equipando focus sash em mithra;
A princípio, não acreditava que teria de ter mais um adversário quando matutou de que seus assuntos haviam acabado ali. Respirou fundo, dando meia volta e calcorreando na direção indicada onde estaria o garotinho. No meio do caminho, sentiu a indicação de que havia chegado uma mensagem em seu rotom phone. Nicholas torceu o cenho quando percebeu que era uma mensagem de voz da especialista em psíquicos que o aguardava em algum outro recinto. Conhecendo bem a loira, colocou o volume no mínimo — ou sabia que o aparelho de Karinna estava desatualizado e faria aquele puta eco, ou estaria berrando sabe Arceus o porquê.
Era a segunda opção.
Quase como um reflexo, jogou o pescoço para trás junto de seu rosto, com os ouvidos mais longínquos da saída de áudio, somente voltando a ouvir quando a voz da johtoniana se acalmou — foco onde inferira de que já iria fazer os pedidos. Sabendo disso, Nicholas matutou de que não poderia delongar muito na casa; e não era por receio das retaliações de Karinna, e sim Ivy ser um poço sem fundo e comer sua preciosa refeição. O treinador ás tomou em mãos o aparelho e começou a responder por texto.
Mensagem para Karinna escreveu:PQ VC NÃO PODE FALAR MAIS BAIXO? NO VOLUME MÍNIMO QUASE ESTOUROU MEUS OUVIDOS
as coisas saíram um pouco do controle aqui, mas já consegui contornar tudo, como de costume
apareceu um tiozinho q se diz o mestre e diz q qr lutar cmg. até parece q eu vou perder fácil assim, logo eu
vou acabar aqui rápido e tô indo praí
AH, não esquece principalmente do molho ranch e N DXA A IVY ENCOSTAR O MEU LANCHE
n faça nd q eu n faria
O kantoniano adentrou a sala, vendo que uma médica cuidava de Austin. Manteve-se taciturno sobre a indagação de ele ser Nicholas, afinal, julgava ser implícito dado sua preocupação ímpar com o rapaz. Calcorreou até próximo do garoto, inclinando o tronco e simultaneamente agachava, tombando a perna canhota até que os joelhos tocassem o chão e a restante sustentava todo o seu corpo, com os pés apoiados sobre o piso de madeira, com a fossa poplítea formando noventa graus. A moçoila concluiu o laudo inferindo de que o rapazinho tivera sua consciência exaurida por algum choque emocional, inquirindo sobre um possível motivo.
— Ele disse ter visto o irmão dele, foram as suas últimas palavras antes de desmaiar — disse em um sibilo calmo. Nicholas fitava Austin. — Mas ele foi hipnotizado ou foi possuído por um Gengar na tal da décima terceira casa. Se é que tem alguma maldição, deve ser exorcizada logo. Derrotei o suposto espírito do antigo guardião, Leon, mas não sei se ele vai voltar — então Nicholas relaxou a postura, repousando sobre o chão ambas as pernas cruzadas. Passou por dentro do braço destro uma alça da mochila e com o esquerdo, posicionou ela no vão entre o piso e panturrilhas. — Ouça, se ele não acordar e eu tiver ido embora, quero que me garanta que ele leia isso. Por favor — pediu ao arquear um caderno e uma única caneta.
Carta para Austin escreveu:Garoto,
Quando você acordar, talvez eu não esteja mais por aí. Tenho de ir embora para ver outras pessoas que se importam comigo, assim como me importo com elas. Não sou de ficar falando muito, mas gosto de você; você é um bom garoto, tem um coração puro, tem tudo para ser uma excelente pessoa e se seguir tudo aquilo que te ensinei, será tão bom quanto eu. A partir de hoje, sempre vou considerá-lo como meu aluno.
Você ainda é novo, Austin, então não apresse os passos e não dê passos maiores que sua perna. Ainda tem muito a aprender: sobre o mundo, sobre você, sobre pokémons, sobre batalhas. Enfim. Não vai ser em pouco tempo que poderá absorver o máximo, por isso, segure a ansiedade e busque aprender o máximo possível com cada oportunidade que tiver: livros, histórias, observando. Não tive tempo de ensinar tudo o que sei, mas sei que, com o passar do tempo, vai ter a oportunidade e vai fazer isso com êxito.
Essa não vai ser a última vez que nos cruzaremos. Daqui a alguns bons anos, você estará realizando o seu sonho depois de se preparar o máximo e vai poder ver tudo aquilo que puder imaginar e mais um pouco: ver a vida selvagem, o seu teto ser um céu cheio de estrelas e conhecerá pessoas pelas quais vale a pena lutar. Não deixe nunca as mazelas do mundo corromperem o bom coração que você tem; cultive sua virtude com todas as suas forças. Se algum dia nos cruzarmos, seja em qualquer rota ou tentando tomar meu trono de campeão, afinal, sei que derrotarei Steven Stone algum dia, estarei te esperando para me contar tudo o que aprendeu.
Cuide-se, garoto. Até algum dia.
Nicholas.
Deixou a folha dobrada ao meio com os manuscritos junto à médica, erguendo seu corpo e volvendo até a arena de outrora. Posicionou o corpo de frente ao mestre do dojo, em uma distância imaginária de onde jazem os treinadores em uma batalha. Arqueou uma esfera bicolor e lançou-a ao ar com pouca força. Ao atingir seu ponto mais alto, o apetrecho se partiu, evocando um feixe luminoso e este materializava um pouco mais à frente o monstrinho cibernético, Porygon-Z.
— Presumo que você seja o último. Usarei ele — disse o kantoniano, tal se inferisse implicitamente sobre o monstrinho cibernético. — Me disseram que você é bom. Quero ver até onde vão suas habilidades.
Quem será que o mestre lançaria para o campo, huh?
Daycare escreveu:: 125.