Durante todo o período do discurso do outro ator, Joul procurava encará-lo enquanto olhava de relance para a plateia para ver se todos estavam envolvidos no trabalho que eles vinham realizando. E, pelo pouco que o jovem conseguia perceber, todos que ocupavam o lugar do publico se mostravam atentos e preocupados com o desenrolar da cena que acontecia ali, o que, querendo ou não, era uma maneira positiva de validar o interesse das pessoas pelo trabalho realizado.
Então, voltando as atenções para o desenrolar da peça, Joul via que mais uma vez estava chegando a hora dele entrar em ação com mais falas de sua personagem. E, focado nisso, ao final do dito pelo fantasiado outro ator, o viajante de Cinnabar foi logo tomando as rédeas da cena:
- Faça uma autoanálise meu caro. - E olhando o coelho de cima em baixo. - Olha o estado psicológico e físico que você se encontra ao optar por seguir um líder como este que você diz ser superior que o meu senhor. Somos nós mesmos que estamos trabalhando para sobreviver? - E rindo debochadamente. - Não estou lutando contra a ordem natural das coisas, estou lutando pelo que acredito e por tudo o que é justo. O que, inclusive, é que o rei Julius quer para Gwent. - E apanhando uma de suas pokébolas e apontando para o possível rival, o treinador concluiu: - Vamos lá, tente mostrar que é melhor que eu em alguma coisa. Mas, saiba, que, agora, farei questão de te humilhar mais que seu mestre já te humilha.
Ao final de seu discurso, o Terri, que até aquele momento sentia-se assustado e apreensivo pelo que ele vinha fazendo, começava a mudar seu jeito de pensar e acreditar em sua capacidade. Fato este que, de alguma forma, deixava o rapaz mais confiante pelo que ele vinha apresentando até ali.