Re: [Evento - Dream World] Dream Theater - Pull Me Under

por **Sckar** Qui 24 Nov 2022 - 3:17

Vale a pena contextualizar à todos que lerem e não conhecerem muito bem o passado do menino que protagonizava este conto.

Sckar tem apenas 13 anos e já é um Cadete Ranger, antes disso, havia fundado uma sociedade com alguns amigos, para investigar crimes e prender os criminosos, quando a polícia e os Rangers, falhassem. Fosse por burocracia ou por incapacidade, política ou técnica. Sua jornada já durava 3 anos e ele havia vivido muitas coisas. Muitas delas, muito mais sinistras que qualquer momento que vivenciara no Dream World, até o momento. Por isso era um jovem tão cauteloso.

E não só cauteloso, ele era ateu. E um dos mais céticos! Talvez, por ter crescido órfão, mas ter tido a sorte de ser adotado por uma moça muito boa que o criou como um filho biológico e por isso, ter tido uma infância feliz... O rapaz era bem realista. Enquanto alguns viam o "copo meio cheio" e os outros viam o "copo meio vazio", ele via o "copo pela metade". Simples assim.

Esse era um importante traço de sua personalidade inata. Ele cresceu meio nerd, sempre adorando ficções científicas e prestando muita atenção nas explicações que eram dadas na tv. Durante anos acreditou em um monte de pseudo-ciência, por conta disso. Contudo, conforme cresceu, amadureceu e começou à estudar um pouco sobre tudo que o chamava a atenção, fazendo-o descobrir o que era pseudo-ciência e o que era ciência de fato. O que eram ficções, ou teorias e o que eram fatos.

Principalmente quando decidiu virar Ranger, ele se focou ainda mais nos estudos,
tem lido muito, procurando aprender cada vez mais sobre a maior quantidade de assuntos. Principalmente, sobre investigação e linguagem corporal. Seus estudos são autodidatas e por isso, consideravelmente amadores. Ele têm ciência disso, porém, é melhor do que nada.

Quando virou Ranger, ele reforçou a ideia de manter-se cético. Pois vê como sendo uma obrigação de um investigador criminal, prender-se à fatos cientificamente comprovados, do que à lendas e boatos. Ele crê que é obrigação dele e de todos os seus colegas de profissão, serem "pessoas da ciência", e não "pessoas mitológicas", por assim dizer.

Outros fatos importantes à serem ditos sobre o rapaz, é que ele viu um tanto de cenas violentas em sua jornada. Aterrorizantes. Explosões. Sangue. Lágrimas. E mortes. Foi para o "inferno", enfrentou e capturou uma assombração, apesar de nunca ter acreditado em nada disso e ter em mente que tudo não passou de uma ilusão provocada por algum pokémon que estaria ajudando o Squirtle rebelde que ele veio à capturar (e hoje é seu poderoso Blastoise, Tutle).

Tem sido perseguido por um Rocket assassino, há 3 anos. Matou um Hypno de uma subordinada, que veio à se rebelar contra os rockets e hoje é uma das suas melhores amigas e mentoras, Patrice. Matou mais alguns pokémons e até pessoas. Também criou um robô parecido com ele próprio, mas de armadura azul, que caçou o menino e matou mais alguns pokémons selvagens, que protegiam um bebê perdido no meio de uma caverna. Os pokémons selvagens seguraram o robô e se sacrificaram para o menino fugir com o bebê.

Enfim, poderia ficar aqui contando cada momento em que foi exigido do menino, a maturidade de um adulto e os nervos de um soldado. E talvez, ainda não fosse suficiente, para explicar, o quanto toda aquela situação no Dream World, era "comum" demais para o menino.

Não estou dizendo que ele baixará à guarda, na verdade é o oposto. Ele sempre desconfia demais de tudo e de todos. Até ter motivos para confiar. Porém, nada daquilo o assustava e nem lhe parecia bizarro demais. Apenas, "exótico", "excêntrico". Nada além disso.

Então, voltando ao conto atual.

Ele via as escadas "sem fim" e pensava:

É algo típico de sonhos...

E então ao surgir o "Sr. Ventríloquo", pensou:

Um anfitrião bem excêntrico. Típico de sonhos, também.
Isso aqui deve ser alguma "dimensão psíquica", da qual é influenciada pelos sonhos das pessoas e se bobear, até dos pokémons. E os Munna e Munsharna, são sensíveis à essa "dimensão".
Porém, algo está anormal aqui e preciso investigar. Mas como farei para descobrir o que está anormal, se nunca estive aqui e por ser um "mundo de sonhos", o excêntrico, exótico e anormal, podem ser o comum? Afinal, muita gente tem sonhos sem lógica alguma!
Bem, pensando dessa forma... talvez eu tenha que procurar o que for comum. Então essa marionete controlada por mãos gigantes no céu, deve estar tranquilo...
Vou seguir o jogo e ver se descubro alguma pista.

Então respirou fundo e respondeu:

- Disse que se chama Ventríloquo, certo?
Eu me chamo Sckarshantallas, mas pode me chamar apenas de Sckar.
Muito prazer.
...
Eu não vim aqui para jogar, mas podemos fazer isso um pouco.
Mas quando acabarmos, vou querer que me dê algumas respostas.
Tudo bem? Temos um acordo?

O garoto propôs um interrogatório para o final do jogo. O que a marionete responderia?

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por **Eris** Sáb 26 Nov 2022 - 8:59

off:

Mesmo sendo um garoto tão jovem, a bagagem de histórias que Sckar tem com certeza supera a de muitos idosos! Apenas nos últimos 3 anos, ele parecia ter amadurecido o equivalente a 20, e nem mesmo as supostas “bizarrices” (que para Sckar eram coisas super comuns, obrigada) do Dream World foram capazes de fazê-lo sequer erguer a sobrancelha. Ao contrário da maioria das pessoas, o Ranger não estava assustado pela presença do Ventrículo e nem daquela mão gigante controlando-o do céu, e diante das falas desse agiu com uma tranquilidade que botaria muito adulto no chinelo. O Ventrículo bateu palmas quando Sckar disse que jogaria com ele, dando um riso alegre, provavelmente não esperava uma afirmativa.

- Perfeito, perfeito! Eu te digo o que você quiser… SE você vencer os meus jogos! Ah, do que deveríamos brincar primeiro? - Colocou uma mão sob o queixo e ficou quieto por alguns instantes, parecendo refletir, até que chegou a uma conclusão e fez questão de mostrar isso com um sonoro estalar de dedos. - Ah, é claro, enigmas! São os meus favoritos. Está vendo aquela porta ali? - E apontou para a porta de madeira que ficava no meio das escadarias. - Ela esconde um segredo. Um nome. Se você adivinhar qual é, eu lhe deixo ver o que tem do outro lado! Afinal de contas, esse é o único jeito de ela abrir haha… - No meio da risada sua voz perdeu a força, sua cabeça baixou e os ombros caíram (não literalmente), formando uma postura desanimada totalmente contrária à que estava presente poucos segundos atrás. - Você só quer me usar pra ter respostas, não é? Por isso está sendo tão legal… No fim das contas, vai conseguir o que quer e me dar as costas. Como todos os outros. Mas não importa… no final, nada importa.

A menção de “outros” mostrava que, de fato, Sckar estava longe de ser o primeiro a passar por ali. O Ventrículo suspirou pesadamente e indicou com a mão para que o Ranger se aproximasse da porta. Chegando perto, ele pôde ver que na madeira haviam imagens, as quais pareciam terem sido cravadas com uma faca ou algum outro objeto cortante. A figura formada era a de um deserto, com um grande sol e uma imensidão de areia, e uma pessoa andando sozinha em meio a um cenário tão hostil. Aproximando-se, o Ventrículo voltou a falar:

- Eu vou facilitar pra você, porque não quero ficar aqui o dia todo… A resposta é um Pokémon. Me diga o nome, e a porta se abrirá. - Limpou a garganta e começou a recitar o enigma em uma voz que não condizia nem com a feição triste nem com a feliz, era um tom totalmente novo e que nem parecia ser dele:

“O deserto é o meu lar, mas sei que seu não é. Seguirei-lhe pela noite, até que não se aguente em pé. Quando o sol raiar, não irei mais me mover. Você também não, mas não será por não querer…”

por **Sckar** Dom 27 Nov 2022 - 7:08

Bem, temos muita coisa para contextualizar agora.

Primeiro, que por mais que o menino tivesse muitas aventuras, histórias de todos os tipos e por mais estudioso que fosse. Seus estudos se resumiam à matérias que poderiam ser mais requisitadas em seu cotidiano como investigador criminal. Tais como: linguagem corporal, leitura labial, como procurar pistas em cenas de crimes, noções básicas de química e o que mais ele achasse que poderia ajudá-lo nessa profissão. Claro que ele era autodidata e lia livros mais voltados para o público leigo. O que o tornava um amador em todas essas áreas. Ainda era melhor do que quem não estudava essas áreas, mas não chegava aos pés dos especialistas. Sckar tinha noção disso.

E quando era apenas um treinador em busca de tornar-se o melhor, ele estudava matérias que poderiam ajudá-lo nas batalhas. Coisas como golpes, traits, tipagens, estratégias, como usar o terreno ao seu favor e assim por diante.

Esses eram os seus focos, seus conhecimentos giravam em tornos destas matérias. Além das matérias básicas do ensino fundamental. Agora, biologia pokémon, não era sua praia. Claro que ele tinha uma noção básica sobre a matéria. Porém, esse enigma exigia um grau maior de conhecimento, pois era uma pergunta muito especifica sobre uma determinada espécie. Porém, o garoto não fazia ideia do que poderia ser a resposta.

E segundo, desde o início de sua jornada, ou até antes, o menino tinha um hábito de colocar seu óculos de aviador (o qual sempre carregava na testa), quando ficava em apuros. Dizia que assim, conseguia "enxergar com mais clareza". No sentido de acabar com a ansiedade, medo e outras emoções negativas que atrapalhavam seu julgamento e raciocínio rápido. Não foram poucas as vezes que encontrava-se numa situação delicada de algum combate e depois de por os óculos, conseguia pensar muito mais rápido e assertivo, conseguindo virar os resultados dos combates e vencê-los. Claro que nunca foi nada infalível. Algumas vezes, perdeu mesmo assim. Porém, sempre causava mais problemas aos adversários e inimigos, quando punha seus óculos.

Terceiro, há alguns meses atrás, o menino encontrou um Jirachi. E mesmo não acreditando na lenda de que este pokémon pode realizar desejos, ele fez um pedido, só de brincadeira e surpreendentemente, foi realizado. No caso, havia pedido para tornar-se o maior detetive do mundo. E o modo que Jirachi fez isso acontecer, foi surpreendente. O menino deduziu que Jirachi usou seus poderes psíquicos (nada mais sobrenatural do que isso), para criar uma segunda personalidade dentro de sua mente.

Essa segunda personalidade só podia ser ouvida pelo próprio menino, e até mesmo vista. Quando estava em situações complicadas, podia ver um minúsculo pontinho arredondado e luminoso branco e amarelado, voando ao seu redor. Possuía dois pares de asinhas brancas translúcidas, quase invisíveis. Quase como um inseto minúsculo. Porém, brilhava como um micro Sol Não incomodava os olhos do menino e nem iluminava nenhum ambiente, afinal, era apenas uma ilusão. Essa personalidade era chamada de Ego e era nada mais e nada menos que o próprio subconsciente do garoto, seu raciocínio lógico, livre de emoções.

Ambas as personalidade debatiam diversos assuntos dentro de sua mente, na velocidade do pensamento. Enquanto passavam-se poucos segundos no "lado de fora de sua mente", já do "lado de dentro de sua mente", essas conversas poderiam levar minutos, ou até horas.

Nenhuma das duas personalidades era infalível, ou mesmo genial. Eram apenas intelectuais. Ego era apenas a potência máxima de seu cérebro. E isso era tão desgastante, as vezes (principalmente se o menino colocasse o seu óculos também), que o desgaste mental era tão grande, que o desgastava fisicamente também. E este desgaste físico era tão grande, quanto correr por horas, carregando pesos. O menino suava e ofegava em situações extremas. Quanto mais veloz o seu pensamento, maior era o desgaste.

E por que isso tudo era relevante agora? Simples, o menino não sabia a resposta. Biologia, não era uma de suas áreas de maior conhecimento. Ainda mais no que se tratava de hábitos de um ou outro pokémon. Ele precisaria ter um vasto conhecimento sobre estilos de vidas, comportamentos e até fisiologia dos pokémons, para saber de qual pokémon o enigma se referia.

Percebendo que não tinha noção de qual era a resposta, o menino usou a mão direita para "segurar" o próprio queixo, inclinou a cabeça para baixo e refletiu:

Droga!
Que pokémon será esse?
Não faço a mínima ideia... Não sei nem por onde começar à pensar...

E foi nesse momento que Ego surgiu na visão do menino, sua velocidade de pensamentos disparou. Seria possível verem-no começando à suar, mesmo parado e depois de algum tempo, começaria à arfar. Mas não agora. Isso ainda poderia demorar um pouco. Afinal, o menino estava se acostumando cada vez mais com esse desgaste provocado por Ego.

E Ego lhe dizia mentalmente:

Calma, isso é apenas um enigma num mundo de sonhos. Devemos pensar com calma. Talvez nem precisemos saber a resposta para encontrá-la.

Verdade!
Pensando bem, isso não é tão diferente de tentar interpretar os significados das pistas de uma cena de crime.

Exatamente!
Sabemos que é um pokémon que vive no deserto, isso já limita bastante a variedade de pokémons.

Sim, conhecemos cerca de uns 30 pokémons que vivem no deserto. E só um é a resposta. Também sabemos que é um pokémon que é predador. Isso limita ainda mais. Por exemplo, não é Darmanitan e nem Maractus...

Realmente não podem ser esses pokémons.
A linha evolutiva do Sandile também não deve ser. O Croc sente muito frio à noite, por isso ele costuma ser ativo apenas durante o dia.

Croc era o Krokorok enfermeiro, que o menino tinha capturado e estava sendo treinado no Daycare. E continuaram debatendo por alguns minutos, descartando pokémon por pokémon, que eles conheciam que viviam em desertos. Até que sobrou apenas um e voltando para o "lado de fora da mente", o menino olhou para o Sr. Ventríloquo, para o qual só haviam passado cerca de uns 5 segundos e disse:

- É o Cacturne!

Ele disse com firmeza, mas estava fingindo. Ele não tinha tanta certeza assim. Acreditava que suas chances de erram eram enormes e aguardava ansiosamente a resposta do anfitrião.

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por **Eris** Ter 29 Nov 2022 - 2:04

A charada inicialmente pegou o Ranger desprevenido, e pouco faltava para ele admitir que não sabia a resposta. Felizmente, sua voz da consciência resolveu (literalmente) aparecer para ajudá-lo naquele desafio. Apesar de todo o desgaste físico e mental provocado por Ego, dava para ver que valia muito a pena usá-lo, pois o garoto rapidamente deixou de se sentir perdido e começou a organizar possíveis respostas em sua mente. Após muito bater cabeça, chegou ao que lhe parecia a única opção viável: Cacturne, um Pokémon típico dos desertos, de natureza noturna e um predador nato. Encaixava-se muito bem no enigma, mas seria essa a resposta? O Ventrículo, já de volta à sua personalidade mais alegre, bateu palmas quando o Ranger proferiu o nome do cactáceo, confirmando o acerto.

- Bingo, é isso mesmo! Sabia que você ia conseguir! - Sem a menor cerimônia, aproximou-se do garoto e deu uns tapinhas amigáveis em suas costas para parabenizá-lo. Logo após, botou um dedo em frente a boca e vocaliza um “shhh”, pedindo silêncio, e apontou para a porta. O desenho do deserto com um viajante vagando nele, que antes estava totalmente estática como toda gravura em madeira deve ser, do nada tinha começado a se mexer. O viajante começou a andar, e conforme andava, o cenário avançava, mostrando cactos, pedras e uma infinidade de dunas de areia que surgiam uma após a outra. O grande sol começava a regredir, como se indicasse o passar do dia, até desaparecer na linha do horizonte e dar lugar à lua. Enquanto isso, pobre viajante continuava caminhando, sem encontrar nada além de mais daquele ambiente arenoso e hostil. Todavia, ele não era mais o único que estava andando… assim que a lua subiu ao céu, alguns dos cactos começaram a se mexer também, seguindo-o a uma certa distância e parando toda vez que ele olhava para trás. Essa cena perdurou por longos segundos, até que todas as forças do humano se esgotaram e ele caiu no chão do deserto. Os “cactos”, que antes só seguiam-no de longe, avançaram bruscamente para cima dele, pulando sobre o corpo inerte do viajante e… E antes que pudessem tocá-lo, a porta abriu como se alguém tivesse lhe dado um chute, fazendo um sonoro “boom” ao colidir com a parede.

Como prometido, Sckar pôde ver o que tinha atrás da porta. E o que estava atrás dela era… outra porta! Isso mesmo, e essa também era feita de madeira e tinha gravuras em si, com a diferença de ser um céu estrelado ao invés de um deserto. - Espero que não tenha se animado demais… A vida é cheia de baldes de água fria. Eu nunca disse que seria um enigma só, disse? - O tom do Ventrículo não era arrogante, muito pelo contrário, só parecia entediado. - Debaixo da máscara sempre tem outra máscara… Acho que a única coisa que me diferencia dos humanos é que eu não me dou o trabalho de esconder isso. Mas enfim, vamos ao segundo desafio… Dessa vez, é um movimento que alguns Pokémons aprendem. - Sentou-se no chão com as pernas cruzadas e apoiou a cabeça sobre a mão direita, mantendo seu olhar diretamente sobre o Ranger. Pausou nessa posição por alguns instantes, mas enfim começou a falar:

Já não tenho esperanças de impedir minha queda. Um último desejo - isso é tudo o que me resta. Então, amigo, lhe darei uma nova chance. Pode não ser muito, mas é só o que está ao meu alcance.

por **Sckar** Ter 29 Nov 2022 - 13:56

Sckar mantinha-se e concentrado. Não era antipatia, é que era difícil para ele demonstrar emoções, quando estava nesse "estado de total concentração". Ouvia à tudo, sem reagir.

Enquanto isso, conforme ouvia cada palavra, já ia tentando resolver o enigma. Mas sabendo que tratava-se de um golpe, logo no início, já tinha uma resposta na ponta da língua. Ambas as psiques gritavam em uníssono dentro de sua mente e quando o anfitrião calou-se, o menino gritou a resposta com convicção. Talvez estivesse errado, mas aquela era sua especialidade, batalhas. Então o menino discordava de que poderia errar essa pergunta.

- HEALING WISH!

Off:

por **Eris** Qui 1 Dez 2022 - 1:29

O Ventrículo assentiu, falhando em demonstrar qualquer animação dessa vez. Sendo uma pergunta sobre batalhas, a especialidade de Sckar, ele não teve problema nenhum para desvendar dessa vez! Não teve nem necessidade de recorrer à ajuda de Ego - sua mente poderia descansar tranquila um pouco mais. Outra vez, a marionete viva apontou para a porta, na qual os desenhos começavam a se mover. Dessa vez, muito mais sutil. O céu noturno foi cortado por uma estrela cadente, e aos poucos a imagem foi dando “zoom” nela até sua forma estar bem visível. Ela seguiu seu rumo pela imensidão celeste, perdendo altitude e sendo envolta por uma camada cada vez mais intensa de chamas, até ser demais para a pequena estrela e ela acabar se desfazendo em pó. A imagem rapidamente mudou para o desenho de um Growlithe desacordado, que de repente abriu os olhos e começou a levantar. Assim que a porta terminou de mostrar o que queria, abriu-se sozinha, como a última, revelando ainda outra porta.

- Você está quase lá. Só mais duas… ou três? Não lembro… enfim, vamos acabar logo com isso. Sorte a sua que eu não quero dificultar. - Terminou a frase com o seu suspiro tristonho de sempre. O Ventrículo pausou por uns instantes, reflexivo, com a cabeça baixa, até sua personalidade mudar de novo. Uns risinhos tolos escaparam-lhe quando voltou a erguer a cabeça, e pela primeira vez foi a face alegre quem anunciou o enigma seguinte:

“Uma região distante, onde os cenários mais bucólicos coexistem com grandes complexos industriais. Segundo as lendas, foi criada pela união dos povos guerreiros da terra, graças aos atos heroicos de dois irmãos gêmeos… será verdade? Não faço ideia! Só sei que a Pokedex de lá tem um começo diferente de todos os outros. Já sabe dizer qual lugar é esse?”

Bem, dava pra ver que lado contente era mais preguiçoso, jogava as palavras de qualquer jeito ao invés de fazer um enigma um pouco mais elaborado. Apesar disso, ele parecia manter o mesmo nível em toda pergunta, então provavelmente esse joguinho não seria problema nenhum para o Ranger.

por **Sckar** Qui 1 Dez 2022 - 2:15

Sckar estranhava um pouco a mudança súbita de personalidade do seu anfitrião, porém, ignorava por considerar o anormal, como algo que deveria seria esperado, num "mundo dos sonhos".

Suas emoções permaneciam um tanto quanto ocultas, devido à sua alta concentração, então não reagiu muito. Apenas ficou em silêncio, ouvindo e observando à tudo.

Conforme o novo enigma era proferido, o menino sentiu-se um pouco perdido. Não por não saber o que era "bucólico", mas por não identificar nenhuma região desta forma. Talvez sua terra natal, Kanto, mas esta região estava longe de ter "grandes complexos industriais" (apesar de ter a Sliph Co.).

E então foram mencionadas as lendas. O garoto ficou ainda mais perdido. Era um jovem muito cético, não se atentava tanto para lendas e crenças populares. Porém, ao dizer que a pokédex tinha um início diferente, o garoto matou a charada. Suas duas consciências gritaram em uníssono mentalmente. Apesar de não acreditar que um mito poderia estar no início da pokédex daquela região e nem acreditar no mito, o menino se lembrava fácil disso, pois quando soube, o marcou muito. E também, era uma das regiões que mais queria visitar, desde sempre e agora estava tendo essa oportunidade de forma meio esquisita. Sentia tão perto e tão longe de seu sonho... Mas estamos nos distanciando do que importa, que é a resposta do menino:

- Unova!

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por **Eris** Sáb 3 Dez 2022 - 3:05

O jovem Ranger até sentiu insegurança no começo, pois o enigma logo de cara focou em dois pontos que estavam longe de ser a especialidade do menino: religião e geografia. Em um mundo onde criaturas lendárias são descritas em toda região como as criadoras da terra, das águas e até mesmo do espaço-tempo, e com tantos monumentos erguidos em sua homenagem, era impossível até para o mais cético dos humanos desconhecer por completo a mitologia. No entanto, como Sckar logo viria a deduzir, a lenda citada pelo ventrículo remetia a um local muito, MUITO distante! Esperar que um cético nativo de Kanto conheça o trio de aves lendárias, ou talvez até os cães lendários de Johto, era razoável, mas conhecer os dragões de Unova já era pedir demais. Felizmente, a última dica foi suficiente para que o menino matasse a charada, e mais uma vez a porta se abriu.

Diferente da última, esta nova também tinha um desenho. Mas era simplesmente a rua de uma cidade, com algumas casas e um grande prédio branco que lembrava bastante um hospital no centro… O Ventrículo limpou a garganta, preparando-se para recitar o enigma seguinte. Dessa vez não se deu nem o trabalho de parabenizar o Ranger, notando que talvez estivesse facilitando demais… ele queria que fosse um jogo interessante, afinal, e o risinho travesso que escapou-lhe dos lábios era sinal de que não entregaria a resposta de bandeja dessa vez. As últimas rodadas bastaram para a marionete viva identificar os pontos fortes e fracos do Ranger, e ele notou que a única questão que deu algum trabalho a Sckar foi a primeira. Então, já estava decidido o próximo tema! E, embora ainda fosse a face feliz no comando, ele endireitou a coluna e ergueu a cabeça, querendo pagar de inteligente, e ao falar ele se esforçou mais para imitar o estilo da face triste… não deu muito certo, mas valeu a tentativa:

“Mesmo sendo pequeno, é um Pokémon temido por muitos. Vaga pelas cidades, disfarçando-se, em busca de sua próxima refeição. Quando encontra uma pessoa cuja morte está próxima, segue-a quietamente, e ao vê-la chegar em seus momentos finais, rouba o espírito do seu corpo… Ele gosta de ficar próximo a hospitais, pois sabe que assim jamais passará fome. Haha, e eu sempre achei que Pokémon fosse coisa de criança…”

Bem, esse parecia um pouco menos óbvio que os anteriores, embora não chegue a ser difícil. De qualquer modo, Sckar já estava bem próximo ao final da brincadeira, e logo logo teria suas tão desejadas respostas!

…Ou será que não?

por **Sckar** Sáb 3 Dez 2022 - 21:10

Sckar tinha um pokémon que se encaixava perfeitamente nesse enigma. Mas parecia uma pegadinha. Ao falr que era temido e pequeno, parecia o primeiro estágio evolutivo. Agora, seguir e roubar almas de dentro dos corpos, rondar hospitais para alimentar-se de almas dos moribundos, parecia o segundo estágio.

Pensou e pensou. Lembrou-se do que havia escrito na pokédex. No primeiro estágio era dito que ele guiava as pessoas fingindo estar levando-as para um lugar seguro, aproveitando a luz natural de seu corpo. Mas estaria sugando suas energias vitais até matá-las e assim, guiá-las para o "outro mundo". Sckar não acreditava nessa última parte, mas era o que estava escrito e era nisso que deveria se basear.

Agora, no segundo estágio, era dito sobre hospitais, seguir moribundos e alimentar-se das almas destes. Então, tinha que ser essa a resposta e se não fosse, o ventríloquo estaria roubando... Ao menos, era o que ambas as psiques do menino pensaram naquele momento. Afinal, o primeiro estágio era menor, mas o segundo, ainda era pequeno. Então com um tom meio hesitante em sua voz, respondeu:

- ... Lampent... !

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por **Eris** Sex 9 Dez 2022 - 0:20

off:

Mais uma resposta correta, e com isso a porta se abriu. Havia um último desafio que Sckar precisava resolver antes de prosseguir, e a intenção era fazer algo minimamente interessante para que o garoto tivesse no que pensar. Contudo, eu estou com sono e o Ventrículo não pode fazer muita coisa sem um empurrãozinho meu, então vamos para o enigma mais fraco e sem graça desse evento, que é só o que temos pra hoje:

Por causa da minha habilidade, todos dizem que sou teimoso, mas eu prefiro “persistente”. Se estou em uma luta, nela continuarei, não importa o quanto tentem me tirar. Podem rugir, fazer uma ventania ou até me dar um cartão vermelho - nada disso me convence. Vivo por um só lema: “daqui não saio, daqui ninguém me tira!”... exceto o meu treinador, mas isso é um detalhe…

Assim que Sckar acertasse a pergunta (convenhamos, todos aqui sabemos que ele vai), a última porta se abriria e o Ventrículo parabenizaria-o com palmas e um agradecimento por ter jogado com ele. Como prometido, Sckar pôde avançar em sua aventura, dando de cara com um salão bem menor do que o anterior. Era tão apertado que parecia pertencer a uma casa pequena ao invés de um castelo, e os móveis ali também eram bem mais humildes e estavam todos cobertos por uma fina camada de pó, como se não vissem limpeza já há um tempo… no cantinho da sala, havia um baú, e se o Ranger resolvesse investigá-lo melhor, veria em meio à poeira as marcas de duas mãos sobre a tampa, como se alguém o tivesse aberto há pouco tempo. Além disso, na parede oposta ao baú só havia um grande espelho, tão alto quanto a parede. Nada muito suspeito, mas pelo menos agora ele tinha algo para investigar.

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