Capítulo 11 - Serenidade [Tielo]

Amigo ou Inimigo? Não havia como saber, mas uma nova sequência de esferas negras vinha devastando todo o espaço por de trás do canino faminto. Ele reconheceu Tielo, mas do que adiantaria um combate naquela situação? Iria ficar mais cansado do que o seu estado já exaurido e provavelmente o bardo não iria nem repara-lo passando correndo ao seu lado.

"Inimigo do meu inimigo pode ser meu aliado."

Esse foi o pensamento do canino que latiu para Tielo a fim de avisar da catástrofe visível atrás dele. O pequeno cachorrinho e escondeu atrás de Tielo e logo o causador do caos e confusão apareceu. Um lampent apareceu na cena iluminando o caminho com sua chama espectral. Dustox ficou muito incomodada. Insetos e chama não são uma boa combinação, mas ela não sentia nenhum medo ou preocupação quanto a sua aura espectral. Pouco tempo depois uma jovem tão bem afeiçoada quanto Violeta apareceu, só que trajando um macacão de fazendeira que apertava seu corpo vuluptuoso e uma camisa branca simples com alguns adereços na região dos ombros. Seu cabelo curto de cor rosada era o que mais chamava atenção.

- Parado ai ladrãozinho! Se não fosse por você nós não estaríamos presos aqui! Nos leve de volta para o mundo real!!!!

O QUE???????

Com a voz humana questionando, tudo mudava de figura.

- Lamp pare.

O Pokémon lamparina interrompeu sua invocação concentrada de esferas do ébano. Em uma valsa curta e graciosa ele girou do alto até ficar ao lado de sua mestra.

- Muito bem, obedeceu direitinho.

A mulher questionou Tielo com um ar hostil e quem sabe até mesmo ofensivo.

- Você é o dono desse adorável cérebro que me trouxe para os confins dessa floresta maldita?

Um veio saltada sobre a testa da jovem mostrava que no mínimo, ela estava possessa com a situação.

-Se você for, peço que devolva o que ele pegou de mim e por favor...me mostre o caminho para sair desse lugar antes que eu fiquei velha e enrugada aqui dentro. Fazem 4 dias.4 dias sofridos...que estou atrás desse magricela aí. Quando ele finalmente apareceu, não podia deixar escapar a chance de voltar para casa.

Rockruff continuou atrás da perna de Tielo. O cachorro não tinha nada além de fome e feridas com ele, como poderia estar com algo dela?

- Eu sou Mandy e meu pai é um fazendeiro rico de fuschia, nos fazemos parte da equipe que administra o safari. Por favor bom moço, me dá esse cachorro que eu vou embora.

Louca? Estranha? Real? Será que Tielo estava sob algum efeito místico? Bom os fatos eram simples e a decisão cabia a ele. O que será que vai fazer?

O cachorrinho sentiu o calor do abraço de Tielo e ficou quieto. Algumas vezes, um carinho e um abraço pode ser o suficiente para fazer com que uma vida inteira de crimes e arrependimentos mude. Ainda não havíamos chegado a este ponto, mas a fagulha inicial estava acessa e se o combustível continuasse a ser despejado, um vínculo duradouro iria surgir com o famigerado melhor amigo do homem.

As palavras certeiras e realistas atingiram o ego da moça.

- Hora seu desaforado. O que ele roubou não é da sua conta! Ele Roubou um amuleto de família que passou desde o meu tataravó e eu quero de volta! Lamp se prepare.

A lamparina espectral cessou sua valsa e ficou a postos.

- Não sou dessas que ataca pelas costas. Vou lutar pelo que é meu e depois vou dar o fora daqui.

O clima do desafio era bem desagradável, assim como o comportamento da moça mimada acostumada a ter todas as suas vontades feitas. Naquela floresta, as leis dos homens não valiam muito e nada poderia protege-la dos infortúnios e azares da vida. Ela parecia não perceber isso então a força era o caminho por onde iria ter sua realização. Pena que nosso Bardo já tinha os traquejos da vida adulta e aquelas palavras infantis não afetariam seu juízo.

O jeito infantil e até inocente da moça entregou o jogo. Tielo era como Lúcifer (O do seriado). Sua presença naturalmente fazia com que as pessoas quisessem expor seus segredos mais profanos e segundo depois não entendiam bem o por que contarem aquilo para um desconhecido. Talvez fosse seu charme cigano. A moça levou a mão a boca enquanto prendeu uma risada baixa e uma frase desaforada.

- Hahahah, nem a Dustox obedece ele.

Tielo conhecia bem sua pokémon e não se deixou ser abalado por seu comportamento "relaxado". Rapidamente pegou outra pokébola e invocou seu Marshtomp para enfrentar Lampent.

- Lamp use seu Will-o-Wisp e depois o Hex!

Turno 01 Marshtomp vs Lampent

Lampet tinha a vantagem e por conta disso lançou sua chama espectral primeiro. A chama seguiu bailando pela floresta e pegou no peito de seu alvo minando as forças de Marshtomp (Burned). O pokémon de Tielo estava longe de ser derrotado e invocou uma tsunami para retribuir a gentileza da lamparina. A onda abraçou por inteiro a pokémon e o rastro de destruição que havia feito anteriormente. O grande volume de água seguiu fluído até a treinadora enquanto ela correu tentando escapar em vão (-30 de Hp para Lampent) Sua treinadora tomou um banho de água fria para esfriar os pensamentos.

- Seu Sacanaaaaaaaa!!!!!!!!Ai se eu te pego!!!!!!

Turno 02 Marshtomp vs Lampent

Com o fogo reduzido a metade da intensidade inicial, Lampent iria usar de sua tática espectral. O agouro aflingiu o espirito de Marshtomp que fez cara e bocas desagrádaveis (-23 de Hp). A fim de acabar com seu desgosto, a salamandra azulada invocou mais uma onda para cessar os maus dizeres da lamparina e assim o fez lançando uma onda tão grande quanto a anterior (-30 de hp/Quase acabou com o lampent).

- DE NOVO NÃO!!!!!!!!QUALÉ CARA PARA COM ISSO!!!!OLHA COMO MEU CABELO FICOU!!!!!ATCHIM!!!!!!!

Ao final da rodada Marshtomp sentiu seu corpo queimar como se estivesse com febre (-05 de Hp).

- LAMP!!!! Você tá bem minha querida? Continue com os agouros de antes se conseguir, parecia que estavam funcionando bem (Sequência de agouros)



Campo: No meio de várias arvores altas com folhagens esverdeadas, chão com pequenas flores e grama e do outro lado um verdadeiro lamaçal com um rastro de destruição e poças de lama sendo criadas pelo surf.

O que era um combate estava virando uma grande diversão a dois. Esses dois eram Tielo e Marshtomp.

Turno 03 Marshtomp vs Lampent

Lamp usou o final de suas forçar para dizer uma única palavra. Ela retumbou dentro do ser animado e feliz que era Marshtomp (-23 de Hp). Ele não ligou nada para isso depois que recebeu a permissão de seu dono para começar a festa na lama. Concentrando uma grande bomba de lama os olhos da jovem ficaram arregalados como nunca antes.

-Nãooooooo! Nanananão!!!!!!Parou! Parou!!!!! Vamos manter o respeito!!!!!!!!!

Parecia que não iriamos manter não. Marshtomp arremessou a bola com força e com muito gosto contra a dupla encerrando o combate (-21 de Hp/Lampent cai/vitória de Tielo).


Campo: No meio de várias arvores altas com folhagens esverdeadas, chão com pequenas flores e grama e do outro lado um verdadeiro lamaçal com um rastro de destruição e poças de lama sendo criadas pelo surf.

O rockruff no colo de Tielo riu. Riu como uma criança que descobre algo divertido pela primeira vez, descontrolado e sem preocupação com julgamentos alheios pequenas lágrimas de diversão fluíam de seus olhos. Grato pela sua defesa ele lambeu a mão do Bardo fazendo um carinho molhado.

A jovem estava desconcertada com sua derrota. Não sabe como lidar com ela então fez um bolinho de lama e jogou em direção ao bardo. Marshtomp se jogou na frente rindo e revidou. Uma bola de lama estourou em toda a moça e ela entrou na brincadeira com o azulado. Em pouco tempo ela havia conseguido atingir uma bola de lama perto do ombro de Tielo. Perto demais da Dustox que fez a brincadeira para antes que ela fosse atingida.

- HAHAHAHHAHA! FAZ MESES QUE NÃO ME DIVERTIA ASSIM. Lamp pode voltar, lutou bem!

A jovem agora toda suja de lama precisaria encontrar uma nascente ou lugar para se lavar antes que sofresse os problemas que a terra trazia em contato com sua epiderme. Toda suja ela agacha na direção do colo de Tielo onde o Rockruff estava e leva sua mão para ele avaliar.

- Amigo, amigo. Desculpa por antes.

Tielo poderia interrogar a moça agora mas ela levou um bolinho de terra e esfregou em seu rosto enquanto repetia sistematicamente.

- Faz bem para a pele! Vem cá foge não!