Cap 1

Sentíamos na pele que essa batalha seria bem acirrada, em meus períodos de cuidador de pokemon junto aos meus avós, adquiri um pouco de conhecimento quando aos tipos dos pokemons, e sabia que pidgey levava vantagem sobre pokemons do tipo grama, os movimentos de Bulbasaur seriam reduzidos.

Mas naquele momento, sabíamos que a experiência de luta que sairíamos dessa batalha nos deixaria mais forte, então veio em minha mente tentar uma ofensiva.

"Certo Bulbasaur,  não se deixe abalar, vamos tentar Vine Whip e em seguida ataque com tackle!"

Campo: Campo plano de terra batida.

Após ouvir o comentário de Marina, senti a determinação de Bulbassaur aumentar, e também fico impressionado com a força do meu parceiro, imaginava que a eficácia seria bem inferior.

"É isso ai Bulbasaur, parece que eles estão se desestabilizando, esses golpes foram impressionante! E agora estão aguardando nossos movimentos. Vamos lá, duplo Vine Whip! "

Campo: Campo plano de terra batida.

"Hahaha! Isso é muito divertido, gostaria de repetir mais vezes esse nosso tempo de batalha!" Digo sorridente a Levi. "Essa nossa primeira batalha ficará sempre em minha memória!" Então logo torno para meu parceiro e exclamo. "Pode ser que esses sejam nossos últimos movimentos meu parceiro, está na hora de irmos com tudo, use Vine Whip e em seguida Tackle!"

Como dito anteriormente, a sensação da primeira batalha era tão excitante que até os pokémon mais inexperientes pareciam lendários e Phílippos não conseguia evitar a emoção de estar vivendo aquela experiência. Era mágico e diferente de tudo. No momento da batalha era formada uma conexão, não só entre treinador e pokémon, mas também entre os dois treinadores, cada um dando o máximo de si para comandar seus monstrinhos para a vitória.

Infelizmente para Levi, Bulbasaur não era só bem focada (O suficiente para não ter errado nenhuma mesmo com a accuracy mais baixa) mas também estava muito motivado. O passarinho mais uma vez se trombava com o gramíneo e era rebatido com uma “vinhada” seca bem na cara. Tão forte que havia gerado dano crítico! E capaz de finalmente finalizar a batalha deixando Pidgey fora de combate.

- Poxa… Tudo bem. Perder faz parte. - O rapazinho suspirava mas até que abria um sorriso satisfeito. Retornou seu Pidgey para a Pokébola e oferecia um aperto de mão para Phílippos. - Muito bom cara. Mas da próxima você não ganha, ok? -

- Parabéns Phílippos! A Bulbasaur também parece bem ferida… Vamos para o pokémon center agora ok? - Quem intervinha era Marina com um tom preocupado. Levi apenas assentiu e voltou a pegar a caixa de sua encomenda. - Marina leva ele e Pidgey para o Pokémon Center. Eu vou fazer essa entrega lá no tio Valmir antes que ele ligue para mamãe hehe. - Entregou a sua Pokébola para a menina. - Eu alcanço vocês no Pokémon Center! Vai ser rapidinho tá gente? - E sem esperar o rapazinho saia correndo.

- Ele vai amassar tudo… - Marina dizia com os braços cruzados mas já aceitando o jeito do rapaz. - Vamos? É aqui perto o Pokémon Center, -

Ao seguir a mocinha o treinador entraria no pequeno Centro Pokémon. Menor do que o de sua terra natal com certeza mas com um quê de aconchegante.

-Aqui! Vem comigo para entregarmos as Pokéball para a enfermeira. É bem rápido. Aqui também tem o Pokémart onde você pode comprar Pokébolas ou Potion. Acho que é sempre bom ter algumas dessas de cura, sabe? - Se o treinador observasse bem poderia ver o balcão da loja num canto do estabelecimento com alguns itens. Ficaria a Philippos a decisão de gastar ou não, um dinheirinho.

Ficaram a espera por um bom tempo até a enfermeira entregar as pokébolas dos pokémon, agora recuperados e descansados, no entanto nesse momento Marina começava a dar falta de alguém.

- O Levi… Tá demorando né? Acho que a gente deveria ir atrás dele… Ele tá tão ansioso para explorar atrás do laboratório que é estranho não ter aparecido até agora. O que você acha? -

Depois de uma batalha acirrada, eu sentia uma conexão mais próxima com meu Pokémon e além de tudo, uma conexão ainda maior com as crianças, e como senso de responsabilidade, me sentia como um irmão mais velho e me preocupava com a demora do menino, eu via a preocupação no rosto de Marina.

"Marina, não se preocupa, eu sei que vai estar tudo bem com o Levi, aguarda aqui um pouquinho, vou ali rapindinho comprar uns itens que acredito eu que será necessário para essa nossa busca ao Pokémon misterioso."

Ao dizer isso Marina fui até a lojinha.

"Por favor, gostaria de comprar uma great ball e 5 potions."

Assim que recebesse os itens, já com meu bulbasaur recuperado, voltaria para a Marina e iríamos atrás de Levi, saber porque estava demorando.

Nas cricunstâncias que se encontrava, Phílippos achou melhor pedir a Marina para esperar mais um pouco pelo seu parceiro. Ela acabava assentindo com a cabeça e indo para a porta com a Pokébola de Pidgey e seu Rattata parceiro ao lado. Olhando para o vidro das portas esperando algum sinal de Levi.

Agora para a parte das compras, o treinador pedir uma Great Ball e algumas poções, só para garantir os próximos passos da jornada certo? A simpática atendente logo entrega os itens ao rapaz, apenas adicionando mais uma ao pedido. Uma Premier Ball.  - Aqui! Essa aqui é um brinde para todos que compram no nosso Poké Mart. Boa sorte com a jornada! -

Pronto! Agora podemos voltar à programação normal. Phílippos, e agora com Bulbasaur recuperado, se aproximava da menina percebendo que nada de Levi. Não restava muita coisa além de ir atrás do menino. - Olha ele foi na direção do barzinho da cidade. A mãe dele fornece alguns salgados para fritar sabe? - Marina comentou enquanto ambos saíam pelas ruas da cidade. Felizmente mesmo não morando lá, ela parecia saber bem do caminho. Agora já não era tão cedo e o sol batia forte e agradável nas ruas daquela bucólica cidade. Tão tranquila… Ou nem tanto pois quando na rua do tal “bar do tio Valmir” começava, a dupla conseguia ver ao longe uma comoção na frente do estabelecimento. Alguns senhores e o próprio Levi cercando um outro coroa, barrigudo, a cara de cachaceiro bem evidente.

- Ah não… Esse velho de novo não… - Marina comentava passando a mão no rosto claramente frustrada. - Minha mãe nem deixa falar com eles… Phílippos se você quiser ir foca a vontade tá? Quando o Levi terminar eu entrego a Pokébola. -

Então era escolha do nosso treinador ir ver o que estava acontecendo, ou só esperar com Marina. Parecia algo sério de certa forma… Ah espera aí o que é aquilo brilhando jogado no canto da rua? Será que o treinador também arriscaria de dar uma olhada?

Como já era de se imaginar, a demora de Levi em ir até nosso encontro tinha alguma coisa, que me intrigava naquele momento aquele ajuntamento de pessoas, e até mesmo antes de ir onde o garoto estava, aquele feixe de luz me chamou a atenção, e não resistindo disse a Marina: "Fique aqui, eu vou la ver o que se passa, me de a pokebola do pidgey que levarei comigo, nunca se sabe o que acontecera, e junto aos nosos pokemons somos mais fortes e corajosos!"

Assim aguardando a entrega do pokemon de Levi a mim, já me preparo para investigar aquele canto da rua antes de ir até o garoto.

Mesmo com as palavras de Marina, Phílippos decidiu dar uma olhada em toda aquela comoção, no entanto, não foi bobo em não procurar investigar o que estava refletindo luz e chamando sua atenção. Chegando no cantinho conseguia ver, largado no chão perto de uma lata de lixo, um CD de cor arroxeada. Se o rapaz o recolhesse veria escrito com caneta permanente Sludge Bomb. Uma TM assim dando sopa? Infelizmente nem tudo era fácil pois ele conseguia reparar numa bela rachadura que se estendia por metade do objeto. Talvez houvesse algum conserto? Phílippos só descobriria se carregasse o item consigo.

Agora voltando para Levi e a aglomeração de senhores de meia idade que se formava do lado de fora do bar. Quando chegava perto, o rapaz conseguia entender a cena. Havia um senhor no meio, sendo acudido pelos outros inclusive por Levi. Deveria ter seus 50 e todos anos, meio gordinho, grisalho e portando um belo de um bigode de seu madruga. Estava vermelho e com os olhos arregalados cheios de lágrimas. Alguns ao seu redor pareciam preocupados, outros um pouco irritados como se vê-lo assim não fosse uma novidade. Quando Levi avistou Phílippos, acenou para que o rapaz se aproximasse.

- Ah você trouxe o Pidgey? Obrigada! – Levi dizia antes de suspirar ao ver que todas as atenções estavam voltadas para  o homem que nesse momento se lamuriava “Ah meu fuscão!” “Minha vida acabou sem meu fuscão” – Ah esse aí? É o Tio Leno... Ele não é tio de ninguém na verdade mas meio que é uma lenda aqui de Pallet... Pelo menos é o que eu escuto das crianças mais velhas. – Com as mãos na cintura ele suspirou e continuou. – Mas... Tio... – Agora se voltava para outro senhorzinho que também observava a comoção. – O que aconteceu dessa vez? –

- Ah Levi… Você sabe que esse cabra não presta. Se engraçou com a mulher dos outros… -

- De novo? - Exclamou Levi.

- Isso mesmo. E parece que o Tauros da vez descobriu que levou aquela xaranga que ele chama de fusca… Mas tu não toma jeito né Leno?!

- Ah mas mas Valmir você tem que entender eu… - O tal Leno respondia entre fungadas. - Se tu visse aquela Tetéia, toda avantajada como que não ia atrás? Eu herdei do meu pai isso… Mas mas agora aquele chifrudo levou meu fuscão vermelho… Tão novinho … Troquei por um Mudbray em 98… - No meio daquela conversa absurda todos agora estavam mais tranquilos como se um absurdo daqueles  fosse algo comum.

- Leno. Olha aquele troço velho só você sabe andar. Ele já deve ter morrido com o carro por perto…-

- Poxa verdade… A gente podia ajudar… Se só tivesse uma forma de ter uma vista de cima e rápida… - Agora Levi comentava enquanto girava lentamente a Pokébola de seu pidgey entre as mãos. E agora nessa dúvida será que Philippos teria alguma ideia para ajudar o pobre tio Leno e seu fusca roubado? [/font]