Não era à toa que aquele contrato tinha que ser difícil. Havia muita coisa em jogo naquela cidade. Situações complexas, que agora se moviam de um lado para o outro, mostrando como aquela área era carente de atenção. Não só os cidadãos, mas também os monges (que não deixavam de ser cidadãos). Eu me preocupei com aquela complexidade, já que tinha muita coisa que quem tinha que agir era um Ranger. Ah! No caso, eu!
A primeira parte do plano consistia em achar Carnivine. O Pokémon era a peça central de tudo. Se eu pudesse produzir um mapa mental rápido, o gramíneo ficaria com certeza no meio e se conectaria com todas as variáveis daqueles setores. Infelizmente, não era fácil de achar, como diziam os caçadores. Caçadores? O natu que nos seguiu outrora, agora, nos guiava pelas florestas, mas ao invés de acharmos Carnivine, shiny, de preferência, encontrei mercenários pagos.
”Que burros!”, fazerem armadilhas no solo para pegar um Carnivine que VOA! Não era uma habilidade mais aproveitável de nenhum caçador. Só poderiam ser bem leigos, ou desconhecem mesmo de como funcionam as habilidades naturais da planta carnívora. Sendo um ou outro, caça Pokémon por métodos que possam colocar a vida deles em risco era proibida e é um excelente momento pra pegar o peixe pequeno, que me levaria ao peixe grande.
Estava pronto pra agir. Claro que usaria a Pokénav para filmar qualquer ação indevida e impediria. Mas parecia que estava esquecendo de algo... KIKI! Ao olhar levemente pro lado, a menina aparecia em minha mente, encarando-me, como se esperasse uma resposta. EU não poderia colocar a vida dela em risco, mas sair sozinha por ali era um risco. Deixava um ar escapar, cedendo ao fato de que Kiki iria ter que me ajudar, por maior incomodo que eu tenho pela segurança dela.
Por maior pose de bom moço que eu tinha, aquilo não deixava de ser parte, direta ou não, do nosso contrato. Apenas elevei a mãos até a boca, fazendo sinal de silêncio, para que tudo fosse feito de modo bem efetivo.