Pokémon Mythology RPG
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Ato 01 — O início.

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descriptionAto 01 — O início. - Página 4 EmptyRe: Ato 01 — O início.

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Pouco a pouco, o sibilo da brisa começava a arrefecer. Antes no campo aberto, era possível observar as nuvens emaranhando-se ao céu, não deixando muitas frestas para que o sol aquecesse o restante do dia na rota 101. Agora já na mata, o frio começava a se instalar por meio de uma aragem gélida. Nicholas abriu a sua mochila, parando por um ínfimo instante, tomando em suas mãos seu blazer verde desbotado. Encaixou-o ao seu torso, e agora, não passaria tanto frio.

Calcorreando por aquela trilha suspicaz, era audível a ambos os treinadores o chacoalhar de algumas folhas junto com movimentações excêntricas ao redor. Nada hostil: eram apenas monstrinhos que volviam aos seus habitats, temendo a ameaça de alguém. Os passos lentos do conjunto de treinadores permitiam melhores visualizações e impressões da mata, sendo possível constatar ausência de qualquer ameaça Rocket — ao menos naquele lapso temporal.

Não tardando muito, uma movimentação com ares mais hostil chegaram aos tímpanos dos novos treinadores. De um lado para o outro, vultos começavam a se disfarçar nos arbustos e próximos às árvores ao redor. A caminhada de ambos despertou o interesse de monstrinhos infensos, que agora tentavam cercar os iniciantes. Emma tentava apontar de onde vinham os sons dos passos dos pokémons, que rapidamente trocavam de posição, arrancando um resmungo da treinadora. Os olhos do treinador, sem se mover, perfaziam os sons dos passos, sem necessariamente volver seu corpo. Toda a sua atenção estava na tentativa de captar onde as criaturas parariam.

Emaranhando-se à movimentação, rosnados começaram a ser audíveis. Involuntariamente, a mão direita de Nico buscou a esfera bicolor que continha seu réptil. Apenas apertou o botão ao seu centro, pronto para liberá-lo assim que os monstrinhos dessem as caras. Emma liberara Jigglypuff, pressentindo o que viria a seguir. A fada pousou ao chão, comera a fruta, recuperando-se parcialmente dos ferimentos do embate contra Drilbur.

No clímax de todo aquele cerco, três pequenos lobos saltaram à vista dos iniciantes. Eram criaturas típicas da região, três pequenos lobos acinzentados cercavam Nicholas e Emma. Com as pequenas presas amostras, poderiam atacar a qualquer instante; um combate, mais uma vez, viera à tona.

Antes de liberar seu lagarto, com a mão livre — apesar do pouco de dificuldade por estar segurando a garota, ainda machucada —, arqueou novamente sua pokédex. Mirou no lobo central. A voz robótica reconheceu Poochyena depois de um curto lapso de tempo, e então, dera as informações.

"Poochyena, o pokémon mordida. À primeira vista, Poochyena dá uma mordida em qualquer coisa que se mexa. Este pokémon persegue a presa até a vítima ficar exausta. No entanto, pode virar a cauda se a presa atacar de volta."


Ao final, guardou o instrumento no bolso de sua jeans. Com a pokébola de Charmander já arqueada, jogou-a um pouco para frente, na vertical. A esfera bicolor volteou em seu próprio eixo inúmeras vezes, até que se abrira. Um feixe de energia alvo desceu do instrumento ao chão esverdeado da mata, materializando o réptil.

Já no chão, ainda confuso, o atabalhoado Charmander demorou até perceber que era uma situação melindrosa. Contudo, ao ter consciência disso, já tomou posição de alerta, com seus ouvidos atentos aos comandos do loiro.

— Mire no à sua frente. Dragonbreath, depois Ember.

O primeiro ataque, por mais que conseguisse algum dano, não era essa a intenção. O golpe tinha chances de causar paralisia, e era isso que Nicholas buscava, para tentar tomar controle da situação em um combate que, em termos de números, já iniciara desfavorável a ele e Emma.

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Off :


Ato O1 — O início.


Com poucos minutos de paz desde o último turbilhão de emoções, novamente nossos heróis se envolviam em batalha, fugindo uma vez mais do típico esteriótipo do novo treinador, onde a primeira rota é sempre tranquila e somente para os novatos aproveitarem seus novos ares... Com Emma e Nicholas não poderia ser mais diferente. Movidos pela curiosidade, ambos desejam desbravar ainda mais a mata que os cercava, sem saber os perigos que ali poderiam existir. Bom, três deles agora manifestavam-se diante das quatro janelas cerúleas.

— Precisamos vencer mais uma vez... Ou capaz de virarmos comida de cachorro. — Emma parecia atenta, apesar do comentário feito para aliviar o pesado clima que novamente se instaurou — Jiggly, duplo Disarming Voice! Tente pegar todos na sua voz!

E, sem anúncios, a batalha se iniciou. Ainda meio desnorteado com o chamado repentino — algo que teria que se acostumar em breve — Charmander era o primeiro a atacar: abriu sua boca e lançou uma poderosa rajada de púrpuras chamas, a qual acertava o canídeo do meio, já deixando-o extremamente exausto. Claramente vingativos e protetivos como toda matilha é, todos os três voltavam suas atenções para o lagarto, que se intimidava um pouco. Investindo com toda velocidade que podiam, todos os três adversário acertavam Charmander com Tackle, em um sequência atrás da outra, o que fez o pequeno ser arremessado a alguns metros de distância à direita. Aproveitando o foco dos Poochyenas e o fato de estarem bem próximos, Jigglypuff começava a cantar sua terrível melodia desarmônica, a qual acertava todos os canídeos em cheio e terminava de derrubar o do meio.

Apesar do dano do ataque em si não ter sido muito grande, Charmander sentia o impacto do arremesso, levando em fúria e já lançando sua brasa na direção de um deles, sem sequer saber qual — algo que deveria ser conversado depois com seu treinador, já que o pequeno precisa aprender a pensar antes de agir na raiva. E, com o Ember do lagarto derrubando outro, faltava somente um, que investia contra Jigglypuff, mas logo também era derrubado pelo Disarming Voice da fada.

— Acho que tivemos sorte. — Emma engoliu seco, aproveitando respirar aliviada e voltar sua atenção para Charmander, que ainda parecia irritado — Ei, rapazinho. Não fique irritado. Batalhas são assim mesmo... Mas você foi muito bem. — acariciou a cabeça do lagarto e logo depois a de Jigglypuff — Os dois foram. — tornou a olhar para Nico — E agora? Seguimos em frente, né?



Poochyena:
 Fainted
 Poochyena:
 Fainted
 Poochyena:
 Fainted
 
Hold Item 1:
 
 Hold Item 2:
 
 Hold Item 3:
 
Trait 1:
 Quick Feet
 Trait 2:
 Quick Feet
 Trait 3:
 Quick Feet

 
lv06 Poochyena

 
 
00/20
 
lv08 Poochyena

 
 
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lv06 Poochyena

 
 
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Ato 01 — O início. - Página 4 PoochyenaAto 01 — O início. - Página 4 Poochyena
Ato 01 — O início. - Página 4 Poochyena
Ato 01 — O início. - Página 4 CharmanderAto 01 — O início. - Página 4 Jigglypuff
lv13 Charmander


17/33
lv15 Jigglypuff


04/59
Trait 1:
Blaze
Trait 2:
Competitive
Hold Item 1:
Oran Berry
Hold Item 2:

Charmander:
Normal
Jigglypuff:
Normal

Campo: Floresta de difícil locomoção; com brisas geladas invadindo a relva constantemente.

Progresso da Rota :



_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




Ato 01 — O início. - Página 4 WCU65Ru
Awards :

descriptionAto 01 — O início. - Página 4 EmptyRe: Ato 01 — O início.

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Assim como começou, o embate terminou. Os ataques combinados de Charmander e Jigglypuff foram suficientes para nocautear os lobos que encurralaram os iniciantes. O réptil parecera irritado por levar uma porção de ataques, já que tomara a iniciativa após lançar uma rajada de energia púrpura de sua bocarra. Ao enfezar-se, ganhou carinhos de Emma. Nicholas se aproximou de seu inicial, agachando-se, com os orbes no mesmo nível.

— Escute, não precisa ficar bravo assim. Você foi muito bem e acabou com eles. Não aja assim tão emocionalmente, apenas confie em mim — proferira o loiro. O pequeno quebrava, grunhindo baixo, apesar de entender o que lhe fora falado. Nico afagou sua cabeça, sorrindo para o réptil, que retribuía.

O loiro tomou o lagarto em seus braços, colocando-o sentado sobre seu ombro. Acenando-lhe a cabeça para que o lagarto ajudasse a observar o ambiente à sua volta, Charmander assentiu. Seus grandes orbes azulados eram diferentes dos corriqueiros olhares distraídos e espalhafatosos do réptil laranja.

Emma perguntara sobre como deveriam prosseguir, enfim. Nico não lhe respondera de imediato. Seus olhos cerúleos corriam por todo o ambiente em sua volta, procurando achar alguma pista. As criaturinhas hostis têm costumes territorialistas — conforme ouviu no barco para Littleroot. Foram surpreendidos por um número expressivos de Poochyenas, sinalizando que a zona que adentravam pertencia a estes.

Seria então a “matriarca” daqueles lobos a tal criatura brava que Emma mencionou ainda no início do caminho? Nicholas ainda não tinha certeza, mas apenas suspeitava.

— Acho que o pokémon que anda atacando a treinadores seja algum tipo de “líder” desses Poochyenas — deduziu o loiro, dirigindo-se à Emma. — Sua evolução. Nunca vi algum, mas ouvi que se chama Mightyena; são bastante comuns aqui em Hoenn. Se investigarmos mais de onde esses pokémons vieram, acho que vamos chegar ao bravo que você disse.

Deu apenas alguns passos, para adentrar na floresta na direção em que aqueles Poochyenas surpreenderam. Nicholas estava determinado a ir averiguar acerca daqueles curiosos lobos; podia até ser que esteja errado, afinal, era apenas um chute. Valia a pena investigar aquilo não só pelo número de monstrinhos que poderiam encontrar à sua frente, mas também, se o chute de Nico estivesse certo, Ralts e Jigglypuff dariam ampla vantagem caso entrassem em choque.

— Vamos indo então — sinalizou com a cabeça para loiro, seguindo pelo caminho de onde os lobos sobressaltaram a dupla iniciante.

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Ato O1 — O início.


Quem diria que a sorte finalmente mostraria seu rosto para nossos heróis, não é? Após um conturbado embate contra o Rocket, suas forças já estavam no limite, mas ainda assim Charmander e Jigglypuff foram capazes de derrotar os canídeos sem o menor dos problemas. O lagarto parecia ter ficado chateado com a quantidade de investidas que levara dos — agora desmaiados — oponentes, porém bastou uma conversa tranquila e serena com Nicholas para que a fúria fosse novamente substituída pela curiosidade de continuar investigando o local.

E assim o fizeram. Com a ajuda do loiro, Emma caminhava agarrada em seu braço direito enquanto os pequeninos caminhavam na frente. Nada muito diferente do que os barulhos já antes mencionados acontecia e, bom, continuou assim por uns bons minutos.

— Tem razão. — Emma dizia, após pensar um pouco sobre o que nosso herói havia dito — Se é o caso, deveríamos nos preparar, né? — deu dois tapinhas no braço do loiro que se apoiava; buscando algo dentro de sua bolsa logo em seguida — Vem cá, Jiggly. — a fada parou, correndo de volta para sua treinadora — Vou te dar esse Potion, você é muito frágil em batalha, precisa estar bem recuperada. — abaixou seu tronco com certa dificuldade, borrifando o frasco nos machucados da pequenina, que instantaneamente começava a se sentir melhor — Agora é torcer para acharmos o Pokémon antes que ele nos ache.

Por um lado a sentença da garota era certeira: fragilizados e com a locomoção dificultada, um ataque surpresa de um suposto poderoso canídeo poderia ser complicado para nossos heróis. Não demorou muito e era possível já começar a sentir pequeninas gotas d'água caírem pelas copas das árvores... É, a chuva começava a surgir, o que não poderia ser bom para Nicholas e Emma.

— Droga, vamos apertar o passo. Talvez encontrar algum lugar para nos proteger da chuva.
— seu corpo estremeceu com o vento que circulou — E do frio também.

Não tinha jeito, Hoenn era exatamente conhecida pelo seu clima mutável e agora o loiro poderia ver com seus próprios olhos, já que a cada segundo que passava a chuva começava a apertar — e apesar das enormes árvores os protegerem um pouco, não havia muito que os vegetais pudessem fazer. Assustados, era possível também escutar a maioria dos selvagens se escondendo em suas tocas, alguns Wurmples com bastante pressa cruzavam o caminho dos nossos heróis, provavelmente correndo para se abrigar... E, bom, isso não poderia sinalizar algo bom.

Após caminharem por mais alguns minutos e já se encontrarem encharcados, Emma e Nicholas se deparavam com uma pequena cabana à distância: era do tamanho de um cômodo grande, bem maltratada, mas com parte de seu teto intacto. Suas janelas eram quebradas e sua porta entreaberta, mas não parecia viver ninguém ali, já que em alguns pontos a relva já havia crescido sobre sua madeira apodrecida. A loira sinalizou com a cabeça para que se apressassem até lá; não tinha outro lugar em vista para se protegerem da chuva e, oras, era melhor ficar seca e machucada do que combinar dois problemas, certo?

Nada poderia dar errado...

Ou será que sim?



Progresso da Rota :



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As nuvens enegrecidas que se aglomeravam anteriormente aos treinadores entranharem-se na floresta da rota 101 sinalizava de que a chuva estava por vir; e veio. Para desgosto do treinador, assim que as primeiras gotas chocavam-se contra seu ombro, ele amaldiçoara quem fosse o provedor da tempestade. Em caso de ataques surpresa — seja dos rockets ou criaturas selvagens —, o réptil, seu único pokémon no arsenal, lutaria em um cenário desgostoso para os iniciantes, colocando em cheque todo o planejamento de Nico.

A chuva não demorava em se tornar uma torrente. Enquanto corria acompanhado de Emma e protegendo Charmander ao máximo, Nicholas teve vislumbres de sua terra natal, Pallet, assombrada por dilúvios intermináveis, tal qual Kanto e Johto por inteiros. Com seu continente entregue à fúria das águas e ao caos, o treinador fora forçado a desbravar as terras faladas de Hoenn. Mesmo em sua embarcação destinada a Littleroot, enfrentou tormentas pavorosas; seus temores cessaram assim que a sola desgastada de seus singelos sapatos sentiram a relva orvalhada do continente que agora abraçava a suas ambições.

Seus devaneios perseguiam-lhe até vislumbrar a imagem de uma velha cabana no meio da floresta. O destino parecia que ouvira as preces de Emma por finalmente encontrar um lugar para abrigar-se e dar mais atenção aos seus machucados. As janelas estavam quebradas e sua porta estava entreaberta. A madeira já estava podre, e gramíneas típicas cresciam sobre a superfície pútrida que constituía a cabana.

Emma sinalizava com a cabeça para que ambos se apressassem em direção ao abrigo — aparentemente seguro. O loiro estreitou seu olhar na direção da fresta deixada na porta. Pensou que, por aquele ínfimo detalhe, houvesse alguma presença em seu interior. Não sabia se era hostil ou não, mas deduzira aquilo de imediato.

Quando a treinadora pensou em avançar, pediu através de gestos que a mesma se acalmasse. Por mais alguns segundos, seguiu encarando a pequena abertura. Chamou Emma mais para perto, e, quando ela se aproximou, disse-lhe:

— Vamos com cuidado. Tem alguém lá dentro, e não sei se é bom ou ruim. Eu tenho um plano para ter certeza disso.

E seguiu, com o máximo de cautela possível. Dosava a sua velocidade baseada no ruído que a sola de seu tênis fazia ao impulsionar o solo verde da rota 101. Já estava molhado no final das contas, e, naquela situação, era necessário estar preparado o máximo possível. À medida que se achegava, as palavras do rocket ressoaram em sua mente.

"Nos veremos na floresta...", era o que recordara. Ora, se uma organização tal como os rockets estavam operando, eles deveriam ter alguma base para que descansassem e recompusessem a energia, pensou Nico. No embate contra o malfeitor, seu pokémon saíra extremamente ferido, beirando a exaustão. Por mais asqueroso e ríspido que era o ruivo, ele não seria tão burro a ponto de ficar à mercê da floresta e seus habitantes; dado as circunstâncias e os pontos que o loiro juntou, inferiu que era ali que descansava. Não obstante, o homem deveria ter algum lugar em específico para reunir todos os pertences roubados, e porque não... uma cabana, justo no lugar onde atua?

Não hesitou, aproximando-se de Charmander e dos outros. Diria o mais baixo possível, em um volume que fosse audível apenas à dupla de treinadores iniciantes e aos monstrinhos:

— Emma, você vai ficar escondida ao lado da porta junto com Jigglypuff. Caso aconteça qualquer coisa, quero que vigie a minha retaguarda, e se ninguém vier de imediato, me dê cobertura para que eu entre junto com Charmander na cabana e veja se não há sinal de nada lá dentro — falado com a loira, dirigiu-se ao lagarto. — Você, amiguinho, no momento em que eu empurrar a porta com tudo, e caso veja alguma coisa que seja hostil, como aquele maldito rocket, ataque com seu Dragonbreath, entendeu?

Charmander parecia assentir com o plano do loiro.

Com um sinal de cabeça, Nicholas pediu para que se aproximassem cautelosamente e agissem conforme expresso segundo antes.

Chegaram, então, na porta. Emma ficava do lado oposto à maçaneta, enquanto Nico tateava a maceta precavidamente. Charmander ficaria justo na frente da porta; exposto, talvez. Contudo, teria ampla visão do cômodo a seguir, e em caso de qualquer presença hostil, atacaria, conforme pedido por seu treinador. Contando com os dedos da mão não apoiada devagar para que o réptil soubesse exatamente quando agir.

Quando a contagem finalizou, com um tranco brusco e força — talvez até demais — excessiva, para que fizesse barulho e atraísse seja quem fosse para a porta. Enquanto o pedaço de madeira seguia sua viagem após o empurrão de Nico, Charmander separava suas pequenas pernas, preparando a rajada de energia violácea de outrora.

Não iriam de imediato, ainda aguardariam mais algum tempo para ver se tinha alguém. Restava, apenas, aguardar.

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Ato O1 — O início.


E vemos aqui um dos clássicos erros que treinadores novatos cometem: deixar o julgamento do que é certo ou errado a um Pokémon que somente conhecera o exterior fora de sua esfera metálica por algumas horas. Por mais que Charmander fosse simpático, as ordens restritas de seu treinador e a assombração das ameaças do Rocket também perturbam sua mente que luta para entender o porquê da chuva o incomodar tanto.

Bom, no impulso, nem tudo pode sair como planejado, não é?

Emma somente consentiu enquanto Jigglypuff abria seus pequenos bracinhos, protegendo-a sabe-se lá do quê; a tentativa era adorável, diga-se de passagem, principalmente após ver que a fada não aguenta muitos ataques físicos em batalha, mas lá estava ela, disposta a proteger sua treinadora a qualquer custo. A loira somente sorria dentre os calafrios que sentia, orgulhosa de sua fiel escudeira enquanto observava perifericamente Nicholas arquitetar seu plano.

A fresta que Charmander observava não trazia ameaça alguma, já que parecia não haver ninguém em seu campo de visão, mas mesmo assim não abaixou sua guarda; honestamente, pelo nervosismo do lagarto, se alguém tentasse sentir seu coração, veria que batia a mil por hora... Uma hipérbole, é claro, mas se pudesse transpirar, o pequenino estaria coberto em seu próprio suor. Contou, com sua cabeça, junto com os dedos de Nicholas e, então, a porta foi escancarada.

...

Os segundos que prosseguiram tal ação pareciam milésimos: atrás da porta, em um ângulo que Charmander não conseguia ver anteriormente com a porta somente entre-aberta, estava um grande Mightyena completamente machucado e deitado no chão em cima de um pequeno pano ensanguentado, que com o susto, ergueu sua cabeça espantado, mas sem demonstrar agressividade alguma. Tão assustado quanto o canídeo estava Charmander, que no impulso, acabou abrindo sua boca e lançando suas chamas dracônicas contra o selvagem. Um grito estridente de dor ecoou pela cabana e o noturno simplesmente começou a sentir a força esvaindo no seu corpo, deitando sua cabeça contra o chão e começando a chorar desesperadamente logo em seguida. O pequeno lagarto de fogo logo levou ambas suas mãos à boca, agarrando nas pernas de Nicholas logo em seguida e escondendo sua cabeça entre elas; estava envergonhado e entristecido, sem sombra de dúvidas... Como aqueles Poochyenas foram agressivos, por que não pensaria em ímpeto o mesmo de sua evolução?

— Arceus do céu! — Emma arregalou os olhos e Jigglypuff, até então concentrada em sua função, também voltou sua atenção para o canídeo que continuava a chorar — Precisamos ajudá-lo, Nico. — tentou ir até o Mightyena, mas fora impedida pela fada, que puxou-a pela roupa — Olha essas feridas. — apontou para a lateral do corpo do noturno, que claramente possuía marcas de garras, ainda frescas e sangrando — Va-vamos tentar enrolar ele em algo. — abriu sua bolsa, buscando um cardigã de lã e estendendo-o para Nicholas — Deve estar morrendo de dor, pobrezinho. — finalmente Jigglypuff deixou Emma caminhar até o canídeo, que por sua vez sequer tentava se defender... somente continuava chorando e com a cabeça deitada no chão — O que vamos fazer?

De um lado Nicholas tinha a vida de um selvagem em suas mãos e do outro um possível Pokémon traumatizado...

...

Mas dizem que só se aprende errando, né?



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Nicholas apenas amaldiçoava o destino pelos ocorridos. "Merda...", pensava consigo mesmo quando o urro de dor do lobo ressoara por toda aquela cabana. A energia púrpura do lagarto era deveras poderosa, e agora, atingia um pokémon já fragilizado, com inúmeros ferimentos em seu corpo quadrúpede. A imagem fora um choque para Charmander que, melancólico, escondia-se por detrás de seu treinador ao ouvir o bramido de Mightyena; ele sentia-se culpado por tudo aquilo, o que não era verdade.

Um calafrio percorreu a espinha do loiro. Nem mesmo com o sibilar gélido dos ventos somado ao seu corpo embebido com a tempestade que lhe assaltava lembranças de uma terra natal destruída. Naquele ínfimo lapso temporal, desejou a inocência da treinadora que o acompanhava. Nicholas amaldiçoava a si mesmo, tanto por ouvir o choro interminável do lobo acinzentado em sua frente, quanto à reação de seu fiel escudeiro. Era uma criaturinha muito nova, como ela saberia em agir nesses instantes tão cruciais? Por mais que a aura de ambos fosse a mais alva possível, não pensavam igualmente: um dócil e meigo Charmander em contraponto ao seu treinador, frio até demais. E ele não pensou nisso.

— Ei, amigão, não fique triste — agachou-se, ficando na altura dos olhos do lagarto. Era notório o pesar em seus olhos, por um emaranhado de coisas que acontecera ali, simultâneo à mente do loiro. Abaixou a sua cabeça, fitando o chão — A culpa não é sua, e sim minha. Eu quem te coloquei nessa situação. Perdão, Charmander.

Ergueu-se devagar. Emma exprimia sobre o estado crítico dos ferimentos de Mightyena, enfatizando que era necessário ajudá-lo. O pano que o lobo deitava-se sobre estava embebido de seu sangue; o mais vívido carmim que indicava que as feridas eram recentes. Lembravam garras, marcas de um combate que ocorrera em pouco tempo desde a tentativa — desastrosa — de entrada na cabana. Jigglypuff impedia seu avanço, enquanto ela estendia algo para o loiro.

Nico apenas estendeu a mão, recusando aquilo. A fada, enfim, deixou que a garota avançasse na direção do plangente canídeo. Sua energia era tão pouca que sequer apresentava alguma defesa. Claro, não bastasse seu sangue escorrendo de suas feridas, tinha agora o impacto da rajada violácea de Charmander, que golpeara seu frágil corpo com violência tamanha. Suas mãos foram até a mochila em suas costas, e depois de alguns segundos, arqueou um spray. Era o potion que trazia consigo.

— Afaste-se. Deixa que eu cuido dele — seus olhos refletiam uma decepção tão funda quanto o próprio oceano. Nico sentia-se frustrado consigo mesmo, por... pensar até demais. Julgava-se paranoico ao final de tudo.

Por ser de Kanto, o treinador tinha uma dimensão do que os rockets eram capazes de fazer. Desde que o momento em que aquele malfeitor ameaçava fazer algum mal à treinadora, naquele tempo inconsciente, Nicholas sabia que deveria protegê-la a todo custo, tal como os monstrinhos que o acompanhavam. Não eram as palavras enervantes daquele homem que assombravam suas lembranças durante o combate, mas sim o nome de uma organização: eram os mais temidos de todo um continente natal do loiro.

Isso justificava suas ações precavidas. Todavia, tudo aconteceu muito contrário ao que arquitetara em sua mente. Foi completamente brusco aparecer diante do campo de visão uma criatura tão ferida e debilitada quanto Mightyena. Respirou fundo, com a mão livre pressionando suas lisas madeixas amareladas e ensopadas com o máximo de força que lhe era possível naquele momento. Sentia-se culpado, como nunca dantes aconteceu.

Caminhava então, lentamente, até o debilitado e choroso lobo cinza. Agachava-se, com a mão canhota afagando-lhe a cabeça enquanto borrifava o spray sobre seus ferimentos. Trabalhava em um pokémarket, e Nico julgava válido borrifá-lo sobre o corpo lânguido de Mightyena, para que recuperasse, ao menos, um pouco de seu vigor e energia.

— Peço desculpas por mais cedo. Não culpe Charmander, ele só disparou o ataque porque eu pedi. Achei que fosse encontrar alguém que fosse oferecer algum perigo para nós, e não você — murmurava Nicholas. Por mais baixo que fosse, por estar próxima ao corpo ferido do lobo, talvez Emma ouvisse. — Se tiver que culpar alguém, culpe e amaldiçoe a mim.

Sua última frase era jogada ao vento, como um desabafo para o vento que circulava. Por mais racional que fosse, a balança emocional sofrera um descompasso raro na vida do loiro. Julgou-se covarde por ter maltratado — mesmo que sem intenção — aquele frágil monstrinho.

— Deixe-me cuidar de você, como um pedido de desculpas pelo ataque. Vai doer um pouco — murmurava novamente, continuando a afagar a cabeça de Mightyena.

Borrifou, então, o remédio sobre as feridas do lobo, torcendo para curar suas debilidades.

Ao terminar, levantou-se, recostando-se sobre a parede de madeira pútrida da cabana ao lado da porta, em seu interior. Como se deslizasse, sentou no chão, cruzando os braços e apoiando sobre seus joelhos dobrados. Olhou de relance para Mightyena, desviando o olhar em seguida. Murmurou, então, para a criaturinha:

— Quem fez isso com você?

Sua mente entrava em um conflito. Seu lado racional pedia-lhe calma, para tentar achar a melhor solução para uma situação complicada que ele e sua desconfiança e astúcia colocava sobre as costas da dupla de iniciantes. Seu emocional terminava por golpear seu âmago com ataques poderosos, ecoando e enfatizando que era um monstro. Sua emoção pesava-lhe muito. O choro de Mightyena vinha à tona em seus tímpanos, e para piorar, a feição assustada de seu inicial com toda aquela situação.

Nicholas não sabia, ao certo, qual dos lados escutar. Estava em um conflito interno, e disfarçava aquilo o máximo possível de todos os presentes, tentando prestar atenção no que viria a seguir.

"Você não iria querer ser eu, vai por mim". Talvez as palavras ditas à Emma fossem verdade, ao menos, para ele.

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Ato O1 — O início.


O peso na consciência por atacar o indefeso lobo começava a aumentar a cada choro produzido pelo mesmo: tanto Emma quanto Nicholas cuidavam do canídeo, com o loiro utilizando um de seus Potion no mesmo e a loira acariciando sua cabeça para que não sentisse dor enquanto o medicamento era borrifado. Charmander, por outro lado, era consolado por Jigglypuff, que aparentemente tentava explicar em seu idioma ininteligível para humanos que estava tudo bem e que não era sua culpa.

A chuva começava a apertar e apesar de faltar um pedaço do teto, onde nossos heróis estavam não chovia, muito pelo contrário, acabava servindo com o abrigo que Emma tanto queria para se recuperar. A treinadora fechou a porta atrás de si e sentou-se novamente próxima a Mightyena, que aos poucos começava a se sentir melhor. O noturno erguia sua cabeça e a deitava em cima dos joelhos de Nicholas, posicionando sua pata direita no mesmo lugar... Apesar da pergunta do loiro, o selvagem não parecia querer respondê-la, somente agradecer pelo carinho e cuidados que estava recebendo.

— Que fofinho. — Emma dizia com um sorriso estampado no rosto — Provavelmente por isso está tão machucado... Não parece ser muito de batalhar, talvez nem tenha se defendido de quem fez essa maldade. — respirou fundo — Quer dizer, a espécie dele não é conhecida por ser exatamente simpática... Assim como Charmander, parece ser uma exceção a regra. — acariciou agora os pêlos do corpo do Pokémon, que parecia adorar todos carinhos que recebia — Mas precisamos saber quem fez isso... — esticou as pernas, agora encostando em uma das paredes do casebre — Pode ser o Rocket, aquele Pokémon que lutamos tinha garras também. Mas pode ser obra do Pokémon que se esconde por aqui e não sabemos qual é.

Emma tinha um ponto: quem quer que tenha feito isso com Mightyena o fez há pouco tempo, sem contar que poderia ser um perigo para seu bem-estar também, já que tem garras capazes de cortar a pele de um lobo já crescido. Todo cuidado era pouco.

— Ei, Charmander, vem aqui.
— a loira sinalizou para que Jigglypuff o levasse até ela; quando o fez, deitou o pequeno lagarto em seu colo — O mundo é assim mesmo, pequenino. Estamos todos estressados e com medo aqui, nada do que houve foi sua culpa. — Charmander ainda parecia triste, mas a conversa com Nicholas e agora com Emma parecia melhorar seu humor aos poucos — Descansa um pouquinho aqui no meu colo. — Jigglypuff sentou ao lado da loira, enquanto Charmander deitou sobre o colo da mesma e fechou seus olhinhos — Nico, precisamos pensar no que vamos fazer... Talvez sejamos alvos fáceis aqui. — suspirou, abrindo um sorriso logo em seguida ao ver Mightyena virar de cabeça para baixo para que Nicholas acariciasse sua barriga — Mas pelo menos aqui estamos a salvo da chuva... Fica a seu critério. Mas estou um pouco cansada.



Progresso da Rota :



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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Se outrora já era forte, a chuva agora recrudescia ainda mais. Protegidos naquele casebre de madeira já velha e pútrida, Nicholas e Emma descansavam depois de um conturbado início. Cada gotícula que impactava sobre o teto ou o chão desprotegido da cabana era como um replay da cena da entrada: o ataque ao desprotegido lobo e o medo de Charmander ao esconder atrás das pernas do loiro.

A cruzada de Nico não era apenas para sair de sua zona de conforto, como também conhecer a si mesmo. Sempre preso à mesmice dos dias em Pallet, soma-se o fator da destruição da cidade interiorana de Kanto para que ele iniciasse uma jornada sobre a abençoada terra de Hoenn. Nem ao menos começara, e sentia seu âmago começar a nublar, algo que nunca ocorrera em outras ocasiões. A névoa enegrecida colocava-se entre a razão de Nicholas no momento em que Mightyena deitava-se sobre seu colo.

Por que uma criatura que fora ferida veementemente agora se rendia aos carinhos daquele que a feriu? Nico não entendia. Seria agradecimento por tê-lo salvado de sua debilidade mesmo depois de receber um poderoso ataque, que ele mesmo admitiu ao lobo que era uma de suas ordens ao inicial? Seus olhos cerúleos, perdidos no espaço, tal qual a sua mente buscando algum motivo para entender aquilo: em vão. Apenas se sentia mais confuso com tudo aquilo que acontecia. A reação de espanto de Charmander também o golpeava intrinsecamente — seria ele incapaz de entender o seu primeiro companheiro? Em meio a tantos questionamentos que aprisionavam sua atenção a um mundo externo, volveu à realidade com as afirmações da loira acerca dos ferimentos de Mightyena.

— Eu achava que essa cabana era justamente o esconderijo daquele Rocket, então... — aéreo, abaixou a cabeça. Sua voz, gradualmente, parecia falhar, revelando a confusão em sua alma sobre si mesmo. — Preciso de algum tempo pra reorganizar a minha cabeça, tudo aconteceu... rápido demais — gesticulava com a mão destra, tentando esboçar um raso sorriso para disfarçar seu conflito interior.

Para piorar, o sangue que escorria dos ferimentos do lobo mostrava que o ataque era recente. Seja a criatura da floresta ou o bandido, passaram por ali dentro de pouco tempo. As mãos do loiro, vagarosamente, iam e voltavam sobre a pelagem do — agora — revigorado Mightyena sobre seu colo. Conforme o trajeto de seus dedos adentravam a pelagem do pokémon selvagem, Nico tentava pensar em alguma saída para aquela situação suscetível.

Não conseguia, apenas focou-se no curto diálogo entre a treinadora e o lagarto. A paz que Charmander sentia ao deitar-se sobre o colo de Emma e cerrar seus olhos eram o suficiente para golpear-lhe o âmago novamente: de um lado, uma garota que conhecera em pouco tempo, mas já conquistava a confiança do réptil com sua ternura e afetos; do outro, Nico, que se julgava incapaz por ordenar Charmander a cooperar com seus comandos e — mesmo que sem querer — atacar uma criatura selvagem fragilizada, que parecia olvidar daquilo e permanecer junto ao loiro. Nicholas achou, naquele lapso de tempo, que era incapaz.

O loiro afagava a barriga de lobo, tentando se desvencilhar de seus pensamentos nebulosos. Por sorte, estava com Emma: sua voz perguntando-lhe o que fazer ao exprimir seu cansaço o fazia despertar de seu labirinto mental. Antes de responder, agradecia silenciosamente por tê-la encontrado no início do bosque da agora chuvosa rota 101.

Refletiu nas ponderações de Emma, e ela tinha razão. Eram alvos fáceis, todavia, era inviável viajar agora naquela torrente, expondo Mightyena e a própria loira ao ambiente depois de acontecimentos tão turbulentos quanto aqueles. Titubeou um pouco, tentando camuflar seu conflito interno de segundos atrás; tornou à calma corriqueira, e sem titubear, respondia:

— Vamos ficar aqui mais um pouco. Descanse você com os pokémons, eu tomo conta se algum invasor aparecer.

Ao terminar de falar, seus olhos anis quedaram-se no pequeno réptil laranja repousando sobre as graças de Emma. Sorria sucintamente, gratificando aos seus mais uma vez por ter encontrado alguém que podia confiar — pelo menos até aquele momento — diante de toda aquela ocasião conturbada. Tornou a fitar os olhos cerúleos da treinadora.

— Por que não me conta um pouco mais sobre você? — indagou. Enquanto ficariam ali, nada melhor para fugir de toda aquela bagunça mental que o próprio loiro entranhou-se do que compreender melhor as motivações daquela que conquistara até mesmo Charmander.

off. :

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Off :


Ato O1 — O início.


De fato, não havia muito o que fazer: o infinito aquoso e transparente que recaía das já inúmeras nuvens não cederia tão cedo. Estavam todos — praticamente — presos naquele casebre pútrido, mas que, por hora, lhes servia de abrigo. E, honestamente, sair daquela situação não parecia ser essencial, muito menos necessário: Apesar da possível ameaça Rocket, Nicholas ainda parecia pensar sobre suas ações minutos atrás e todos três monstrinhos necessitavam de bons minutos de descanso.

Emma acariciava o pequenino lagarto alaranjado, que a essa altura, já roncava baixinho em um sono profundo. A loira sorria e fitava Nico por alguns segundos, tentando desvendar o que se passava na cabeça do treinador enquanto o mesmo devaneava e acariciava a barriga de Mightyena... Sem sucesso, pensou em indagar algo, chegando até a abrir a boca, que cerrou em desistência logo em seguida; não sabia se já tinham intimidade suficiente para tal e, bom, o treinador havia pedido um tempo para reorganizar sua cabeça.

E, em silêncio, mais algum tempo se passou. A chuva, ainda extrema, começava a incomodar graças a frente fria trazida pelas brisas: Emma enrolava-se no cardigã antes oferecido à Nicholas, aproveitando para retornar Jigglypuff e cobrir Charmander junto consigo (com exceção de seu rabo, é claro). A madeira começava a fazer alguns barulhos, mas nada muito alarmante, talvez proveniente de seu estado já quase destruído. Mightyena continuava aproveitando o carinho do jovem, agora deitando-se de lado e voltando a deitar a cabeça sobre seu colo. Do lado de fora somente se ouvia as gotas de chuva batendo contra o casebre ou contra poças d'água formadas pela - agora - tempestade.

Que primeiro dia de jornada, não é?

— Se me perguntassem um dia atrás onde eu estaria hoje, jamais diria que nessa situação. — Emma encostou sua cabeça na madeira, abrindo um sorriso amistoso para Nico — So-sobre mim? — arregalou os olhos em surpresa; talvez a loira jamais imaginasse que fosse do feitio do treinador saber mais sobre ela — Ah, pode-se dizer que minha vida sempre foi muito clichê. — ergueu a cabeça, fitando o buraco no teto à sua direita, de onde caía chuva — Meus pais são bem de vida, mas nunca ligaram muito pra mim. Inclusive, desde que saí em jornada, não me ligaram uma única vez. — suspirou — Tenho uma irmã mais velha que segue os passos deles na indústria de roupas em Kalos, mas nunca gostei muito disso, então, sempre fui deixada de lado. — deu de ombros — Tenho certeza que se você não estivesse comigo hoje, era capaz de morrer nas mãos dos Rocket e ninguém nunca ia saber.   — suas janelas cerúleas encararam as de Nico por alguns segundos; um sorriso abriu-se aos poucos no rosto da loira — Por isso serei eternamente grata. — seus olhos continuaram fixados nos do treinador — Sei que está se martirizando pelo erro que cometeu, mas tá tudo bem. Sua intenção era proteger todos nós. — estendeu sua mão direita para fora do cardigã, apoiando-a sobre sua perna; sua palma estava para cima, como se aguardasse Nicholas segurá-la — Seu coração é muito gentil. Se não fosse, acha que Mightyena estaria assim com você?




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