A crença de Katakuri estava correta! Um de seus ovos, além de tremer bastante, agora começava a brilhar! Com uma luz ofuscante, que o treinador teve que colocar a mão na frente para poder ficar perto, nascia o grande e poderoso Druddigon! Era um monstro! Com sua pele parecendo uma armadura e sua postura que parecia sempre em cólera, o pokemon dragão nascia enfim! O treinador estava maravilhado, não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo ocorrendo com ele!
Sempre falavam que os pokemons dragões eram raros e os poucos sortudos que os tinham deveriam regozijar-se bastante com sua presença. Desde que saíra de Opelucid, com o sonho de ser um mestre dos dragões, pensava em quais pokemons do tipo iria conseguir, sonhava com eles, planejava o que iria fazer quando conseguisse. Todavia, nada o preparou para aquele momento! O rapaz estava boquiaberto, tremendo, com algumas lágrimas saindo de seus olhos que ele logo limpava com o braço rapidamente. Finalmente havia conseguido outro membro do seleto grupo!
O pokemon nascia rugindo, observando atentamente todo aquele novo ambiente. Afinal, apesar de ser enorme como um touro, era apenas um “bebê” ainda. Seu urro era colossal, assim como a fúria presente em seus braços. Logo o treinador notava que teria que realizar o procedimento para acalmar as feras draconianas. Para aquilo ele estava preparado. Aprendeu muito com seus pais e avós que acalmar um dragão é muito esforço e vai custar alguns ferimentos... porém, eles respondem, eventualmente, ao amor e carinho dado. Não poderia se deixar levar pela aparência monstruosa e achar que a violência ou a ordem poderiam bastar.
Katakuri então abraçava o pokemon, sussurrando, como aprendera, palavras gentis – Não se preocupe amigão, sou eu, Katakuri. Eu falava com você todos os dias enquanto ainda era um ovo, ouça a minha voz! Tudo vai ficar bem, você está em um ambiente novo, e sei que pode gerar espanto, mas eu serei seu guia nesse mundo desconhecido, estarei com você em todos os passos, em todos os momentos! – o pokemon porém, agarrava o treinador com força em seus braços, tentando retira-lo de si. Seu corpo espinhoso e suas garras poderosas rasgavam a jaqueta punk do rapaz e os arranhões sangrentos em suas costas aumentavam a cada nova investida do dragão.
Em meio ao sangue e dor, Katakuri o abraçava com mais força, renovando os votos de companheirismo e amor que o treinador iria dar para seu pokemon – Calma Drud! Sou eu, Katakuri, preciso que você fique relaxado. Eu estou aqui, nada vai lhe afetar. Acalme-se! – Então o treinador percebia que, apesar dele ainda estar com raiva, ia amolecendo. A “captura” estava quase completa, Katakuri não podia ceder à dor agora. Tinha que dizer a palavra mágica, o símbolo da união perfeita entre o pokemon dragão e seu treinador. A palavra que simbolizava o vínculo indestrutível dos dragões, os mais leais dos pokemons! Com um sussurro concentrado, com cada sílaba e letra emitidos com firmeza, mas também com carinho – Dracarys! – Então o dragão parava, para Katakuri poder se afastar um pouco, com sangue escorrendo de suas costas e os pedaços de sua jaqueta caindo no chão.
Druddigon agora fitava o treinador, não mais com raiva, mas com admiração! Um pequeno sorriso saia do pokemon, que agora abraçava seu treinador com muito carinho. Katakuri retribuía o abraço fraternal e lhe dava um beijo no rosto também. Agora tudo estava ótimo. Visenya e Maeiv, antes afastadas pelo treinador, ao ver que teria que fidelizar o dragão, se aproximavam para o abraço em equipe, juntamente com Kaldr! Uma “Grande Família”.
Ótimo, agora estamos todos unidos! - as pontadas de dor começavam a piorar e logo o treinador chamava a enfermeira Joy, que aparecia chocada com os ferimentos. Logo o treinador se sentava, acalmando Druddigon. Não era sua culpa, era de sua natureza ser assim. A enfermeira chamava a Chansey e logo o processo de cura começava. Joy fazia alguns pontos, para fechar os ferimentos, enquanto a pokemon fada era responsável pelo alívio da dor e recuperação da pele. Em alguns minutos tudo estava feito. Todavia, o treinador levou uma bronca sobre ter feito aquilo par acalmar o pokemon. Katakuri apenas aceitava tudo. Não iria discutir com a Joy. Ela não sabia a relação indelével que havia entre um dragão e seu treinador!
Agora recuperado, Katakuri conversava mais com seu grande dragão, que estava feliz da vida – Hmmm, então você também é fêmea... acho que foi por isso que não morri no seu ataque de fúria. Geralmente os machos tendem a ser mais raivosos no início e as fêmeas, as mais protetoras e fieis ao seu treinador. Estou aliviado que você seja fêmea, Druddigon! – Logo dava outro abraço carinhoso no pokemon! E então chamava Ryo para ver ele também, indicando para Druddigon que ele era amigo.
Então Ryo, o que achou? Lindão né? Heheheheh. Estou maravilhado... mas também, estive pensando em um nome desde que recebi os ovos. Pode não parecer, mas o trabalho de escolher nome é uma tarefa árdua. Meu pai (estou me auto referenciando, isso aqui tem la no meu começo de Jornada XDD) sempre dizia que era bom dar nome aos seus, pois o nome o diferenciava dos demais, criava um vínculo maior com o treinador, fazia o pokemon especial, querido, com que se sintam pertencentes a algo. A palavra tem poder! Assim, pensei em uma das várias histórias que minha avó contava quando eu era pequeno. Sobre uma cavaleira de dragão responsável por manter Unova protegida das invasões bárbaras e de reinos beligerantes. Ela e seu Dragonite eram um só! Feroz em batalha, mas amável com seu povo. Vou homenageá-la em você, Druddigon. De agora em diante, será conhecida por Alexstrasza! O que achou do nome, Ryo? Eu achei ótimo, e acho que ela também! – Alexstrasza parecia muito feliz com sua nova denominação, sorrindo para o treinador, que sorria de volta, ambos muito alegres e risonhos!
Depois de conversar com Ryo, iria se despedir, pois também tinha um Teatro para se preparar, desejando boa sorte para ele também!