Nunca foi intenção minha querer cooperar com uma invasão planejada por moradores e financiada por uma empresa privada que estava procurando lucros naquela cidade. Na verdade, eu só queria ajudar a encontrar este Carnivine, porque embora no começo achasse que não fosse real, agora tinha dúvidas se este gramíneo, shiny, por algum motivo, conseguiu espaço em um avião e sobrevoou várias regiões até aquela cidade. Meus olhos se enchiam de horror enquanto ouvia.
- Ayzen.- me apresentei rapidamente, como Kiki.
A velhinha era tão simpática que era difícil acreditar que aquilo tudo estava saindo da boca dela. Ela tratava os monges sem a menor misericórdia e fazia isso ser fofo. Quando que eu parei para admirar a maldade dos outros e aceitar a fofura do ódio? Até o biscoito que eu cogitei pegar para furar minha dieta foi negado logo de inicio, pois precisava de estomago para digerir aquilo.
Kiki se incomodava tanto quanto eu. Embora conhece a menina pela sua animação, sabia que de animação não tinha nada naquelas palavras, assim como os olhos esbugalhados dela, e minha reação de “o que é que a gente tá fazendo aqui?”. Eu fiz apenas sinal com as mãos para que ela continuasse, embora eu quisesse bater mão na mesa e gritar que ninguém vai expulsar ninguém dali.
“Sério que só eu acho aquilo absurdo?”, tentei olhar pela sala, a procura de alguém que tivesse a mínima noção de decência. Tudo bem que estávamos falando de um povo simples de cidade pequena, que acha corrupção normal, apenas uma cordialidade de alguém. Mas aquilo estava longe de ser ético, mesmo que eles não vissem como eu via.
Enquanto Kiki falava, apenas coloquei uma mão no ombro dela, pigarreando para encontrar as melhores palavras, em uma tosse seca - Essa invasão que vocês falaram é na Sprout Tower?
A gente estava era lascado! Se achávamos os monges doidinhos, doidinhos eram mesmo aquelas pessoas da associação de moradores. Eu, hein? Tem alguém certo na cidade? Olhei rapidamente para Kiki, em um olhar meio acusador, mas com um toque de humor, enquanto arregrava os olhos, torcia a boca para o lado como quem dissesse “este é o seu povo...”.