Re: #002 - Antes das respostas...

por **Klementt** Ter 24 Mar 2015 - 3:51

Question!

A história de Céline realmente pegou Erik de surpresa. A naturalidade com a qual a garota relatava a morte de dois membros de sua família levava o rapaz a questionar se tudo aquilo era real. Mas Céline não inventaria uma mentira desse tamanho para afastar Erik. Pelo pouco tempo que se conhecem, ela saberia que o efeito seria o oposto.

- Então é isso... Eu posso nunca ter tido uma família de verdade, mas conheço bem a sensação de perder alguém querido. - O rapaz levou a mão esquerda a seu colar. A prata sobre seu peito parecia mais fria naquele instante - Os Rockets tiraram tudo de mim e, até poucos dias atrás, eu pensava que não restasse mais nada. Mas restou, e por isso comecei minha jornada.

Erik se calou por um instante. A dúvida e o medo ecoaram outra vez na mente do rapaz, junto à pergunta de Céline: ”Tem certeza que quer fazer parte disso?"

- Eu conheço os riscos que corro desde o momento em que saí de Goldenrod. Quanto a meus pokémons... Quero que eles saibam os riscos de meu objetivo, quando chegar a hora. Até lá, estou disposto a dar minha vida para protegê-los, assim como os seus pokémons estão dispostos a dar a vida por você.

O treinador fechou sua mão sobre o pingente prateado. Naquele momento, não havia outra decisão a se tomar.

- Se esse é seu objetivo, então eu farei parte disso - Erik falava com toda a sua convicção - Eu vou te ajudar nessa batalha. Nós dois vamos sair dessa vivos, assim você poderá voltar para proteger seu irmão quantas vezes forem necessárias. Eu lhe prometo.

♦ The White Swan ♦ @ CG

por **Surik** Qui 26 Mar 2015 - 20:46

Assim sendo, não há nada mais que eu possa fazer além de te agradecer, Erik.

Após esta breve frase, que ao que parece havia sido suficiente para que Céline mostrasse a Erik que compreendia exatamente o que ele estava dizendo, e até mesmo que ele já havia passado por coisas semelhantes, ou que simplesmente pareciam criar um clima de familiaridade entre ambos. Daquele momento em diante, a moça passou a explicar o plano que tinha em mente ao monotreinador.

- Bem, como você deve ter notado, as fortes chuvas que estão caindo nos continentes estão acabando com os habitats de alguns Pokémon, causando migrações que são, no mínimo, muito estranhas, como é o caso da horda que você estava enfrentando quando te encontrei. Você percebeu? Eram Pokémon de espécies diferentes, de habitats diferentes, e todos pareciam fugir e algo em comum, e também procurar alguma outra coisa.

- O que eles estavam procurando? Bem, acreditamos que exista uma espécie de reserva natural, algo como uma área no meio desta floresta onde diversas espécies de Pokémon coabitam em paz, e onde, também, conseguem de alguma forma se protegerem do enorme volume de água que tem caído nos últimos dias.

- Na Base Ranger, acreditamos que este local é aqui neste monte. O problema é que, segundo algumas denúncias que recebemos, um Rocket muito forte estava procurando este local nas últimas horas, menos de um dia corrido, entende? Não sabemos exatamente quais são seus propósitos em encontrar este local, mas como você já deve imaginar, sabemos que o indivíduo é, sim, muito real.

- Então, sr. Erik, o plano é, nada mais, nada menos, que encontrar o tal Rocket, se possível sem sermos vistos, e de alguma forma capturá-lo. E o problema é: Onde pode ser este lugar? Acredito que o Rocket já o tenha encontrado, mas como podemos fazer para achar o mesmo local nestas fortes chuvas? Alguma ideia?

por **Klementt** Sáb 28 Mar 2015 - 0:58

Question!

Enquanto Céline explicava seu plano de ação, Erik começava a ter esperanças de que, talvez, ao menos alguma coisa desse certo na vida do rapaz. Se tudo desse errado, de qualquer forma, seria a última vez.

Os devaneios do treinador levaram-no a demorar alguns segundos para registrar as perguntas da Ranger. E passou-se mais um tempo para que Erik formulasse uma resposta.

- Um lugar onde os pokémons possam se proteger da chuva... - A mão metálica apoiava o queixo do rapaz, enquanto ele raciocinava - Geralmente as regiões baixas são as mais perigosas em tempestades como essa, pelo risco de alagamento, deslizamentos ou enxurradas. Eu suspeito que esse tal lugar que procuramos seja algum tipo de caverna, perto da parte mais alta da área. Eu sugiro que subamos o monte, e depois... Bom, seria ótimo se encontrássemos outro pokémon selvagem, aí poderíamos seguir-lo até o local certo. Do contrário, vamos torcer para que algum de nossos próprios pokémons seja capaz de encontrar o caminho, ou teremos que caçar uma agulha em um palheiro. De qualquer forma, - e Erik estava começando a odiar a palavra que diria a seguir - vamos precisar de uma boa dose de sorte.

♦ The White Swan ♦ @ CG

por **Surik** Seg 30 Mar 2015 - 18:15

- Uma caverna, na verdade, parece fazer muito sentido! E sim, com sorte, podemos encontrar algum Pokémon selvagem no caminho que nos facilite a vida!

Não que fosse exatamente o melhor plano do mundo, mas ao menos tinham uma ideia do que fazer agora. Céline, por sua vez, parecia cheia de determinação e coragem, mas não parecia ser muito boa para tmoar decisões frias e calculadas, coisa em que Erik poderia certamente ajudar muito. A ideia de subirem o monte parecia agradar a ambos, e foi o que fizeram de imediato.

Andaram bastante ouvindo o som das águas intensas; atravessaram trechos onde a mata parecia ainda mais densa, sempre procurando subir, pisando em folhas marrons que eram parte de uma natureza morta, porém encharcada. Em algum ou outro momento, algum dos dois escorregou, mas com o esforço de ambos puderam chegar ao topo da montanha, onde parecia que, se continuassem andando em linha reta, não mais estariam subindo.

O local, entretanto, não parecia dar mais esperanças à dupla. Eram apenas mais árvores, mais folhas, mais floresta, mais vegetação, e mais chuva. Estavam encharcados, e o barulho da água caindo tornava uma simples conversa um exercício de leitura labial, para que se compreendesse o que o outro estava falando.

Relax:

por **Klementt** Ter 31 Mar 2015 - 3:04

Question!

Off:

A dupla, enfim, alcançou o que seria o topo do monte. Erik tinha de agradecer ao Sr. Valkyrie mais uma vez por providenciar um braço mecânico tão resistente. Certamente suportaria um mergulho no fundo do oceano sem problemas, já que não demonstra mal-funcionamento mesmo que completamente encharcada.

O rapaz, na verdade, esperava que a prótese entrasse em curto e explodisse a qualquer momento. Afinal, o que havia dado certo naquele dia? Após uma tortuosa caminha, ele e a Ranger não encontraram nada de diferente do que já haviam encontrado em qualquer outra parte daquela floresta. Folhas caídas, árvores e, claro, água. Muita água. A tempestade parecia mais forte, mas Erik não podia dizer com certeza. Não havia como ficar mais molhado do que já estava.

- Vou tentar uma coisa... - O treinador precisava elevar a voz cada vez mais, para que pudesse superar o ruído da chuva sobre os galhos. Abriu sua mochila e, novamente, retirou uma pokébola - Saia, Ammy! - Um feixe luminoso saiu da esfera, e a Houndour surgiu sobre o tapete encharcado de folhas mortas - Sei que ainda não descansou da última luta, mas preciso de um favor seu. Escute, parece que há um lugar nessa parte da floresta para onde os pokémons correm para fugir da chuva. Um cara perigo está atrás desse lugar, então precisamos chegar lá antes dele. Será que você conseguiria encontrar alguma pista de onde fica esse local? Encontrar outro pokémon selvagem também ajudaria, se pudéssemos seguí-lo.

O rapaz virou-se para Céline e pediu-lhe outro favor:

- Veja se algum de seus pokémons pode fazer o mesmo. Algo deve aparecer no meio desse aguaceiro.

E se não encontrarmos, provavelmente os outros Rangers o farão. Uma parte de Erik, na verdade, torcia para que os dois demorassem tempo o bastante para que os reforços os encontrassem. Ele gostaria de evitar aquela confusão mas, acima de tudo, precisava impedir que a garota encontrasse o tal Rocket. Do contrário, a tragédia seria inevitável.

♦ The White Swan ♦ @ CG

por **Surik** Ter 31 Mar 2015 - 13:52

- Boa ideia! Excelente podermos contar com o olfato de um Pokémon tão aguçado quanto à sua Houndour! Infelizmente não poderei ajudar. Acho que quem seria um bom Pokémon para nos ajudar agora seria o recém capturado Swinub, mas ele não deve estar em condição alguma de nos ajudara qui, você sabe...

Sem muito mais cerimônia, a obediente mas não muito feliz, por conta do clima úmido, obviamente, Ammy se pôs a procurar os rastros de um Rocket, ou de um Pokémon, ou de um ajuntamento deles. Na verdade, Erik já a havia usado quando encontrou aquela horda contra quem batalharam algum tempo atrás. Desta vez a Houndour se comportou de maneira diferente: ao invés de sair em uma busca desenfreada por aquele Houndour que Erik acabou capturando meio que a contragosto, farejou por alguns minutos e deu alguns passos, virando-se para seu treinador e Céline quando havia encontrado algo, confirmando com um menear de cabeça.

Ambos entenderam o gesto e se puseram a caminhar atrás da Houndour, que caminhava com o focinho próximo do chão, levantando em alguns momentos ou alterando um pouco a rota que seguia. Não demoraram muito a ver um Pokémon arroxeado. Eles já o conheciam, não apenas por ser um Pokémon muito conhecido, mas especialmente porque já o haviam enfrentado alguns minutos atrás.

Céline pegou a Pokébola de Machop, a rosada Heal Ball nas mãos, já se preparando para libertar o Pokémon lutador. Será que ela tinha algo em mente?

OFF:

por **Klementt** Qua 1 Abr 2015 - 1:45

Question!

Ammy demonstrava-se uma rastreadora notável. Mais uma vez, a Houndour não tardou em localizar um pokémon selvagem no meio de todo aquele aguaceiro. Um Rattata podia ser visto logo adiante. O mesmo Rattata, na verdade, que fugira da batalha minutos atrás.

Céline parecia pronta para a ação, sacando a esfera rosada que guardava o recém-capturado Machop.

- Espere um pouco - Erik estendeu sua mão sobre a da Ranger, tentando impedir que ela liberasse seu pokémon - Aquele Rattata pode ser nossa única chance de encontrar o lugar que procuramos, não podemos perdê-lo nem nocauteá-lo. Seria ótimo se pudéssemos segui-lo sem chamar atenção.

Um pensamento passou rapidamente pela cabeça de Erik. Porque não usamos esse Machop para encontrar o caminho desde o início? O rapaz, entretanto, guardou a ideia para si. Falar em voz alta o faria se sentir ainda mais idiota por não ter pensado nisso antes de subirem aquele monte.

♦ The White Swan ♦ @ CG

por **Surik** Qui 2 Abr 2015 - 20:22

-Não se preocupe, na verdade eu tenho outro plano em relação ao Machop. Nós poderíamos segui-lo, sim, mas que tal se nós uníssemos Ammy, Machop e aquele Rattata para encontrar o tal lugar? Na verdade, acredito que nem o Rattata sabe o caminho exatamente, senão ele não estaria aqui agora, já teria encontrado o tal lugar!

Os sussurros de Céline acabavam fazendo sentido, de uma forma ou de outra. Não havia mal em juntar forças ao invés de seguirem o Rattata de espreita, e quanto tempo eles demorariam até encontrar o local?

Assim, a ranger educadamente se desvencilhou de Erik e liberou o Machop, silenciosamente, junto de si. Explicou o plano e pediu para o mesmo fazer contato com o "amigo". Quando Machop se aproximou do Rattata, aliás obedecendo à Ranger muito bem, não teve dificuldades para trocar algumas palavras em Pokémonês e chamar à Ranger e Erik para perto. Depois de todos explicarem os planos e se acertarem, acabaram por formar uma força-tarefa utilizando o trio.

Nada mais a fazer além de porem-se a caminhar, assim foi feito. Os três iam à frente, um pouco separados um do outro, mas lado a lado. Vez ou outra um deles chamava os outros dois para checarem algo, fosse um cheiro em um local específico ou uma pegada. Acabaram caminhando por bastante tempo, chegaram até mesmo a encontrar duas Oran Berries, que obviamente repartiram igualmente entre si. Não era fácil perceber quanto tempo haviam caminhado, mas a dor que começavam a sentir nas pernas mostrava que era bem mais do que parecia. Em alguns trechos pareciam subir, em outro pareciam descer.

Por fim, os três Pokémon pararam e começaram a falar entre si. Pareciam ter chegado a uma conclusão. à sua frente, havia uma elevação de terra irregular, uma espécie de pequeno morro. Com alguns gestos, Machop parecia sugerir que descem a volta naquela elevação, pois aquele parecia ser o lugar ideal para Pokémon fugitivos. Não exigiria muito esforço, mas pareciam querer autorização de Erik e Céline para prosseguirem.

por **Klementt** Sex 3 Abr 2015 - 4:42

Question!

A Ranger, apesar de inexperiente em sua função, sabia muito bem o que estava fazendo.Erik não sabia dizer o que parecia mais impressionante: a ideia de usar o Machop para convencer outro pokémon selvagem a ajudar o grupo, ou a facilidade com que a garota reunira três criaturinhas de espécies e ambientes completamente distintos em torno de um único objetivo.

O Rattata selvagem, Ammy e o Machop de Céline caminhavam à frente do grupo. Os treinadores os seguiam de perto, por um percurso incerto e consideravelmente longo. Nada encontraram além de duas simples Oran Berries, que serviram como um lanche rápido para o trio. Quando as pernas de Erik começavam a reclamar de forma mais intensa, a busca parecia ter chegado ao fim.

Os três pokémons pararam logo à frente de uma elevação de terra. Pela reação deles, certamente o local que procuravam estaria logo atrás daquele monte. O trio parecia apenas aguardar a ordem de seus treinadores para prosseguir.

- Bom, a situação deve complicar a partir daqui... Está pronta, Ammy? - A Houndour emitiu um rosnado curto e forte - Isso parece um sim. Então, Céline... - O treinador respirou fundo - Chegou a hora de acabar com isso. Vamos?

♦ The White Swan ♦ @ CG

por **Surik** Sex 3 Abr 2015 - 11:43

O monotreinador se impressionava com o modo como a Ranger conduziu a situação, colocando o trio Pokémon tão distinto entre si para seguir um mesmo objetivo. Diante daquela elevação, onde imaginava-se ser o local que procuravam, decidiram iniciar a busca final.

Céline acenou com a cabeça positivamente quanto à sugestão de Erik, e assim começaram a dar a volta naquela "elevação". Conforme caminhavam, descobriram se tratar de uma espécie de entrada para algo. Uma caverna! Realmente muito difícil de encontrar, já que a elevação estava totalmente coberta por vegetação rasteira, confundindo-se com a copa das árvores que era por si só mais alta que o próprio monte de terra. A volta completa em torno deste revelou a entrada da caverna, que era um pouco mais larga do que um ser humano, de modo que cada um deles poderia entrar sem problemas, mas apenas caso fossem um de cada vez.

Sem muitas delongas, Céline pediu que Machop fosse o primeiro, enquanto ela mesma seria a última a entrar.

E bem, assim foi feito. Os cinco entraram, e caminharam por alguns metros. A caverna se tornou escura, extremamente escura. Mas já naquele ponto, como Erik percebeu, já era também muito seca. Alguns passos mais e viram, ao longe, uma luz amarelada muito intensa.

Machop advertiu ao grupo quanto à isso, mas Erik mesmo já estava vendo aquilo.

Será que a estreita caverna de fato era segura? Seria realmente o lugar que estavam procurando?

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