Pokémon Mythology RPG
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[Mirror's Echo] – Route 121/Mt.Pyre –

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Se fosse obrigada, não saberia ao certo dizer há quanto tempo estava ali.

Perdidos, os orbes acinzentados se desviaram do horizonte nebuloso durante um breve momento de consciência para passear uma última vez pela placa envelhecida que entalhava o anúncio de entrada da 121 - em silêncio, permitiu a si mesma ocupar os pulmões após uma respiração profunda e vagarosa. A brisa fria balançou e desalinhou os fios avermelhados mas, naquele instante, não pareceu se importar: Talvez sequer houvesse reparado no fato, até; Em fato, sua presença era uma questão mais física que psicológica, por assim dizer. Levando isto em conta, é seguro dizer que, mesmo quando os dedos se movimentaram para acertar a capa de chuva sobre o corpo, o ato se tratou mais de uma reação automática do que uma atitude pensada por si só.

...Só.
Sim, estava só - uma solidão sufocante, predatória, que há muito não sentia. Não apenas pela falta de companhia humana, pois com esse detalhe já estava acostumada, mas por conta da ausência até mesmo de seus pokémons que, ainda que disponíveis a qualquer momento, se encontravam dentro das respectivas esferas os quais a moça não fazia questão imediata de alcançar. Então, de maneira inevitável e por culpa própria, sim: O gosto pútrido do vazio escorria delicadamente por sua garganta. Um temor de outrora, quase esquecido, girava com paciência a maçaneta das lembranças, abrindo a porta de sua prisão com um ranger oco e metálico e oferecendo a si próprio o espaço necessário para que pudesse rastejar para dentro com toda a viscosidade de seu ser invisível e o sorriso, tão asqueroso quanto, foi marcado por fogo e cinzas a cada mínimo centímetro percorrido.

Por um instante único, viu-se abatida pela náusea - sufocou, no sumiço da própria respiração. Embora não estivesse prestando atenção suficiente para reparar nas gotas da garoa ainda fina que casualmente umedeciam pequenas partículas de seus cabelos (consequência do capuz ainda abaixado), não lhe passou despercebido o abraço amaldiçoado que a agarrou pelos ombros, roçando as garras pútridas em seu pescoço, soprando o ar pesado por sua nuca. Sentiu o peso mórbido se estabelecendo com tranquilidade em suas costas, ombros e, ainda que não fosse capaz de se aperceber deste fato, os dedos tremularam em resposta.

...Caminhou. Os pés se moveram sozinhos, vagarosamente abrindo caminho para dentro da rota que se erguia à sua frente: Tontos, tortos, a arrastaram em direção às estranhas do local, sem hora para chegar, sem tempo para terminar e sem destino para limitar. Trazia entre os dedos uma única pokéball bicolor, ainda em seu tamanho diminuto, e o aperto que induzia no objeto era tão inconsciente quanto a própria estadia na trilha. Um fantasma, era ela - a moça, e também a esfera. Um que vagava perdido no passado, e o outro que foi sufocado nas profundezas de um depósito: Dois iguais, estilhaçados.

Uma maldita, e a outra a sina.
Talvez ambos fossem, em realidade.

Parou, sem saber quanto andara. Também não olhou para trás para se certificar se ainda poderia enxergar a entrada da rota, afinal, não era como se importasse - os orbes cinzentos tinham outra pretensão, e deslizaram com suavidade para a mão fechada. Avermelhados pelo aperto excessivo, os nós dos dedos se afrouxaram devagar, fato que inevitavelmente obrigou a moça a reprimir todos instintos e desejos de arremessar o objeto o mais distante possível, e correr sem sequer checar para onde havia ido. A última parte não foi um trabalho difícil considerando o peso repentino que se agarrou aos seus pés mas, para garantir a primeira, se viu obrigada a fechar o punho outra vez.

As pálpebras se apertaram. Por um momento infinito, se manteve em silêncio, ouvindo as folhagens das árvores e as gramíneas dos matagais balançando, distantes, junto ao agudo assobio do vento. Temeu a decisão impensada de trazer consigo um dos grandes motivos de seus pesadelos e, ao mesmo tempo, não se sentia confortável o suficiente para simplesmente retornar à cidade e desfazer essa “aquisição” de seu depósito. Sentindo o choro do céu derramar-se sobre si, a respiração se descompassou por um breve instante. O peito subiu e desceu, e as vinhas enlaçando-lhe o coração arranharam o temor de, assim como trazia o animal de volta à “luz do dia”, estivesse arrastando para fora da escuridão as assombrações que a perseguiam - e, com isso, também invocasse o seu inferno.


Então, sutil e com um aspecto quase cinematográfico, ouviu o tilintar delicado de um sino.

Devagar, os orbes acinzentados foram libertos de sua prisão de carne. Volveram na direção da outra mão, e observaram em silêncio o guizo que dali pendia, o fio avermelhado enroscado despretensiosamente entre seus dedos. Uma nova lufada de vento foi a responsável por seu balançar e, mais uma vez, o barulho gentil do objeto ecoou como bálsamo antes de ser soprado para o esquecimento. Como se fosse capaz de apaziguar as angústias da alma, a moça sentiu o coração amenizar o ritmo dentro do peito, e se deu ao luxo de respirar com lentidão.

Embalada na repentina calmaria ou meramente por distração, um leve aperto foi suficiente para que a esfera em mãos triplicasse em tamanho e, por apenas uma ínfima fresta discreta, o ofuscante feixe luminoso escapou do objeto, derramando-se por sobre a relva em banho seco. A ruiva assistiu o fenômeno em quietude enquanto os formatos geométricos se moldavam e materializavam em pleno ar. Sentiu a brisa bagunçar-lhe os fios cereja, mas não se alterou o desviou o olhar: Por um momento que fosse, toda a sua atenção se dirigiu mera e somente para a sina que voltava a encarar após tanto tempo.

Tanto, que não era capaz de lembrar quanto.

Tinha plena consciência do patético fracasso de colocar rédeas no pokémon da última vez que o tentara, entretanto, não era hipócrita para dizer que o fizera da melhor forma. Admitia que havia tentado abordar o animal sem tato algum - afinal, na época ainda estava marcada por todos os acontecimentos de maneira fresca, e tinha a impressão que havia se deixado levar pelo desejo e falsa ilusão de estar no controle e, acima de tudo, passar por cima de todo o significado da experiência do Limbo.


Era diferente, ali.
Pelo menos, era nisso que queria tentar acreditar.

Quando as cores da espécie se assentaram no recém-liberto, a jovem se abaixou à sua frente, embora com certa distância. De certa forma, o pokémon era imprevisível para si e, caso decidisse simplesmente explodir (como já havia ocorrido certa feita - embora, daquela vez, houvesse motivo), não seria seguro estar do lado do animal, huh?

— ….Olá. — Arriscou. A visão pairou pelo pokémon, passeando por seus detalhes e entalhes e, tal como a chuva fina, a atingiu com uma maré - desta vez, de nostalgia letárgica. — ...Eu não sei se você lembra de mim. — Continuou. Tinha consciência de que não era a melhor das ideias não ter nenhum de seus outros monstrinhos ao lado para caso as coisas “esquentassem”, mas também não acreditava ser uma boa ideia tentar amenizar o clima entre ambos com a guarda alta. Afinal, se ela própria o fizesse, por qual motivo o narigudo não faria o mesmo? — Nós… Não começamos muito bem, eu acredito. — Comentou, com um breve encolher de ombros. A ruiva respirou devagar, analisando em silêncio as reações (ou falta de) do rochoso. Precisou de alguns segundos, porém, e um pouco mais de coragem antes que finalmente estendesse a outra mão, sem pressa alguma. Com a palma para baixo, soltou os dedos, e o miúdo sininho dali pendeu, o barbante ainda enroscado em seus dedos. Em parcial liberdade, se balançou no ar, liberando outro de seus gentis tilintares - que a moça esperava atrair a atenção de Nosepass. — Você não precisa gostar de mim. — Afirmou. Não esperava que acontecesse, ou pelo menos não de imediato. — ...Mas podemos tentar lidar um com o outro.


E esperou.
Que mais poderia fazer?

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Uma Tempestade Lendária!

Um casal deslocava-se de mãos dadas pelas Ruas de Lilycove sob um céu enegrecido pelo prenúncio de chuvas. Eles não pareciam preocupados com o fato... E isso talvez fosse uma pista de suas condições de turistas na região, uma vez que para os moradores de Hoenn, era natural ter um certo temor destes anúncios climáticos, principalmente depois do ocorrido em Kanto e Johto... Inadvertidamente, a dupla escolhia algumas frutas boas para seus Pokémon numa barraquinha da feira local, enquanto o próprio feirante, desesperado e atrapalhado, apressava-se em guardar todas as suas coisas para encerrar precocemente o expediente do dia. Um Pikachu, provavelmente pertencente a algum trabalhador por ai, dormia calmamente no telhado de pano azul da barraca e outros transeuntes deslocavam-se para o interior de algum estabelecimento, deixando a praça cada vez mais vazia...

— Desculpa, eu não quero apressar vocês, mas... Não estão vendo o céu? É perigoso continuarmos por aqui, ainda mais estando tão próximos do mar... — Disse o vendedor, com as mãos inicialmente unidas e um sorriso amarelo em seus lábios. Era possível ver que estava nervoso e suava mais do que o clima exigia. Ele terminava apontando o mar próximo, já que o pátio ficava bem ao lado das docas e até era possível ver o mar agitado chocando-se contra o píer. — Calma, senhor... Só estamos escolhendo algumas frutas, não é como se o mundo fosse acabar AGO... — Começou a dizer o rapaz, deixando a mão de sua companheira livre, enquanto apressava-se em pegar uma das frutas para levar, mesmo a contragosto de tanta pressa. Entretanto, ele fora interrompido por um estampido seco e direto, um raio parecia despencar dos céus e vir direto na direção do grupo, talvez atraídos pelo sonolento Pikachu, sonhando inocentemente com o rabo erguido para os céus. Contudo, antes de acertar fatalmente a barraquinha, o disparo elétrico desviou-se em "L" para o mar e terminou por acertar um cardume de Lanturn, que boiavam tranquilos e não pareceram se preocupar com o ocorrido...

Uma algazarra generalizada iniciou-se na pracinha de Lilycove, conforme um vento ascendente varria o local, arrancando chapéus, guarda-chuvas e a cobertura de barracas, deixando apenas uma fortíssima chuva no lugar, que em segundos, transformou o pátio em um cenário de filme pós-apocalíptico, não apenas pela falta de seres-humanos ou Pokémon, mas pela bagunça de frutas, madeiras e outros destroços de barraquinhas perdidos por ali. Seja lá que força da natureza fosse essa, parecia deslocar-se de todos os lados na direção do Oceano, nas proximidades do Mt. Pyre, revelando-se na forma de um grande tornado, que sugava água a uma velocidade absurda, lançando-a para todos os lados... O que parecia ser a tal chuva que todos podiam observar, seja em Lilycove ou em qualquer das rotas adjacentes...

.   .    .

Natalie não estava muito distante dali, mas... Minutos antes havia deixado a cidade e ainda não poderia saber o que iria acontecer. A ruiva, abalada constantemente por eventos passados, deslocava-se pelas fronteiras da cidade, até chegar ao seu destino, a Rota 121. Ela estava bem preparada, principalmente com uma capa de chuva, que em breve seria muito necessária para evitar ensopar-se ainda mais...

Enquanto o pior ainda não havia surgido e afetado os moradores da cidade, lá atrás, a garota caminhava por uma trilha ainda segura, apesar do entorno bastante selvagem. Natalie estava completamente sozinha por ali, afinal ninguém mais parecia arriscar-se em enfrentar o clima que estava prestes a surgir. E foi desta forma que ela deslocou-se por uns bons metros rota a dentro, a ponto de não ser nem mais possível observar o início de seu trajeto se olhasse para trás. Não que a ruiva preocuparia-se em fazer tal coisa, afinal estava um tanto... "fora de si". Seus tormentos psicológicos só foram "quebrados" pelo tilintar de um sino, com a primeira brisa mais forte que surgiu vinda do final da trilha e arrastou também a barra de sua capa, empurrando ainda o capuz da vestimenta sobre seu rosto... Então, repentinamente o vento parou, como se nunca tivesse existido, trazendo Natalie de volta a si e lhe despertando uma ideia tão repentina quanto a calmaria...

Rapidamente a treinadora pegou sua Poké Bola e deixou sair uma criaturinha curiosa, que já havia lhe trazido uma certa dor de cabeça no passado. Nosepass, o companheiro mais irritadiço e explosivo da ruiva, materializou-se diante da garota e a encarou com aquelas feições de pedra impassíveis. Era praticamente impossível dizer apenas observando como ele sentia-se, mas a falta completa de movimento dava a impressão de que os sentimentos não eram os dos melhores. De todo modo, Natalie tentou aproximar-se... Buscou fazê-lo relembrar de si, o que talvez não fosse muito difícil, apesar do tempo que já havia decorrido desde o último encontro... E bem, apesar de todas as frases, as reações de Nosepass eram mínimas... Sua única atenção parecia ser ao guizo que lhe era gentilmente demonstrado, pendendo das mãos gentis da menina e fazendo um barulho atraente, mas ao mesmo tempo extremamente relaxante. Tão relaxante, que o Pokémon de pedra não pareceu incomodado de tê-lo preso a si...

Nosepass deslocou suas orbes, sem mexer o restante do corpo, a observar o sino que agora agitava-se minimamente, pelo vento que retornava. Contudo, antes mesmo de uma espécie de "relação" ser construída naquele lugar, o mesmo raio observado lá da cidade pelo trio sortudo, chamou a atenção do monstrinho e possivelmente de sua treinadora. Este mesmo raio fora seguido por um segundo, dessa vez totalmente sobre a Rota e cruzando o ar de uma forma curiosa, na diagonal, indo parar em algum ponto do longínquo Mt. Pyre. Nosepass, involuntariamente, começou a deslocar-se lentamente, arrastando terra com o movimento, enquanto seu nariz brilhava intensamente numa cor clara, amarelo quase branco. Um som de estática preenchia o ar e o chiado parecia ser reproduzido pelo próprio corpo do Pokémon. Ele apenas parou quando passou a apontar totalmente para uma direção aleatória, que indicava o meio da mata densa daquele bioma, na mesma direção que o raio partiu. Diante dessa situação, o que Natalie faria

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Se fosse parar para pensar de maneira mais cuidadosa, era quase irônico temer a falta de reação de uma rocha. Uma criatura mais desatenciosa talvez se deixasse levar pela aparente indiferença inicial do narigudo liberto, mas felizmente não foi o caso da ruiva: Ela já havia experiência o suficiente para saber que seria burrice fazê-lo, afinal, e tanto era que o primeiro sentimento que correu por suas veias em resposta à encarada silenciosa do espécime foi o temor. Dentro do peito, o coração se alterou e sacolejou em níveis incalculáveis, e a moça sentiu o aperto que o dominou - a urgência de sair correndo e não olhar para trás ou, mais fácil, apenas retirar o pedregulho de campo e fingir que nada havia acontecido (embora, de fato, nada havia).

...Controlando os próprios impulsos, manteve o silêncio.
Silêncio este que, como bem dito, era maculado apenas pelo tilintar gentil do guizo, agora repassado às mãos de Nosepass sem nenhuma atitude agressiva do pokémon - fato que obrigou-lhe a segurar um suspiro de alívio na garganta. Os dedos moveram-se brevemente para puxar o próprio capuz um pouco mais à frente, acertando-o sobre os cabelos avermelhados, e por um momento a jovem se deu ao luxo de observar o entretenimento discreto de sua baixinha maldição com o sino o qual o presenteara. Em circunstâncias normais, gostaria de agraciar o animal com um carinho, mas se conteve: Não tinha consciência de que nível ao certo deveria manter os limites de contato com o rochoso, e não pretendia estragar o mínimo avanço feito até então, restando-lhe a sina (hah) de outra vez controlar a vontade que assoprou dentro de seu coração.

Não que precisasse de muito esforço, porém!
Talvez até fosse, sim, necessário - mas algo interrompeu qualquer dificuldade que teria no processo: Mais especificamente, um estranho raio que cruzou o infinito de maneira tonta e torta, chicoteando os céus e despencando em todo seu esplendor na direção do Monte Pyre. O susto não chegou a ser uma problemática grande, considerando que se dissipou em questão de milésimos, mas a estranheza quanto à situação não desapareceu tão rápido quanto. Não obstante, aliás, o próprio animal magnético parecia atraído pelo fenômeno, quando o ponteiro avermelhado de seu corpo cintilou, o pokémon se movia e... chiava?

O cenho se franziu com sutileza, e a primeira reação foi se erguer, observando a maneira como o narigudo parecia ser "arrastado" por uma força invisível, deixando para trás uma trilha de terra remexida. Não interferiu de imediato; Primeiro por não ter certeza de como, segundo para observar melhor o que estava acontecendo e terceiro... Bem, sinceramente, por ainda sentir parte da hesitação correndo por seu corpo, pelo menos no que dizia respeito ao pedregulho.

Após poucos segundos, a primeira coisa que fez foi remexer os próprios pertences e, dali, retirou uma capa simples - meio que um lençol pequeno, sinceramente -. Se aproximando um pouco mais do pokémon, se inclinou para cobri-lo com o curto tecido, que mais parecia uma capa de chuva improvisada, amarrando o laço da peça à frente do corpo do impassível espécime. Atitude talvez boba, mas pensada especificamente para amenizar os nervos do animal e protegê-lo pelo menos parcialmente da água que caía. Tudo isto, fez devagar: Não queria de maneira alguma estressar o pokémon, e não hesitaria em recuar a qualquer sinal de fúria desencadeada.

— ...Você quer dar uma olhada pra lá? — Sugeriu, ainda meio sem jeito, indicando a direção para a qual o animal indicava (e se atraía). Arriscou alguns passos na frente, mas se voltou pacientemente ao pokémon-bússola. — Podemos ir. — Incentivou. Se tudo desse certo, bem, já tinham um "norte" para seguir, huh?

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Uma Tempestade Lendária!

Nosepass havia ficado um tanto tocado pelo presente inesperado recebido de sua suposta "dona". Sim, dona, era exatamente a forma como ele via Natalie, como uma dona que tentaria ordená-lo a ir nos mais diferentes lugares e obrigá-lo a fazer as mais estranhas coisas sem querer saber de suas vontades e condições. Afinal, ele havia sido capturado em um ambiente hostil e agora só poderia ser um escravo... Contudo, o gesto simples de lhe oferecer um objeto diferente, brilhante e sobretudo de som agradável, parecia amenizar um pouco essa visão deturpada que o Pokémon tinha sobre a ruiva...

Era até de se esperar que o Pokémon de Pedra fosse reagir de alguma forma positiva ao agrado recebido, mas antes mesmo que ele tivesse chance de pensar no assunto, o raio misterioso que cortou o ar causou-lhe um grande sobressalto, tanto quanto assustou a sua treinadora. Isso e o efeito magnético causado em seu corpo foram o bastante para dissipar essa onda de boas sensações... Além do mais, inciava-se uma leve chuva. Leve, mas constante... Não que ela fosse ferir a criatura, mas era realmente incômoda para aquela tipagem, que sentia um certo enfraquecimento "moral" não-oficial em climas como aquele...

Noss? Emitiu surpreso o Nosepass, ao sentir um toque macio e veloz sobre si... Mas não! Ele não havia de se explodir por isso... Na verdade foi acolhedor e ainda por cima, protetor contra toda aquela umidade. Por alguns segundos o Pokémon apenas observou estranhamente o novo acessório sobre si, até mesmo ignorando um pouco o que Natalie dizia... Contudo, o fato de de vê-la movimentando-se para longe aos poucos, gerou um estalo na cabeça da criatura de pedra, que respondeu visual e sonoramente ao momento, piscando seu nariz avermelhado numa outra cor amarelo-choque, chiando brevemente como estática de rádio, além de ter iniciado finalmente uma lentíssima caminhada atrás da garota. Era um gesto simples, mas bem mais positivo que o mero silêncio, portanto deveria significar algo bom... Enfim...

Natalie e Nosepass então começaram a avançar pelo terreno... A direção indicada anteriormente pelo raio e pelo nariz do Pokémon era de difícil acesso e logo logo, alguma decisão precisaria ser tomada para conseguirem seguir adiante. Antes, na trilha original, era possível à treinadora ver à distância o topo do Mount Pyre, mesmo ocultado parcialmente pelo vento e pela chuva. Contudo, ao seguir uma estreita trilha por entre as árvores da floresta, esta visão de outrora passou a ser dificultada pela presença de alguns morros naturais, cobertos de árvores e sem trilhas visíveis, que surgiam diante dos olhos da dupla, ainda na Rota 121. Era possível escalá-los sem tanto esforço, pois a inclinação não era intransponível, apenas cansativa. Contudo, ainda assim era perigosa em um clima tão úmido... A outra opção era contornar, mas provavelmente lhe tomariam mais tempo. O que Natalie decidiria?  

>> Nosepass recebeu +4 pontos de felicidade pela
interação e +2 pontos de felicidade pelo Soothe Bell.


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Ainda que por vontade própria desta vez, encarar a presença de Nosepass ao seu lado era, inevitavelmente, um fato responsável por fazer crescer o temor em seu coração. Não apenas por todo o significado que torneava a mera existência do pokémon, mas também por se sentir incapaz de prever que tipo de reação poderia arrancar do animal em praticamente qualquer situação - e a maior prova disso, sem dúvida, era a tensão que se apoderava de seus ombros a cada cintilar que encobria o corpo do rochoso. Levando isto em consideração, é extremamente compreensível o alívio passageiro que repousou sobre sua alma quando o pequeno se arrastou em seus passos lentos para segui-la, sem indicações de que protagonizaria qualquer investida ou, pior, explosão.

Pelo menos por algum tempo, o avanço ao longo da trilha se mostrou simples e vazio. Além de Nosepass, a moça não era capaz de enxergar nenhuma alma viva nos arredores, ou sequer ouvir: Talvez por conta da chuva ainda serena, que recaía e auxiliava a cobrir parcialmente seus sentidos, ainda que de maneira vaga e discreta. A cada passo que arriscava em direção às entranhas da 121, sentia o coração desconexo da realidade - ou melhor, não o sentia, e esse era o maior risco que poderia correr. A própria mente se encontrava em condição quase tão nublada quanto o céu, e não era total mentira afirmar que os atos se resumiam mais em instintos do que planejamentos. Não estava à mercê do "piloto automático" - ainda assim, era com ele que mais contava naquele momento.

E ele bem merecia os bons créditos, considerando a maneira como os passos desaceleraram devagar, até pararem por completo, ao se dar conta da nova paisagem decorada por morros e árvores. Malmente era capaz de distinguir Pyre, antes tão bem delineado no horizonte e, por isso, levou alguns segundos em silêncio, analisando em silêncio a nova área. A demora não era uma preocupação para que Nosepass passasse na frente, afinal, tinha tomado a dianteira antes e o animal não era tão veloz assim.

— ...Vamos contornar. — Foi sua primeira reação verbal, antes que os orbes se desviassem com sutileza na direção do pokémon. — Deve ser mais fácil pra você se dermos a volta. — Explicou, volvendo brevemente a atenção aos montes outra vez. — Seguimos e contornamos os morros. — Reafirmou. — Tudo bem?

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Natalie reunia mais forças do que talvez imaginasse ter para continuar avançando em direção ao desconhecido... Apesar da sua mente estar ocupada com pensamentos diversos e emoções estranhas, ainda podia contar com seu corpo - desconexo desse estado - para "cuidar" de si, ao menos fisicamente falando... Foi assim que a ruiva conseguiu continuar e acabou chegando onde chegou, no coração de uma floresta densa, sem qualquer sinal de outros humanos ou até mesmo de outros Pokémon por perto. Além disso, a última alteração repentina do cenário certamente havia lhe "acendido uma luzinha" na consciência, de que o traiçoeiro ambiente era bastante propício a perdas completas de localização num estalar de dedos, mesmo estando ao lado de uma bússola ambulante e rebelde como a criatura de pedra...

E por falar em Nosepass, ele havia voltado ao seu estado de pura contemplação e quase total imobilidade. O que inclusive parecia especialmente cômico, principalmente pela capa que lhe havia sido improvisada ao redor de seu corpo, deixando-lhe apenas com o grande nariz e parte dos olhos de fora. Entretanto, a garota não estava ali para observar seu Pokémon e sim continuar o trajeto em direção ao misterioso fenômeno observado anteriormente... Ela precisava decidir entre subir a encosta íngreme ou simplesmente contorná-la, por um longo caminho... Era difícil pensar sobre isso pois, apesar da cobertura vegetal servir de barreira para o vento externo e parte da chuva torrencial, não conseguia evitar goteiras e rajadas intermitentes de ar, que acertavam de forma gélida o corpo de Natalie, ora sim, ora não, arrepiando até mesmo os pelinhos mais sutis de sua nuca, e gerando um certo desconforto inesperado. Incômodo até para quem não se importava em sentir frio...

Supondo que seria um caminho mais fácil para o Pokémon de Pedra, mesmo sendo mais longo, a ruiva então decidiu contornar o morro a frente, expressando verbalmente sua opinião a criaturinha companheira, mesmo que esta não lhe desse qualquer sinal de que estava escutando. Ela continuou então, dando explicações e razões para a decisão, mas... Se Nosepass a estava ouvindo, certamente interpretava muito bem alguém que não escutava... Seu tipo Pedra dava um spoiler de que tudo (ou quase tudo) naquele Pokémon era resistente como rocha, inclusive sua paciência. E ele faria realmente de tudo para testar os limites da garota, mesmo que precisasse ficar imóvel por muito tempo até ela decidir de fato simplesmente partir pelo caminho escolhido, confiando que ele viria logo atrás, e se isso realmente ocorresse, ele certamente não iria. Muito pelo contrário! Nosepass passava mesmo era a se movimentar, mais rápido que de costume aliás, na direção que contrariava Natalie, tentando em vão escalar sozinho a encosta já abandonada pela garota. Sem conseguir avançar entretanto, Nosepass tremia estranhamente, indicando ansiedade e insatisfação, sinais péssimos! Principalmente se considerando o explosivo passado da criaturinha. Diante disso, o que a treinadora faria?

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Por um breve instante, estendeu a palma em frente ao corpo, virada para baixo. Deu-se ao luxo do silêncio, maculado apenas pela brisa e o balanço das folhagens das árvores, e se permitiu deleitar em quietude as gotas gélidas que escapavam das copas e faziam rota em direção ao solo. Vislumbrou a maneira como as lágrimas do céu, então, escorreram por sua pele, encontrando via em seus dedos para escapar e tombar com pressa à terra, nela acolhendo-se e desaparecendo. Sentiu também o arrepio que deslizou da ponta de seus dedos até o começo do ombro, se espalhando sem muito efeito pelo resto do corpo, e aspirou o odor úmido da flora. As pálpebras se cerraram num singelo momento e, tomando proveito de sua existência, a mente vagou, embora não para muito longe: Enlaçou-se no único questionamento de Oceano, que faz diante do choro do céu? e, sem respostas, permitiu que a pergunta se esfacelasse ao infinito.

Devagar, permitiu que o membro descansasse ao lado do corpo outra vez, e o olhar se voltou à estatueta que firmava raízes, em quietude tão avassaladora quanto a que encarou certa feita, há muito. Observou sua falta de reação, sua maneira contida que guardava uma personalidade... Explosiva. Vigiou a eterna sombra sobre seus olhos, assim como o eterno peso que o espécime era obrigado a carregar. Este detalhe mínimo a fez se questionar se, oh, seria tal fator causado por costume em um habitat que um dia fora seu? E, mais importante, quanto ao certo aquela criatura trazia consigo as cargas pesadas de seu próprio Limbo?

...
Diante do silêncio, sua primeira reação foi mover-se tal qual a primeira vez, observando com atenção se o pedregulho se permitiria acatar de mesmo modo e, particularmente, não se surpreendeu quando o viu se agitar na direção contrária; Apenas parou no lugar, e observou todo o esforço do animal para se arrastar em direção ao topo do morro íngreme e, para sua plena infelicidade, escorregava à base a cada uma das tentativas mal sucedidas. Fitou a rebeldia (não tão) escancarada do pequeno, e recordou seu primeiro encontro com a figura. Lembrou de fantasmas do passado que sussurravam sobre como o espécime era sua responsabilidade, afinal, ela o havia libertado.

Naquele momento ínfimo, digeriu as palavras que ecoavam de seus demônios.

...
Talvez não apenas ele fosse sua sina.
Quem sabe se ela própria também não o era?

Foi fitando com paciência o contorno de tão ambígua existência que pôde também reparar em sua frustração gradual com as insistências falhas em relação à encosta. Enxergou o instante exato em que pareceu desistir, e ao mesmo tempo não lhe passou despercebido o tremular repentino do rochoso, fato que ligou um alarme em suas lembranças. O primeiro desejo foi agarrar a pokéball e retornar o espécime mas, de qualquer maneira, não o fez: Pelo contrário. Se deu ao luxo de aproximar do estressado Nosepass, se abaixando ao seu lado e apoiando com delicadeza a mão sobre a sua, ainda que todos os seus instintos gritassem e clamassem pelo oposto de suas ações.

Sabia o quão fatal poderia ser caso ele de fato explodisse com tanta proximidade.
A atitude foi ordem simplória do coração para que não se fosse e, independente dos resultados, a obedeceu. Não sabia explicar o motivo e, independente de quanto tempo passasse, não saberia; Talvez se arrependesse em pouquíssimo tempo, mas agora já era tarde para pensar nisso, também. Na dúvida, rasgou a racionalidade que já tão pouco carregava em si - e se entregou ao eco dos próprios demônios em seus ombros.

O olhar passeou pelo mascarado pokémon, e vagou também na direção da subida à frente. Os dedos sentiam a superfície lisa e dura do "braço" do animal e, por conta própria, não se afastaram - embora não estivessem dispostos a lutar se o espécime o fizesse. Respirou fundo uma, duas vezes, sentiu o peso áspero e sem forma em suas costas, e a atenção volveu em direção de Nosepass.

— Você não tem que fazer isso sozinho. — O sussurro escapou dos lábios, mas eventualmente se perdeu na brisa que antecedia a tormenta. Tinha a consciência, pelo peso do pedregulho, que não seria capaz de fazê-lo seguir encosta acima, mas também não estava ali sozinha de verdade. Os dedos fisgaram uma esfera bicolor ainda disponível, e se ergueu para apontá-la ao vazio: A de Ariel, era aquela. A ideia inicial era fazer com que a serpente aquática carregasse o pokémon-bússola ao topo do morro ou, no mínimo, servisse de apoio para que não o permitisse escorregar encosta abaixo a cada avanço que o azulado conquistasse.

Se ele queria subir pelo morro, que fossem por ele, então.

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Uma Tempestade Lendária!

Desde que Natalie capturou Nosepass, e aparentemente libertou a criatura de sua prisão no Limbo, não havia tido tempo de realmente ter uma interação franca com o Pokémon. Na verdade, o que a ruiva tinha como visão do tal Rochoso eram apenas algumas lembranças de um momento desastroso em que tentou aproximar-se sem sucesso. Contudo, por todo o tempo que se passou depois da experiência ruim, Natalie havia tido a oportunidades de curar-se um pouco das mazelas sofridas, sejam essas tentativas bem-sucedidas ou não. Já a criatura de pedra só havia conhecido o interior de uma Poké Bola, que por melhor e mais agradável que fosse, ainda poderia ser encarada como uma "prisão".

Querendo ou não, Nosepass estava tendo um primeiro vislumbre do mundo, da realidade nua e crua ao seu redor. O Pokémon, de sua maneira birrenta e contrária aos desejos da ruiva, podia não fazer isso "apenas por fazer". E se quisesse apenas... experimentar? Errar e aprender com seus próprios erros. Ser Livre... Se por um primeiro momento a treinadora pareceu irritar-se com as reações da criaturinha, agora parecia ter um pouco mais de empatia pela sua situação atípica. Um ser de pedra também não poderia ser afetado por emoções e sentimentos tão conflituosos que lhe tiravam da sanidade? E este não poderia ter suas próprias vontades e raciocínios lógicos ao invés de apenas explosões irracionais de insatisfação? Não era possível saber se a menina havia ido tão longe em suas reflexões, mas uma coisa era certa... Natalie permitiu aproximar-se de Nosepass, interagir com ele e sobretudo, ouví-lo.

Com o uso de uma de suas Poké Bolas, a treinadora libertou Ariel, seu Gyarados. O forte Pokémon Aquático, beneficiado pela chuva para manter-se úmido e contente, ergueu-se do solo em um raio prateado até sua cabeça chegar bem próximo da copa das árvores e recebeu a missão de dar assistência ao Rochoso na sua empreitada de subir a colina. Usando o próprio corpo, Gyarados passou a dar uma "forcinha" a criatura de pedra, que aos poucos foi ganhando altitude em direção ao topo do morro, sendo seguidos pela ruiva de perto. E contrariando as expectativas, todo o passeio não durou mais do que umas duas ou duas e meia dezenas de minutos, terminando em uma região menos arborizada e de visão privilegiada.

Natalie agora podia ter uma boa ideia da direção em que estava indo... De fato, o caminho escolhido iria direto para o mar e depois para o Mount Pyre que erguia-se das águas com seu relevo único. Entretanto, ainda havia muito chão pela frente para ser explorado e seria possível traçar uma rota, mesmo que mentalmente, para um trajeto mais seguro ou rápido ou os dois, dependendo da necessidade da garota. Nosepass estava calado, mas de uma maneira diferente da anterior... Ele parecia envergonhado, talvez por não esperar que a sua "dona" mudasse seus planos por ele ou tivesse tanto "trabalho" para satisfazer suas vontades, apesar de todos terem "ganhado" com a subida e a visão que proporcionava. Enfim... Talvez fosse melhor dar tempo para o Rochoso expressar-se da melhor forma, quando fosse a hora...

Ariel, agora livre de árvores formando um teto sobre sua cabeça, abria a boca para o ar, bebendo água da pesada chuva que caia, por todos os lados. Ele não tinha pressa em partir, então seria um momento importante para a treinadora refletir e tomar uma escolha de percurso a seguir. Haviam pontos importantes e sobretudo, interessantes a serem observados: uma sequência de clareiras com árvores queimadas, possivelmente por raios, em uma área expressiva mais ao norte, sobre um terreno íngreme. A Oeste haviam árvores caídas próximas a uma trilha estreita, possivelmente por causa dos fortes ventos, aliado a qualidade inferior de seus troncos. Era possível passar contornando-se constantemente estes troncos ou saltando eles e era a rota mais curta. E por fim, a Sudoeste, havia uma mata mais densa com uma outra trilha estreita e sinuosa, que percorria perfeitamente os vales, sem qualquer subida ou descida visível, até finalmente alcançar o mar. Diante dessas opções viáveis, o que Natalie decidiria?

Progresso da Rota :

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Independente de quais eram os temores que a assaltavam anteriormente, era inegável o alívio que a alcançou a seguir quando, mesmo de maneira lenta, os tremores se acalmaram sobre o corpo do espécime rochoso. Por um momento que fosse, se permitiu acalmar o próprio coração, aconchegando de maneira serena a situação a qual se encontrava: Tentar, nem que apenas para variar, enxergar o animal ao seu lado de uma maneira que não se resumisse à sinas e maldições. Podia não ser fácil, mas de certo não era algo impossível de se fazer.

Seguiram ao topo do morro, em avanços lentos e demorados; De certo não era seu plano inicial mas, ao alcançar o cume, se limitou a respirar fundo o ar misturado de tormenta e, com escassez, maresia. Se permitiu apreciar em silêncio a paisagem que se espalhava ao longo da rota, fosse ela pincelada pelo caos ou simplicidade. Mesmo com a atenção desviada, não perdeu o momento em que Ariel pôs-se a também engolir a água da chuva e, com um sorriso simples, apoiou a palma nas escamas azuladas da serpente marinha, afagando seu corpo com tenuidade.

Se deu ao luxo de, por um instante, averiguar em silêncio a área em que se encontravam. Os orbes passearam pelas árvores caídas, as que ainda se erguiam com imponência e mesmo as que sofreram (talvez) com a fúria celeste em formato de labaredas. Era fato que qualquer uma acabaria em um mesmo destino desejado por si: O Monte Pyre, que tão bem se destacava no horizonte agora que ele não se encontrava oculto pelas copas da vegetação.

— Eu acho que... — Ponderou. Calou-se por um momento, e respirou mais uma vez antes de se voltar à jovem estatueta ao seu lado. Analisou a (falta de) expressão do espécime, buscando enxergar algum sentimento escondido naquela máscara negra estampada em seu rosto e, então, balançou a cabeça em negativa, num ato sutil. — ...Não. Quer saber? — Abaixou-se ao seu lado, e observou as vastas opções que deslizavam pelas planícies. — Por que não escolhe você? — Sugeriu, gesticulando na direção dos três caminhos.

E, fosse por onde fosse... Iriam!
Por que não?

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Uma Tempestade Lendária!

Apesar de um certo caos que espalhava-se por toda a Rota 121 e regiões adjacentes, ali naquele pequeno espaço de floresta compartilhado por três seres, a paz reinava, nem que fosse por alguns poucos instantes... Ver a alegria inocente do voraz Gyarados e a volta de uma calmaria para o atarracado Nosepass deu um gás a mais no ânimo de Natalie, que pôde enfim respirar fundo e deixar a maresia invadir suas narinas, remexendo com os seus sentidos e despertando-a para a situação peculiar em que se encontravam, afinal, além de ser uma oportunidade de aproximar-se mais do Rochoso, também era aventura e como toda a aventura, possuía mistérios e riscos que urgiam por decisões acertadas, para sua própria segurança.

Com uma visão mais clara do estado geral e das opções que possuía diante de si, a ruiva tomou uma decisão, mesmo que a decisão não fosse exatamente SUA decisão. Diante do imprevisível, preferiu arriscar na intuição magnética de Nosepass, deixando o Pokémon escolher por conta própria o melhor caminho para seguirem. Uma responsabilidade grande, mas que talvez pudesse tocar o coração de pedra da criatura ao se sentir parte importante de algo, não apenas uma engrenagem descartável e facilmente substituível em meio a tantas outras. Foi algo tão tocante, que demorou um tempo até Nosepass compreender o que lhe era pedido. Uma troca de olhares do cenário para Natalie e vice-versa foi realizada, até finalmente "repousar" os olhos de vez sobre a ruiva...

Ainda afetado pela vergonha da sua birra anterior, o Pokémon não expressou muita atitude, tornando-se mais comedido em seus apontamentos. Ele observou com cautela o terreno e deixou suas "entranhas" minerais falarem consigo um pouco. Piscando o grande nariz algumas vezes, permitiu que toda sua estrutura fosse levada pelo campo magnético que certamente havia ali, agitando-se levemente entre duas coordenadas próximas, até parar em uma específica. Era uma das rotas mais longas e seguras - apesar da mata fechada - que seria acessível descendo a colina em que estavam por uma trilha secundária, um tanto precária, mais à sudoeste. O Pokémon, decidido sobre sua escolha, observou Natalie por alguns segundos, como se esperasse uma confirmação dela ou talvez uma ajudinha para descer sem rolar. De todo modo, parecia um sinal claro que a confiança dele e seus ânimos estavam mais elevados. Como a garota reagiria a essa escolha?

>> Nosepass ganhou +4 pontos de felicidade pela
interação e +2 pontos de felicidade pelo Soothe Bell.


Progresso da Rota :

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