortas? Os pokémon parecem ter gostado de verdade. Será que eu poderia pegar um pedaço também?

Ele progrediu com calma, falando de coisas mais triviais no início, a fim de não alarmar a criança. Ainda assim, levou a mão ao seu bolso, tirando de lá algumas notas de dinheiro. — Aqui. Eu posso pagar. Embora eu ache que essas tortas valham muito mais — e com isso, colocou os papéis sobre os panfletos, próximos de Trubbish.

Ah sim, o pokémon. Não era como se ele pudesse seguir conversando com a menina e deixar o pequenino de lado. Ele sorriu para o venenoso, assim como para sua própria monstrinha e o anfíbio da outra treinadora. — Aliás, sou eu quem deve desculpas a vocês. Laylah é bastante sensitiva, e está acostumada a brincar com os amiguinhos. Queria um pouco de atenção, e pareceu gostar muito de seu Trubbish. E aliás, parece que ela tem um gosto muito bom.

Enquanto dizia isso, a raposinha tentava ajudar também, notando que estavam em uma situação delicada. Além disso, ela definitivamente bão gostava de ver os outros a chorarem. Aproveitando deste sentimento, ela canalizou energia para seus olhos, piscando repetidamente. Eles brilhavam, graciosos, e cada movimento dos grandes orbes era cativante, apesar da expressão ligeiramente triste da Eevee. Com sorte, o uso de seu movimento de tipo fada ajudaria a acalmar os nervos, também.

Eu sou Ren — disse por fim, bagunçando suas mechas coloridas enquanto exibia outro sorriso. — Venha aqui, por que não sentamos e conversamos um pouco? Se você chorar, lamento informar, mas eu e minha pokémon iremos também — como que confirmando, Laylah balançou a cabeça, concordando com o treinador. — Como você se chama?

...Podia não ser lá algo muito significativo, mas o coordenador queria prosseguir com calma. Não podia se dar ao luxo de cometer algum erro; em uma situação daquelas. E bem, ele realmente tinha vontade de ajudar todos ali. Só não sabia se daria certo. Daria...?

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Existe um ditado popular muito utilizado em Galar que diz "cada Grookey no seu galho", uma atitude que muitas pessoas utilizam para não ajudar ou se preocupar com terceiros. Diante daquela situação constrangedora, Yoshiro e Ren poderiam simplesmente virar as costas e ir embora, mas queriam ajudar a chorosa criança e seu, agora triste, Trubbish. Aliás, o venenoso estava muito, muito chateado: sua expressão era de pura tristeza, bem como seu corpo de saco-de-lixo estava murcho, com as beiradas caindo sobre o chão. O que o animou, mesmo que bem pouquinho, foi Sapphire e Laylah, que tentavam de toda maneira fazer com que nem ele nem a criança ficassem tão entristecidos; indo desde gracinhas até ataques graciosos. Talvez com um certo receio de que sua possível-treinadora brigasse com ele de novo, puxou os pequenos dos nossos heróis junto consigo para debaixo da mesa, atrás do pano que a cobria até o chão. Sua expressão agora era travessa, como a de um filhote arteiro; no processo, esticou seu braço para fora da "cabaninha", tateando o recipiente das tortas até conseguir abri-lo e pegar mais algumas provinhas para Eevee e Mudkip. Quando ia pegar um pedaço para si, acabou derrubando o reservatório de tortas, mas por sorte nenhuma delas caiu no chão. Apavorado, acabou por se assustar e bater a cabeça-corpo no topo da mesa, quase derrubando tudo de uma só vez...

O pequeno Trubbish também não se ajuda, né?

Do lado oposto da cabana nossos heróis acolhiam a pobre criança. Apesar do certo receio em aceitar o abraço de Yoshiro, a menina acabava cedendo, diminuindo gradativamente a repetição de seus soluços causados pelo choro. Inclusive, foi a gentil "ameaça" de Ren que a fez finalmente abrir os olhos e voltar sua atenção para o especialista em fadas.

— N-não quero que você chore... — falou baixinho com a voz anasalada; ergueu a cabeça, limpando as lágrimas com as mãos — ... Me chamo Aoi e aquele bagunceiro é o-o Choco. — revirou os olhos ao ver o venenoso tentando levantar o recipiente das tortas com a ajuda de Sapphire e Laylah; porém acabava caindo mais uma vez, agora em cima do anfíbio — Me-me desculpa por tudo isso. — afastou-se do abraço de Yoshiro com gentileza, consentindo com a cabeça para confirmar que estava bem — É que somos só nós dois e... — se envergonhou, voltando sua atenção para a terra do canteiro — Ele não cheira muito bem, acho que vocês conseguiram sentir. — balançou a mão direita na frente do nariz, como quem tentasse afastar o cheiro — ... Mas o Choco tenta muito e as pessoas brigam com ele. Eu tento defender, mas aí brigam comigo também. — abaixou a cabeça mais uma vez — A-aí achei que vocês fossem gritar também. Desculpa.

Aoi, então, ajeitou suas curtas madeixas, passando as laterais para trás de sua orelha. Cerrou os olhos e respirou bem fundo, provavelmente alguma técnica que conhecia para acalmar de vez os nervos. Para uma garota muito nova, era visível que sabia se virar sozinha — acontece que nossos heróis a encontraram em um momento delicado. Levantou-se, batendo as mãos no vestido para ajeitá-lo.

— Não precisam pagar, vamos dar uma fatia para cada um pelo incômodo. — abriu, finalmente, seu primeiro sorriso, por mais que não parecesse o mais sincero do mundo; seus olhos castanhos brilhavam quando os virou na direção de Yoshiro e Ren "Tenha coragem e seja gentil." — soltava essas palavras avulsas, não direcionadas a ninguém. em seguida, disse para si mesma — Essa era uma das coisas que mamãe me ensinou.

Com um leve suspiro, a pré-adolescente voltou sua atenção para Choco, Sapphire e Laylah, que finalmente conseguiam ajeitar o recipiente. Inclusive, uma cena engraçada acontecia no processo: como naqueles filmes de comédia onde o protagonista é pego com a boca na botija e precisa se livrar do que tem em mãos, Trubbish, que possuía uma fatia em cada mão pronto para devorá-las, ao ver que Aoi estava observando-o, empurrou ambas tortas no rosto de Laylah e Sapphire, sujando-os de recheio azul. Muito provavelmente queria que eles engolissem, mas não teve muito tempo para pensar ao ser pego no flagra. A Normal-type limpava o rosto com a patinha, aproveitando para jogar um pouco de volta em Trubbish, o que respingava em Sapphire. Bom, antes que se tornasse em uma guerra de comida, Aoi levemente repreendia seu Pokémon.

— Que vergonha... Ainda coloca a culpa neles. — a morena tirou alguns guardanapos debaixo da caixa registradora, entregando-os para Yoshiro e Ren — Me desculpem de novo... Sei que já pedi um monte de desculpas, mas juro que não somos atrapalhados assim! É que Choco gosta muito das tortas, aí sempre que come um pedacinho quer comer tudo! — colocou as mãos na cintura, balançando a cabeça negativamente algumas vezes — Bom, deixa eu ajeitar o prato de vocês.

Com todo cuidado do mundo a criança buscava duas tigelinhas de bambu dentro de um dos fornos, colocando-as em cima da mesa. Levemente aquecidas, era possível ver algumas fumacinhas do vapor se dissipando no ar. Aoi seguiu para o recipiente, buscando uma torta inteira ali dentro e colocando-a no forno com a ajuda de duas luvinhas também amarelas, que por sinal combinava com seu vestido; apesar do capricho eram mal costuradas, parecendo que a própria garota havia as criado.

— É bem rapidinho, só para esquentar! — sorriu, agora sim de verdade, dando um leve pulinho de excitação; abriu novamente o reservatório das tortas, procurando por alguns segundos alguma coisa ali dentro — Cadê, cadê... — quase se debruçou por inteira dentro do grande pote, finalmente erguendo a mão direita, que agora possuía duas Oran Berries bem pequenininhas — Achei! — se ajeitou, colocando uma em cada um dos potes de bambu, buscando também dois pares de talher — Pronto. — voltou sua atenção para nossos heróis — Ren e... — sorriu, aguardando que a morena dissesse seu nome — Vou precisar pedir desculpas mais uma vez, mas prometo que é a última! — deu um risada, coçando a nuca de leve sem graça — Não temos... Mesas. — suspirou, frustrada — É que meu tio pegou todas as nossas pra ele... — apontou para a barraca enorme que tanto chamava atenção e de onde saiu aquele homem que tentou persuadir Yoshiro e Ren a irem em sua barraca; ao ouvir a conversa, Trubbish fechava sua expressão, dando um leve cutucão em sua treinadora — Ele não é bem meu tio, era amigo do meu pai, mas... — o venenoso a cutucava de novo — Para! Eu sei que não foi só isso que ele roubou, mas não é pra incomodar os outros com isso! — sussurrou para Choco, mas claramente sendo possível para qualquer um ali escutar — Então... Desculpa por isso também!

O venenoso cruzou seus braços irritado. Revirando os olhos, voltou sua atenção para Sapphire e Laylah, tentando ser o mais discreto possível, o que era difícil sendo estabanado que nem ele: pegou um dos pedacinhos de torta que estavam no chão e apontou para a grande barraca chamativa, dizendo algo em seu idioma ininteligível também. Trubbish explicava, um tanto quanto ansioso e irritadiço, que roubaram a receita da família de Aoi; claro, algo que Yoshiro e Ren não pegariam de primeira, mas ao menos Sapphire e Laylah estariam cientes.

— Acho que... Tá bom. — a jovem buscou a torta, tirando dois pedaços e colocando cada um dentro de uma das tigelinhas de bambu; o cheiro? maravilhoso, capaz de até mesmo mascarar o de Trubbish — Espero que gostem!


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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Yoshiro realmente não era a pessoa mais indicada para consolar uma criança em prantos. A garota não sabia direito como reagir, muito menos o que dizer - geralmente era ela quem dependia do apoio alheio, não o contrário, então ver-se naquela situação deixou-a bastante perdida. Para a nossa sorte, Ren estava ali para salvar o dia. Com um tom amigável e descontraído, ele demonstrava uma segurança ao falar que minha treinadora de fato não possuía. Parecia até acostumado a lidar com crianças. Eu queria ter visto como a menininha reagiu… contudo, Trubbish tinha outros planos: me puxou para debaixo da mesa, enfim mais alegre e pronto para algumas travessuras. Antes de o pano da “cabaninha” cobrir-me a visão, ainda pude notar o olhar admirado que Yoshiro lançou a Ren, impressionada pela naturalidade com a qual ele resolveu tudo.

Dentro daquele quase discreto esconderijo, o venenoso tratou logo de comprar nosso silêncio: deu mais algumas provinhas de torta para mim e para Laylah, como quem diz “aqui, e em troca vocês não contam pra minha humana, tá?”. Eu alegremente aceitei o suborno. Já estava prestes a pedir um pouco mais, quando aquele atrapalhado filhote derrubou o recipiente inteiro após uma fracassada tentativa de pegar alguns pedaços para si. No susto, ele deu um pulo e bateu a cabeça no topo da mesa, fazendo-a tremer e por pouco as coisas que estavam em cima não caíram. Tive que me segurar para não rir da cena, e quase me engasguei com a torta no processo.

Embora fosse meio difícil levantar algo sem ter mãos, eu e Eevee ainda tentamos ajudar Trubbish a reerguer o reservatório. Fui dando apoio com a minha cabeça, confiando que aqueles bracinhos em forma de sacos fariam bem o seu trabalho. Nem sei porque me iludi: em pouco tempo senti algo pesado acertar-me a testa, quase me derrubando pra trás. Lancei um olhar frustrado para o filhote, esfregando a região machucada com a minha pata, porém minha expressão se suavizou assim que ele veio me pedir desculpas dando outro pedacinho de doce. Pode até ser desengonçado, mas é um fofo.

Nesse tempo, os humanos pareciam aos poucos estar se acertando. A garotinha - que ouvi se apresentar como Aoi - estava mais tranquila e explicava sua situação. Na verdade, com o fim do choro, ela começou a demonstrar um lado bem mais maduro do que seria esperado de alguém tão nova. Parecia uma jovenzinha bem independente, capaz de se virar muito bem sozinha. Notar aquilo fez-me encarar Yoshiro com um ar meio crítico. Como se sente sabendo que uma criança é mais madura que você, Yo?

Tenha coragem e seja gentil… Parece um bom mantra para seguir. Minha treinadora pareceu interessar-se por ele também, pois peguei-a repetindo essas palavras em um sussurro quase inaudível. Ouvir a garotinha mencionando de forma tão breve a própria mãe fez o olhar da minha dona voltar-se outra vez para o retrato, porém desviou-o rápido na esperança de que Aoi não tivesse notado. Não queria parecer intrometida, principalmente diante de um assunto tão delicado. É normal os humanos se referirem a parentes vivos no tempo passado…? Não me parece um bom sinal...

Fiquei tão distraído em meus pensamentos que levei um susto quando senti um sabor adocicado (e muito bem-vindo, admito) invadir minha boca. Claro que tinha que ser obra do Trubbish. Limpei o rosto com minha pata, mas não adiantou muito: Eevee tratou logo de revidar, sujando o venenoso e fazendo um pouco respingar em mim também. Ah, esses dois mal perdem por esperar… reuni o máximo de creme azul que pude e ergui uma dianteira para jogar na cara deles; um sorriso arteiro já se abria em meu rosto. Infelizmente, as duas garotas resolveram estragar a brincadeira que mal tinha começado. A mais nova repreendeu seu Pokémon, enquanto Yoshiro simplesmente estalou os dedos, chamando minha atenção para ela.

- Nem pense. - A menina balançou a cabeça negativamente, e eu tive que baixar minha pata, decepcionado. Pelo menos ela teve a consideração de vir me limpar com o guardanapo que Aoi tinha dado. E falando em consideração, a criança resolveu dar a eles um pedaço de torta gratuito, com direito até a Oran Berries bem pequeninas pra decorar!  Aliás, quando foi entregar os pratos, sua atenção demorou-se um pouco mais sobre a minha treinadora, fazendo-a perceber que era a única ali que ainda não tinha se apresentado. - Ah, desculpe… Sou Yoshiro. Um prazer conhecê-la, Aoi. E a você também, Choco! - Após cumprimentar a criança, acenou para o desajeitado Pokémon.

Por mais bobo que fosse, até Choco sabia quando a situação era séria. E, enquanto nossos humanos se deliciavam com a torta (nem precisava perguntar a Yoshiro se ela tinha gostado, já que não parava de elogiar e agradecer pela gentileza), o Trubbish nos contou o que aquele homem tinha feito. O dono da maior e mais chamativa barraca… quem diria que ele tinha construído sua fama à custa de uma criança indefesa? Que covarde… lancei um olhar indignado para lá, pensando seriamente em ir lá arranjar briga. Ah, se ele estivesse ao alcance de um Water Gun...

- O que foi, Sapphire? - Voltando-me na direção daquela voz, meus olhos se encontraram com os de Yoshiro. A garota me fitava com preocupação, parecendo ciente de que algo estava errado. Será que eu deixei a raiva muito evidente em meu rosto…?

Temos que fazer alguma coisa, Yo.”  Corri para perto da humana e pulei em seu colo, olhando diretamente nos olhos dela. “Não podemos deixá-los assim.

- Me desculpe, eu não entendo… - Balançou a cabeça em negação algumas vezes, fazendo-me soltar um suspiro frustrado. Que droga de audição ruim esses humanos têm… - Mas vou supor que você também quer ajudar, não é? - Perguntou em um tom baixo, apenas para mim, pegando-me de surpresa. Assenti em resposta, grato por Yoshiro não ser sempre tão tonta quanto parece.

Minha treinadora se levantou, colocando a tigela (agora vazia) sobre a pia, então voltou-se para a outra humana e fez uma breve reverência em agradecimento. - A torta estava maravilhosa, Aoi! Arrisco dizer que foi a melhor que já comi. - Terminou a frase com um risinho meio convencido, afinal, Yoshiro acreditava ser quase uma Connoisseur no tema. - B-bem, eu não entendi direito o que está acontecendo aqui... mas o que ele fez com vocês não é certo. Por favor, há algo que possamos fazer para ajudá-los? Seria realmente uma pena se os outros visitantes não pudessem provar dessa torta, e aquele senhor não está competindo de forma justa. Não podemos deixá-lo fazer o que quer...

Pelo rosto dela, era bem visível que queria fazer mais algumas perguntas à criança. Contudo, tinha medo de dizer algo errado e acabar entristecendo-a de novo, por isso precisou conter o desejo de insistir mais no assunto. Com alguma sorte, Aoi aceitaria nossa ajuda - embora precisássemos de mais algumas explicações para saber como agir em uma situação como essa.


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National Park


Apesar dos pesares, as coisas pareciam estar começando a desenrolar-se de forma promissora. De fato, ainda longe de um fim agradável e feliz; mas conversar costuma ser sempre o primeiro dos passos, não? Aoi era uma garota que, apesar de madura, também era muito doce. Talvez não fosse por acaso; o fato de que ela fazia tortas.

Ren sorriu com os primeiros dizeres da jovem, empático. Primeiramente, direcionou um aceno "formal" para o Trubbish, quando encontrou uma brecha para tal — visto que este havia se escondido sob os panos da mesa. — Olá, Choco — proferiu, antes de voltar sua atenção à pequenina. — Não precisa pedir desculpas. Sei como é difícil. O que importa é que não vai acontecer mais nada; ao menos enquanto estivermos aqui!

Ah sim. O coordenador estava tocado pelas palavras da humilde Aoi, e um tanto quanto determinado a fazer algo que pudesse ajudar. Se as minorias não se unissem umas pelas outras, afinal, quem faria isso por elas? — É um ótimo mantra. Tenho certeza que sua mãe está orgulhosa — disse então, ao ouvir o restante das coisas.

...Arriscado, sim. O especialista em feéricos havia notado a disposição dos verbos na oração da garota. Bem, família e passado são coisas que certamente costumam encaixar-se muito bem, nem sempre no melhor dos sentidos. Aliás, comumente costumava ser agouro de más lembranças. Mas bem, algo parecia estar errado ali... E se quisesse descobrir, Ren precisaria conversar com Aoi.

Ele agradeceu pela torta que a jovem disse que daria, apesar de ainda achar que deveria pagar. Ele não queria ser motivo de prejuízo para alguém que ele imaginava já não ter muito lucro. No meio tempo, riu um pouco com o desastrado Choco e suas artes debaixo da mesa. Laylah parecia estar gostando bastante da experiência, e isso era o suficiente para ele.

Foi para isso que eles vieram, no fim, não? Divertir-se.

Mas não havia muita graça em conhecer a diversão tão de perto quando aqueles ao seu redor — mesmo que tendo um ótimo caráter e todo o direito para serem felizes — não tinham como. Aliás, Ren gostava de ver como o pokémon e a garota eram parecidos, apesar das notórias diferenças. Aoi certamente era mais madura e consciente — ao passo que o Trubbish era deveras atrapalhado — mas ambos carregavam um ar de naturalidade em seus movimentos, uma certa inocência que perdura, mesmo depois de passar por coisas... difíceis.

Contudo, no momento em que tudo parecia ficar mais tranquilo, acertar-se com uma bela fatia de torta — cuja magnífica essência rodopiava no ar, estimulando e cativando os sentidos do rapaz —, uma denúncia involuntária, e provavelmente, não acusatória, surgiu em campo. E isso, é claro, fez Ren arquear uma sobrancelha. Ele não precisava olhar para baixo para ter certeza de que sua pokémon tinha pensamentos semelhantes em mente.

Ele deu uma bela de uma garfada na torta, apreciando rapidamente a explosão de sabores que acontecia em sua boca, esperando para enfim falar. — Bem, esta torta está nada mais, nada menos que maravilhosa. Ainda assim... Confesso que agora não vejo motivos para você pedir desculpas. Aliás, quem deveria solicitar perdão por algo não está aqui — falou então, colocando mais um pedaço por sobre a língua.

Felizmente, Yoshiro parecia concordar, e tomou frente enquanto o aprendiz de Lisia terminava de saborear o doce. E enquanto esta falava, Ren balançava sua cabeça veemente, em concordância com os ditos dela. — Justiça é algo relativo. Depende de leis, de um estado. Mas ainda assim, imagino que todos possam, ou ao menos deveriam, responder a algum tipo de ética-moral — continuou, assim que colocou o prato vazio sobre a mesa-cabana de Choco.

E de fato, o que o seu tio fez não é lá muito agradável e empático. Aliás, estou me sentindo ainda melhor por ter deixado ele de lado, e tenho certeza de que Laylah concorda comigo mais que tudo — prosseguiu, agora livre para falar sem mais distrações açucaradas. A Eevee grunhiu, séria, dando veracidade ao treinador. Parecia bastante revoltada, depois dos ditos do pokémon venenoso. — Gostaria de ajudá-la, de alguma forma. Talvez... ajudando a divulgar sua tenda? Afinal de contas, essa torta é divina. Quem não iria querer experimentar?

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As últimas frases tanto de Yoshiro quanto de Ren faziam os olhos da criança abaixarem e fitarem o chão por alguns segundos: sua postura mudava, com seus ombros caindo e entrelaçando ambas as mãos na frente do corpo. Não demorou muito para Aoi inclinar sua cabeça na direção do porta-retrato, o que enchia seus olhos d'água e a fazia engolir seco; deu dois únicos passos até a foto e... a abaixou. Sabe-se lá o porquê de ter feito isso, mas essa é uma história para quando nossos heróis visitarem Mahogany.

Estava cada vez mais claro que talvez, e somente talvez, a garota tivesse plena consciência de tudo que seu suposto tio fazia. Yoshiro e Ren perguntavam se não poderiam ajudar... Mas como? Se me permitem dizer, a dificuldade maior entre quem se importa e quem não dá a mínima para os outros é exatamente essa: a frustração de só poder ajudar até onde o próprio braço alcança. Era evidente que a competição não era nada justa, além do mais, pelas luzes cintilantes e filas e mesas lotadas o outro negócio prosperava maravilhosamente bem, diferente de Aoi e Choco que provavelmente não tiveram nenhum cliente a manhã inteira. Aliás, vemos aí uma grande diferença na personalidade de nossos heróis: ambos querem ajudar, mas a balança racional de um pesa mais do que a emocional do outro. Yoshiro dizia que o dono da outra barraca não poderia fazer o que quer e Ren perguntava se não poderia ajudar a divulgar a barraca de Aoi e Choco, inclusive falando um pouco sobre o conceito de justiça duas frases atrás.

E, bom, não é que ele estava certo?

Como fazer alguém pagar nessa situação? Fazer um escândalo, arrumar confusão, reclamar para os donos do festival... No final das contas todos seus clientes voltariam para lá de um jeito ou de outro. Roubar de uma criança pobre, possivelmente órfã e indefesa? Tsc, ninguém se importa com isso de verdade, isso não é nada para a classe média-alta que atendia o festival para "se divertir". Se muitos passavam e maltratavam Choco, por que diabos se importariam com o que acontece com ele e sua treinadora? No mínimo seriam escorraçados e ainda mais açoitados por ter um Trubbish em uma barraca de comida. Por mais que o pequeno seja um filhote limpinho e super cuidadoso (ok, nem tão cuidadoso assim, mas claramente apaixonado por seu trabalho), o preconceito é sempre a primeira coisa a ser julgada.

Aliás, falando nele, o pequeno saco de lixo observava Sapphire no colo de sua treinadora e parecia encantando com o pedido de ajuda do anfíbio. Com a oferta, primeiro abraçou a perna de Ren e logo depois a de Yoshiro, correndo de volta todo desajeitado até as tortas, batendo no reservatório para chamar atenção de Aoi.

— Não tem muito o que fazer. — entristecida, a criança finalmente respondia, voltando sua atenção para os nossos heróis — ... Mas agradecemos demais a ajuda de vocês, né, Choco? — abriu um sorriso, caminhando até o local das tortas e tirando mais dois pedaços; esses que colocava em outro pratinhos de bambu, embalando-os com um paninho cor-de-rosa — Pensem nessas tortinhas como um agradecimento por tudo. Fiquem tranquilos que elas não estragam rápido, mesmo se levarem na mochila! — suspirou — Se quiserem levar alguns panfletos para entregar pelo parque já vai ajudar bastante a gente! — era claro que Aoi queria mais ajuda de Ren e Yoshiro do que somente divulgação, mas para uma criança na idade dela, até que entendia muito bem que quem acabaria prejudicada nessa disputa eram eles; isso tudo sem contar como as coisas seriam quando voltassem para casa de fato, uma situação que nossos heróis desconhecem — Não queremos atrapalhar mais vocês. Aproveitem bastante o parque! Se quiserem passar aqui na volta, ficaremos felizes em recebê-los de novo!

Com o olhar chateado e o corpo murchinho mais uma vez, Choco sinalizava para que Sapphire descesse do colo de sua treinadora e chamava Laylah também de volta para sua mesa-cabana. O venenoso então abraçava os dois, agradecendo em seu idioma ininteligível por tentarem ajudar sua treinadora, mas que muito provavelmente ela ainda não estava pronta para isso. Pediu, então, que prometessem que iriam visitá-lo um dia em Mahogany, se despedindo enquanto os dava mais dois pedacinhos de torta que surrupiou no processo.

— Obrigada. Vocês são incríveis... Tio Ren e tia Yoshiro. — Aoi dizia, abraçando Ren primeiro e logo depois Yoshiro — Será que quando eu ficar mais velha meu cabelo vai crescer e ficar bonito assim? Tomara. — sorriu, elogiando a treinadora do Mudkip — Choco ganhou o dia dele com seus Pokémon, acho que viraram grandes amigos. — ergueu o pano da mesa, observando Trubbish esmagar Sapphire e Laylah juntos em um último abraço — Maltratam muito ele, mas acho que agora ele vai pensar nos seus amiguinhos antes de ficar triste.

Anti-climático, né? O que poderia ter sido uma grande aventura sobre como Yoshiro e Ren ajudaram uma pobre criança e seu Pokémon a conseguirem se impor contra os mais fortes, acabou por ser mais frustrante do que qualquer outra coisa. Mas... Assim que é a vida, não é? Injustiças acontecem e muitas das vezes não possuímos o poder de impedi-las. Uma lição talvez muito importante para nossos novatos no Mundo Pokémon.

Mas... Quem sabe o que acontece se visitarem Mahogany algum dia?


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- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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National Park


Aquilo era extremamente frustrante. Aoi definitivamente era uma criança esperta; e sabia muito bem como as coisas funcionavam. E Ren não queria nem imaginar o que havia acontecido com ela, para que tivesse conhecimento de tais fatos. Aliás; talvez quisesse sim. Isto é, para então ver como resolveria tudo isso. Ah sim, o coordenador não queria deixar aquilo quieto.

...Mas não era como se tivesse muita opção no momento, certo?

Ele pôde ver a angústia no rosto da menina. Sabia que não era muito bom insistir naquilo; mas ainda assim... O garoto levou a mão esquerda à testa, parando para inspirar ruidosamente, tentando levar mais oxigênio ao cérebro para então, quem sabe; pensar melhor. De fato, não havia muito o que ele podia fazer, que fosse ter uma diferença realmente significativa.

Ren impressionava-se novamente com a maturidade de Aoi. Tal como o Trubbish, ainda queria tentar fazer algo; mas olhando para a expressão triste e suplicante que ela trazia em seu rosto, tentou aguentar. — Tudo bem. Desculpe — sussurrou primeiramente, mais para si mesmo que para qualquer outra pessoa. Exibiu um sorriso triste, e voltou sua face para o grupo mais uma vez.

Obrigado, Aoi. Não vou me esquecer disso. Levarei alguns panfletos sim, se permitir, e então volto mais tarde para devolvê-los — respondeu, mesmo que isso estivesse rasgando seu coração. A dor de permanecer calado... era insuportável. Há quanto tempo, será, que a pequena a conhecia? Algumas lágrimas começavam a escorrer pelo rosto do jovem. Sua boca poderia ter concordado em manter o silêncio, mas não o restante de si.

Conseguiu então voltar a mostrar um semblante mais animado com o inesperado abraço da pequena empresária, que foi retribuído carinhosamente. Olhou para a face de Aoi então, agora sorrindo mais. — Não só ele, bobinha. Somos amigos também, não? Além disso, não quero te ver triste daquele jeito. Se Choco pode pensar neles, então você também tem todo o direito de nos considerar.

E bem, isso era verdade. O encontro dos três poderia ter sido breve e talvez até mesmo um tanto quanto confuso, mas com tamanha catarse e denúncias, um entendimento tão grande, um laço não poderia deixar de se formar, não é mesmo? Quem diria, afinal. Que um esbarrão na entrada do Parque resultaria nisso tudo.

Enquanto os pokémon sussurravam suas promessas inteligíveis, Ren tomava a mão daquela tão caprichada cozinheira, despedindo-se com um beijo. Com a permissão da mesma, pegaria alguns panfletos. E então olharia para todos, com os olhos a lacrimejar mais uma vez, e chamaria sua Eevee para perto. Sem dizer uma única palavra, questionou se Yoshiro iria também.

Isso não é um adeus — conseguiu dizer por fim, enquanto deixava a tenda. Sim, ele voltaria mais tarde, mas não era sobre isso que estava falando. Quando estivesse em uma distância boa o suficiente, suspiraria mais uma vez, afundando o rosto do pescoço de sua raposinha, que mais uma vez levava no colo. — Por que isso tem que ser tão difícil, Lay? — sussurrou, acariciando sua pelagem fofa novamente. — Agora, onde está aquele lugar que você queria ir...? Talvez alguém lá queira tortas de Oran Berry.

E com isso, Ren fazia uma promessa a si mesmo: aquilo não acabava ali.

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Não sei ao certo qual final eu estava imaginando para aquela história. Talvez algo um pouco mais heróico, em que pudéssemos resolver os problemas daqueles dois como em um passe de mágica. Infelizmente, por mais que eu quisesse, no fundo já sabia muito bem que isso não seria possível. Não é assim que o mundo funciona, e, ao contrário do que tantos dizem, a fé por si só não move montanha nenhuma. Outras coisas movem: poder, dinheiro, influência… essas coisas que os humanos tanto valorizam. E que nenhum de nós tem, aliás.

Foi com tristeza que vi a luz se apagar dos olhos da minha treinadora, sua esperança sendo esmagada por cada palavra que Aoi e Ren diziam. Eles estavam certos - talvez alguma partezinha da consciência dela soubesse disso também. Entretanto, há um vale enorme entre saber e aceitar. Na cabeça de uma menina tão imatura, aquele fim parecia simplesmente… errado. Sei da tendência que Yoshiro tem de sempre achar que tudo vai dar certo, que toda história tem um final feliz. Apesar de todos os “nãos” que essa jornada já lhe deu, ela ainda não conseguiu superar essa mentalidade. Por isso, dentre os três, foi a que mais demorou para se conformar com aquele desfecho.

- M-mas… não, isso está errado! Não pode ser assim… - Apoiou ambos os cotovelos sobre a mesa e escondeu seu rosto entre as mãos, inconformada demais até para formar algum argumento coerente. Ora, e quais argumentos ela poderia ter? Não havia solução. Embora eu estivesse totalmente disposto a ir até a outra tenda e meter um Water Gun na cara de todo mundo que já maltratou esses dois, sabia que tal ação não traria bem algum a eles. Muito pelo contrário: poderia colocá-los em uma encrenca maior. Por mais simplório que fosse, talvez fazer propaganda e distribuir alguns panfletos fosse o máximo que pudéssemos fazer… pelo menos, por agora. - Tem que ter algum jeito…

Esse último comentário saiu apenas como um sussurro trêmulo, baixo demais para alcançar alguém além de mim, já que eu ainda estava em seu colo. Ao contrário de Ren, ela não conseguia controlar sua reação muito bem… e isso estava me preocupando. Não era hora para fazer birra. Aquela situação estava sendo muito mais difícil para Aoi do que para qualquer um de nós, e mesmo assim a menininha estava agindo com muita maturidade. Apesar de tão nova, devia ter muita vivência e um bom conhecimento sobre as regras do jogo. Se Yoshiro continuasse com uma reação tão infantil, apenas traria mais aflição à criança.

Agora não, Yo. Se acalme.”  Erguendo uma dianteira, dei um tapa em seu rosto, só pra garantir que ela iria entender o recado. Eu até tentei ser discreto, mas a humana levou uma mão ao local atingido e ficou me olhando com um claro espanto, então é bem difícil os outros não terem reparado. Pelo menos isso a fez se aquietar. Seus olhos outra vez se voltaram para o retrato, embora já não fosse possível ver a foto. Qual razão poderia ter levado Aoi a baixá-lo assim…? Não tenho certeza, porém, de certo não é um bom sinal. Ver aquilo fez minha humana perceber que, naquele momento, deveria ao menos fingir ter alguma maturidade. Aquela criança precisava de conforto, não de mais uma preocupação.

- Muito obrigada, Aoi… - Embora seu olhar ainda fosse triste, conseguiu abrir um sorriso quando a menina entregou-lhe outro pedaço de torta, guardando-o na mochila com todo o cuidado. Então, andou até a pilha de panfletos e pegou uma quantidade até meio exagerada, equilibrando uma parte em seus braços e dando a outra para Ren. - A torta de vocês é divina. Vamos garantir que outras pessoas descubram isso também, pode contar conosco! - Tentou usar um tom confiante, porém estava bastante visível em seu rosto o esforço que fazia para não chorar.

Isso mesmo. Posso não parecer, mas eu sou um anunciante nato, sabiam?”  Brinquei, dirigindo uma piscadela para Choco. O pequeno respondeu com um aceno para que eu descesse do colo de Yoshiro, e, assim que toquei minhas patas no chão, puxou tanto a mim quanto Laylah para debaixo da mesa de novo. Quase nos sufocou em um abraço, que eu tentei retribuir como pude. Braços fazem falta nessas horas… quando ele nos soltou, os três selamos uma pequena promessa: de que iríamos visitá-los algum dia em sua cidade. Ah sim, essa história definitivamente não acabará aqui…

Por debaixo do pano, ainda pude ver o que se passava lá fora. Aoi abraçou nossos treinadores também, um a um, e com isso acabou pegando Yoshiro de surpresa. Dessa vez foi a mais velha quem hesitou um pouco, porém logo retribuiu o gesto. Depois de tudo, parece que todos nos apegamos bastante àquela menina… e não poderia ser diferente, era uma criança admirável. Será uma adulta incrível no futuro, tenho toda certeza.

- Você que é, Aoi… uma das pessoas mais fortes e corajosas que já conheci, lhe garanto. E é um amor de menina… espero que os outros vejam isso também, você merece o mundo. -  A sinceridade na voz da minha treinadora impressionou até a mim, nunca a vi falar desse jeito com quem acabou de conhecer… todavia, parece que estamos mesmo diante de alguém especial, não é? - Não vou me esquecer de vocês, prometo… e nem do que me ensinaram hoje. - Terminou essas palavras com um tom um pouquinho mais otimista, separando-se um pouco para poder olhar nos olhos da criança. Logo após isso, foi pega de surpresa por um elogio dela, fazendo seu rosto corar-se no mesmo instante. - O-obrigada… mas nem precisa esperar, o seu já é lindo também.

Era uma cena fofa, até… ainda que triste. Eu queria poder fazer mais por eles… infelizmente, não tínhamos muitas opções. Enquanto Choco me sufocava em um último abraço, terminando de tirar o pouco fôlego que ainda me restava, ouvi Ren comentar sobre todos sermos amigos agora.Yoshiro concordou com ele e reforçou que voltaríamos para visitá-los depois. Com isso, saímos da tenda.

- “Tenha coragem e seja gentil”... - Ouvi Yoshiro murmurar mais para si mesma, com um tom que não consegui decifrar. Quando notou meu olhar sobre si, abriu um sorriso triste e abaixou-se para que eu pudesse subir no seu ombro. Depois disso, apenas seguiu Ren, deixando que ele e sua Eevee guiassem o caminho. Não lembro de terem nos convidado, contudo, uma mera troca de olhares entre os dois humanos bastou para que Yoshiro soubesse que nossa companhia ainda era bem-vinda. Um pouco estranho, eles acabaram de se conhecer...

Enfim… para o lago, não é?



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Ren e Yoshiro deixavam a barraca da pequena e simplória família Shinkai com uma sensação amarga no âmago, daquelas que torcem as entranhas e incomodam o íntimo por um bom tempo. Se sentir inútil ou incapaz de ajudar quem precisa é algo que incomoda até mesmo o mais seguro dos conscientes: como assim não é possível fazer pelo próximo aquilo que eu gostaria que fizessem por mim se eu estivesse nessa situação? Infelizmente o universo funciona dessa maneira, com alguns ganhando diversas glórias e batalhas enquanto outros simplesmente se acostumam com a constante miséria e derrota. "O mundo é dos mais fortes" dizia um grande letreiro de uma barraca à distância quando nossos heróis passaram pelo caminho principal se dirigindo para o da direita; uma piada de mal gosto do destino, diga-se de passagem.

Nossos heróis passavam pela placa indicativa do Dreamy Lake que viram anteriormente, seguindo reto para onde a seta apontava. Aos poucos, o característico chão do festival ia dando lugar a um curto capim cor-de-rosa, que ia crescendo aos poucos até atingir a altura dos joelhos de Ren e o meio das coxas de Yoshiro. Algumas árvores trilhavam um único caminho, distribuindo-se em pares em lados opostos, formando uma trilha belíssima de se atravessar. As luzes do parque ficavam cada vez mais para trás, mas iluminação não era problema algum: diversos Volbeat e Illumise dançavam em meio as folhas que caíam das árvores de alta copa, enquanto no chão alguns Shiinotic e Morellul iluminavam o caminho, bem como a base dos vegetais. Aliás, não foi dito, mas é muito importante! Todas as árvores eram brancas e com folhas cor-de-rosa que caíam como uma chuva perfumada sobre nossos heróis sempre que a constante brisa dava o ar de sua graça. Conforme caminhavam, a copa das árvores inclinavam-se gradativamente até se encontrarem e formarem mais a frente um grande arco branco e rosáceo, o qual possuía diversas vinhas caindo e formando uma espécie de cortina natural que os impedia de ver adiante. Não exigia muito esforço para passar e bastava afastar o vinhal com as mãos para observar o que os aguardava.

A princípio seria difícil acreditar no que os olhos viam diante de si. Um enorme lago com águas em um tom pastel cor-de-rosa introduzia o dito "Dreamy Lake", com diversas árvores semelhantes às vistas anteriormente distribuídas por toda sua beirada circular, bem como os Pokémon anteriormente mencionados, que iluminavam todo o local. Abundantes folhas e pétalas de flores repousavam sobre a parada água, onde na beirada próxima a Ren e Yoshiro havia um único barco com dois remos, um para cada um. Além disso, uma constante música ecoava por todo o local, ressoando em um volume baixo, mas o necessário para servir como trilha sonora para aquela situação. Ainda na margem, à direita e bem próximo do barco, um pequeno templo de pedras de aproximadamente dois metros de altura estava disposto com sua entrada virada para a água. Inclusive, a cada passo que davam na direção do lago o céu e as nuvens aos poucos se tornavam também cor-de-rosa.

Para entrar no templo nossos heróis precisariam molhar seus pés, mas isso era o de menos, certo?

Dentro do local uma imponente e meditante Hatterene de olhos fechados estava parada atrás de dois púlpitos também de pedra, um ao lado do outro. O ar ali dentro parecia mais rarefeito, provavelmente parte de sua meditação, já que estava em pé sobre uma cama de flores cor-de-rosa. Apesar de não ser um templo muito grande, diversos pergaminhos estavam dispostos em seu interior, contendo avulsas insígnias pagãs e dizeres ilegíveis em alguma língua perdida pelo tempo.

O único pergaminho que Yoshiro e Ren conseguiam ler estava preso na parede ao lado da entrada, junto a uma pequena caixa de fósforos e algumas pequenas velas brancas:

"Façam suas oferendas, caros viajantes.
Se apossem de uma vela cada um e a acenda em cima de um dos púlpitos.
Não tenham medo de enfrentar o passado ou defrontar o futuro.

...

Você controla a sua própria narrativa."

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