FORINA CITY
prologue: pacify her
Silêncio foi tudo que recebi como resposta a principio, a garota não parecia disposta a me dar mais informações e parecia que ela ainda não acreditava em mim para tal, e eu a compreendia; nos conhecemos hoje, eu havia feito mais mistério do que ela acerca de mim e meus informantes até então, sendo que no lugar dela faria a exata mesma coisa. Não contestei quando ela me largou sentado sozinho para ir ao PC, parecia uma estratégia para pensar no que fazer, e mais do que isso, pensar no que ela poderia me dizer; cada vez mais curioso com o que teria exatamente de fazer, deixei meus pensamentos me consumirem até que ela voltasse; talvez fosse algum inimigo da Equipe Rocket... e se eu tivesse de ajudar os Rangers? Lutar contra outros Grunts? Não poderia aceitar isso, eu queria ser readmitido na equipe, não expulso para sempre e isso com certeza me baniria de qualquer lugar que houvessem membros do time. Definitivamente teria voz para dizer não caso fosse algo impossível, e esperava que isso também não me prejudicasse completamente dentro da Circulus.
Depois de certo tempo com o rosto apoiado nas mãos, a garota voltou e tornou a sentar-se frente a mim, parando com o olhar no meu por um bom tempo; não ousei quebrar aquilo, parecia algum tipo de teste de confiança ou talvez alguma leitura de alma, coisas que esses exotéricos malucos fazem, o que de certo combinaria com ela. Por fim, tive minha resposta que de imediato fez com uma sobrancelha se erguesse; ela não sabia? Como me passaria uma missão se sequer sabia o que de fato eu deveria investigar? Afinal, eu estaria ali a mando dela e desse tal Nicholas quem diga-se de passagem, me parecia tanto quanto familiar por sua descrição. De qualquer forma, era um suicídio, o que eu faria se fosse para o Mt. Pyre executar uma missão sem saber para quem estava trabalhando ou o que buscava ali; mesmo assim, eu estava interessado. Mistério sempre mexeu comigo de maneira diferente e agora não seria diferente; em outras situações fui muito mais irresponsável do que isso, e talvez fosse um tiro no escuro mas eu tinha a quem recorrer caso algo acontecesse, agora, pelo menos. Respirei fundo, não a interrompendo até que terminasse completamente de falar, e um último fato trouxe a tona algumas suspeitas interessantes, que confirmavam algumas teorias em minha cabeça. Nicholas era um Rocket, e eu tinha certeza disso pela forma como ela explicou seu encontro, ele claramente não havia contado a ela que o "grupo clandestino" se tratava da Equipe, e aparentemente não queria que ela soubesse que ele também pertencia a ela.
Agora toda a situação mudava de figura... Ajudar os Rockets era mais do que eu precisava para conseguir meu respeito de volta na organização, e tinham dois modos de isso acabar para mim: 1) concluía a missão com sucesso, ganhando honras com tanto a ER quanto a CV; e 2) falhando e perdendo créditos com ambas. Era mais suicida do que eu imaginara, e poderia me custar a vaga no que me fazia feliz, mas era algo que eu queria, com toda certeza, tentar; nesse ponto da conversa meu sorriso malicioso ja era encontrado novamente como parte mais expressiva de meu rosto, e eu encarava cada movimento de Winnie com masoquismo, como quem quisesse sofrer durante a missão para que a recompensa fosse ainda maior e gratificante. Ouvi sua ultima frase sobre o líder da sociedade e assenti, finalmente concordando com tudo que ela disse. - Eu aceito. Já que você ajudará os Rangers, irei com esse grupo clandestino; assim conseguimos créditos com ambos e a sociedade é beneficiada dos dois lados. Isto é... se você for realmente me aceitar como seu companheiro, Winnie. - Sorri uma última vez, arrumando meu cabelo com a mão direita e deixando uma risada sem graça no ar, da mesma maneira que as de antes.
Depois de certo tempo com o rosto apoiado nas mãos, a garota voltou e tornou a sentar-se frente a mim, parando com o olhar no meu por um bom tempo; não ousei quebrar aquilo, parecia algum tipo de teste de confiança ou talvez alguma leitura de alma, coisas que esses exotéricos malucos fazem, o que de certo combinaria com ela. Por fim, tive minha resposta que de imediato fez com uma sobrancelha se erguesse; ela não sabia? Como me passaria uma missão se sequer sabia o que de fato eu deveria investigar? Afinal, eu estaria ali a mando dela e desse tal Nicholas quem diga-se de passagem, me parecia tanto quanto familiar por sua descrição. De qualquer forma, era um suicídio, o que eu faria se fosse para o Mt. Pyre executar uma missão sem saber para quem estava trabalhando ou o que buscava ali; mesmo assim, eu estava interessado. Mistério sempre mexeu comigo de maneira diferente e agora não seria diferente; em outras situações fui muito mais irresponsável do que isso, e talvez fosse um tiro no escuro mas eu tinha a quem recorrer caso algo acontecesse, agora, pelo menos. Respirei fundo, não a interrompendo até que terminasse completamente de falar, e um último fato trouxe a tona algumas suspeitas interessantes, que confirmavam algumas teorias em minha cabeça. Nicholas era um Rocket, e eu tinha certeza disso pela forma como ela explicou seu encontro, ele claramente não havia contado a ela que o "grupo clandestino" se tratava da Equipe, e aparentemente não queria que ela soubesse que ele também pertencia a ela.
Agora toda a situação mudava de figura... Ajudar os Rockets era mais do que eu precisava para conseguir meu respeito de volta na organização, e tinham dois modos de isso acabar para mim: 1) concluía a missão com sucesso, ganhando honras com tanto a ER quanto a CV; e 2) falhando e perdendo créditos com ambas. Era mais suicida do que eu imaginara, e poderia me custar a vaga no que me fazia feliz, mas era algo que eu queria, com toda certeza, tentar; nesse ponto da conversa meu sorriso malicioso ja era encontrado novamente como parte mais expressiva de meu rosto, e eu encarava cada movimento de Winnie com masoquismo, como quem quisesse sofrer durante a missão para que a recompensa fosse ainda maior e gratificante. Ouvi sua ultima frase sobre o líder da sociedade e assenti, finalmente concordando com tudo que ela disse. - Eu aceito. Já que você ajudará os Rangers, irei com esse grupo clandestino; assim conseguimos créditos com ambos e a sociedade é beneficiada dos dois lados. Isto é... se você for realmente me aceitar como seu companheiro, Winnie. - Sorri uma última vez, arrumando meu cabelo com a mão direita e deixando uma risada sem graça no ar, da mesma maneira que as de antes.
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