Pokémon Mythology RPG 13
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Mensagem por Kazehaya Dom 22 Nov 2020, 21:45




Tudo aquilo parecia muito incompleto e sem respostas, a maioria das peças principais pareciam ter sumido assim que o ritual terminava de forma displicente. Era estranho pensar que apesar de todos esses contratempos, eles conseguiam sobreviver a todos os males que os assolavam e passavam por aqueles desafios com tanto afinco que era até estranho o fato deles não terem saído dali com ferimentos graves ou algo a mais.

Enfim, Starmie fazia o possível para apagar o fogo do local, mas parecia mais difícil do que o comum, deixando tudo muito estranho. Mas não era só isso, antes de irem embora a dupla pode ter visto uma grande sombra em meio ao fogo. Aquela sombra era Bonnie que engolia o fogo e desaparecia com o fogo. Macabro! Para piorar, uma pokébola estranha simplesmente aparecia no meio das coisas do Ranger, deixando- o com uma pulga atrás da orelha.

Quando saíram la fora foram surpreendidos com a polícia esperando-os e interrogando o grande Eustácio. Ele dava sua parte de toda aquela bagunça, ficando até mesmo um pouco abalado quando contava tudo o que havia acontecido com Karinna. Os policiais viam a dupla e checavam se eles estavam bem ficando surpresos com o estado da loira. Todos estavam surpreendidos com aquela bagunça e não condenavam a dupla em nada, mas a parte burocrática havia de ser feita e por isso eles eram levados até a delegacia. Passaram a noite ali e esperaram até o raiar do dia para falar com os polícias,

Ali, Karinna foi encaminhada para o corpo de delito enquanto Daisuke teria a missão de contar tudo o que acontecia ali, dando todos os detalhes importantes. – Então garoto, tantas coisas aconteceram naquela casa que não conseguimos entender até agora como vocês estão vivos... Conforme uma vizinha disse, ela notava a família mais estranha a cada dia e após o incêndio encontramos cinco corpos enterrados no quintal. – Ele falava sério – Eustácio confirmou que vocês são de uma sociedade, Virtuum correto? Qual a relação de vocês com eles? Estavam em uma missão é isso?

Fora isso, o pai de Bonnie ainda não havia sido descoberto e nem mesmo o corpo na casinha dos Kekleons. Seria prudente falar aquilo e ficar com mais um problema na cabeça?



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(011) — all of me/stay - Página 9 Empty Re: (011) — all of me/stay

Mensagem por Cunha Seg 23 Nov 2020, 11:21

OFF: Desculpa o post enorme. Não quis deixar nenhum detalhe faltando x.x

Enquanto rumávamos para fora da casa, tive a sensação de ter visto uma sombra de relance, mas quando olhei para trás, não estava mais lá. Estranhei e arqueei uma sobrancelha, mas dei de ombros e continuei a caminhar. Em algum momento, senti que um dos meus bolsos havia ganhado peso, e ao enfiar a mão lá dentro, me apareceu uma Pokéball mal cuidada. Encardida, esquisita. Parecia realmente velha e eu estranhei. Queria comentar com Karinna, mas faria isso depois.

Ao chegarmos do lado de fora da casa, finalmente apareciam os agentes da lei. Estes, que a priori, só se preocupavam em nos levar para a delegacia e nos deixar sentados num banco, conversando. Para resumir: passamos 18 horas naquele local. Inferno. Esse povo irresponsável nos tirou da cena do crime no fim da manhã do dia anterior e nos deixou lá, esperando, ATÉ A MANHÃ DO DIA SEGUINTE. BICHO, EU VOU AMASSAR O CRÂNIO DESSES MALUCOS. ELES ACHAM QUE SÃO O QUE PRA FAZER ISSO COM A GENTE?

Enfim, durante as 18 horas, aproveitei para comentar com Bley sobre a Pokéball que havia surgido no meu bolso. Pegava a Pokédex e fazia um scan nela, revelando um Shiinotic, enquanto mostrava aquilo para Karinna. - Ei, da uma olhada aqui. - Dizia, mostrando a esfera e seu conteúdo para a jovem de madeixas loiras. - Eu não tinha esse Pokémon. E nem havia trago ele comigo. A Pokéball dele simplesmente brotou no meu bolso. - Falava com a menina, e, em seguida, seu sistema entendia, finalmente, que eu estava com seis Pokémon comigo, então a esfera da cogumelo desaparecia ao emitir um forte brilho, se encaminhando para meu storage.

Enquanto estávamos sentados, eu acabava pensando muito nas coisas que haviam acontecido no decorrer da missão. Como as coisas haviam caminhado, como nós dois havíamos lidado com tudo, e como, para mim, ficou ainda mais evidente que eu gostava muito mais de Karinna do que imaginava, assim como a recíproca parecia verdadeira, já que bem, no show de Eustácio ela acabava dizendo que me amava. Eu entendo bem que, por mais que ela possa realmente se sentir assim, não tinha condições de assumir um sentimento dessa magnitude, principalmente por um cara que conhecia a poucos meses. E o contrário também era verdade. A trouxe para perto e a abracei. Tinha muito o que falar, tinha muito o que dizer, mas por não saber como fazer nada disso... disse nada. Fiz nada. E apenas a abracei, por um bom tempo. - Tive medo do que pudesse ter acontecido com você. Não saía da minha cabeça que se a gente tivesse junto, aquilo não teria acontecido. - Falava cabisbaixo. - Me desculpa...

Enfim, passamos boa parte do tempo conversando sobre aquilo, até que depois de um tempo, acabamos dormindo. Acordava depois, com, finalmente, um dos policiais no acordando, e encaminhando Bley para o corpo de delito enquanto eu ia dar o depoimento. Ao chegar na sala do então, figurão da delegacia, ele me fazia uma série de perguntas, e eu, grogue que só, só pensava em como torturar aquele babaca por ter me prendido 18 horas na recepção. Respirei fundo. - Bom dia, senhor. - Dava uma aula de educação para o camarada, que começava a dar pinta do porque havia nos prendido tanto tempo na delegacia: ele era sem noção. Não tinha um pingo de sensatez naquela carranca imbecil, então apenas relevei e dei conta de contar tudo o que sabia para ser retirado dali o mais rápido possível. - Sim, era uma missão. Há quatro dias chegou um contrato novo no quadro de contratos da Liga Pokémon, sobre um desaparecimento de adolescentes. Como nem sempre esse tipo de coisa é aprovado como contrato, os líderes da nossa sociedade, incluindo a Karinna, quiseram dar uma chance. Por fim, acabaram atribuindo a missão para nós dois e chegamos na cidade antes de ontem, durante a madrugada, acordamos cedo e fomos até a casa dos nossos clientes. - Fazia uma pausa. - Fizemos algumas perguntas aqueles dois, que nos pareceram muito esquisitos, e eu chegue a suspeitar, inclusive, que eles haviam feito algo com a própria filha, mas não tinha provas disso, seria irresponsável assumir esse tipo de coisa. Por alguns fatores, suspeitamos um pouco do circo e fomos até lá interrogar Eustácio, já que como os adolescentes haviam sido vistos por último no circo, aquela seria uma boa pista. Tinham alguns outros fatores que nos fazia pensar que eles haviam sido hipnotizados, como mudança de comportamento e coisas do tipo. - Suspirei. - No fim das contas, Eustácio não tinha nada a ver com aquilo, mas nos prometeu ajuda, já que se sentia mal por não ter ajudado a Bonnie. - Em seguida, peguei a foto que nos havia sido dada como referência e apontei para a casa.

- Como não tínhamos muitas pistas, fomos até a casa dessa foto procurar por algo. Ela fica na Rota 120. - Engoli seco, me lembrando de tudo que havíamos passado por ali. - Em um determinado ponto da trilha, nos separamos. Eu fui por uma trilha mais aberta, e Karinna, naquele ponto, havia achado uma mais fechada e resolveu seguir por ali. Na trilha que eu fui, acabei indo na direção exata da casa, mas achei uma clareira completamente suja de sangue. Como a trilha continuava, fiquei com medo de um dos três desaparecidos ter se machucado e estar escondido na casa, mas eu estava errado. - Em seguida, apontei para um dos meninos na foto, aquele que havia achado morto. - Esse garoto aqui estava morto na casa. Mas não era nenhum dos desaparecidos. Fiquei preocupado e mandei mensagem para Karinna, como ela não respondia, achei que ela tinha sido sequestrada, então voltei até a bifurcação que havíamos nos separado. Lá, abri caminho com o Energy Ball do meu Vikavolt, e fiquei avançando na trilha. No caminho, achei uma das Pokéball de Karinna jogadas no chão, e quando fui checar, um Ursaring me atacou de surpresa, eu até dei um mal jeito no pulso, minha sorte é que não quebrou. - Dizia, enquanto mostrava o pulso inchado para o homem. - Mas eu não me machuquei e Vikavolt me ajudou. Foi lá que as coisas ficaram ruins. O pai da Bonnie se revelava como um dos sequestradores. Ele revelou que o contrato era um contrato fantasma, e sua real intenção era nos emboscar. Disse que Karinna havia sido levada por eles, e então batalhamos. Eu venci, mas logo depois de perder, ele retornou seu Pokémon e começou a correr. Fiquei com medo de que ele pudesse estar correndo em direção a uma arma, então corri mais rápido e pulei numa das árvores e chutei a cabeça dele. Ele caiu, mas ainda estava acordado, então eu o nocauteei batendo seu rosto contra o chão e golpeando sua nuca. - Parei para respirar e contei o restante para ele.

- Em seguida, eu havia liberado o Pokémon de Karinna antes, sua Starmie, para estabelecer um elo psíquico com ela e pudesse nos guiar. Montei no Vikavolt e chegamos até a casa da Bonnie. Eu estava com medo de estar sem tempo, então só arrombei o portão e a porta da casa da família com o Energy Ball do meu Pokémon, e quando entrei, vi Karinna seminua e toda suja de sangue descendo as escadas, pegando seus pertences. Em seguida, subimos as escadas e vimos a mãe da Bonnie e a própria Bonnie lá. A mãe da garota falava coisas num idioma estranho, eu não reconheci, não me parece nenhum idioma oriental popular, enquanto ela dizia coisas sobre estar viva por mais de cem anos e que muitos deles estavam por aí. Não entendi merda nenhuma. Sei que Karinna havia imobilizado a garota com o Psychic de seus Pokémon e tentou extrair algo da mente deles, mas sem sucesso. - Suspirei. - Quando finalmente decidimos descer, o corpo da mãe da garota estava sem vida, e o corpo da Bonnie... bem... virou pó. Do nada, ele simplesmente desintegrou. A gente só decidiu descer as escadas e ir embora. Logo depois achamos vocês lá embaixo. - Falava, terminando meu relato. Em seguida, ficava a disposição para responder qualquer duvida e me encaminharia para a recepção, onde me encontraria com Bley e seguiria para o Centro Pokémon.

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Mensagem por Karinna Seg 23 Nov 2020, 19:00


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Finalmente o pesadelo encerrava. Meu corpo doía pelos cortes e minha cabeça, à essa altura, já era quase uma geleca de tão desnorteada. Apoiei quase todo meu corpo sobre o braço de Daisuke, que um fofo como sempre, sequer fazia questão de reclamar disso. Tinha certeza que ele sabe o quão cheio de traumas meu consciente é, ganhando ainda mais um depois de tudo que passei com todo esse ritual macabro. Apoiei minha testa em seu bíceps, sequer me importando de estarmos na presença de policiais de verdade; ha, se descobrissem que sou Rocket, na atual conjuntura, eu mesma me ofereceria para ser presa de tão exausta para sequer cogitar uma fuga.

Acreditando que seríamos liberados em breve, nos encaminhamos para delegacia, onDE ESPERAMOS DEZOITO FODENDO HORAS PARA SAIR. Se eu estivesse sob controle de minhas faculdades mentais, eu faria um escândalo, mas como disse, estava tão cansada que simplesmente desisti. Me aconcheguei junto com Daisuke em um dos sofás de três lugares que havia por ali, deitando minha cabeça sobre seu peito e esticando as pernas sobre o assento que sobrava.

— Ah, eu conheço esse Pokémon. — olhei a informação na Pokédex do ruivo, fechando a expressão na hora — Esse troço foi o que me colocou para dormir duas vezes. Era das duas malucas... — suspirei — Parece ser bem forte. — ajeitei minha cabeça, tentando limpar a esfera que parecia bem suja — Bom, pelo menos você ganhou de brinde. Espero que não venha com outro ritual macabro incluído. — dei uma risada antes de esticar a cabeça para roubar um selinho do ruivo — Acho que já deu minha cota de lugares e pessoas que tentam me matar do ano. Espero que essa saga só continue no ano que vem.

Tornei a deitar a cabeça, agora na clavícula de Daisuke, erguendo-a para fitar seu rosto por alguns minutos, mexendo com os dedos na leve barba alaranjada que crescia em seu queixo. Um leve flashback de tudo que passamos durante o dia, principalmente aquele desespero durante a hipnose, passou pela minha cabeça; e, eu assumo, é muito difícil lidar com meus sentimentos. Nunca fui de expressar o que sinto, já que sempre que o fiz, Arceus dava um jeito de tirar de mim. Mas, por mais que eu estivesse me sentindo violada por Eustácio ter me feito falar meu maior segredo em alto e bom som, eu não me sentia da mesma maneira em relação a falar sobre a pessoa que eu amo. Sim, amor é uma palavra muito forte, mas... Não parece estar se encaminhando pra isso? Pode ter sido precoce ou exagerado, mas não é isso que significa? Ajudar um ao outro, ter carinho, se sentir protegida. Não existe outro lugar no mundo que eu gostaria de estar agora que se não... Aqui. Deitada nessa sala que cheira a cigarro e café, em um sofá desconfortável e... Abraçada por ele.

Se ainda não é exatamente aquilo, quem sabe um dia não há de ser?

— Huh? — Daisuke me abraçou ainda mais, envolvendo ambos braços em volta de mim; minha expressão surpresa deu lugar a uma da mais pura ternura, com um sorriso estampado de orelha a orelha — A culpa não é sua, implicantezinho. — estiquei o rosto, dando um único beijo em sua bochecha — Eu já sou uma mulher grandinha... Você não vai conseguir me proteger de tudo. — coloquei minha mão direita sobre seu braço esquerdo, acariciando-o e penteando os pelinhos — Para de querer segurar o mundo nas suas costas. O importante é isso aqui, ó... — apertei seu nariz — Estamos os dois bem. — aconcheguei minha cabeça mais uma vez, fechando os olhos — E eu estava morrendo de medo de algo ter acontecido com você. Até ofereci para que me matassem logo se não fizessem nada com você. — bocejei — Acho que vou tirar uma sonec-

Sequer terminei a frase antes de cair em um sono profundo. Horas depois fomos despertados contra nossa vontade, Daisuke para prestar depoimento e eu para ser encaminhada até o corpo delito. Levantei com tanta má vontade que tenho quase certeza que o policial leu nas entrelinhas os duzentos "vai se foder" que estava descritos no meu olhar. Acenei para o ruivo, me arrastando até a sala que me colocaram, somente para ficar de roupa íntima mais uma vez na frente de algumas agentes da lei que tinha certeza que estavam espantadas com todos aqueles leves cortes. Inclusive, finalmente consegui perceber a cicatriz que toda aquele energia havia deixado no meu calcanhar, mas pouco me importava, é só mais uma para tentar esconder dos outros por vergonha. Não demorou muito e me liberaram após uma médica me avaliar, aproveitando também para me contar que o corte da mão esquerda estava completamente cicatrizado, sem chances de abrir de novo. Apesar da feia cicatriz que havia, pelo menos não precisava me preocupar mais com abrir os pontos ou coisa do tipo.

Após me vestir novamente e seguir para recepção, não precisei esperar muito para que Daisuke saísse do interrogatório; estendi a mão esquerda e mostrei o corte cicatrizado, abrindo um sorriso:

— Ha! Agora não tem desculpa pra você não me ensinar a lutar! — fingi dar uns socos no braço do ruivo, erguendo ambos os braços, até mesmo trocando os pés e quicando o corpo no chão no estilo daquelas lutas bestas que já vi na televisão — Espero que esteja pronto para tomar um surra, Simba! — gargalhei, rindo da minha própria palhaçada — Só preciso de um banho e trocar de roupa no Centro Pokémon, por favor. — sinalizei para que seguíssemos até lá; com passos rápidos e curtos, dei a mão para o ruivo — Tô cansada de você me ver mais toda destruída assim do que arrumada e cheirosa. Parece até que o universo faz de sacanagem.

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(011) — all of me/stay - Página 9 Empty Re: (011) — all of me/stay

Mensagem por Cunha Ter 24 Nov 2020, 00:16

OFF: Ensinar Aqua Tail no lugar de Pin Missile para Maru.

Assim que saía do interrogatório, me encontrava com Karinna, que logo fazia questão de me mostrar sua mão boa. - Como se eu estivesse procurando desculpas, né! - Ria e lhe dava um beijo na testa, e depois, assistia toda aquela cena dela fingir me bater, gargalhava um pouco e concordava. - A gente pode comer um desjejum também, tenho algumas barrinhas. - Falava enquanto caminhávamos na direção do Centro Pokémon, e acabava rindo do comentário da loira. - Eu que o diga! Cara, da vez passada eu tava todo fedorento. - Dizia, e em seguida, mostrava o pulso inchado para a garota. - Talvez eu não consiga fazer muita coisa, isso aqui acabou ficando pior do que eu esperava. Mas não ta doendo muito, então é um bom sinal.

Caminhávamos até o Centro Pokémon, e ao chegar lá, entrava no meu quarto e bocejava. Eu ainda estava cansado. Dormir agarrado num sofá de delegacia pode ser fofo, mas nada confortável. Minhas costas doíam um pouco e me permiti recostá-las na cama cinco minutos antes de levantar. Em seguida, coloquei um pouco de ração para meus Pokémon e tomava meu banho. Ao sair, pegava uma das roupas mais leves que carregava na mochila e vestia. Era uma espécie de blusa de mangas azul fina e calças de corrida, com tênis de corrida. Pude conferir que os Pokémon haviam comido, então batia na porta de Karinna e dizia que a esperaria em um dos campos de batalha. Ao chegar na recepção do Centro Pokémon, eu acabava arranjando uma piscina pequena, onde poderia colocar Feebas para treinar, cortesia do prédio da Liga Pokémon. Aproveitava para enchê-la com uma mangueira num dos campos vazios enquanto Bley não chegava, e quando ela se mostrava, eu fiquei brevemente hipnotizado.

Sério. Se relacionar com uma garota muito bonita tem dessas, balancei a cabeça de leve e lhe dizia o óbvio. - Uau, loirinha. Você ta gata demais. - Dizia, e lhe roubava um selinho. - Então, o que eu pensei pra hoje. Pretendo treinar alguns Pokémon, enquanto a gente treina entre a gente. Primeiro, vou coordenar o treino deles, e depois a gente aquece, ta bom? - Esperaria sua resposta, e em seguida, liberaria meu time. - Acho que você já conhece a maioria deles, loirinha, mas pra não ter problemas: Ivysaur, é a Zhár; Gloom é o Brave; Kenma é o Torchic; Vikavolt é o Hope; Skorupi é a Maru e a Feebas... ainda não pensei num nome. - Dizia meio sem graça, enquanto coçava a nuca e a Feebas revirava os olhos, aparentemente nem um pouco surpresa. - Certo, então, primeiro eu vou coordenar vocês. Kenma e Feebas, vocês são novinhos, mas não pegamos leve com ninguém! Aos poucos vocês se acostumam com nosso ritmo. - Falava determinado.

Como de costume, eu pensava em dividir os treinos em duplas. Dessa forma, eu conseguia coordenar todo o processo com mais facilidade, enquanto os Pokémon interagiam entre si e aprendiam um com os outros. Num primeiro momento, eu pensava em quem poderia dar uma boa dupla para Kenma & Feebas. O primeiro, era mais energético e carente, a segunda, mais fechada e meio ranzinza. Imediatamente, me ocorreu que Brave poderia lidar melhor com o ígneo, simplesmente por ser mais cuidadoso e atencioso do que Zhár ou Hope, enquanto Feebas com certeza que receberia uma atenção especial de Skorupi, que poderia entender melhor suas necessidades.

Com as necessidades imediatas, eu precisava urgentemente, treinar a defesa física de Hope e Zhár. Eram seus pontos mais fracos durante uma luta e felizmente nós andávamos lutando muito contra oponentes do tipo especial, mas como essa missão mostrou, nem sempre vamos ter essa sorte. Ursaring e aquele Meowth barbudo teriam sido complicados se o besouro não fosse naturalmente um pouco mais resistente contra golpes físicos, o que não era uma verdade para a Ivysaur, que com certeza enfrentaria dificuldades gritantes contra o tipo voador e seu Brave Bird da vida. Eu tinha uma ideia de como treinar esses atributos, mas eu queria experimentar um fortalecimento corporal mais brando, de início. E depois, aos poucos, nós iriamos adaptando o treino para suas necessidades. Com Feebas, eu queria testar os seus reflexos mais complexos primeiro, antes de lhe dar um teste de impacto mais forte, principalmente porque sua parceira era Maru, que tinha muito mais experiência, mas como o treino já sugeria, não tinha lá atributos de ataque físico tão chamativos. Já com Brave e Kenma, eu precisava treinar o atributo mais... abstrato. A defesa especial conseguia ser um problema, mas desde meu treino com Gauss e Fuujin, eu tinha uma ideia mais clara do que podia ser feito: uma combinação entre manipulação do seu elemento natural com uma meditação guiada.

- Iniciaremos os treinos em duplas! Maru, você vai treinar ataque e a Feebas vai treinar defesa com você! Hope e Zhár, vocês treinarão defesa física também, enquanto vocês dois, Kenma e Brave, vão treinar defesa especial hoje! - Dizia, enquanto organizava as duplas. A Skorupi ficava próxima a piscina de Feebas e eu já lhe tratava de mostrar um novo movimento: o Aqua Tail. Enquanto Hope e Zhár ficavam mais distantes, a um metro do primeiro grupo, e Brave e Kenma se organizavam a um metro dos outros dois, com meus Pokémon ficando numa espécie de triângulo equilátero. Eu me dirigia ao meio dele para dar as ordens aos pequenos. - Certo, Maru e Feebas. Inicialmente, o treino de vocês é mais fácil. Maru, quero que suba numa beirada da piscina e use sua calda para dar golpes leves e diretos na Feebas, e você, peixinha, vai enrijecer suas escamas e desviar a garra da ponta da calda da Maru com a rigidez do seu corpo. Bem de leve, para começar. - Em seguida, girava e me dirigia para Hope e Zhár. - Vocês dois, comecem bem de leve também. Hope, sua primeira missão vai ser tentar erguer Zhár do chão com suas patas enquanto ela usa seus chicotes para ficar no chão e força seu corpo pra baixo. Isso vai aumentar a resistência física de vocês. - Mais uma vez, girava, agora, para falar com Brave e Kenma. - E vocês, meus queridos, como vamos treinar defesa especial, quero que aprendam a concentrar a energia que vocês tem dentro de vocês. Brave, sua missão inicial vai ser condensar veneno no topo da sua flor, mas fazer com que ele não fique fedendo. Já você, Kenma, quero que comece tentando oscilar a sua temperatura corporal, aquecendo e resfriando aos poucos. Ta bom? - Dito isso, ao coordenar os treinos dos meus Pokémon, eu aguardava que Karinna terminasse de dar instruções aos seus Pokémon, e em seguida, lhe abraçava.

- E você, loirinha, se prepara, o nosso inferno conjunto começa agora. - Dava uma risada maliciosa e lhe beijava o rosto, antes de ir para um espaço aberto em volta daquele campo de batalha. - Inicialmente, a gente pode fazer um suicídio para aquecer. Essas lesões aqui são comuns durante a prática das lutas. - Mostrava o pulso inchado. - Então a gente se alonga e aquece para evitar isso. - Falava, e começava mostrando alguns movimentos padrões de alongamento, como puxar os dedos da mão para trás com o braço esticado para frente. - Como você não ta muito acostumada com exercícios físicos, a gente faz o seguinte primeiro: corre do início da ponta do campo até o fim da base de treinador no campo, e volta de costas. Depois a gente vai até a metade dele, e volta de costas também. Umas... cinco vezes? O que acha? É importante suar nesse início também. - Falava com um sorriso, enquanto a convidava para o tradicional exercício do "suicídio".

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Mensagem por Karinna Ter 24 Nov 2020, 19:02


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Seguíamos para o Centro Pokémon e Daisuke me mostrava um de seus punhos um pouco inchado, apesar de eu não saber onde ele havia se machucado; por sorte, não parecia ser nada demais, mas precisei sugerir que ao menos deixasse as enfermeiras do Centro Pokémon darem uma olhada. Infelizmente o que eu disse entrou por um ouvido e saiu pelo outro, mas tudo bem, tudo bem... Pelo menos não era nada sério.

Adentramos o edifício e nem preciso dizer que a visão da porta do meu quarto quase que me hipnotizou. Igual em desenho animado onde o vapor de uma torta recém-cozida faz o personagem principal flutuar e segui-la até onde estiver? Pois é. Eu estava cansada, com a cabeça exausta e o corpo todo sujo de sangue, sem contar nos punhos e calcanhares que doíam um pouco por conta das cordas que me prendiam no pentagrama. Acenei para o ruivo e, assim que entrei no cômodo, me joguei em cima da cama. Apesar de exausta, meu consciente não estava pronto para tirar uma soneca ou descansar: eu precisava extravasar um pouco e não existia lugar melhor para fazê-lo que no treino que marquei com Daisuke.

Me levantei com uma certa preguiça, mas me despi quase que de imediato e entrei no banho. Ali fiquei por uns bons minutos, até escutar a voz do Ranger do lado de fora dizer que me esperaria em um dos campos de batalha na parte de trás do Centro Pokémon. Droga, não posso me atrasar muito, mas também não posso me vestir de qualquer jeito. Sequei meus cabelos com o secador que havia na pia, prendendo-os em um alto rabo-de-cavalo; vesti um top cor-de-rosa que combinava com o curto short short de linho e o tênis de corrida. Sabe-se lá o porquê de eu ter um tênis de corrida se sempre ando ou de sandália ou de salto, mas pelo menos estava preparada para a ocasião.

Busquei minha bolsa e saí do edifício, acenando para Daisuke à distância. Ainda não fazia muita ideia do que treinar nos meus pequenos já que nunca tive muita paciência para isso, mas essa seria a oportunidade perfeita para começar a me acostumar com a situação; quer dizer, dizem que se você quer ter fortes Pokémon precisa treiná-los e com a vida sempre pregando peças onde quer me matar, é bom que meus filhos estejam preparados para me proteger.

— Aw. — enrubesci um pouquinho com o elogio do Ranger, retribuindo o selinho — Você também está uma gracinha. — segurei a mão direita do ruivo, fazendo-o com que desce uma voltinha — Viu? Amarrei minha Rapidash direitinho. — provoquei, dando uma gargalhada e parando para ouvir os planos que ele havia preparado — Tudo bem! Oi, pessoal! Vocês são todos muito lindos. — observei Daisuke liberar todos seus pequenos e acenei para os pequenos; com exceção de Kenma, que mal saía da Pokéball e eu corria para pegá-lo no colo e sufocá-lo contra meus seios em um abraço afetuoso — Ai, amorzinho da mamãe, tava com saudade! — falei com uma voz infantilizada, esticando-o com meus dois braços e balançando-o no ar — Se seu pai pegar pesado no treino pode vir fazer queixa pra mim, tá bom? — voltei meu olhar para o ruivo, fuzilando-o com os olhos enquanto colocava o ígneo no chão — Humpf. — brinquei, abrindo um sorriso para Daisuke — Agora é minha vez de apresentar meus bebês, mas acho que você já conhece todos. — liberei os psíquicos diante de nós dois — Sush- Agora não, filho. — dei um leve facepalm quando a preguiça foi direto fazer seu cumprimento esquisito com o Ranger — Acabaram? — revirei os olhos, dando uma leve risada — AHEM, Sushi é o Alakazam; Mochi é o Gallade; Teriyaki é o Sigilyph e Gyoza é a Starmie. — fiz um leve carinho em cada um deles, colocando ambas as mãos na cintura logo em seguida — Bom, Sushi, você irá treinar defesa. — o psíquico revirou os olhos — Não posso fazer nada, a culpa não é minha se você toma um soco e cai duro no chão. — mostrei a língua — Mochi irá treinar defesa também, então se junte com seu irmão e quero que ambos tentem treinar suas resistências: um vai empurrar o outro com o braço e o desafio de vocês é aguentar até que os pés de vocês não movam um centímetro do chão. — fitei o lutador — Mochi, tente pegar leve no início com seu irmão mais velho, você tem muito mais poder físico que ele. — cruzei os braços, agora olhando o voador e a aquática — Vocês irão treinar ataque especial. Quero que fiquem bem distantes um do outro aqui no campo de batalha e enviem suas ondas psíquicas no ar. Elas irão se chocar no meio do caminho e a ideia é se esforçar o máximo para tentar ultrapassar a do outro. Mas não quero ninguém machucado, ouviu?

Não fazia muito ideia de se o que sugeri serviria para ajudá-los, mas esperava que sim. Com todos os pequenos, incluindo os de Daisuke, já começando seu treino, era hora de aprender a socar com o ruivo!

...

Pelo menos era o que eu pensava, até que ele começou a abrir a boca e falar algo sobre suicídio. Ergui uma das sobrancelhas, desconfiada:

— Quê!? — dei uma leve risada, mas Daisuke acabava explicando que suicídio tinha algo a ver com aquecimento — Nossa, não tinha um nome mais mórbido para darem, não? — dei dois tapinhas em seu ombro e estiquei os braços para o alto o máximo que conseguia, me espreguiçando — ... Tá me chamando de sedentária, Simba? — abri um sorriso — Pois você está certo. — respirei fundo, consentindo com a cabeça quando ele sugeriu corrermos para aquecer — Me arrumei toda só pra ficar podre de novo, ai, ai. Tô começando a achar que você me prefere toda podre mesmo. — brinquei, sinalizando para começarmos a correr — Cinco vezes, né? Tudo bem. Mas quero saber quando que eu vou começar a te bater. — pisquei — Lembra que você tem muitas dívidas de soco comigo, hein.


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Mensagem por Kazehaya Ter 24 Nov 2020, 21:47




A dupla resolvia deixar de lado toda a demora e todos os problemas que passaram naquela cidade amaldiçoada para se focar em outras coisas que fossem mais interessantes no momento. Nada melhor para fazer esquecer algumas tentativas de assassinato e quase morte do que um pequeno treino pela manhã, não é mesmo? Foi exatamente isso que Karinna e Daisuke fizeram!

O ranger chegou primeiro no local do treino e, após apresentar seus monstrinhos para Karinna ele desenrolou a falar o que deveria ser feito em cada treino do sexteto ali com ele:

~Feebas e Skorupi~

A primeira dupla possuía uma boa conexão, o peixinho feio que dói estava nadando contente na água pronto para fazer um belo treinamento junto do escorpião mais bravo de Hoenn. Feebas ficou num dos cantos daquela linda piscina reclamando um pouco de não poder nadar livremente já que o escorpião não alcançaria.

Dessa forma, o peixe deixou suas escamas rígidas o bastante para que Maru pudesse atacar de pouco em pouco e com isso o treino de ambas parecia ganhar forma aos poucos, mesmo que isso pudesse levar um tempo para elas se acostumarem uma com a outra e aos poucos irem adaptando. Por hora, era só o peixe reclamando do ferrão do escorpião que vez ou outra lhe feria.

~Vikavolt e Ivysaur~

Aqui o treino parecia mais simples, Vikavolt se posicionava e tentava a todo custo levar o pequeno Ivysaur para os céus, contudo o sapo de grama se segurava com força utilizando os seus cipós para se firmar no chão de maneira efetiva e bem feita. Ambos estavam utilizando toda a resistência que possuíam para fazer com que aquele treinamento fosse efetivo mesmo, conseguindo incríveis resultados de uma briga que estava pau a pau e nenhum deles se movimentavam.

~Gloom e torchic~

A planta e o pinto estavam em uma formação bem diferenciada, mas o foco era o mesmo. Enquanto Gloom tentava deixar seu odor mais gostoso o pinto tentava ficar com a cabeça quente.  

Era difícil imaginar Gloom fazendo seu odor ficar suportável e ele não estava conseguindo de maneira alguma. Ficou com Deus. Já torchic parecia ter mais sucesso conseguindo esquentar um pouco mais seu corpo de maneira a ficar complicado para ele aguentar aquilo tudo.

Do lado de Karinaa era o seguinte:

~Gallade e Alakazan~

Ambos tentavam fazer o seu máximo para mover o outro do lugar e mesmo que Gallade estivesse tentando empregar a menor força que podia, ele não conseguia de nenhuma forma igualar a força e empurrava o Pokémon psíquico o máximo que podia.

Já Alakazan tentava segurar, mesmo que sem ideia nenhuma de como fazer aquilo de forma certeira, dava o seu melhor.

~Sigilyph e Starmie~

Ali uma guerra psíquica começava e os Pokémon estavam indo numa engrenagem realmente decente de força da mente. Starmie era bem forte e estava com uma ligeira vantagem devido a sua força claramente maior, mas o pássaro psíquico não ficava para trás e empurrava cada vez mais forte deixando uma disputa parcialmente igualitária entre eles.

Já os humanos? O que tenho a ver... Eles que lutem, literalmente.




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Mensagem por Cunha Qua 25 Nov 2020, 00:44

Quando apresentava a equipe para Karinna, ela os cumprimentava a distancia, exceto por Kenma. Ambos iam correndo na direção um do outro e ela tratava de apertar bastante o bichinho, me fazendo pensar que talvez ele acabe ficando mimado demais... bem, eu nem tive tempo para suspirar. Sushi, meu camarada, já vinha me cumprimentar com nosso clássico aperto de mão, e eu retribuía sem problemas, enquanto a própria Bley levava a mão a face. Em seguida, a loira me reintroduzia ao seu time, e eu me curvava de leve para cumprimentá-los. - Novamente, é um prazer. Espero que cuidem tão bem da Karinna quanto ela cuida de vocês. - Falava, antes de me virar para minha equipe e coordenar seus treinos.

Quanto a reação de Karinna ao nosso treino, ela tomava um susto inicialmente com a nomenclatura e fazia algumas piadas, me tirando algumas gargalhadas, com suas piadas. - Mesmo podre você não perde seu charme, relaxa. - Falava, mandando um beijinho para ela. - Ah, não precisa ficar tão ansiosa, juro que daqui a pouco você aprende a dar socos. - Sorria para ela, antes de começar os exercícios.

Com a respiração controlada, eu observava os pequenos conduzirem seu treinamento, enquanto... bem, só olhava para frente e me certificava que não batia em nada. Eu conseguia manter minha atenção neles enquanto movimentava meu corpo, e tomava nota mental de algumas situações: Hope estava tendo dificuldade em erguer Zhár. Quer dizer, não tanto, a disputa estava acirrada entre eles, mas era esse o problema. Deveria ser fácil pra ele erguer 10 quilos do chão quando ta acostumado a carregar 80 para lá e para cá. Eu olhava a situação e conseguia identificar o problema. Seu exoesqueleto é rígido, o que não permite que o besouro curve tanto seu corpo para lidar com uma flor enorme fechada nas costas da Ivysaur e ainda assim agarre o resto do seu corpo com firmeza. Aqui, eu percebia que ele era extremamente cuidadoso mesmo durante o treino, já que ele podia simplesmente puxar a flor da gramínea e machucá-la. Não era isso que eu queria, então teria de pensar num jeito de conseguir resultados melhores.

E então, alternava minha atenção momentaneamente para ver se Karinna estava fazendo tudo certo. E bem, aparentemente até estava, mas fiquei com medo dela não estar controlando a respiração, então lhe dei a dica. - Loirinha, controla a respiração. Respira pelo nariz e solta pela boca, vai se cansar mais devagar. - Falava para ela, antes de mudar minha atenção mais uma vez.

Agora, novamente um descuido anatômico meu. Feebas tinha suas escamas leves, nada resistentes, diferentes das de uma Milotic, que podem até funcionar como um prisma. Como resultado do meu treino idiota, a aquática conseguia alguns arranhões na lateral do seu corpo. Inferno. Eu teria de tomar mais cuidado com isso. Enrijecer as escamas por si só não lhe deu a resistência necessária para gerar o incomodo de desviar o dano da calda de Maru, enquanto a própria buscava entender como usar seu ferrão de outras formas para poupar Feebas dos arranhões. Pelo menos, ela ta tendo resultado.

Aqui, eu me dava conta que havia terminado o suicido. Peguei uma garrafa d'água que havia trago comigo e tomei um pouco, enquanto pedia para Karinna descansar e observava Kenma e Brave, que bem, estavam não só falhando, como gerando um incomodo para os outros a sua volta. O Torchic aquecia muito seu corpo e tinha dificuldade em dissipar todo aquele calor armazenado. Eu poderia ordenar um golpe de fogo para isso, mas eu precisava que ele desenvolvesse um controle mínimo disso para chegarmos a algum lugar, então dissipar calor num Flamethrower nos desviaria do foco enquanto Brave... tinha dificuldade com seu veneno. Eu esperava que ele conseguisse concentrar parcelas menos prejudiciais do seu veneno, mas eu tinha de lhe dizer como. Suspirei, me aproximei, ignorando o fedor, enquanto dava instruções aos três grupos.

- Certo. Primeiro, Maru, você ta lidando muito bem com o ferrão, ta no caminho certo. Continue procurando diferentes formas de usá-lo, como machucar, como pegar, como segurar, tudo isso é importante e depende da forma como você avança com a calda e fecha o ferrão, quanto a você, Feebas, peço desculpas, eu devia saber que somente enrijecer as escamas não seria o suficiente, então, vamos fazer o seguinte, tenta forçar seus músculos também para tentar dar mais resistência no impacto, ta bom? - Sorria para a peixinha. - Vocês, Hope e Zhár. Devem ter percebido que o treino tava meio esquisito, mas foi minha culpa, desculpa. Façamos o seguinte, Hope, quero que você tente levantar a Zhár pela lateral do corpo dela. Tenta voar na diagonal do corpo dela, para que você não precise necessariamente encostar na flor enorme pra puxar ela do solo, enquanto você, Zhár, use suas patas e garras para se fincar no chão também. Do jeito que o Hope vai te levantar, vai afetar seu equilíbrio e mais um monte de coisas. Certo? - Por fim, me virava para o Torchic e o Gloom. - Vocês dois chegaram no ponto que eu queria. A partir daí, é só uma questão de como a gente vai manipular esse produto. Kenma, tenta fazer o inverso que faz para aquecer seu corpo, ou seja, não gasta tanta energia. Tenta se concentrar em ficar parado e calmo, aos poucos, sua temperatura deve baixar, e é isso que a gente quer. Brave, com você é um pouco diferente. Acho que seu veneno na forma bruta sempre vai ser fedorento, então tenta adicionar elementos do Grassy Terrain e do Giga Drain pra dissolver um pouco do veneno. - Falava, torcendo por bons resultados, enquanto puxava Karinna para ficar de lado pro campo.

- E você, moça, primeiro, eu quero que soque meu braço. Do jeito explosivo que sempre faz. Não coloca muita força inicialmente, eu quero ver sua técnica. - Falava, enquanto flexionava o braço direito e ficava observando como ela se posicionava. Seja na postura, giro de corpo, forma de fechar a mão, base, tudo. Alternaria minha atenção entre ela e meus Pokémon antes de dar um parecer. Eu queria saber o quanto ela sabe sobre luta antes de tentar orientá-la de alguma forma.

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Mensagem por Karinna Qua 25 Nov 2020, 21:04


all of me/stay

Se eu achei que correr daquela maneira ia ser um começo tranquilo para o treino, eu não poderia estar mais enganada. Fazer o percurso uma, duas, três vezes até que foi tranquilo, mas a partir da quarta eu já começava a transpirar igual uma porca, ficando um pouco sem fôlego. Para o meu azar, Daisuke reparava, me dando dicas. Fiz um bico de reclamação, mas acabei seguindo sua instrução... E não é que cansei menos mesmo? Claro que jamais admitiria que ele estava certo, mas, era bom saber que o ruivo realmente sabia sobre o que estava falando.

— Ai, tô morta. — terminei o percurso e me joguei no chão, deitando com os braços e pernas abertos — Me senti menos cansada tentando fugir daquele pentagrama macabro. — ergui a cabeça e dei uma risada, fitando o ruivo — Cedo demais? — levantei, correndo até o ruivo e roubando sua garrafa d'água, jogando parte de seu conteúdo sobre o meu rosto — Agora vamos treinar o seguinte: você me pega no colo e me carrega por aí, o que acha? — brinquei, empurrando seu ombro e logo em seguida roubando um selinho — De que adianta você ser forte se não me carrega no colo?

Aproveitei para me espreguiçar mais uma vez e esse meio tempo pude reparar um pouco no treino dos meus pequenos. Alakazam e Gallade pareciam se dar bem, mas a discrepância de ataque entre os dois era gigantesca, sendo visível na diferença que Sushi precisava forçar o corpo para tentar mantê-lo no lugar em comparação ao seu irmão. Starmie e Sigilyph, por outro lado, se davam melhor, a não ser pela diferença mínima em seus poderes psíquicos.

— Sushi, coloque um pé na frente e outro atrás, vai te ajudar a ter estabilidade! Mochi, faça o mesmo! Aproveitem para aumentar um pouquinho a força, se cair não tem problema, é só levantar e ter certeza de que seu corpo está bem fixo e estável no chão! — acenei para ambos, voltando minha atenção para Gyoza e Teriyaki logo em seguida — Filhos, vocês vão aumentar  as ondas psíquicas! Quero que deem seu máximo! Tentem focá-las e concentrá-las mais ao centro! Formem uma espécie de esfera e unam-a no centro, depois concentrem-se em não deixá-la se expandir, mesmo que ela queixa se expandir e explodir!

Dito isso, Daisuke me puxava para ficar de lado no campo, orientando que eu começasse a socar, de leve, seu braço. Não preciso dizer que vê-lo flexionar os bíceps realçava os seus músculos, deixando-o ainda mais bonito... Ai, ai, Karinna. Deixa de agir igual uma adolescente idiota. Fiquei um pouco abobalhada por alguns segundos admiriando-o, mas logo abri um sorriso determinado, erguendo ambos os braços e posicionando ambas mãos na frente do rosto, talvez uns 15cm de distância do nariz. Cerrei os punhos com os polegares para dentro e dei o primeiro soco com a mão direita, jogando todo meu tronco para frente. É difícil imitar a forma como eu faço quando estou tomada de ódio por dentro, mas é um começo. Repeti duas vezes, às vezes lutando para me manter estável mesmo com um pé na frente do outro, mas trocando as mãos.

— Foram três socos já... Só faltam 457 dos socos prometidos. — sorri, parando de bater e acariciando o braço do ruivo com os dígitos — E eu nem bati com força, tá? Se eu quiser eu te arrebento. — dei uma gargalhada, limpando um pouco do suor na testa — Agora sério... O que achou? Eu sempre acho que perco estabilidade quando vou bater, isso é ruim, né?

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Última edição por Karinna em Sex 27 Nov 2020, 11:17, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Kazehaya Qui 26 Nov 2020, 13:47




~Feebas e Skorupi~

Vendo o problema real que sua Feebas estava tendo com o ferrão da Skorupi, Daisuke pediu para ela endurecer os músculos o máximo que conseguia também, para que assim pudesse fazer o que o treinador havia pedido assim como nas outras vezes.

Feebas estava com dificuldades ainda, mas dessa vez o ferrão do escorpião não pegava mais no peixe e com isso eles tinham uma melhora significativa. Ainda assim, teriam muito pela frente visto que o peixe tinha uma defesa horrível e mesmo com Maru não sendo tão forte ainda causava um belo estrago.

~Vikavolt e Ivysaur~

Vikavolt entendia o problema em que estava se mantendo, por isso levitava seu corpo para um sentido em que conseguisse pegar o Ivysaur e assim ter maior conforto na hora de erguer o réptil.

Deu certo! Ambos estavam numa sincronia muito boa e Ivysaur era forte o bastante para aguentar o inseto por um tempo. Infelizmente nem toda a força do inicial era o suficiente para fazer o monstrinho elétrico parar e com isso o gramíneo era levantado para o alto. Como ele faria para descer? Só Daisuke pra dizer...
~Gloom e torchic~

Gloom começava a entender melhor, começou a utilizar Giga Drain na própria flor e por alguns segundos foi possível sentir um aroma doce como o mel e abundante como o oceano. Contudo não durou mais que alguns segundos que fora justamente a duração do golpe.

Já por parte de Torchic o fogo que ele emanava era demasiado alto, por isso ele tentou se acalmar e aos poucos conseguiu diminuir a temperatura. O pinto se alegrou. Cruel erro. Aquilo só fez que o fogo voltasse para a cabeça do Pokémon de fogo. Como controlar isso?


Do lado de Karinaa era o seguinte:

~Gallade e Alakazan~

Os dois firmaram os pés no chão assim como Karinna pediu, conseguindo um resultado parcialmente bom naquele momento. Infelizmente ainda não era perfeito, por isso que eles precisavam de mais força.

Foi isso que Gallade fez e colocou tanta força que derrubou seu companheiro no chão. Mas isso não foi motivo de briga, muito pelo contrário, ambos continuaram assim e pareciam animados para ver como as coisas iriam terminar.

~Sigilyph e Starmie~

Como a treinadora ordenou, ambos os monstrinhos elevaram seu poder de tal forma que a energia do local foi invadida por poder psíquico. Era lindo ver como eles estavam dando tudo sí.

Até que houve a explosão de poder que movimentou tudo por ali. A piscina criou ondas, todos foram jogados no chão e por sorte nenhum deles se machucou. Mas claramente os Pokémon da jovem estavam indo para o caminho certo!

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Mensagem por Karinna Sex 27 Nov 2020, 12:05


all of me/stay

Enquanto Daisuke me explicava como eu deveria lutar, tornei a olhar os monstrinhos treinando, com meus olhos virando diretamente para o pequenino Torchic que quase colocou fogo em sua própria cabeça. Fiz um bico, ignorando a maioria das coisas que o ruivo dizia, cutucando-o forte com o cotovelo e trotando na direção do bebezinho.

— Tadinho do meu filhotinho. — agachei, pegando-o no colo mais uma vez — Vai dar tudo certo, tenho certeza que seu pai não vai deixar você se machucar, NÉ SIMBA? — abracei o pequeno mais uma vez, fuzilando o Ranger com os olhos — Se machucar, mamãe tá aqui pra te proteger. — enchi o ígneo de beijinhos repetidos no rosto, dando para ver que ele adorava toda essa paparicação — Cuidado, tá?

Assim que coloquei Kenma de volta no chão para continuar treinando, pude prestar atenção no restante, focando primeiro em Sushi e Mochi. Apesar da preguiça ter sido derrubada no chão, ambos se esforçavam para se dar bem com o treino, o que enchia meu coraçãozinho de ternura... Os dois primogênitos serem tão unidos é lindinho demais de se assistir.

— Filhos, o treino está ótimo! Agora quero que ambos envolvam o corpo em suas energias psíquicas. — sorri, me aproximando de Daisuke e deitando a cabeça no seu braço — Tentem usá-la para retardar o impacto dos ataques, assim machucará menos. Mas mantenham os pés corretamente no chão como estão fazendo. Estou muito orgulhosa de você-

Mal consegui terminar de falar a frase, sendo surpreendida por uma forte onda psíquica que passou pelo ar e me derrubou no chão. Achei ridículo que ao inVÉS DE DAISUKE AMORTECER A MINHA QUEDA E CUIDAR DE MIM, ele deu um rolamento e ficou intacto. Tá, ridículo não... É até legal de se assistir. Revirei os olhos, mas acabei abrindo um sorriso para o ruivo, que me ajudava a levantar. Acho que posso dizer que assistir Daisuke demonstrar todas essas técnicas me deixava tranquila por saber que ele sabe mesmo o que está fazendo. E, uh, tudo bem, eu admito... Deixa ele ainda mais bonito. Lindo. Perfeito.

Mas sabe quando eu ia admitir isso? Nunca.

— Se isso fosse me matar, você estaria catando meus pedacinhos no chão agora, né? — brinquei, abraçando-o brevemente e roubando um beijo — Mais uma coisa pra você me ensinar, sinto muito. — dei uma risada, voltando minha atenção para Starmie e Sigilyph — Que poder, Gyoza e Teriyaki, mamãe tá orgulhosa! — gritei, acenando para eles — Agora quero que repitam a esfera de energia. Comprimam-a o suficiente mas sem que ela exploda, tudo bem? Quando conseguirem, tentem criar outras, uma do lado da outra. — levei o indicador ao queixo, pensando no que fazer — Se sentirem que está perto de explodir de novo, quero que controlem bastante o poder de vocês para tentarem descomprimi-las, juntas. É mais difícil do que parece, mas o ataque especial também requer grande controle. Tenho certeza que vão conseguir!

Dito isso, tornei a olhar para o ruivo, esperando que terminasse de explicar as coisas para os seus pequenos. Assim que acabou, segurei sua mão, puxando-o para onde estávamos treinando anteriormente.

— Desculpa, Simba. Eu não prestei muita atenção antes, fiquei preocupada com o meu bebê. — ri sem graça, buscando a ponta do longo rabo-de-cavalo e brincando com ela — Agora quero saber, vai. O que preciso mudar? — ergui a cabeça, respirando fundo e erguendo as mãos da mesma maneira que antes — Eu acho também que não consigo colocar toda força nas mãos... Eu sei que meu soco nunca vai ser tão forte quanto o seu, por exemplo. Você é homem, maior, mais forte. Mas ainda assim deve ter alguma vantagem em ser mais magra e menor, né? — fitei Daisuke com curiosidade — Talvez por ser mais rápida? Não sei. — suspirei — Só quero saber se tem algum jeito de me defender contra algum homem, principalmente se você não estiver por perto pra me ajudar.


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