Pokémon Mythology RPG
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[Parents Meeting: Axégando na Onda do Bronzeado] – Sootopolis City –

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O farfalhar de prazer quase cósmico construía-se como uma semente plantada em dois corpos unidos por uma só energia. Um incêndio fazia-se sobre a floresta de nossos desejos mais profundos, fazendo-os escapar pelos poros e saltar de pele em pele, de mim a ela, dela até mim. Não havia limites, não havia fronteiras para nossos seres, que se misturavam com ardência, assim como o Sol tocando o Oceano no crepúsculo de outrora, uma mistura de cores e sons, de formas e curvas. A espiral de nossas existências extrapolava-se de nossos receptáculos tão ínfimos, unindo-se nos céus em uma dupla fita etérea, transcendendo a realidade, mergulhando no mar sob nós, espalhando-se em todas as direções! Já estava mais do que embriagado pelo seu cheiro, pelo seu sabor que penetrava minha alma. Fervemo-nos, fervemo-nos sim naquele momento, como em uma chaleira que apita o momento ideal de tomar o chá, mas o que tomávamos era, na mais singela forma: amor. Sabíamos o trajeto que seria seguido, mesmo que não compreendêssemos o final daquela trilha. As paredes pintadas de uma tinta ardente, nos banhava e espremia-nos até arrancar a última barreira. Não seria ali a tela de nossa mais bela pintura, não importa qual dos artistas havia decidido. Fomo-nos emoldurar em outra tela. Sabe-se lá como, já não me importa. Os estreitos corredores que compõe a existência nos guiaram, beco após beco, viela após viela, porta após porta.

E lá pela última das portas...

Em êxtase máximo... Chegamos.  


---


Já fazia muito tempo que não sonhava em levitar sobre a cidade... Geralmente quando criança só tinha dois tipos de sonhos: o bom da levitação e o ruim, da queda, que toda criança tem. Voltar a esta espécie de ilusão do sono era sem dúvida, sentir-me novo. Uma criança, novamente? Bem, ao menos a alegria simples e humilde de uma criança me pertencia nesta manhã preguiçosa. Estiquei os braços, o máximo que pude e fui abrindo os olhos devagar, com um sorriso sem fim. A imagem, ainda embaçada revelava um quarto muito semelhante àquele meu da noite anterior, mas invertido. Poltronas em posição contrária, janela, TV, frigobar... Teria o sonho invertido minha percepção da realidade ou eu realmente... O baque da lembrança veio forte, mas ao mesmo tempo gentil. Fechei os olhos... Sensações voltaram a inundar meu corpo, fazendo-o reagir como se estivesse acontecendo ali,  agora! Não, por Arceus, não foi sonho. Foi mais do que real, foi a primeira realidade! Meus olhos percorreram o quarto, vislumbrando as nossas mochilas ainda unidas, como deveriam estar. O nó agora havia sido desfeito, mas a proximidade ainda havia...

Em seguida, meus olhos percorreram da esquerda para a direita até a porta entreaberta do banheiro. Sentei-me na cama e cocei o olho, procurando o calçado com os pés. Não o achei de primeira, estavam do outro lado do quarto, mas toquei alguma roupa ainda úmida com o pé. Levantei-me e fui cauteloso até o cômodo em anexo. Esperava ver lá a pessoa dos sonhos e não me arrependi. Meu reflexo chegou primeiro, estampado no espelho, dando um bom dia silencioso para Natalie, que o observava. Cocei novamente o olho e sorri, dessa vez um tanto quanto maliciosamente... Após o reflexo, foi a minha vez de chegar afinal — Bom dia, Naty... — Saiu enfim a frase, numa voz rouca que quase não reconheci. Aproximei-me da ruiva então, que penteava os cabelos e a abracei, pelas costas mesmo, encarando seu lindo rosto através do espelho. abaixando minha cabeça até a altura de seu ombro para lhe dar um beijo na bochecha — Parece que eu dormi demais, né? Que pena, queria tanto ver você dormindo igual um passarinho... — Comentei, ainda observando-a, admirando-a.

Então, dúvidas naturais surgiram em minha mente. Dúvidas que não se expõe em palavras, pelo menos sem que houvessem constrangimentos. A explosão de emoções da noite passada certamente não foi um mero ápice de sensações e.. só, pelo menos eu esperava que não fosse. Havia dito, talvez mais de uma vez, lúcido ou não, o quanto sentia o recomeço... Lembrava de nossas vozes sussurrando os nomes um do outro entre acalorados pedidos, brandidos gemidos... Algo assim não devia ocorrer e depois não significar nada, ou poderia? Abracei então mais forte o corpo da ruiva, como se o mero pensamento de perdê-la, fizesse com que a garota escapulisse por entre os seus dedos, como areia. Queria gritar e dizer tudo o que pensava e sentia, mas controlei-me e sobretudo, sorri. A ansiedade não poderia destruir esse momento. Transloquei então as súplicas constrangedoras que queriam sair de que ela me dissesse que tudo aquilo foi bem mais do que "uma noite" apenas, como possivelmente era óbvio, transformando as frases quase escapulidas em palavras mais brandas, para que saíssem sem me envergonhar — Acho que ainda conseguimos chegar na hora do café, não é mesmo? — Disse, com um largo sorriso.

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Não tinha certeza se por estar absorta em demasia nos próprios pensamentos ou se realmente não tinha ocorrido nenhum barulho do lado de "fora", mas foi levemente surpreendida quando, de um momento para o outro, o reflexo de Drac tomou espaço ao lado do seu na superfície vítrea, antecipado por um breve ranger da porta terminando de se abrir. O sobressalto, de qualquer maneira, não foi capaz de alarmá-la, e se dar conta da expressão ainda sonolenta do rapaz só serviu para que um breve sorriso se abrisse no rosto... ...Ainda que, huh, não deixasse de reparar no tom daquele que foi oferecido para si: E, desconfiada, ergueu uma das sobrancelhas, embora esse ar duvidoso tenha desaparecido assim que a voz rouca de Luch encontrou espaço.

— Bom dia... — Respondeu, em baixo tom. Observou-o se aproximar, e sorriu quando se viu em seus braços - mais uma vez -, assim como em resposta ao beijo no rosto. Aproveitando a posição, esfregou com sutileza a bochecha na sua, num breve gesto carinhoso. — Bem, eu não acordei faz tanto tempo, também... — Comentou. Uma última dobra no cachecol, e o colocou de lado, apoiando enfim as próprias mãos sobre a do treinador, afagando seu dorso com o polegar.

Não deixou de sentir, porém, o pequeno aperto no abraço por parte do moreno, fato que aqueceu seu coração. Se tivesse que admitir, até tinha tido um pouco de receio sobre como seria quando ele acordasse... Mas, com aqueles sutis atos e palavras, arrancava um peso discreto dos ombros e o deixava para trás. Ao menos, não acreditava que tudo iria por água abaixo tão de repente, né?

— Nem que você chore e implore... — Respondeu, e acabou dando um riso sem jeito — Já são quase 13h. Então, a menos que suborne algum cozinheiro por aí... — Explicou. Observou seu reflexo no espelho, e acabou virando um pouco o rosto em sua direção, um sorriso tímido tomando conta dos lábios. — Mas, se você tomar um banho e se arrumar logo, podíamos almoçar juntos... — Sugeriu. Após tantas agitações, o coração enfim batia tranquilo dentro do peito, encontrando seu momento de paz - o qual, em silêncio, desejou que perdurasse... Só pra variar.

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Sentir o roçar do rosto de Natalie no meu, fez meu coração imediatamente acalmar-se, como um remédio milagroso para a ansiedade da minha alma. Seria eu bobo demais de ficar apreensivo sobre como ela reagiria a tudo o que aconteceu entre nós? Tinha um receio corrosivo de que ela podia de alguma forma ter se arrependido pela última noite, o que certamente cortaria meu coração em pedaços! Mas... Não... Seu corpo transmitia uma sensação em meus braços bem diferente, era como um alívio, uma estabilidade que só podia transmitir verdadeira paz... A ruiva ainda comentou sobre não ter acordado há tanto tempo, mas eu só conseguia pensar em como eu devia estar engraçado aos olhos dela, deitado na cama em uma posição estranha e de boca aberta. Por Arceus! Será que eu tinha babado durante a noite? Esperava realmente que não... Quando eu questionei sobre o café da manhã, a garota virou seu rosto levemente para mim em um sorriso, dizendo que nem que eu esperneasse e implorasse conseguiria, pois já era para lá das 13 horas. Arregalei os olhos com a constatação. Não era possível, dormimos tanto assim? Entretanto, relaxei em seguida, afinal qual era a nossa pressa se não precisávamos chegar em Forina tão cedo.

— Acho que aquele plano de irmos cedo para Forina já era então... Não que eu me importe, prefiro ficar na cama até mais tarde com você mesmo... Na verdade, isso é melhor do que qualquer outra coisa nesse mundo! — Disse, beijando-lhe o ombro algumas vezes e depois dando um beijo leve em seu pescoço. Naty até comentou sobre irmos almoçar, se eu fosse tomar banho logo e concordei com a cabeça — Por mim, fechou! A gente almoça e depois vê o que faz... Ou você tem pressa de ir para Forina? Se tiver a gente almoça no caminho, de navio... — Comentei, indo na direção do chuveiro e aprontando-me para tomar banho. Em seguida, abri a torneira das águas fria e quente, ajustando-as até a temperatura ideal, mas sem deixar de falar com Natalie, que ainda estava por ali — Acho que nossas roupas ainda não secaram totalmente... Se não tiver pressa, a gente pode dar uma volta na cidade enquanto elas terminam de secar e na volta a gente arruma tudo... Porque... Sinceramente, ainda tenho esperanças de que nós consigamos fazer uma última coisa em Sootopolis... Consegue imaginar o que, Senhorita Chase? — Questionei em um tom de desafio para a menina, enquanto me ensaboava e depois enxaguava, esticando a cabeça para olhá-la melhor por trás do vidro fumê do box.

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Não deixou de achar graça na expressão de Luch quando ele descobriu a respeito do horário - e não o culpava, também, porque tinha certeza que teve uma reação bem parecida quando olhou o relógio pela primeira vez. Entretanto, observou a calmaria logo retornar aos seus olhos, talvez se conformando que já não tinha mais jeito: Afinal, ainda não conseguiam voltar no tempo, embora ela mesma não o faria se fosse capaz, àquela altura...

— Com certeza! — Riu, apenas para logo depois sentir o coração derreter com as palavras do rapaz. Sentiu os beijos subindo por sua pele, e voltou o rosto para frente, observando o espelho - sutil, inclinou a cabeça um pouquinho para o lado e sentiu as pálpebras ameaçando cair com o toque úmido de seus lábios na pele do pescoço, estremecendo com suavidade e deixando escapar uma breve respiração suspirada. — Posso te dizer o mesmo... — Segredou, com um sorriso manso, e as mãos calmamente soltaram as suas quando o sentiu se movimentar para ir ao chuveiro — Não tenho pressa, não. Na verdade, quanto mais demorar, pode ser até melhor... — Gracejou, dando uma espiadinha no moreno - e inevitavelmente se permitiu correr o olhar pelos entalhes de suas costas, algumas marquinhas acidentais de arranhões e... ... ...Enfim, voltou ao espelho, os dedos correndo pelos cabelos ainda um pouco úmidos. — Olha, Senhor Drac... — Começou, e as mãos seguraram as madeixas ruivas atrás da cabeça por um breve momento, tentando visualizar um rabo-de-cavalo. Os orbes cinzentos se voltaram para o tutor... — Sinceramente, depois de ontem, eu não consigo esperar é mais nada. — Brincou, soltando os cabelos e permitindo que eles se derramassem pelos ombros outra vez. Então, se voltou de costas ao espelho, apoiando os quadris na borda da bancada, assim como as mãos. — ...Mas! Se eu tiver que apostar todas as minhas fichas, eu perguntaria se você ainda tem esperança com nosso maior destruidor de sonhos: O sorveteiro!

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Enquanto eu ia entrando no banho, Natalie foi me dizendo que não tinha pressa e que por ela, o quanto mais demorasse melhor. Dei uma risadinha em resposta, enquanto sentia o sabão queimando a minha pele em alguma parte das costas... Parece que os arranhões de ontem tinham sido realmente intensos, mas eu certamente não a culpava por isso. Essa era a "ardência" mais vantajosa do mundo, realmente... Enquanto isso, conversávamos normalmente sobre os próximos passos e o que esperar para o dia de hoje, onde deixei uma dúvida no ar que foi perfeitamente respondida pela ruiva, mas não sem antes deixar-me até tímido com o comentário sobre a noite anterior. Não que realmente houvesse mais timidez entre nós, depois de tudo... Desliguei o chuveiro e coloquei a cabeça para fora novamente, observando Natalie apoiada no lavatório — Isso mesmo, o Sorveteiro Misterioso! Mas claro, nós podemos fazer qualquer coisa... Qualquer coisa, Naty... Não vamos nos prender a isso... — Comentei, deixando as possibilidades no ar — Inclusive, você já tomou banho? Se não, tem espaço para mais um aqui, sabe? Apesar de eu já ter terminado, se for o caso, coincidentemente eu me sentirei bastante sujo, sabe? Então nada como uma segunda ducha...  — Brinquei, rindo em seguida, observando que a toalha estava do outro lado do banheiro, próximo da garota — Mas bem, se já tiver tomado, pode me passar a toalha por favor? — Pedi, fazendo uma expressão de "cachorro pidão" para Natalie, enquanto meu cabelo e me corpo não paravam de pingar, ameaçando molhar todo o chão do banheiro.

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— Mas, fica a questão: Será que a gente tem sorte? Porque ele parece até um boss lendário, da demora que é achar... Tem certeza que não é um mito ou algo assim? — Brincou, após a confirmação do rapaz. Esperava que tivessem uma sorte diferente naquele dia, se fosse pra ir atrás, mas sinceramente, já não ligava tanto assim se não fosse agraciada. Cá entre nós, já tinha ganho até coisas demais do dia pro outro... E riu, então, com o convite - àquela altura, não mais tãão audacioso - recebido. — Infelizmente, vou ter que deixar essa chance pra outra hora. — Piscou, deixando a possibilidade em aberto. Em resposta ao pedido, desencostou da bancada, então, para alcançar a toalha pendurada, e a estendeu ao Drac... ...Apenas para recuá-la alguns centímetros, quando ele estava quase agarrando o tecido. — Mwn... Na verdade, acho que você precisa me convencer um pouquinho mais, porque também parece levemente vantajoso te deixar aí um momentinho... — Provocou, mordendo de leve o lábio inferior num sorriso travesso, o olhar ameaçando descer pelos contornos de seu corpo... ...

Mas, vá, não era tão má.
E, mesmo que esperasse primeiro a reação, entregou.

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Natalie me questionou se teríamos realmente sorte em encontrar o tal Sorveteiro, mesmo um dia depois e realmente, era uma tarefa quase impossível, se considerarmos que, em um dia de Sol como foi o anterior, ele havia sumido! A comparação com um Boss Lendário era real, pois provavelmente era mais fácil ver um Articuno ou um Cobalion do que esse senhorzinho, se é que ele fosse real. Entretanto, tive uma ideia do motivo de não o encontrarmos, talvez... — Vamos sair por aí e resolver nossa vida, Naty. Vamos fingir que não queremos ver ele, vamos fingir que nem ligamos pra ele. Maior bobão! Quem sabe assim ele não surge?  — Comentei, rindo de imaginar o Sorveteiro como um espírito raro que necessitasse de todo um ritual para encontrá-lo. Entretanto, era a única explicação... Ou os moradores de Sootopolis não curtiam esse tipo de sobremesa... Já sobre minha sugestão de tomarmos banho juntos, Naty disse que deixaríamos para outra hora, o que talvez fosse o melhor mesmo, ou jamais sairíamos do quarto. Contudo, ela fez questão de pegar a toalha para mim, não sem antes fingir que não daria, só para me deixar naquela situação ali no banheiro.

— Mas você já pensou...  — Comecei a dizer, finalmente pegando a toalha e tentando fingir que falava sério — Que eu estaria onde eu realmente queria, exatamente como queria e com quem eu queria?  — Complementei, pressionando os olhos para indicar que estava raciocinando sobre tudo isso, enquanto usava a toalha em meus cabelos para esfregar os fios para todos os lados, tentando secá-los e deixando-os cada vez mais arrepiados. Ao mesmo tempo, simplesmente saí do box sem qualquer vergonha, aproximando-me da garota e sorrindo, com a mesma malícia de antes, quando entrei no banheiro, mas não sem antes passar a toalha por trás da garota, envolvendo-a e conduzindo-a para perto de mim, até dar um selinho em seus lábios. — Estou bastante empolgado, como não estou há muito tempo, vamos então... Vamos pegar um Sol, nos divertirmos, fazermos o que bem entendermos!

Depois de um segundo selinho e um sorriso amável, afastei-me da garota, voltando para o quarto em si, para vasculhar minha própria bolsa em busca de roupas limpas. Retirei um conjunto diferente do habitual, com uma bermuda creme mais confortável, estampada de linhas verticais com poucas horizontais cruzando e que ficava uns três dedos abaixo do joelho, uma blusa larga, azul-marinho sem gola alta e.... nada de cachecol, não hoje. Não iria me limitar por vergonha, medo ou culpa. Deixei as roupas sobre a cama e comecei a catar as roupas molhadas de ontem, espalhadas pelo quarto, procurando um canto para deixá-las secando mais rápido enquanto iríamos até a rua. — Hoje é um dia de mudanças, Senhorita Chase! Vida nova, roupas novas... Estilo novo.... — Disse, aproximando-me da cama e finalmente vestindo todas as roupas escolhidas, sentando-me na cama ao final para colocar os tênis e depois partir para arrumar o cabelo. — Gostou da minha escolha? Se quiser posso te ajudar com sua escolha de roupa. Você vai trocando e eu vou analisando, só não sei se dá pra me levar a sério quando não entendo nada de moda. Além de achar que o melhor modelo, é bem ao natural... — E ao fazer a gracinha, dei uma risadinha, terminando por morder de leve meu próprio lábio inferior.

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Não conteve o riso em resposta ao "plano maquiavélico" de Luch sobre o que deveriam fazer para, quem sabe, invocar o sorveteiro. Era uma ideia engraçada, a de um chefão final carregando um carrinho de sorvete, com uma passiva de "Don't notice me!". Não pôde deixar de comentar sobre a imagem com o moreno, mas deixou aquele assunto se acalmar pouco tempo depois, afinal, tinha algo mais interessante para prestar atenção, por exemplo, hmm... O próprio Drac, ora pokébolas!

Que, inclusive, teve uma resposta tão atrativa quanto. Sentiu o coração aquecido, até um pouquinho bobo, observando-o de lidar com os cabelos e sair do box... Só para envolvê-la com a toalha ainda úmida: Com um pequeno puxãozinho, então, foi com facilidade para perto do rapaz, sentindo um sorriso quase automático despontar nos lábios com os selinhos recebidos. Infelizmente, ele logo se afastou para retornar ao quarto, e a moça optou apenas por seguir, tomando o cachecol entre as mãos e o colocando sobre o criado-mudo. Encostando na parede, se deu ao luxo de acompanhar com o olhar, então, a separação que o moreno fazia com as roupas, achando graça da animação com aquela simples tarefa. Não deixou de notar, porém, que dessa vez ele não tinha feito questão de esconder o pescoço - ou será que colocaria o cachecol quando estivessem saindo?

— Eu? Eu adoro o conjunto todo... — Gracejou, e ergueu com suavidade uma das sobrancelhas com a "sugestão" do moreno, se permitindo um sorriso divertido. — Ah, você não gostou dessa, foi? — Comentou, num tom de falsa tristeza, se inclinando com suavidade para frente, puxando com leveza e desviando o olhar para a saia azul-escura do vestido. — Bem, como a gente já passou a manhã aqui, eu vou deixar assim mesmo, e depois você me ajuda a tirar, então... — Atiçou, num sorriso inocente. Além disso, aproveitou para começar a pegar as coisas para que pudessem sair - mesmo que acabassem voltando depois, ainda ia precisar da mochila e tudo o mais...

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Enquanto eu me arrumava, notava que Natalie me observava da porta do banheiro. Possivelmente ela devia se perguntar como eu estava tão disposto a... arrumar roupas. Mas quando se teve uma noite maravilhosa, como a que tivemos, não havia tempo ruim para nada e a energia brotava, até para desenrolar meias. Depois, quando sentei-me para vestir os calçados, notei que a garota havia enrolado o cachecol, depositando-o no criado-mudo. Achei um gesto tão bonitinho, apesar de simples... Vê-lo em suas mãos também havia me dado uma ideia que, na minha concepção, era maravilhosa, mas que falaria com ela sobre depois, quando saíssemos. Já sobre o meu comentário de ajudá-la com a roupa, a resposta que a garota deu foi que fazer biquinho e perguntar se eu não tinha gostado da atual. Que grosseria a minha fazer uma brincadeira dessas quando ela estava com uma roupa tão maravilhosa — Aaah! Claro que amei! É que não resisto à fazer gracinhas quando estou com você, né..?  — Comentei, imitando o biquinho que ela fez e esticando a mão para pegar a dela, que agora segurava a saia, puxando-a para perto, para que ficasse bem entre as minhas pernas, enquanto envolvia seu corpo com os braços. A Cereja do bolo, é claro, foi a sugestão da ruiva de que na volta, eu a ajudaria a tirar aquelas peças.

— Eu não teria uma ideia mais genial do que essa, Senhorita Chase.... — Comentei, inclinando-me para trás e segurando sua mão, onde depositei um grande beijo, deixando-a livre para arrumar suas coisas. Levantei também e a ajudei, catando algumas peças perdidas para unir tudo em um lugar só. Depois, quando ela passou a trabalhar sozinha em seus pertences, aproximei-me do criado-mudo e peguei o cachecol, que usei durante tanto tempo como uma espécie de disfarce. Algo para me esconder... Havia decidido que não o usaria mais, afinal... Não precisava me sentir envergonhado... Natalie havia me passado a segurança que eu precisava para deixar isso tudo para lá e virar a página, como eu tanto falei ontem. Mas, por que precisaria me livrar daquele acessório, afinal? Segurei-o em mãos e aproximei-me de Natalie, chamando-a e esperando que se virasse — Naty... Ainda temos muito o que passar juntos, mas... Queria te dar algo... Eu não vou mais usar esse cachecol, eu só me escondia com ele e agora quero ser livre dessas amarras. Mas, queria que ficasse com ele. Assim quando tivermos que seguir caminhos diferentes, mesmo que por um momento, você vai ter essa lembrança minha. Mas lembranças boas, da minha libertação, não sobre o motivo de eu viver amarrado — Sorri e finalizei esticando o acessório para a ruiva, com um sorriso sincero no rosto.

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Tinha a impressão que o coração havia encontrado um novo "estado comum", considerando a maneira como praticamente a todo momento conseguia senti-lo aquecido, forte. Cada pequeno elogio, sorriso, ou mesmo olhar recebido era uma nova pirueta dentro do peito - e, consequentemente, um desejo oculto cintilava em seu interior, em uma prece silenciosa que cada singelo momento fosse infinito. Foi dessa maneira com a boba brincadeira a respeito da troca de roupas, o abraço discreto que a seguiu e o beijo depositado no dorso, área que inevitavelmente sentiu formigar.

Por um breve momento, aliás, até desistiu de ir atrás das próprias coisas. Aproveitou a posição e repousou as mãos em seu rosto com suavidade, afagando as bochechas - então, num pequeno inclinar, se deu ao luxo de tomar de seus lábios um beijo mais demorado, terno, e mesmo ao separá-lo não se contentou antes de roubar um curto selinho. Com uma última carícia delicada na face, aí sim se afastou para que pudesse recolher as últimas coisas espalhadas e organizar uma e outra coisa na mochila.

Entre uma potion e uma pokéball fora do lugar, o que encontrou foi seu nome - ou melhor, ouviu, e emitiu um "Mwn?" distraído, mas o breve silêncio que se seguiu a induziu para que virasse o rosto em sua direção. O olhar do rapaz, por outro lado, profundo, foi suficiente para que abandonasse o trabalho e focasse no treinador. Deu atenção às suas palavras, e só pelo meio delas que reparou o cachecol dobrado em suas mãos: A expressão surpresa a assaltou antes que pudesse pensar a respeito, e ficou em silêncio, observando o acessório estendido por alguns segundos. Devagar, porém, tomou a iniciativa de tomá-lo entre os próprios dedos, sentindo novamente o tecido há pouco deixado de lado. Ainda que a ideia de separação tão cedo fosse um pouco incômoda, após o primeiro momento, sentiu que poderia derreter ali mesmo, por conta de uma única peça de roupa - agora carregada de significado. Na dúvida de como reagir, permitiu apenas que um sorriso bobo brincasse pelos lábios, o olhar passeando serenamente pelos detalhes da costura.

...

— ...Eu... — Silêncio, por um breve momento. Piscou, e o olhar subiu em busca dos seus outra vez, um sorriso manso brincando pelos lábios. — ...Eu também tenho algo pra você, na verdade. — Comentou, apertando brevemente o acessório contra o peito, mas foi só isso. Se dedicou, então, a terminar de arrumar as coisas e, com tudo em ordem e mochila nas costas, segurou sua mão, entrosando os dedos com suavidade. — Vem comigo! — E, dito isso, abandonaram o quarto. Guiou o rapaz até perto dos computadores do Centro, e o soltou antes de realmente chegar perto de um: Remexeu na máquina pacientemente, e aguardou até que uma pequena pokéball bicolor fosse expelida. Com uma respiração profunda, um pouco inquieta, a tomou entre os dedos ainda em sua versão minimalista, e se aproximou novamente, tomando uma de suas mãos entre a própria e depositando o pequeno objeto em sua palma. Sabia que ele ainda precisaria guardar um pokémon depois, mas paciência...

Também não informou nada a respeito do que era, na verdade - não achou que precisava, e o deixou descobrir sozinho, se tivesse interesse. E talvez não tivesse o mesmo peso de significados, ou sequer trabalho para "cuidar", por assim dizer, mas enfim...

off :


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