De passagem por Viridian!

Eram todos nomes de árvores, Asaph percebia. A cerejeira, a faia, o ipê... Talvez cada um daqueles quartos tivesse algum tipo de conexão com estas árvores. Talvez o tom distinto da madeira dos quartos tivesse alguma conexão com estas árvores. Poderia ter sido cada quarto feito de um tipo de madeira diferente, quem sabe?

Outra coisa interessante era o fato de que nesta frase o autor parecia ter algum tipo de relacionamento com as árvores. Nesse momento, Asaph acreditava que se tratava de uma espécie de código talvez pessoal, ou talvez de toda aquela família, em que se conheciam, cada um deles, pelos nomes das árvores.. Além disso, os aviões, tal como as bonecas, davam a impressão de que os moradores daquela casa habitaram o mundo dos vivos até, no mínimo, algumas décadas atrás. Quanto tempo atrás, isso ainda era impossível determinar.

O treinador compartilhou essas divagações com as fantasmas. Ouviu o que elas teriam a dizer, recolheu o papel no chão quebrado, guardou junto com o outro, e decidiu que era chegada a hora de rumarem para o terceiro quarto daquela série.

Ao menos agora as coisas pareciam estar fazendo algum sentido. O treinador esperava encontrar um outro papel, semelhante àqueles, nos próximos quartos e, com alguma sorte, juntar todos eles. Ainda tinha, também, esperança de encontrar chave do baú do primeiro quarto em algum dos outros quartos, embora soubesse que esta possibilidade fosse demasiado remota.

A última porta, de repente, parecia exibir um convite muito tentador de aproximação. Pumpkaboo oferecia segurança de que não receberiam um ataque vindo da pessoa que estava lá. A Shuppet de Asaph parecia estar com medo.

Era óbvio que havia algo de muito errado lá. O treinador apenas não conseguia mensurar o quanto. Sabia que era ali que encontrariam o que estavam procurando, só não sabia se deveriam mesmo fazer aquilo.

- Pumpkaboo, se continuarmos nestes quartos vamos apenas descobrir mais alguns detalhes, tenho certeza. Aquele último quarto, todos concordamos, é onde está o que estamos procurando. É por causa daquele quarto que estamos aqui. Não quebre esta porta, vamos até lá.

O treinador tomou a frente do trio e se dirigiu à porta mais escura, onde alguém chamava em um idioma antigo que Shuppet de alguma forma compreendera. Meio que com um instinto protetor ia à frente, não queria que as duas fantasmas fossem de alguma forma feridas. Sabia que estavam caminhando para um problema, desejava apenas que conseguissem contorná-lo sem sofrer mais perdas.

Mais uma cena indiscutivelmente aterradora acabava de se desenrolar na frente do trio momentaneamente fantasmagórico. Asaph tinha dezenas de perguntas sobre aquela "pessoa" que acabou de "morrer" diante dos seus olhos, mas sabia agora que jamais poderia fazê-las. Era a terceira "morte" desde que haviam iniciado as buscas àquele monotrainer ghost.

Agora, entretanto, estavam de posse de uma enferrujada chave. Era animador para quem tinha uma porta e um baú para abrir. Seguiu o conselho traduzido por Shuppet e apanhou a chave. Sua intenção era abrir a porta do quarto que não abriu sozinha. Era o que ele pretendia fazer depois de analisarem também aquele quarto, buscando outras pistas ou, quem sabe, mais um papelzinho. Ou o grande segredo do quarto mais escorra aquela criatura que eles haviam visto desaparecer diante de seus olhos?

Depois de realizar esta análise iriam tentar abrir a porta do quarto, e se não funcionasse, tentariam o baú no primeiro quarto...

Asaph e as duas fantasmas estavam agora diante de um dilema tentador. Colocar o papel na máquina de escrever e verificar o que poderia acontecer ou simplesmente ignorar aquela possibilidade, sair por aquela porta e verificar o quarto que faltava, ou menos descer as escadas.

Segundo Pumpkaboo, ativar aquela máquina de escrever poderia significar uma prisão naquele quarto, talvez eterna. Entretanto, Asaph sabia que tinha todos os seus Pokémon consigo, de modo que poderiam fazer alguma coisa para possivelmente quebrar aquela madeira, ou terem alguma outra ideia. Tinham muito a perder, era arriscado, mas não impossível.

Além do mais, aquela máquina de escrever poderia revelar alguma pista sobre o indivíduo que procuravam agora, de maneira que deixar aquela pista passar em branco poderia ser um erro. Estavam naquela casa fazendo justamente isso, e Asaph sabia que aquela poderia ser uma boa pista, apesar dos riscos.

Com isso em mente, tomou o papel em suas mãos e o pôs na máquina de escrever, esperando o que aconteceria a seguir.

JV - Ruas de Viridian

Apesar dos possíveis perigos, Asaph decide colocar a folha na máquina. De repente, a máquina começa a fazer um barulho estranho e começa a sair iluminação de dentro dela, de repente, ela começa a escrever sozinha em uma velocidade muito alta, tanto que o treinador não conseguia entender que botões estavam sendo apertador, porém, ao mesmo tempo, a folha nada tinha escrito. Enquanto mais escrevia, mais barulho fazia e de repente explode um feixe de luz da máquina, que neste momento estava a todo vapor e parecia que iria explodir a qualquer momento. Percebendo isso, o treinador usa a cama, que ficava de frente do aparelho, para se proteger de uma provável explosão, de repente, ela começa a levitar sozinha, ainda enquanto escreve, começando a girar em seu próprio eixo e com vários feixes de luz saindo dela no momento, parecendo um enorme show de lasers que iluminou todo o quarto. Prevendo um total perigo, Pumpkaboo solta de sua barriga diversas folhas que eram afiadas como navalhas, que acertam a máquina, que explode, porém sem causar dano, apenas fazendo um barulho ensurdecedor e retirando a visão do grupo, como uma bomba de luz. Ao recobrar a visão, o quarto estava intacto e havia uma folha no chão, esta que estava em branco. Recobrando os sentidos, a pokémon abóbora diz:

- Era pior do que eu pensava, esta armadilha não era para nós, era para o mestre!! - Ela falava aquilo como se todos tivessem entendido, mas logo percebe que deveria explicar aos outros - Aquela máquina de escrever estava indo louca para a velocidade de luz, se deixássemos isso acontecer, poderia ocorrer duas coisas: A primeira é que a explosão que ela faria seria igual a uma Supernova, ou então que naquela velocidade ela fosse diminuindo até criar um buraco negro, que iria sugar todo este mundo fantasma. Tivemos muita sorte de termos agido rápido, caso contrário seria uma morte rápida, porém dolorosa. Isso me faz pensar se era esta máquina o motivo para ele guardar este local com um dos seus pokémons mais fortes.

- O estranho é que, por termos parado esse processo, ele estava realmente escrevendo algo, mas estava apagando de alguma forma, por isso, ao destruir a máquina antes da hora, ficou aqui uma frase escrita, venham ver - dizia Shuppet, ao olhar para a folha - esta também está em português, que estranho! Deixe-me ler: "Não acho justo aquela metida ter a chave mestra, ela pode abir qualquer quarto, inclusive coisas pessoais, como o meu baú, quem ela acha que ela é? Uma pessoa como ela deveria ser consumida no fogo para sempre, até sua pele ficar escura igual ao carvão e seus ossos saltarem de seu tronco de tanta agonia!". Eita, não é possível uma criança falar isso! Porém, ela fala sobre uma "chave mestra", seria possível que ela chave ainda funciona no baú?

OFF: ...

♦ The White Swan ♦ @CG

Última edição por JustNorman em Qui 18 Dez 2014, 11:22, editado 1 vez(es)