got me thinkin' nonsense ~

...eu não sei como dizer isso, mas se ela é APELONA, a culpa é exclusivamente do Cunha...
É isso que querem dizer quando falam sobre a água bater na bunda?

E EI, NINGUÉM TENTOU MATAR NINGUÉM!
Foi só uma consequência inesperada do calor do momento, ok? Respeitar.

— ...a-ah?? — Com o argumento nada argumentável de Karinna, o homem perdeu o fio da meada. Um gigantesco ponto de interrogação brilhou na sua expressão, os ombros caindo em um desarme confuso. — ...eu não fiz nada!!! Claro que minhas menina fica comigo, 'cê num acha que é solitário ficar cuidando disso aqui não??? — Defendeu-se, o que já era suficiente pra dizer que tinha caído nesse papinho totalmente descabido vindo de alguém que tinha batido primeiro. Te falar, são caras de pau, esses meus bebês... — ...i-informação demais... — Ele sussurrou, sem jeito, quando o papo começou a desviar de "transa" pra "fetiche" e seus pormenores. Foi puxando o quepe um pouco pra baixo que se PROTEGEU do fato, escondendo os olhos momentaneamente para tentar fugir daquela DESAVERGONHICE.....

...claro, até que começou a ser atacado de verdade.

— ...E-EU? EU NÃO!!! — Essa foi sobre envergonhar a coitada da Sashimi. — ....e-eu fiz? M-ME DESCULPA!!! V-VOCÊ É INCRÍVEL, GRANDONA!!!!! — ...você não devia estar falando isso pros seus INIMIGOS, moço. Mesmo que eles só tenham te convencido de um fetiche "sujo e abandonado", o que aliás, é bem a carinha de alguém por aqui, mesmo...... — ...quê? — Essa aqui é pra você, Daisuke. — .....Ô-Ô MOÇO, DIZ ISSO NÃO... — Agora, sim, ele começou a se desesperar. — F-FOI SÓ UM MALJEITINHO, CERTEZA!!! — Vocês não têm pena, não? Olha o EXASPERO desse coitado, de quem claramente vai PERDER O EMPREGO... que nem devia pagar tão bem assim. — E-Eu sou só o vigia, meu deus... — Murmurou, levando as mãos à cabeça e esfregando-a como se quisesse fazer TODOS OS PROBLEMAS SUMIREM.

Ele 100% não era pago pra isso.

Mas, sabe quem não tava engolindo nem meia sílaba dessa história?
Betina. Essa aqui continuou com o olhar sobre a dupla, fazendo caras e bocas, revirando os olhos, e ainda ergueu a mãozinha e a movimentou em um "blábláblá" pra Fernandez, enquanto batia a mandíbula pra REFORÇAR a ideia. Ao contrário de nosso pobre assalariado, a metálica lembrava muito bem quem é que tinha começado aquela treta toda. E, se tinha uma coisa que ela sabia com 100% de certeza, era que alguma coisa não cheirava bem ali. Não adianta vocês tomarem banho se ainda fedem, viu?

A Mêlzim... Ah, essa aqui era a lesada. Não digo isso por mal, mas ela nem se ligou no bate boca que estava acontecendo, na verdade - e só tirou a carinha escondida de trás de sua companheira de arena quando finalmente todo mundo calou a boca, porque julgou que NINGUÉM ia mais lembrar que ela havia incinerado sua desréplica acidentalmente. Inclusive, como falhou com a primeira, tentou com a segunda, mostrando sua BOLINHA pra Sashimi que... Eu admito, foi empolgada pela empolgação da quadrúpede. Ela até tentou PEGAR, mas o negócio se desfez em suas mãos quando bateu nelas e... Foi só triste mesmo, na verdade.

Mas fora isso, meu amigo, foi chumbo grosso. Literalmente, aliás - ambas as Aggrons se peitaram e, ainda que Sashimi CLARAMENTE levasse a melhor, Betina era mais do tipo TEIMOSA QUE NEM MUDBRAY. Ficaram lá, as duas batendo peito, até que Sashimi se distraiu brevemente quando outra bolinha veio em sua direção: Dessa vez, buscando um resultado diferente da primeira bolinha que simplesmente DESAPARECEU, a Megazord deu uma CABECEADA no "brinquedo"... O que realmente não era uma boa ideia, mas você tem que entender que é uma questão INFANTILIDADE e CALOR (HÁ!) DO MOMENTO.

Eu já falei que tem duas Aggron batendo peito?
Tem duas Aggron batendo peito...

Venusaur: Weather Ball [Sashimi - 30]
Aggron: Body Press [Sashimi - 11]
Sashimi: Body Press [Aggron - 51 (Gulping Sitrus...)]

Venusaur: Weather Ball [Sashimi - 30]
Sashimi: Body Press [Aggron - 76 CRÍTICO]
Aggron: Body Press [Sashimi - 11]

Eu não posso te dizer que ficou tudo bem - pelo menos, não imediatamente. Quer dizer, o homem até ponderou a ideia de se livrar daquele problemão sem alongar ainda mais a noite (talvez pudesse voltar a colocar os pés pra cima e ver uma tevêzinha?)... Só que no meio do caminho, tinha uma Mega Aggron. Mais especificamente, ordens dadas pela treinadora dessa coisinha gordinha.

Basicamente, o que aconteceu foi que ela deu uma peitada um pouco mais forte na pobre da Betina. E essa aí, que já tava mais pra lá do que pra cá, simplesmente MORREU no processo. Quem não gostou nada do fato foi Mêlzim - a bichinha era lesada, mas quando notou que sua parceira não tava mais dando sinal de vida... Ah, a coisa foi outra. Literalmente virada no Jiraya, acumulou toda a energia possível do solzim e.... BAM! Com uma lapada violenta só, levou a Megazord embora. Que, aliás, desmontou toda no meio do caminho de "embora"...

Huh.

Venusaur: Weather Ball [Sashimi - 30]
Sashimi: Body Press [Aggron - 51 - K.O]

Venusaur: Weather Ball [Sashimi - 30 - K.O]

Zhár - Fainted
Sashimi - Fainted

— ...MÊLZIM! PERAÍ, MÊLZIM! — Desesperou-se o coitado, que só queria um bocadinho de paz. Ele correu imediatamente pra perto da irritadiça gramínea, jogando os braços em seu cabeção e fazendo um carinho rapidinho, tentando conter as emoções vibrantes da pobrezinha. — Calma, meu môzim! Tá tudo bem, foi só um mal entendido, tá? A gente já vai cuidá da Betina, calma... — Pat pat. Pat pat pat. Claro, dava pra ver que a bicha ainda tava PUTA DA VIDA com Sashimi, mas qualquer possível avanço foi contido pelas palavras de seu treinador. Ela se virou de ladinho, largando o "solzinho" artificial pro lado de muito mau jeito, fazendo com que a esfera quicasse no chão e espocasse como um balão sem graça. Seu cabeção encostou na cabecinha da réplica da Aggron, empurrando-a de levinho com o focinho e tentando arrancar alguma reação...

Com o coração na mão, nosso pobre vigia achou por bem retornar as duas, nem que só momentaneamente.

— Tá, vamo fazer assim... — Os ombros encolheram, devagar, e pegou a lanterna mais uma vez para poder virá-la na direção do casal. — Eu vô deixar vocês irem, tá bom? Mas eu não quero mais os senhores por aqui, não!! Aqui é privado, é perigoso, num pode não... — Comentou, um suspiro curto... — Vem, eu vô levar vo- — ...parou. Era difícil de ver no escuro e com a luz da lanterna contra, mas os olhos se focaram em um ponto atrás do casal, e...

...E nada. De trás dos dois, uma nuvem espessa de esporos surgiu de repente, espalhando-se com velocidade avassaladora entre ambos. Bloqueou-lhes os movimentos, bagunçou os pensamentos e, pouco a pouco, começou a dominar seus sentidos.

"...Senhô!!! Que que o senhô tá fazendo aqui?", veio a voz distante, tão mais distante do que realmente o era. "Eu já tava levando esses aí pra fora, só tinha sido um engano e..."

A voz desapareceu, devagar, quando a noção de realidade abandonou o psíquico de ambos os treinadores. Vagarosamente, vinhas escaparam detrás para se enrolarem em seus corpos, tomando-os para si como bonecos de pano que sequer eram capazes de lutar contra.

"Não, eu já cansei desses tipinhos vindo aqui o tempo todo. Eles precisam de uma lição, pra ver se param de se achar os donos do terreno.", foi a última coisa que ouviram, sussurrado, como se fosse uma voz ao pé do ouvido. "Eu mesmo vou me encarregar de levar esses aqui pra delegacia."

...envoltas pelos esporos, as consciências se foram e, então, o mundo enegreceu.


Acordaram. Zonzos, é possível. Atrás das grades, mas certamente não em uma delegacia. Uma cela pequena de pouquíssimos metos cúbicos, mas que seria suficiente para mantê-los - ora, eram só dois!

Aliás, ouso dizer que o cheiro da mistura enjoenta de mofo e abafado poderia facilmente ter sido um dos principais responsáveis por despertá-los: A infiltração escorregava pelas paredes, subindo pelos tijolos antigos bem organizadinhos. Havia só uma cama, mas não acredito que o responsável por deixá-los ali tenha se importado tanto com o fato, considerando que ambos os pombinhos estavam largados no chão de qualquer jeito.

Sem mochilas, itens, pokémons. Sequer o brinco de Key Stone da madame havia escapado daquele arrastão, o coitadinho.

O único presente que havia ficado eram dois pares de algemas que se prendiam nos pulsos de cada um - o de Daisuke cintilava, um prata belíssimo que indicava quão novo era o objeto. O de Karinna... Nem tanto. Antigo, mais pra lá do que pra cá... Ainda firme no lugar, entretanto.

O lugar era sombrio. Uma luz fraca escoava de um dos cantos do corredor à frente da cela, evitando que fossem engolidos pela completa e pura escuridão.

...mas não me deixem falar demais;
Acabaram de acordar, afinal.

Não entendi, o que você tem contra malucos aparecendo dizendo que vocês não deveriam estar na construção? De qualquer jeito, vamos ao que interessa no momento: descrições.

A primeira delas eu reservo às algemas: Não, elas não eram vagabundas. Ou pelo menos não tinham a intenção de ser, é o que quero dizer - principalmente as de Fernandez, que brilhavam em um prata novinho e folha e indicavam que não sairiam dali com tanta facilidade. Quer dizer, você pode até quebrar os próprios pulsos pra se livrar delas (é sempre uma opção, afinal!), mas alguma coisa me diz que não é exatamente esse o plano, né?

As de Karinna, por outro lado, já eram vividas o suficiente para terem flashbacks de guerra. Outrora prateadas (quiçá até em outra vida), a oxidação agora tomava conta da maior parte do objeto. As correntes que ligavam uma pulseira à outra também não pareciam muito firmes, mas aí não tenho como te dizer com toda a certeza do mundo.

Janelas... Nah. Pelo menos nenhuma que pudesse ser vista. Aliás, as barras da cela pareciam bem firmes, ainda que a fechadura do portão também estivesse um pouco enferrujada, o que poderia ou não ser um problema. Se quisesse dar uma espiadinha, enfiando a cara contra as grades, dava pra enxergar o começo de uma mesinha de onde vinha a luz amarelada, mas era difícil desvendar qual exatamente era a sua fonte.

À frente da própria cela, existiam mais três idênticas - todas aparentemente vazias, entretanto.

Sobre a cama... Tá pensando que é chique assim, é? Não era uma cama de verdade. Na verdade, era um daqueles colchonetes vagabundos em cima de uma ripa de madeira, pendurada unicamente por duas correntes na parede... Que estavam pregadas pra ficarem de pé, aliás. O que era um procedimento bem infeliz, considerando que provavelmente não aguentariam alguém mais buchudinho... Que horror, viu?

À esquerda, era possível ouvir o barulho extremamente baixinho de murmúrios indecifráveis, isso se prestassem atenção suficiente.
Talvez não estivessem sozinhos?

Tá aí seus aposentos, gatinho.
E aí, qual vai ser?

THUMPLICK.

Deixe-me explicar: Foi exatamente esse o barulho esquisito que (não) ecoou na cela, meio abafado, mas ainda em um PÁ forte. Eu devo dizer que achei um tremendo de um exagero e a maior prova disso é que a correntinha praticamente ESFARELOU no processo - ou seja, era realmente velha e uma forcinha a mais além do normal já seria suficiente, mas...

Vamos lá, vamo BATER MADEIRA. Quanta complicação, isso que dá ter 8k+ de QI.

Mas não foi só isso que aconteceu, na realidade. Quando a tábua bateu com força contra a parede de tijolos, um dos pregos que segurava um dos lados da cama simplesmente pulou pra fora, rolando pelo chão e derrubando o móvel improvisado de uma só vez, pendurado unicamente por um dos lados. A consequência também fez com que a tábua balançasse de um lado para o outro, dando um "PÁ" nas costas da loira e a jogando de cara no chão.

MAS PELO MENOS ERA UMA LOIRA LIVRE!

...bem, não. Ainda tinha belas (não) pulseiras de enfeite, mas... Pelo menos não estavam mais interligadas, né?