Skill: +2SpA/Atk pro Eelektross
Não minto pra você: Foi de alto a baixo que a ruiva analisou o inseto esverdeado que foi liberto pelo policial à frente e não só por receio de que ele tentasse alguma gracinha, mas por também se dar conta de que há muito tempo desejava um espécime daqueles (muito,
muuuito mesmo. Desde quando eram a maior raridade do mundo na Floresta de Viridian, nos primórdios do RPG, vejam só!) e que, por algum motivo, nunca havia se dado ao verdadeiro trabalho de procurar ou arranjar algum quando a possibilidade se tornou menos improvável ao que começou a estabelecer uma rede de conexões com os mais variados bichinhos do mundo todo e...
Enfim! Vale dizer que foi um olhar singelo aquele que lançou na direção de Rotom, indicando o inseto com a cabeça e observando quando a máquina de lavar se jogou pra frente entre ambos os lados opostos da moeda, balançando sua mangueirinha em uma tranquilidade inabalável. A escolha do elétrico para servir de "escudo" entre o quarteto não era uma simples escolha aleatória; Chase tinha consciência do quão veloz aquele voador desgraçado seria capaz de ser e, sinceramente, duvidava que qualquer outro de seus pokémons conseguiria suprimir aquela vantagem com facilidade simpática.
Os treinos não haviam sido à toa, entende?
— Você acha que demora muito pra gente chegar? — Perguntou ao policial, ajeitando uma das alças no ombro e espiando de canto a loira, deixando escapar um riso torto enquanto Eelektross serpenteava por trás, relaxado.
— Tu tá querendo levar uma Alma embora, cabeça de tartaruga? Não tem jeito não, né? — Debochou, cutucando a lateral do seu tronco com o indicador.
— Não sei se dá, não. Mas, olha, se for levar em consideração que é a segunda vez que a gente bate no meio de uma civilização perdida e esquisita que quer matar a gente, e que somos obrigadas a ir mais ou menos na direção do coração do lugar... Talvez a gente consiga outra mega? Sei lá. — Jogou a sugestão no ar, um dar de ombros tranquilo. Não era nenhuma garantia, mas era uma possibilidade.
— Primeiro a gente tem que sair daqui inteira, de qualquer jeito...Mas, enfim; Dizem que até no caos há um pouquinho de ordem ou, naquele caso, paz. Ela veio não pelo livramento da situação que estavam, mas sim pela simples imagem do rio que se estampou no meio da mata, cortando-a como uma veia pulsante que a fez permitir um sorriso suave de canto de boca, tranquilo. Sinceramente, ela até teve muita,
muita vontade de ir com tudo pra dentro d'água e tirar o sal mas, levando em consideração que ainda podiam estar sendo perseguidos e os nativos ainda podiam aparecer à qualquer momento, achou que o ideal seria esperar um pouco mais antes de se permitir relaxar de verdade.
Claro que com Karinna não era assim.
E claro que ela não podia só se contentar com o show dos cavalinhos brincando na água, porque logo decidiu que eles não iam ficar ali só pra apreciação. A ruiva revirou os olhos com sutileza, mas sem julgamento - quer dizer, quem era ela pra reclamar se alguém queria reclamar algum bichinho novo? Sinceramente, só não fazia o mesmo porque já tinha um daqueles e um bem treinado.
— Reza a lenda que, um dia, há muito tempo atrás, existia uma monotreinadora psíquica... — Provocou a mais velha, pendendo a cabeça para o lado e deixando um sorriso torto escapar. Talvez tenha sido por isso que não reparou quando sua pequena enguia, interessadíssima em fazer amizade depois de todo o caos que se desenrolara há pouco na praia, veio dançando em ondinhas na direção do rio,, o tipo de criança que quer participar de alguma coisa e acaba exagerando sem querer, como se brincasse com um animal inofensivo:
E foi assim, meus nobres queridos, que nós assistimos um maravilhoso show de
Discharge's que iluminaram o ar...
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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?