Ayzen soava tão perdido quanto eu, mas mais curioso em descobrir o que eram as máquinas, enquanto tentava entrar em contato com o mundo lá fora pra pedir apoio. Do lado, meu coração apertava ao ver os Pidgeys, uma delas com um lenço amarrado: Malu! Era impossível não me comover, porque sabia que ia encontrar algo relacionado a elas aqui embaixo - foi o rastro delas que seguimos afinal, né?! - e ainda estavam vivas! Dopadas, provavelmente, mas vivas.
Meu coração aliviado não duraria muito tempo assim, porque o que vinha a seguir era terrivelmente desolador. Aquele corredor de ossadas chegava a ser tenebroso e me dar arrepios. Reconheci uma quantidade de Pokémon maior do que eu gostaria e só de imaginar já me embrulhou o estômago; mas não mais do que o que estava por vir...
A voz masculina me fez gelar. Cheguei a ficar levemente tonta e sentir o suor escorrer da nuca ao fim das costas. Teria desmaiado se não tivesse sentido o braço quente de Ayzen se por na minha frente, fazendo minhas mãos o entrarem instintivamente, pra saber que eu não estava só e roubar um pouco do calor que me deixou de repente.
E aí o cientista debochado pôs sua máquina pra funcionar. De um líquido estranho criou-se um Phione. Claramente mais vivo que aquele que vimos horas atrás no Centro Pokémon, porém igualmente frágil. Parecia estar sofrendo e querer se afastar ao máximo da máquina e do homem, tanto que veio parar aos meus pés e... É foda, eu tô chorando igual a ele, porque eu entendi esse olhar. Já convivi muito tempo com uma garota que só se comunica por olhares e expressões. Eu entendi esse olhar.
Não consegui dizer nada. Também, não tinha nada que eu pudesse dizer. Se Ayzen queria socar o homem, eu queria pôr o teto a baixo, liberar todos os Pokémon, gritar alto na esperança de que aquilo pudesse acordá-los, destruir aquela máquina monstruosa. Nem bem consigo pensar mais nos fatos, só no meu desejo de por fim em tudo.
Meu coração aliviado não duraria muito tempo assim, porque o que vinha a seguir era terrivelmente desolador. Aquele corredor de ossadas chegava a ser tenebroso e me dar arrepios. Reconheci uma quantidade de Pokémon maior do que eu gostaria e só de imaginar já me embrulhou o estômago; mas não mais do que o que estava por vir...
A voz masculina me fez gelar. Cheguei a ficar levemente tonta e sentir o suor escorrer da nuca ao fim das costas. Teria desmaiado se não tivesse sentido o braço quente de Ayzen se por na minha frente, fazendo minhas mãos o entrarem instintivamente, pra saber que eu não estava só e roubar um pouco do calor que me deixou de repente.
E aí o cientista debochado pôs sua máquina pra funcionar. De um líquido estranho criou-se um Phione. Claramente mais vivo que aquele que vimos horas atrás no Centro Pokémon, porém igualmente frágil. Parecia estar sofrendo e querer se afastar ao máximo da máquina e do homem, tanto que veio parar aos meus pés e... É foda, eu tô chorando igual a ele, porque eu entendi esse olhar. Já convivi muito tempo com uma garota que só se comunica por olhares e expressões. Eu entendi esse olhar.
Não consegui dizer nada. Também, não tinha nada que eu pudesse dizer. Se Ayzen queria socar o homem, eu queria pôr o teto a baixo, liberar todos os Pokémon, gritar alto na esperança de que aquilo pudesse acordá-los, destruir aquela máquina monstruosa. Nem bem consigo pensar mais nos fatos, só no meu desejo de por fim em tudo.
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Hiro ♡