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Michel estava furioso por sua principal caça não estar mais sobe poder de seu filho, o repreendeu de forma grotesca e passou a vir em minha direção, mas antes que pudesse me alcançar foi interrompido pelos Unowns, que o circularam e o impediram de seguir. O caçador passou a golpeá-los, machucando alguns deles, em resposta os pokémon começaram a carregar outra vez seu movimento. Daquela forma, tão próximos, Michel não iria resistir e morreria.

Apesar de seu comportamento nojento e de suas atitudes com os pokémon, não podia deixar que ele morresse ali, em frente de seu filho, e que eu não tivesse feito nada, por que mesmo sendo um idiota, o valor de uma vida era alto e eu sabia  valorizar isso.

Então gritei tentando interromper os Unowns:

- PAREM POR FAVOR! Michel é um babaca, mas, se fizerem isso, irão machucá-lo a ponto de tirar sua vida, se isso acontecer vocês se tornaram iguais a ele! Não façam isso! Além de quê, seu filho está aqui, não permitam que ele veja isso!

Depois de gritar fortemente apelando para o senso dos Unowns me aproximei deles e comecei a pedir outra vez, insistindo para que eles poupem a vida dele, visando não se tornarem iguais a ele, e darem a ele, mas principalmente a seu filho, outro chance de mudar as coisas.

 O jovem parecia feliz com a decisão do pai e ao passar ao lado de Pandora, a agradece pela ajuda e dá um animado tchau com as mãos. Apesar de tudo o jovem amava seu pai, a criadora só podia torcer para ele se tornar alguém melhor que este no futuro.

 E foi embora. 

Eu suspirava alto e forte, mais uma vez por apenas um fio outra tragédia fora evitada. Michel e Hércules juntaram seus itens e saíram, claro, Michel não pode deixar de fazer mais uma ameaça. Eu sabia que poderia encontrá-lo novamente, e que ele provavelmente iria guardar recordações ruins desse dia, mas eu sentia um grande alívio por ter feito tudo o que estava ao meu alcance para que meus ideais fossem validados perante aquela situação tão intensa.

A caverna havia ficado para trás, assim como os Unowns, os Sandslashs, o Sandshrew, Wendy e sua equipe, e agora Michel juntamente com Hércules também partiam. Dessa caminhada eu havia retirado o máximo de experiência possível de criação e batalha, de ajudar e trabalhar com pokémon e humanos das mais diversas personalidades. Levava comigo também Zangoose e uma promessa de uma vida melhor para ela. E com muito amor, meus outros companheiros que muito aprenderam nessa parte de nossa caminhada.

Eu havia finalmente chego do outro lado da caverna, a saída para Lavender. Eu precisava passar em um Centro Pokémon para cuidar de mim e dos meus parceiros. Olhei para trás, contemplei mais uma vez a saída da caverna, respirei fundo e parti para a cidade.

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Off.: Obrigada por me narrar nessa rota, Perri. Você foi uma grande surpresa boa, fiquei muito instigada durante essa jornada. Você é sempre bem vindo nas minhas aventuras!

Enquanto caminhava seguindo para a próxima cidade, percebi uma estranha figura me seguindo. De imediato, achei que fosse Hércules ou Michel, virei-me então bruscamente, e para minha surpresa, dei de cara com um Unown. Ele flutuava desajeitado e me seguindo. Caminhei mais um pouco, e ele continuou a me seguir, quando parava, ele parava também. Não é que aquela criaturinha queria ir comigo? Sorri pra ele, retirei da minha bolsa minha última pokébola vazia e a lancei para capturá-lo.

A pokébola lançou um feixe de luz vermelha que o consumiu, sobrando apenas sua sombra, que aos poucos desapareceu. A bola vermelha e branca caiu no chão tremendo e aos poucos perdeu movimento, até paralisar. Eu dei um pulo de alegria, não esperava por este novo companheiro, mas sem dúvida era mais uma lembrança de um momento extremamente enriquecedor neste continente.

Com o peito vazio de problemas, com a mente em paz e com um sorriso no rosto, parti para a minha próxima etapa da aventura.