The Stage

Finalmente percebendo o que acontecia ali vendo o apego entre o casal e como a mesma estava agindo, ela respirava fundo e respondia.

Tem razão, seguindo por estes corredores pegando e sempre que encontrarem um bifurcação tentem sentir a inclinação vão sempre para cima e iram encontrar o topo, vou tentar descobrir algo por aqui e espero encontrar você lá em cima, cuidem um do outro.

Dizia a mulher voltando e deixando o caminho livre para o casal seguir.

O atrito estava chegando ao ápice e eu já sabia que, se continuássemos juntas, mais cedo ou mais tarde, eu teria que lidar com um tipo estranho de homicídio passional. Por sorte, a mulher já havia reparado que aquela aliança não daria certo, o que me deu um certo alívio, me poupando pedir paz ao Rocket, já estressado.

Ainda assim, havia algumas coisas que eu queria ouvir de Lenay, se é que este era mesmo seu nome. Visando resolver este probleminha, deixei-a distanciar um pouco e suspirei pesado, tocando os ombros de Nicholas, lhe chamando a atenção mais uma vez:
- Pera, eu vou resolver isso... - Eu queria?! Não, mas iria resolver logo aqui.

Ao dizer tais palavras, me afastei do garoto e caminhei em direção à Ranger, que havia se retirado assim como prometeu. Antes de aproximar-me demais, chamei-a para uma conversa, afinal de contas, Lenay parecia uma espécie de felino, e como todo mundo sabe, não se aproxima pelas costas de um felino de mansinho, sem avisar quem é ou suas intenções.

... ele pode simplesmente dar o bote por instinto.
- Ei... aqui, eu queria te perguntar uma coisa - Introduzi a conversa, tirando do bolso a pulseira que outrora encontrei e mostrando para a moça, segurando com delicadeza na palma das mãos - Eu achei isso no chão agora pouco, por acaso é seu?!

A mulher estava a dentro da sala abrindo caixas, procurando informações que pudesse ajudar a acabar com aqueles coloridos, quando era surpreendida pela jovem, que lhe mostrava uma pulseira e lhe questionava.

Oh isso ainda estava comigo? meu Arceus isso realmente é uma historia bem longa, prometo contar a você quando isso terminar.

Dizia a mulher Fechando a mão da garota e então continuando.

Vocês ainda tem um longo caminho pela frente, não deixe seu amigo sozinho, homens não são nada se não cuidarmos deles, mas eu vou esperar isso de volta então nem pense em morrer ouviu minha garotinha? Nos vemos lá fora.

Sabe você deve ter quase a mesma idade que ele teria.

Dizia com um sorriso, mas por traz dele ficava clara uma lagrima que parecia querer correr de sou olho, enquanto se despedia.

O contraste inibia meu incômodo e eu começava a acreditar ser possível esquecer de vez aquela imagem que outrora vi. Depois de vários minutos, a lembrança não era mais tão vívida e eu começava a esquecer dos detalhes: fora eu mesma que ordenei? Ou Freya fizera isso sem que eu pedisse?! A dúvida significava, nesse aspecto, um esquecimento obrigatório meu, que ficava mais fácil ao entrar em contato com Lenay e Nicholas...

... afinal de contas, eles lidaram com aquilo com tanta naturalidade, que começo a pensar que não fiz nada demais mesmo, não é?!

E o contraste me fizera desviar a atenção para o extremo oposto: um nascimento. Era até irônico ver Lenay falando de seu filho, confirmando que aquela era sua pulseira. Eu ainda não tinha lá tanta reação, afinal de contas, a chance de ela ser a mãe de Gray era pífia, então era melhor não soltar-aos-ventos meu pensamento idiota.

Afinal de contas, era só uma idiotice mesmo. Seria coincidência demais para ser verdade, não é?! Se eu achasse pertinente, talvez falasse num outro momento, mas agora não. Definitivamente: agora não. A própria mulher me dispensava e dizia que aquilo era conversa para depois:
- Eu vou adorar ouvir isso... - Fui sincera, afinal de contas, qualquer coisa que não fosse sobre o assassinato que eu cometi alegraria meus ouvidos - E obrigada pela paciência com ele... sabe como são homens, né?! Sempre sem muita paciência. Ele é um bom rapaz... ta comigo desde que eu virei gente e ele me ajudou em tudo... - Reafirmei o espaço de Nicholas em minha vida, confirmando que faria o que ela me aconselhou - De qualquer forma, obrigada, viu?! Você se chama Lenay, né?! Eu sou Winnie.

Ali, fechei meu punho com a sutileza que ela indicou e já estava pronta para ir. Abri um sorriso meio amarelo, no mesmo tom do sorriso-choroso da Ranger e antes de correr para alcançar Nicholas, esbocei um "Até Logo" com os lábios, num tom mediano. Só depois disso corri para encontrar o garoto, que estava já um pouco avançado na frente:
- Ei me espera! - Anunciei, talvez alto demais.

Após se resolver com Lenay a jovem corria na direção do seu amigo e ambos se encontrava, com o garoto iam conversando e seguindo pelo caminho instruído, o caminho era feito de rochas naturais, mas em dado momento o caminho se tornava mais polido e claramente havia sido modificado pelo caminho, tudo estava polido e com construções realmente aquilo estava se tornando uma base para os coloridos, tudo aquilo em breve se tornaria parte do império Rainboon se não fossem impedidos.

Finalmente virando um corredor era possível ver algo um corpo de um Grund visto anteriormente por eles na base rocket por Nicholas e Winnie, os coloridos haviam matado ele e nem se quer tiveram o respeito de retirar o corpo, claramente eram lembrados que aquela era uma guerra interdimensional e tudo aquilo estava para explodir e nem todos estavam preparados para impedir.

Foi fácil alcançar Nicholas, ao que tudo indicava, ele não tinha feito um esforço muito grande para se afastar. Quando pedi por sua espera, ele simplesmente parou e esperou. Fui até ele com um meio-sorriso que durou só tempo suficiente para eu lembrar de novo a situação em que estávamos. Quando o alcancei, um semblante amargo veio no meu rosto e eu o engoli, com uma secura na garganta.

Por sorte (ou não) a postura de Nicholas havia mudado e ele estava muito mais aberto do que antes, me tirando um sorriso tosco com sua brincadeirinha. Dei-lhe uma cotovelada carinhosa e respondi:
- Tu conhece o Gray? - Perguntei - Da Avengers... Enfim, eu to suspeitando que aquela mulher é mãe dele, mas não tenho certeza então não falei nada - Levei um dos indicadores até os lábios - O nome dela é Lenay, é familiar pra você?! ... - Fiz uma pausa grande, esperando sua resposta que seria um provável "não", após ela, prossegui - ... Ela deve se encontrar com a gente no topo. Ainda mais com a gente "limpando a área" pra ela.

Era justamente no momento que eu falava o "limpando a área" que eu via um pedaço de um corpo estirado no chão. Eu digo "um pedaço" não por ele estar esquartejado, mas pelo desnivelamento só me deixar ver um pouco:
- Mas que porra é essa? - Questionei, andando mais devagar naquela direção - A gente tem mesmo que passar por aqui? - Meu tom cômico não escondia meu receio de continuar andando em direção a um corpo, mas eu continuava.

Quando cheguei mais próximo, parei. A distância era de cerca de três metros do cadáver e eu já conseguia ver melhor do que se tratava. Estranhamente, aquele morto era familiar... mas de onde?! Provavelmente eu esbarrara com ele algumas lutas antes, mas minha memória nublada não me deixava lembrar:
- Eu não vou investigar isso - Anunciei, contornando o corpo com a maior distância possível, ficando bem rente a parede e tentando seguir caminho sem que ele me impactasse mais.

Enquanto conversavam Nicholas ignorou completamente o fato de já ter feito negocios com Gray mais de 3 vezes e disse não conhecer o mesmo, mas sua atitude, ao ver o corpo foi ainda bem clara enquanto Winnie evitava ao maximo aquilo que estava pesando dentro dela, ele avançava indo pesquisar no corpo procurando algo que pudesse lhe ser útil porém o corpo já havia sido depenado uma prova disso era que proximo ao corpo podia ser vista sua carteira jogada e vazia, seu nome era Lucas.

Não havia mais nada de interessante para roubar, seguindo o caminho por mais um tempo era possivel ouvir passos vindo naquela direção aparente mente irritados, pois dava para ouvir-lo resmungando.

... Saco por que sobra sempre para mim recolher os corpos droga eu não sou um maldito lixeiro, para ter que ficar recolhendo restos o tempo todo.