Taciturno, o novato seguiu até a esfera, que enfim ficou estática assim que a captura fora feita. Tomou-a em suas mãos, com seus olhos encarando suas dimensões. Nem ao menos explicara a Nincada nada do que acontecera, tal como Mightyena. Contudo, era possível resolver o problema depois; possivelmente, a formiga o perdoaria sabendo que Nicholas derrotara os Zangooses responsáveis por atrocidades com o inseto.
Sem muito o que dizer, guardou-a em seu bolso após pressionar aquele mesmo botão. Nico respirou fundo, pensando no problema que teria a seguir. Claro, insignificante se comparado ao sumiço da treinadora que torturava a sua mente pouco a pouco. Se levado em maiores proporções, as emoções corroeriam sua sanidade.
Quanto a Vanyo? Naqueles instantes tão ínfimos, preferiu esquecer ou muitas vezes ignorar sua existência. As palavras ditas pelo homem de rubras madeixas outrora também ressoavam naquele grande pátio enevoado que sua confusa alma jazia. O emaranhado entre as colocações dele e a voz chorosa de Emma se misturavam em um uníssono, quase como um coral sepulcral. As duas vozes, pouco a pouco, sumiam no infinito em que se encontrava a mente de Nicholas, dando lugar apenas uma única figura: um grande “R” carmesim. Em conjunto a ele, o loiro apenas se deixou ser abraçado pelas sombras da vingança.
Balançou a cabeça, apertando seus cabelos já secos no processo. Outra respiração funda emergiu dos pulmões de Nico, que tentava processar todos aqueles acontecimentos em pouco tempo. Tinha de manter uma figura forte para passar segurança aos seus companheiros, caso contrário, como seguiria? Martelava na sua cabeça a ideia de planejar o resgate, como sempre fez, pendendo ao seu lado racional. Ainda assim, suas memórias desequilibravam o equilíbrio que deveria se manter em seu intrínseco; seu cérebro já não funcionava como outrora.
Levantou a cabeça. Em passos lentos, se dirigiu até seus exaustos pokémons. Fitou o céu estrelado, testemunha de seu sofrimento e cólera. Pensou em mil coisas para poder gritar, mas sua garganta funcionara como a mais perfeita barreira, tal como seu próprio emocional. Ao final das contas, era melhor deixar que o silêncio dissesse por ele.
Não muito tempo depois, as orelhas do noturno começaram a se mexer involuntariamente. As ondas sonoras foram capazes de ser processadas graças a inverosímil audição do canídeo. Sem dizer muito, Mightyena disparou ao norte. Na hora, o coração de Nicholas começou a bombear o sangue com extrema velocidade. Todos os seus músculos estremeceram e reagiram insolitamente diante das possibilidades que emergiram da mente de Nicholas. Um arrepio percorreu todos os pelos do corpo do rapaz, eriçando-os, enquanto seus pulmões faziam esforço inimaginável para acompanhar seu pokémon. Ainda não sabia o que era, todavia, apenas açodou, pensando em encontrar Emma independente de seu estado.
A paisagem, pouco a pouco, se modificava. As luzes da cidade seguinte já podiam ser vistas; estavam próximos a Oldale, uma cidade depois de Littleroot, onde desembarcara. Não se importou, afinal.
Seus sentidos bramiram em sua mente assim que um choro foi ouvido. Curvou seu pescoço na direção do ruído, açodando naquela direção sem pestanejar. A silhueta já lhe era conhecida: Jigglypuff. A fada esmorecia em lágrimas, em profunda melancolia. Assim que avistou a Nicholas, seu âmago bramiu mais alto do que qualquer coisa, aumentando a frequência de soluços. Sem reação, em passos débeis, Nico se dirigiu até o pequeno corpo rechonchudo, agachando-se em seguida.
— Você... — murmurou, infixo. Olhou de relance para as marcas no corpo da fada, tornando a encarar os olhos sorumbáticos de Jigglypuff.
Um silêncio fúnebre se instaurou naquela pequena interação. Uma inquietação perfazia toda a sua coluna em sinal de desconforto e medo. Por que a criatura estava daquele jeito, e tão ferida? A mente de Nicholas já começava a se envolver na mesma névoa negra de outrora. Não se permitiu dar uma única palavra sequer, a não ser tentar desvendar aquele tão triste olhar de Jigglypuff. Seu cenho lamurioso engatilhou as paranoias de Nico, e instintivamente, balançou a sua cabeça em um leve movimento horizontal para afastar aqueles pensamentos.
Seus braços, juntos, protegiam um pequeno pedaço de papel. Abriu-os então, escancarando ao loiro um pedaço de papel dobrado por duas vezes. Assim que a fada o deixou amostra, Nicholas viu seu nome. Era uma carta de Emma, que buscava se comunicar com o treinador. Não era possível identificar: se ela daria a sua localização, seria uma despedida. O âmago de Nico batalhava incessantemente contra as sombras da vingança, que clamavam ao treinador se render de que ela já estaria em outro lugar, quiçá morta, e abraçasse aquele sentimento latente. Todavia, a loira ainda tinha pedaços soltos no intrínseco do garoto, que bramia para que ele tivesse esperança e fosse resgatá-la.
Tal uma guerra santa. E, agora, estava na hora de decretar o lado vencedor.
Suas mãos, trôpegas, viajaram aquela curta distância lentamente, como se fosse uma distância daqui à Andrômeda. Em sinal de apreensão, suas mãos receavam ao ouvir o ruído do papel encaixando-se sobre seus pálidos dedos. Colocou-o diante de seu semblante, engolindo em seco antes de qualquer ação. Ao ver seu nome na carta, titubeava, e seu coração batia cada vez mais rápido. Receoso, seus dedos escorregaram pela carta, abrindo-a aos poucos.
Ao final de toda sua relutação, suando frio, lia a carta.
Sem muito o que dizer, guardou-a em seu bolso após pressionar aquele mesmo botão. Nico respirou fundo, pensando no problema que teria a seguir. Claro, insignificante se comparado ao sumiço da treinadora que torturava a sua mente pouco a pouco. Se levado em maiores proporções, as emoções corroeriam sua sanidade.
Quanto a Vanyo? Naqueles instantes tão ínfimos, preferiu esquecer ou muitas vezes ignorar sua existência. As palavras ditas pelo homem de rubras madeixas outrora também ressoavam naquele grande pátio enevoado que sua confusa alma jazia. O emaranhado entre as colocações dele e a voz chorosa de Emma se misturavam em um uníssono, quase como um coral sepulcral. As duas vozes, pouco a pouco, sumiam no infinito em que se encontrava a mente de Nicholas, dando lugar apenas uma única figura: um grande “R” carmesim. Em conjunto a ele, o loiro apenas se deixou ser abraçado pelas sombras da vingança.
Balançou a cabeça, apertando seus cabelos já secos no processo. Outra respiração funda emergiu dos pulmões de Nico, que tentava processar todos aqueles acontecimentos em pouco tempo. Tinha de manter uma figura forte para passar segurança aos seus companheiros, caso contrário, como seguiria? Martelava na sua cabeça a ideia de planejar o resgate, como sempre fez, pendendo ao seu lado racional. Ainda assim, suas memórias desequilibravam o equilíbrio que deveria se manter em seu intrínseco; seu cérebro já não funcionava como outrora.
Levantou a cabeça. Em passos lentos, se dirigiu até seus exaustos pokémons. Fitou o céu estrelado, testemunha de seu sofrimento e cólera. Pensou em mil coisas para poder gritar, mas sua garganta funcionara como a mais perfeita barreira, tal como seu próprio emocional. Ao final das contas, era melhor deixar que o silêncio dissesse por ele.
Não muito tempo depois, as orelhas do noturno começaram a se mexer involuntariamente. As ondas sonoras foram capazes de ser processadas graças a inverosímil audição do canídeo. Sem dizer muito, Mightyena disparou ao norte. Na hora, o coração de Nicholas começou a bombear o sangue com extrema velocidade. Todos os seus músculos estremeceram e reagiram insolitamente diante das possibilidades que emergiram da mente de Nicholas. Um arrepio percorreu todos os pelos do corpo do rapaz, eriçando-os, enquanto seus pulmões faziam esforço inimaginável para acompanhar seu pokémon. Ainda não sabia o que era, todavia, apenas açodou, pensando em encontrar Emma independente de seu estado.
A paisagem, pouco a pouco, se modificava. As luzes da cidade seguinte já podiam ser vistas; estavam próximos a Oldale, uma cidade depois de Littleroot, onde desembarcara. Não se importou, afinal.
Seus sentidos bramiram em sua mente assim que um choro foi ouvido. Curvou seu pescoço na direção do ruído, açodando naquela direção sem pestanejar. A silhueta já lhe era conhecida: Jigglypuff. A fada esmorecia em lágrimas, em profunda melancolia. Assim que avistou a Nicholas, seu âmago bramiu mais alto do que qualquer coisa, aumentando a frequência de soluços. Sem reação, em passos débeis, Nico se dirigiu até o pequeno corpo rechonchudo, agachando-se em seguida.
— Você... — murmurou, infixo. Olhou de relance para as marcas no corpo da fada, tornando a encarar os olhos sorumbáticos de Jigglypuff.
Um silêncio fúnebre se instaurou naquela pequena interação. Uma inquietação perfazia toda a sua coluna em sinal de desconforto e medo. Por que a criatura estava daquele jeito, e tão ferida? A mente de Nicholas já começava a se envolver na mesma névoa negra de outrora. Não se permitiu dar uma única palavra sequer, a não ser tentar desvendar aquele tão triste olhar de Jigglypuff. Seu cenho lamurioso engatilhou as paranoias de Nico, e instintivamente, balançou a sua cabeça em um leve movimento horizontal para afastar aqueles pensamentos.
Seus braços, juntos, protegiam um pequeno pedaço de papel. Abriu-os então, escancarando ao loiro um pedaço de papel dobrado por duas vezes. Assim que a fada o deixou amostra, Nicholas viu seu nome. Era uma carta de Emma, que buscava se comunicar com o treinador. Não era possível identificar: se ela daria a sua localização, seria uma despedida. O âmago de Nico batalhava incessantemente contra as sombras da vingança, que clamavam ao treinador se render de que ela já estaria em outro lugar, quiçá morta, e abraçasse aquele sentimento latente. Todavia, a loira ainda tinha pedaços soltos no intrínseco do garoto, que bramia para que ele tivesse esperança e fosse resgatá-la.
Tal uma guerra santa. E, agora, estava na hora de decretar o lado vencedor.
Suas mãos, trôpegas, viajaram aquela curta distância lentamente, como se fosse uma distância daqui à Andrômeda. Em sinal de apreensão, suas mãos receavam ao ouvir o ruído do papel encaixando-se sobre seus pálidos dedos. Colocou-o diante de seu semblante, engolindo em seco antes de qualquer ação. Ao ver seu nome na carta, titubeava, e seu coração batia cada vez mais rápido. Receoso, seus dedos escorregaram pela carta, abrindo-a aos poucos.
Ao final de toda sua relutação, suando frio, lia a carta.