02@ Rota 22

E a pokémon gasosa foi mais alto do que eu imaginava que ela pudesse ir. Meu coração quase saiu pela boca quando já não pude mais vê-las no céu escuro. “Ficou louca?” pensei alto, enquanto olhava em volta, confuso. De repente uma confusão de cores no céu, as duas caiam juntas. Naquela altura, se encontrassem o chão não sei o que pode acontecer...

Corri de um lado ao outro, mas não conseguia achar o local exato. Fechei os olhos, pensando no pior, mas quando eles se abriram, vi as duas pokémons a salvo. Respirei fundo e limpei o suor da testa. Um pouco de fumaça se dissipava com o vento, que fazia certo barulho assustador ao correr entre as árvores.

– Vocês estão bem? – Perguntei, indo ao encontro das monstrinhas venenosas. – Perdão, não devia ter pedido para fazer aquilo. – Sim, era minha culpa. A pokémon me lançou um olhar alegre, o mesmo olhar que sempre teve no rosto bobo.

Violeta rodopiava como se não se importasse mais com a luta. Encarava minha pokémon quando senti algo se aproximar. A Bellsprout. Ela apontou para uma pokéball vazia que tinha em mãos, amistosamente. Será que... queria vir conosco?

– Bells...prout? – Exclamei, confuso. Violeta lançou-se em minha frente, balançando o corpo positivamente, como se falasse que sim, que ela viria com a gente.

Peguei a esfera e agachei, ficando a altura do pequeno pokémon planta. Lancei um sorriso para ela e a Bellsprout apertou o botão do centro com uma de suas folhas. Um jato a sugou para dentro do objeto, que vibrava bem fraquinho em minha mão.

A pokébola parou de vibrar, confirmando a captura. Olhei para Violeta animado e levantei. A pokémon gás rodopiou e expeliu um pouco de gás, feliz com a nova amiga. Já era de noite e já não havia mais o que explorar naquela rota. Ao lado de minha pokémon, retornei para Viridian.