#01 - Em busca de um plano

Relações Magnéticas

Conforme observava a batalha, Lítio aprendia cada vez mais sobre o funcionamento de seu companheiro e também sobre o adversário. O rapaz entendia que, por se tratar de um oponente elétrico, movimentos de mesmo tipo possivelmente não causaria muito efeito. Entretanto, ele tinha esperanças de que com uma carga suficientemente alta fosse possível afetá-lo um pouco mais do que o normal, algo como uma sobrecarga! Lítio só precisaria de um condutor específico para isso e teria que improvisar no decorrer do combate. O garoto encontrava-se em um beco escuro e um tanto abandonado, então muita coisa poderia estar escondida nas lixeiras e caixas vazias. Porém, o que ele mais precisaria estava localizado de forma bem mais óbvia e não necessitaria de muito trabalho para ser usado.

Lítio começou a batalha da forma tradicional, ordenando que Zyos atacasse o oponente com uma repetição da investida anterior. Como esperado, Electrike também utilizou a mesma tática, lançando-se de corpo todo contra a superfície metálica de Magnemite, a qual começava a mostrar sinais de arranhões e amassados a cada novo choque corporal entre os dois. O oponente afastou-se com o encontro de golpes, mas havia sido movido centímetros para trás, ainda mais próximo da grade atrás de si. Grade? Era isso! O rapaz só precisava encurralar o Electrike ali e talvez o golpe elétrico fizesse algum efeito... Zyos esperou o momento certo para receber mais uma investida do adversário, mas tratou de não recuar muito com a pancada, forçando o oponente para perto da grade.

Quando Electrike estava exatamente onde Lítio precisava, o garoto comandou seu Magnemite a utilizar o movimento Thunder Shock, que envolveu o corpo do canídeo elétrico, mas nada o fez. Era evidente... A habilidade "Pára-Raios" de Electrike, além de imunizar o Pokémon contra golpes elétricos, ainda aumentava o ataque especial do oponente. Isso era evidente pela pelagem do adversário, que agora brilhava em uma coloração amarelada, como se estivesse com baterias sob a pele. Entretanto, o que o oponente não esperava era que num discuido fosse encostar numa das argolas de ferro daquela cerca. O toque fechou uma corrente elétrica entre o objeto e o próprio Pokémon fortemente carregado, gerando uma explosão com dano crítico sobre o canídeo. Com habilidade e um bocado de sorte, Lítio havia conseguido equilibraro jogo, mas o que o rapaz faria agora? ◄


Campo: Beco escuro, com algumas latas e sacos de lixo ao redor, além de entulho acumulado. A única saída além da que leva a rua principal, é escalando um muro de arame, no fundo do local.

A estratégia teve seu resultado positivo, mas não devido à execução, porém devido a um fator inesperado. Realmente o cão não levaria dano algum de um ataque elétrico, mesmo que potente. Pelo contrário, aquilo apenas lhe deu mais viço e força.

Em programação aprendemos quando não existe uma porta temos que criar uma. Electrike era um firewall que eu precisava atravessar. Aos poucos eu ia enfraquecendo ele com os ataques de Zyos, mas o próprio estava se machucando e enfraquecendo. Precisávamos de outro plano.

Desta vez aprendi que o choque não afetaria o cão, mas outros efeitos sim. O choque poderia causar explosões nos objetos espalhados naquele lixão. Eu não teria como mandar Zyos atirar em tudo, seria uma perca de tempo. Eu precisaria de algo mais focado...

As latas.

- Zyos, o provoque. Isso eu sei que é idiotice, mas fique perto de um dos latões de lixo. Assim que ele pular esquive. Ele vai cair dentro da lata e eu vou tampar. Daí você dispersa uma grande carga de Thunder Shock e outro Supersonic!

A ideia era o choque esquentar o lixão e explodir o que tivesse dentro. Se mesmo assim ele se mexesse o som seria amplificado dentro da lata e o deixaria confuso.

Relações Magnéticas

Surpreendentemente a estratégia de Lítio havia funciona, apesar de ser uma completa sorte, já que suas intenções eram outras quando ordenou o ataque elétrico. Contudo, ao observar o resultado de suas ordens, novas ideias vieram à mente do rapaz, que tratou de repassá-las ao seu Pokémon. Basicamente o que o treinador queria era utilizar das diversas latas presentes no lugar a seu favor... Se conseguisse prender o Electrike dentro de uma delas, teria uma vantagem tática imensa e poderia usar os ataques elétricos e até mesmo os sonoros com maior eficácia. Para isso, bastaria conseguir fazer com que o adversário caísse em sua "armadilha".

Lítio solicitou que seu Magnemite ficasse em frente a uma das latas, tentando desviar no momento certo para que o adversário caísse em uma das lixeiras e com isso, pudesse ser preso pelo próprio treinador, recebendo os golpes em seguida. Mas isso iria funcionar? Zyos ouviu atentamente Lítio e fez exatamente como lhe foi ordenado. Ficou orbitando bem baixo nas proximidades de um conjunto de latas a espera do "bote" de Electrike. Como esperado, o Pokémon adversário, insistindo no movimento de investida, lançou-se contra o corpo metálico de Magnemite, mas diferente do que o garoto imaginava, Zyos não era rápido o suficiente para desviar e acabou sendo golpeado. Os dois Pokémon foram direto para a lata atrás deles, derrubando-a e gerando um grande barulho ao acertar as demais lixeiras presentes.

Dentro daquela lixeira, sem ter como escapar para tal, Magnemite continuou seguindo as orientações do seu treinador e lançou o golpe elétrico sobre o oponente, que ficou ainda mais carregado, mas novamente sofreu um dano pelo curto gerado no contato com o metal. Entretanto, o dano foi menor do que anteriormente e mais uma vez "recarregou as baterias" do adversário. Mesmo não tendo realizado tudo como queria, Magnemite deixou a lixeira flutuando e afastou-se do objeto, enquanto Lítio pode finalmente fechar a lata. A dupla esperava que o canídeo não conseguisse atacar agora, mas para sua surpresa, Electrike fez a lixeira girar como um rolo compressor sobre o metálico, golpeando-o mais uma vez.

Entretanto, como nem tudo é tragédia, o golpe supersônico de Zyos também fez efeito graças a ressonância gerada pela lata ao redor do canídeo. O movimento com baixas chances de acerto teve sua baixa acurácia compensada pela física da situação. Ao que tudo indicava, Electrike é um sistema que fora perfeitamente hackeado por Lírio e Zyos. Mas por quanto tempo essa "invasão" duraria? seria o suficiente para vencer o oponente e escapar das garras da polícia? Isso dependeria da sorte do treinador e de seu Pokémon que a confusão fosse capaz de impedir com sucesso o movimento adversário pelas próximas rodadas. O que Lítio faria agora? ◄


Campo: Beco escuro, com algumas latas e sacos de lixo ao redor, além de entulho acumulado. A única saída além da que leva a rua principal, é escalando um muro de arame, no fundo do local.

Aqueles eram os momentos decisivos. Zyos estava quase esgotado e muito avariado. Ele nunca antes havia passado por uma batalha. Mesmo que meu companheiro quisesse me proteger com tanto afinco isso estava lhe custando saúde. Se eu não fosse cauteloso agora isso poderia o desmaiar e me deixar nas mãos do cão. Sem contar o policial que poderia acordar a qualquer momento.

- Zyos se esconda!

O Electrike estava dentro da lata. Eu abri a tampa para que ele saísse de lá dentro. Me escondi num canto para que o Pokémon não viesse se vingar de mim. Eu desejava que os ataques o tivessem derrubado, mas minha esperança era que ele estivesse zonzo.

- Zyos, mantenha se escondido. Use seu magnetismo para mover coisas e deixar ele confuso. Quando ele estiver distraído acerte o com Tackle. Se ele tentar se levantar use novamente.

Era tudo ou nada.

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Lítio precisava usar conhecimentos diferentes do convencional para obter vantagem sobre o oponente, abusando de estratégias improváveis e conseguindo "extrair MooMoo Milk de Geodude" com seus improvisos. Entretanto, por ser um Pokémon Policial, Electrike tinha uma força de vontade e treinamento de resistência muito superior a qualquer outro de sua espécie. Mesmo sofrendo constantes ofensivas, passando por um estado de confusão mental intenso e encontrando-se numa condição deplorável de saúde, ele ainda lutava para impedir a fuga de Lítio e Zyos, nem que precisasse dar tudo de si para isso. Afinal, era a honra de seu treinador desmaiado que estava em jogo.

O rapaz então ordenou que seu Magnemite utilizasse do magnetismo natural para fazer objetos de metal moverem-se na frente do adversário para confundí-lo ainda mais. Electrike, que estava pronto para dar uma investida em Zyos, acabou cabeceando uma lata de lixo e sofrendo o dano indireto com a pancada. Enquanto ele ainda estava no chão, Magnemite também aplicou uma investida, que o fez sofrer mais danos ainda em sequência. O Pokémon agitou a cabeça para tentar afastar a confusão, mas parecia em vão... Mesmo assim, tentou focar em Zyos e dessa vez acertou em cheio a investida, mais por sorte do que habilidade. Por outro lado, o mesmo recebeu um golpe também de Magnemite, que o deixou ainda de pé por um fio.

Sabendo da derrota, o Electrike saltou para perto de Lítio e dessa vez tentou mordê-lo pelo calçado, como se quisesse segurá-lo ali. Era uma atitude estranha, mas que logo pareceu fazer sentido, pois da rua principal uma viatura surgia com o giroflex ligado e apitando. Em pouco tempo o reforço estaria ali e o adversário faria de tudo para manter Lítio naquele beco, tendo tempo suficiente de ser pego pela Polícia. Se o rapaz quisesse escapar, precisava terminar aquele combate o quanto antes. O que o treinador faria então? ◄


Campo: Beco escuro, com algumas latas e sacos de lixo ao redor, além de entulho acumulado. A única saída além da que leva a rua principal, é escalando um muro de arame, no fundo do local.

As sirenes me colocaram em pânico. Policiais não eram algo que trazia boas lembranças á minha mente. Meu pai havia sido levado embora no dia que luzes vermelho-azul entraram pelas janelas e o som cortante me tirou do sono. As mesmas luzes e som invadiram a casa e so foram embora quando levaram meu pai na viatura.

O cão me segurava ali com suas últimas forças. Era o seu dever cumprir a lei. Por um momento tive pena do pobre Electrike fiel a seu dono e parceiro, mas eu tinha meu próprio parceiro para cuidar. Zyos estava acabado, com um dos imãs pendente e sem força.

- Zyos... – eu olhei de soslaio para o cão e apontei com a cabeça.

Electrike estava distraído tentando me manter preso ali, não esquivaria de um ultimo Tackle de meu Pokémon.
Mesmo assim eu precisava de plano após derrubar o cão. Precisei de tantos planos até aquele momento. Eu so queria que os céus pudessem me ajudam agora. Pelo menos uma vez...

Foi aí que bati o olho na grade de ferro. Com a carga elétrica de Zyos uma das argolas que uniam as grades tinha explodido. Eu poderia puxar a grade e fazer uma passagem. Colocaria Zyos em sua Pokébola e correria pela fresta assim que derrotássemos o Electrike. Correria para longe dali.

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A polícia se aproximava com suas luzes azul e vermelho, além de um farol fortíssimo que praticamente cegava a visão de Jerome... Seu coração parecia subir até a garganta ao reviver emoções do passado tão marcadas em sua memória. Entretanto, não podia se permitir "travar" diante do perigo iminente, pois significaria o fim para suas aventuras e sonhos. Não haveria um amanhã se não pensasse rápido! Electrike ainda estava agarrado ao seu calçado e não o deixaria escapar tão facilmente, mas demonstrava claramente seu cansaço e confusão... Um rápido contato entre o exausto Zyos e seu treinador indicavam o que deveria ser feito. Era necessário retirar o canídeo dali a qualquer custo.

Contudo, antes mesmo que o Magnemite fizesse alguma coisa, o próprio Electrike parecia perdido sobre o que deveria fazer. Ele largou o calçado de Lítio e tentou morder o ar, cambaleando em confusão e finalmente se chocando contra uma caixa velha largada, desmaiando em seguida bem próximo de seu dono. Era a deixa perfeita para a dupla escapulir dali o quanto antes. Apesar do beco ser "sem saída", haviam diversos lugares para onde ele poderia tentar ir. Um deles era a grande, que parecia um pouco mais frágil depois das investidas e golpes elétricos de Magnemite. Entretanto, ela também parecia estar carregada de energia e um toque poderia ser fatal. Lítio poderia até tentar pedir ao seu Pokémon para resolver esse problema chocante, mas isso lhe faria perder tempo precioso.

Por outro lado, à esquerda de onde estava, era possível notar uma figura agaichada, segurando a escada de emergência retrátil. Se apertasse um pouco os olhos, o treinador poderia notar o vulto do Rocket que "salvara" anteriormente. Ele mantinha-se silencioso, mas tentava acenar para o garoto, indicando que abaixaria a escada para ele. Um pulo e um agarrão resolveriam seu problema... Mas ele estaria falando a verdade ou só usando mais uma vez o menino para escapar? Lítio então ficava com dois possíveis destinos... O perigoso gradeado do fim daquele beco ou a ajuda suspeita do jovem e belo Rocket. A polícia já estava "no seu calcanhar", apitando um sinal para que ele parasse ou sofresse as consequências. O que Jerome faria diante dessa bifurcação de escolhas? ◄

>> Zyos ganhou 690 EXP da batalha, +7 pontos de
felicidade e subiu para o nível 9!
 Zyos aprendeu Thunder Wave!

Campo: Beco escuro, com algumas latas e sacos de lixo ao redor, além de entulho acumulado. A única saída além da que leva a rua principal, é escalando um muro de arame, no fundo do local.

Uma vez eu li que o mal era belo para seduzir as almas fracas. O que poderia explicar eu ter parado naquela situação tensa, do que atração pela beleza da confusão, e também a beleza daquele desprezível Rocket. Ele me tinha nas mãos e poderia novamente me trair.

Se eu ficasse ali seria preso. Se tentasse fugir pela grade poderia me eletrocutar. Subir pela escada parecia a alternativa mais fácil, mas também a mais perigosa.

- Seu filho duma puta! - eu xinguei o Rocket ao ver ele escondido.

Eu peguei a Pokebola de Zyos e o puxei para dentro. Ele precisava de repouso depois daquilo tudo.

- Como espera que eu confie em você depois disso? – questionei o rapaz

Mas não havia tempo para dialogo. Eu acenei para que ele abaixasse a escada e pulei para agarrar a grade. Se esta era ajuda que eu havia pedido aos céus, esperava que o preço não fosse tão alto. Porém, assim que eu estivesse seguro com o Rocket eu lhe daria um belo soco.

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Com a polícia no encalço do treinador, Lítio tinha pouco tempo para pensar em uma saída para aquela situação. As grades eram uma opção tentadora, ainda mais quando a única escolha alternativa consistia em confiar no inconfiável. Entretanto, era notável que um choque o esperava de forma nada convidativa se fosse pelo caminho mais fácil. Sendo assim, o Rocket tornava-se a sua melhor opção. Sim, aquele mesmo Rocket que em primeiro lugar o havia colocado em maus lençóis e agora tentava,de forma muito suspeita, auxiliá-lo a escapar. Um momento arriscado tomado por Jeromé, mas afinal era baseado em riscos que havia iniciado sua própria jornada ali em Mauville.

Depois de retornar Zyos para a respectiva cápsula e desabafar um pouco sua insatisfação para com o Rocket das formas mais chulas e literais possíveis, Lítio amoleceu-se e acabou esticando a mão para pegar a escada ofercedia. Em resposta, ele recebeu um sorriso malicioso do rapaz de preto, que deixou um gostinho de dúvida no ar sobre sua ajuda, antes de liberar a escada, por onde prontamente o treinador subiu. Assim que Jeromé chegou ao topo, a escada foi novamente levantada, impedindo que alguém a utilizasse para segui-los. Não era lá o plano mais infalível de fuga que havia, mas até contornarem o edifício e usarem as escadas para alcançá-los, eles já deveriam estar bem longe dali, isso se soubessem para onde ir.

— Uau! Lindo e corajoso... — Dizia o Rocket, mordendo o próprio lábio ao ajeitar seu boné e observar Lítio diretamente nos olhos. — Desculpe, eu só sei ser direto... Vejo que você também tem um Magnemite. Não tão lindo quanto o meu, é claro... Mas o suficiente para que eu resolvesse te ajudar. Juro! Não tem nada a ver com o meu interesse em você...  — Dizia o Rocket despretensiosamente, mandando um beijinho para o garoto ao final, enquanto policiais cercavam a saída de emergência aonde estavam. — Oh, vida... Precisamos escapar. Vem, vamos subir até o telhado, de lá podemos saltar para prédios próximos e escolher um para descer. — Finalizou o garoto, subindo correndo as escadas em direção ao topo. Como Lítio reagiria a isso tudo e o que faria afinal? ◄

Meu ódio pelo Rocket so crescia cada vez mais. Como ele poderia estar calmo e sarcástico em meio a aquela confusão. Sendo que parte daquilo fora causa dele. Eu arrisquei minha pele para salvar alguém que eu mal conhecia e ele havia fugido na primeira oportunidade. Bom, pensando bem eu fui idiota em fazer aquilo.

O Rocket não sabia das minhas intenções implícitas. Ele era uma porta de entrada para o mundo do crime do qual eu queria entrar. Uma ligação entre meu pai e eu. Uma forma de descobrir se realmente ele era um bandido, e talvez de achar algo que prove sua inocência, ou até mesmo algo que eu pudesse trocar por sua liberdade.

Fui em direção a ele para socar sua bela face, mas me contive, porém, ao ouvir seus comentários enfadonhos eu quase não me segurei. Passou pela minha cabeça empurra-lo pela beirada e entrega-los a polícia. Ao invés disso eu segui o caminho indicado por ele.

- Por aqui podemos seguir até o Centro Pokémon. Os telhados dessa região são bem próximos um dos outros, vai ser fácil seguir por cima. – eu nasci naquela cidade e conhecia todas as rotas - Você vai me escoltar até lá e me responder algumas coisas, ou então eu entrego para a polícia.

Eu parei na beirada de um dos telhados e agarrei o uniforme do Rocket.

- O que vocês estavam fazendo ali? O que tinha naquele prédio antes das chamas destruírem tudo?

Era a hora de eu controlar a situação.