Pokémon Mythology RPG
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#002 - Antes das respostas...

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Question!


A manhã em Cherrygrove começava em um clima agradável. Nuvens brancas e largas espalhavam-se pelo céu. A temperatura permanecia amena, mas o sol forte dava indícios de que o calor não tardaria a aparecer. Erik circula monotonamente entre os poucos moradores e viajantes que ocupam as ruas da cidade. Poderia passar completamente desapercebido, não fosse pela peça de aço na ponta de seu antebraço direito. Como estava sem sua costumeira jaqueta, apenas com uma camiseta branca, sua prótese acabava saltando aos olhos de quem o mirasse. De qualquer forma, nenhum olhar estranho chegava a incomodar o rapaz. Em geral, apenas o observavam por um instante mais demorado, antes de seguirem seus caminhos.

Na verdade, havia sim algo incomodando Erik, mas sem nenhuma relação com qualquer cidadão abelhudo de Cherrygrove. O que o aborrecia era a constante sensação de estar focado em um esforço inútil. Ou, ao menos, pouquíssimo efetivo.

O treinador havia saído do Centro Pokémon com um plano simples em mente: circular pela cidade, atrás de alguma pista do paradeiro de Lucy. Parecia um plano ruim desde o começo mas, levando em conta que Erik não  tinha ideia de onde começar a procurar, não haveriam muitas alternativas. Bastaram três passos ao longo da primeira rua para que o rapaz se desse conta de que aquilo nem ao menos poderia ser chamado de "plano".

- Ok Erik, foco... - murmurou. Conversar com seus pokémons soaria menos surreal do que falar consigo mesmo, mas Erik não tinha intenção de chamar nenhum de seus parceiros, por hora. Ser ignorado por Igniz não estava entre suas prioridades, muito menos testar a reação de Ammy a lugares com grande fluxo de pessoas. Apesar da segunda opção parecer relativamente segura, visto que a Houndour recém-capturada obedecia mais a seu treinador do que o arrogante Murkrow.

Erik continuou caminhando, em busca do local mais movimentado possível. Talvez encontrasse algo que lhe valesse o tempo gasto, ou, com sorte, escutasse qualquer rumor. Na pior das hipóteses, poderia topar com uma batalha ocasional, o que serviria como uma bela fonte de treinamento. O lucro era quase certo, de qualquer forma.

Off :


♦ The White Swan ♦ @ CG

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Olá! :


Cherrygrove oferecia ao jovem Erik Valkyrie um clima ameno, de nuvens que povoavam o horizonte, mas de um céu tão azul que trazia consigo a certeza de um sol intenso e um calor ardente. Cherrygrove era tão pouco povoada que poderia ser facilmente chamada de entediante. Alguns seres humanos que não gostam de pessoas poderiam estar facilmente irritados pela cordialidade daqueles moradores da pequena cidade, que não possuía muitos atrativos além de estar entre duas rotas. Cherrygrove literalmente gozava da tranquilidade que uma Base Ranger pode conferir aos seus moradores.

Além disso, um lago de pequena proporção e uma floresta que rodeava a cidade, exceto pelos caminhos que marcavam o início das Rotas 29 e 30, completavam a tranquila paisagem do ponto em que Erik se encontrava em Johto. O jovem não tinha ideia de como poderia encontrar pistas de Lucy naquele momento, e tampouco sabia como começar a buscá-las.

Caminhou procurando o lugar mais movimentado que encontrasse em Cherrygrove e acabou por se decepcionar ao não encontrar nenhum momento naquele lugar extremamente pacato que reunisse mais de três pessoas, onde nenhuma delas parecia oferecer atrativo nenhum. Pokémon selvagens pareciam ser inexistentes na cidade, e acompanhando seus treinadores eram o mais raros. Chegou a ver um Rattata e um Spearow nestas condições, mas nada realmente animador.

Acabou por sentar-se em uma pequena área gramada que rodeava uma árvore, na frente de uma residência aleatória na cidade. Ali se perdeu em seus devaneios. Pensou em Lucy, em tudo o que precisava fazer, nas dificuldades que enfrentaria e no resquício de esperança que havia em encontrar sua... Amiga. Olhava para o nada, e continuou fazendo-o até, instantaneamente e sem prestar muita atenção em si mesmo, desviou o olhar para baixo. Ali mesmo, no gramado onde sentara, cerca de dois metros à frente, algo pequeno e vermelho chamava sua atenção por contrastar intensamente com o vermelho do gramado. Chegou a ensaiar um movimento esticando sua mão para pegá-lo, mas isso não chegou a acontecer porque fora surpreendido por um relâmpago, obviamente não por algum clarão, mas porque este fora tão perto que Erik chegou a sentir o chão tremer, e algumas folhas da árvore da qual ele aproveitava a copa descansaram no chão ao seu redor.

Menos de um segundo depois, uma chuva estrondosa caía sobre Cherrygrove e todo o horizonte cujos olhos pudessem alcançar. A ´tempestade era intensa, e a copa daquela árvore não ofereceria abrigo a Erik por mais um minuto sequer. O jovem precisava pensar em algo para se proteger da chuva ou, quem sabe, fazer uso de um antigo ditado popular...


Ditado: :


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Question!
Off :


"Lucro certo", claro... Mais uma vez, Erik contava com a sorte que nunca teve. Aparentemente, encontrar algo interessante em Cherrygrove seria tão fácil quanto capturar um pokémon Shiny. Não havia absolutamente nada que valesse a pena naquele lugar. Quase não haviam transeuntes nas ruas, muito menos pokémons. Erik nem ao menos teve o "azar" de cruzar o caminho de mais um louco - aparentemente o rapaz já havia cumprido sua cota na Rota 29.

E agora?, refletia ele, sentado à sobra de uma árvore, num  gramado de frente a uma das casas da cidade mais entediante de todo o continente. Todas as dúvidas e medos do treinador rodavam em sua mente como um filme. Um filme que Erik já havia visto tantas vezes que já não conseguia mais prestar atenção. O jovem permaneceu encarando o vazio por um bom tempo, quase da mesma forma que Igniz fizera quando se conheceram. Parece que aconteceu há um século. Tanta coisa já aconteceu desde que saí de Goldenrod... Um diretor insano, um pokémon desastre, e... O que é aquilo?

Um pequeno objeto avermelhado chamou a atenção de Erik. Estava caído sobre a grama, a poucos metros do rapaz. Antes mesmo que pudesse definir o que era, um forte trovejar tirou sua concentração. A vibração da descarga foi sensível no chão sob o treinador, chegando a derrubar algumas das folhas da árvore onde se abrigava. A planta fora uma ótima proteção contra o Sol, mas seria inefetiva contra a tempestade que se iniciava. Uma rápida olhada para o céu foi suficiente para que Erik percebesse que aquela não era uma chuva passageira.

Esse simples fenômeno climático já era muito mais do que o treinador poderia esperar daquela monótona cidade. Aproveitando o pouco de cobertura que os galhos lhe forneciam, Erik vestiu sua jaqueta e, com a mochila junto ao corpo, correu para agarra o objeto misterioso, antes que a água o carregasse. Depois, poderia pensar em buscar abrigo.


♦ The White Swan ♦ @ CG

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OFF :


Totalmente absorto em seus pensamentos, Erik apenas existia em Cherrygrove. Chegava a se perguntar se não seria melhor estar vivendo alguma insanidade de um diretor de cinema ou um homem que o confundisse com alguém, como na última rota. Seu tempo de devaneio foi bruscamente interrompido por um trovão e uma chuva que acabara de iniciar e já mostrara que bateria qualquer previsão do tempo feita pelos melhores geógrafos de Johto. Será que a expressão "mensageiro de desastres" que ouvira de sua Pokédex fazia mais sentido na cabeça de Erik agora?

Sem parar para pensar muito, o treinador recolheu o item vermelho que estava na grama. Era, na verdade, outro daqueles Shards que ele vira na Rota 29 anteriormente! Guardou-o em sua mochila, e depois...

Bom, Erik realmente precisava ter alguma ideia para encontrar algum abrigo agora, ou as coisas ficariam realmente molhadas para ele. Mas onde encontrar abrigo em Cherrygrove? Não haviam muitas lojas na cidade. O Pokémon Center poderia ser uma opção, assim como os Correios Pokémon, o Heliporto de Cherrygrove, a Base Ranger, que estava localizada naquela cidade.

Outra opção plausível seria bater à porta de algum morador, e neste caso Erik certamente se molharia menos. Havia ainda a floresta que circundava a cidade que, possuindo copas de árvores muito mais densas do que aquela que lhe oferecia um abrigo extremamente temporário contra aquela chuva assustadora que assolava Cherrygrove. Uma floresta poderia apresentar alguns Pokémon selvagens que estariam tentando se proteger da chuva, talvez?

A decisão de para onde ir estava nas mãos do próprio monotreinador.
Opções :

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Question!
Um Shard não seria algo que Erik considerasse como um grande achado, mas já era um grande progresso em um lugar tão... Comum. Após guardar o item rapidamente em sua mochila, era hora do rapaz buscar abrigo.

A opção mais sensata seria procurar algum prédio onde pudesse entrar, como o Centro Pokémon ou algo parecido, até mesmo a casa de algum morador caridoso. Só havia um problema: aquela chuva não iria parar, ou seja, Erik não poderia sair de seu abrigo sem se encharcar completamente. E nenhum lugar para onde o rapaz pudesse fugir da chuva parecia animador.

Havia a floresta que circundava Cherrygrove. Certamente a mata fechada forneceria proteção contra boa parte da água que caía. Com sorte, poderia encontrar algum pokémon que também buscasse abrigo. Em resumo, o mais provável seria que as árvores atraíssem um raio diretamente para a cabeça do azarado treinador.

Vamos evitar morrer por enquanto... Erik começou a correr, atrás do mais próximo local que o protegesse da água. Centro Pokémon, Heliporto, Correios, não fazia diferença. Apenas uma construção onde pudesse ficar por um tempo, até que a tempestade abrandasse ou que o tédio o expulsasse do lugar.

Off :


♦ The White Swan ♦ @ CG

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OFF :


O jovem resolveu se direcionar para o local mais próximo que pudesse lhe oferecer um abrigo momentâneo, se possível até que a chuva passasse. Nenhuma das opções da entediante Cherrygrove lhe parecia agradável, mas a prioridade naquele momento realmente era se proteger da chuva.

Curiosamente, o local mais próximo dele, naquele momento, era aquele no qual ele pensara por último ali, embaixo daquela árvore. Estariam as imagens passando por sua cabeça na ordem cronológica desde que saíra do Pokémon Center? A menos de 100 metros de distância percorridos em uma corrida frenética, Erik o avistou. Tratava-se de uma construção que tinha tons de vermelho e branco nas paredes, daquelas que não parecem muito grandes mas que são imponentes da mesma forma pela ordem que inspiram. As árvores, que acompanhavam toda a extensão da via como que muito próximas dos fundos das casas, naquele local pareciam se distanciar mais do padrão, deixando claro que o prédio principal, que era visto da rua, não era o único ali.

Não havia tempo a perder. O jovem entrou pela porta giratória do local que anunciava a presença de um visitante com um bip, e viu-se em um salão que seguia as cores da fachada, mas desta vez com mais tons de branco que de vermelho. Não estava de todo encharcado, mas também estava longe de poder ser chamado de "seco". Sua mão robótica, ao menos, parecia funcionar sem maiores problemas. Chegou a ser cumprimentado por uma moça que estava atrás do balcão naquele salão, mas infelizmente não houve tempo sequer para responder.

Da porta localizada à direita do balcão saiu uma jovem menina. Esta possuía cabelos negros e lisos de altura que se estendia bastante abaixo dos ombros, casaco e bota vermelhas, shorts e meias pretas, contrastando um pouco com o local em si. Possuía também uma espécie de chapéu na cabeça com um simbolo, este sim, vermelho e branco. Uma espécie de distintivo, quem sabe? Aquela tempestade que Erik enfrentara até alguns momentos atrás não era tão violenta quanto a primeira impressão que tivera daquela moça. Ela parou no balcão, parecia muito mais estar dando uma ordem do que propriamente comunicando ou pedindo algo:


- Rosie, estou saindo em missão. Me registre depois no Gear, por favor.

Passou por Erik sem olhar em seus olhos, e por questão de milímetros não esbarrou em seu ombro. Saiu pela porta giratória e virou na direção de onde Erik viera.

Enquanto o monotreinador notava aquele detalhe, da direção que a jovem tomara, um outro rapaz, vestido de maneira muito semelhante, mas vestindo uma calça negra ao invés de shorts, saiu da mesma porta e foi falar com a atendente. A diferença mais gritante entre ambos, entretanto, era o fato de que o jovem mancava de uma das pernas, além de estar com curativos no braço esquerdo e no rosto. Era um pouco mais novo que aquela moça, mas talvez fosse apenas uma impressão.

Erik pôde ouvir as palavras do jovem que se dirigia para a atendente:


- Ela me disse que iria atrás dos Rockets que me atacaram na floresta! Mas ela não entende, a chuva não é o maior problema! Eles são fortes demais para ela, que está iniciando. Foram fortes demais até para mim, que sou muito mais experiente do que ela aqui! Céline está correndo risco de vida, ela não percebe que Rockets são seres que não possuem escrúpulos!

O grau de desespero do jovem indicava que ele, ou talvez Céline, precisava de ajuda. Mas talvez isto não fosse problema de Erik, afinal...


Última edição por JV. em Sex Mar 06 2015, 14:36, editado 4 vez(es)

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Question!
A Base Ranger foi o abrigo mais próximo que Erik encontrou. Já esperava por um local calmo e desanimado, como todo o resto de Cherrygrove. Afinal, que tipo de problema haveria para resolver? Entretanto, por sorte - ou azar - o rapaz chegou em um momento particularmente animado. Antes mesmo que pudesse responder o cumprimento da atendente posicionada detrás de um balcão, uma garota irrompeu no salão.

Por suas roupas, era evidente que tratava-se de uma Ranger, assim como era evidente que não estava em um bom dia. Quando seguiu na direção da porta giratória, Erik teve medo de ser atropelado. Mas garota nem se deu ao trabalho de reparar no treinador. Saiu do prédio e seguiu em meio à chuva, pelo caminho que Erik viera.

Espero que a chuva esfrie cabeça dessa... O pensamento do rapaz foi interrompido quando outro jovem entrou no salão, saído da mesma sala que a garota, trajando roupas semelhantes. Apesar dos vários ferimentos, ainda tinha disposição para demonstrar todo o seu desespero. Mesmo sem a intenção de escutar a conversa entre o segundo Ranger e a moça do balcão, Erik acabou interessado assim que ouviu a palavra "Rockets".

O monotreinador já ouvira muitos boatos sobre a maior organização criminosa a agir nos continentes de Kanto e Johto. Haviam muitos no orfanato que almejavam entrar para esse grupo. O interesse de Erik, no entanto, surgiu depois da tragédia na Dark Cave. Sempre houve a suspeita do envolvimento da Equipe Rocket naquela noite. Erik, por outro lado, tinha certeza absoluta de que eles eram os únicos culpados. O rapaz teria se tornado Ranger para ajudar a combater  essa organização, mas as obrigações que acompanham a carreira teriam impedido que ele viajasse atrás de Lucy.

No entanto, havia uma garota correndo risco de vida naquele momento, por culpa destes covardes. E de forma alguma Erik deixaria isso passar.

- Com licença... - O treinador dirigia-se ao rapaz ferido - Acabei escutando um pouco da conversa, e queria saber se posso ajudar - Estendendo sua mão direita para um cumprimento, concluiu - Meu nome é Erik.


♦ The White Swan ♦ @ CG

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Erik notou, ainda que um pouco forçadamente, toda a ação ocorrida naquele lugar. Uma Ranger saindo raivosamente da base quase coincidiu com o momento em que Erik entrou no local. Um jovem saindo da pela mesma porta, com alguns ferimentos, tornava tudo um pouco mais movimentado. Ouvindo boa parte da conversa e compreendendo que aquela Ranger precisava de ajuda, se dirigiu a este segundo e ofereceu ajuda, estendendo sua "mão" direita, que na verdade fora substituída por uma prótese.

O outro Ranger olhou para a mão de Erik por apenas um instante, e a apertou sem demonstrar sentimentos de surpresa, pena ou medo. Aparentemente, a altura anormal e a mão robótica do monotreinador não lhe causavam espanto.



- Bom dia Erik! Meu nome é David, e aquela que você viu sair há pouco é minha irmã, Céline. Ela é um pouco mais velha que eu, mas é Ranger há apenas alguns dias. Na verdade, sequer teve uma batalha Pokémon de verdade, apenas uma contra meu Wartortle, que você deve obviamente imaginar o resultado.. [color=#666666]- O jovem fez uma pausa, tentando focar sua atenção no que de fato era importante - Bem, estava em uma missão tentando auxiliar alguns Pokémon que estavam perdidos na mata aqui perto, e que não são deste habitat. Parece que há realmente algo muito errado com o clima ultimamente e... - Mais uma pausa, e o Ranger voltava a falar em seguida, tentando manter o foco - Bem, fui atacado por um Rocket que era bem mais forte que eu. Eu e meus Pokémon não tiveram chance contra ele. Mas o pior não foi a batalha, ou mesmo os ferimentos que me foram causados por ele. Quando acordei, ele havia tomado minhas outras duas pokébolas, permitindo apenas que estivesse comigo meu Wartortle, que já citei para você. Meu Kadabra e minha Yanma... Bem, eles se foram. - A última frase foi dita com uma tristeza que, talvez, Erik conhecesse muito bem. Era a tristeza de ter perdido alguém que se ama.

- Enfim, obrigado pela ajuda, mas não precisa se preocupar, Erik, seria muito perigoso para você ir atrás dela. Ela foi para aquele lado, não é? Está mesmo indo para a floresta, de onde vim. Vou lá dentro chamar outros Rangers para irem atrás dela. Rosie, providencie abrigo para este jovem enquanto a tempestade não passa, por favor. Chame algum Ranger novato para mostrar-lhe nossa área de treino, creio que ele vai gostar..

Com estas palavras, David voltou pela mesma porta de onde viera, sem mesmo dar chance a Erik para dizer algo mais. Seu plano era coerente, afinal poderiam, assim, salvar a inexperiente Céline daquele Rocket que parecia tão forte. Entretanto, era Erik quem estava mais perto. Não havia se passado um minuto desde que a Ranger saíra por aquela porta. Se ele corresse, talvez pudesse alcançá-la. Isso, entretanto, significaria enfrentar aquela chuva que assolava Cherrygrove naquele momento.
OFF :

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Question!
Nem a mais pacata das cidades conseguia se livrar de sua cota de problemas. David, um Ranger treinado, fora completamente derrotado e perdera dois de seus parceiros. Erik entendia muito bem a dor de perder seus pokémons. Assim como entendia a raiva que Céline sentia naquele momento. Na verdade, o treinador já estava pensando na possibilidade de cuidar do Rocket pessoalmente, mas seu lado racional falou mais alto.

Se David acabou naquele estado, que chances a iniciante Céline teria? Com aquele temperamento, ela seria bem capaz de se ferir ainda mais que o irmão. O Ranger já havia providenciado reforços, mas quanto tempo levariam para alcançar a garota no meio dessa tempestade? Se eu correr agora...

- Desculpe, mas a visita guiada vai ficar para outra ocasião. - Erik despediu-se de Rosie e saiu da Base, correndo sob a tempestade pelo mesmo caminho de onde viera. Se pudesse alcançar Céline, talvez a impedisse de cometer uma loucura. Tudo bem, isso já era excesso de otimismo. O máximo que o rapaz conseguiria seria segurar a garota por tempo o bastante para que os reforços chegassem. Isso se tivesse sorte.

Acho que eu vou me ferrar muito sério.


Off :


♦ The White Swan ♦ @ CG

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O jovem monotreinador ainda foi cordial para negar a cordialidade de Rosie, a secretária que àquela altura estava com o telefone no ouvido, discando algum número que traria algum Ranger inexperiente para guiar Erik naquela "visita" forçada do treinador, que chegou a ouvir um "mas" proferido por aquela gentil senhorita antes de sair pela porta giratória e virando-se para o lado que o levava novamente a uma parte mais isolada da entediante Cherrygrove. Entediante? Bem, talvez só para alguns desavisados, conforme Erik notava!

De imediato notou que a chuva apenas tinha aumentado naqueles poucos minutos que esteve dentro da Base Ranger. Felizmente não teria muitos obstáculos pela frente, já que não havia uma viva alma na rua naquele momento. E também, pudera. Passou por uma pequena bifurcação à esquerda que daria numa praia na cidade de Cherrygrove, ele se lembrava por ter passado pelo local anteriormente e visto a bela paisagem que se fizera com o mar ali.

Alguns metros à frente estava a árvore onde mais cedo havia se recostado, quando começou a chover. Mais à frente estava uma densa floresta, que era justamente para onde Erik e, com alguma sorte, Céline estava indo.

O jovem percebeu o ponto onde estava a última casa de um morador na estrada, que se tornara rapidamente em estrada de terra, que não estava enlameada e, por isso, não oferecia riscos de escorregões ou acidentes mais sérios. A partir dali começava a rota 30, como se podia ver em uma placa no canto da estrada. Daquele ponto, ao seu lado direito, Erik percebia que havia uma mata que talvez fosse um pouco mais aberta. À esquerda da Rota 30 era possível ver uma floresta muito mais densa, onde parecia haver uma espécie de montanha, já que as árvores começavam a aumentar de tamanho seguindo uma espécie de padrão. O problema é que, olhando mais à esquerda, não parecia que aquela montanha fosse pequena. Mesmo com a chuva, o treinador parou para analisar o local. Por onde Céline havia ido, afinal? Como é que ele descobriria? Ele não havia conseguido a alcançar, mas sabia que ela estava indo naquela direção, sem dúvidas!

Uma luz fora lançada ao treinador quando ele olhava para aquele ponto, à esquerda da Rota 30. Era novamente algo vermelho que contrastava com o verde escuro, ainda mais escuro, já que chovia. Sem pensar muito, se lançou até ali e, já abaixo da copa das árvores, encontrou um chapéu de Ranger. Seria o de Céline? Se estava ali, será que ela foi confrontada por alguém ou algo?

Erik estava encharcado. Não havia uma parte sequer de suas roupas que não estivessem com muita água. Ali, entretanto, a chuva estava muito menos intensa, já que era bloqueada por boa parte da copa das árvores. Algumas gotas d'água mais grossas caíam sobre o monotreinador, e o barulho era ensurdecedor, como se não fosse possível ouvir algo além da chuva.

De posse de um chapéu, encharcado, no princípio de uma floresta extremamente densa onde pouco se ouvia, com risco de encontrar Pokémons de diversos habitáts diferentes. O que o jovem Erik faria agora?

OFF :


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