Todas as esperanças já se foram antes mesmo de pensar que nocautearia Drilbur. A cena presenciada pelo loiro era deveras soturna. Ao ver toda a sua equipe caída, nem ao menos teve uma reação. Surpreso, abriu seus olhos e semicerrou-os rapidamente, ainda rezando para que viesse alguma única força – seja divina ou o que viesse – para um último suspiro do canídeo e de seu réptil. Desolado, apenas rendeu-se ao sentimento de derrota.
Derrotas são normais quando nos tratamos de batalhas entre treinadores. Contudo, não era uma situação trivial como qualquer outra. O embate travado pelo loiro agora era com criminosos — e a julgar pelo entrosamento e força individual de cada, poderia até pensar que fossem uma categoria acima dos normais. A desvantagem então se mostrou absurda, não apenas pelo tipo numérico, como também pela tipagem dos ataques.
Vencer era impossível. Claro, Nico tentou ousar, e como outrora, falhou miseravelmente. Não tinha Jigglypuff como elemento surpresa ou qualquer outra estratégia possível que lhe viesse à cabeça agora. Tinha até o que tentar fazer, mas não é ao certo estratégia, e sim desespero. Passou, pela sua cabeça, a película do mesmo correndo com Emma em seu colo para os confins da floresta procurar berrys ou qualquer que seja o item para recuperar a saúde de seus pokémons. E só saiu de sua cabeça mesmo.
Quando a treinadora arqueou a esfera bicolor de Ralts, o ruivo instruíra à toupeira para que atacasse diretamente a garota de frente para ele. Como visto nos combates anteriores, a velocidade de Drilbur era extraordinário, superando até mesmo Charmander, um combatente veloz inato. Julgando pelo terreno de difícil locomoção e estar frente a frente com três — sendo que uma das vozes estava oculta, para piorar ainda mais a situação —, desviar do ataque se tornava inviável.
Durante aquele ínfimo tempo, as memórias do loiro lhe assaltaram. Lembrara, então, desde o começo da rota até então. A companhia da garota e a confiança do lagarto nela abriram as portas da confiança de Nicholas na mesma. E conforme avançaram pela inóspita floresta, Nico se comprometeu a protegê-la. Não era apenas ela quem confiara ele. Jigglypuff fiou-se ao garoto a tal ponto que o deixou tomar as rédeas de um combate utilizando-a como se fosse sua parceira de jornada – claro que o desejo de vingança era um fator preponderante para a ocasião. As mãos entrelaçadas no casebre pútrido a pouco tempo atrás, que se sentira uma sensação tão afável tal qual o sol roçagando-se com o oceano, abençoando ao mundo com uma beleza extraordinária. Emanava uma energia tão alva e pura que parecia que se conheciam a anos.
E, novamente, a emoção do garoto bramiu em seu âmago. Não deixaria que Emma cairia nas mãos imundas de ladrões – principalmente de seu continente natal. O próprio treinador jamais se perdoaria por fraquejar a tal ponto de entregar uma preciosa amizade – curta, até então, mas mostrando claras evidências do quão clara e duradoura seria – apenas para se salvar.
Em ímpeto, Nicholas apenas cerrou seus orbes, recebendo o ataque de Drilbur.
Segurou o bramido de dor em sua garganta. A dor já lhe era tamanha, que seus joelhos pendiam ao chão em não muito tempo após receber a investida das garras da toupeira. Sua visão nublava-se, e em seu intrínseco, aceitava o atroz destino — contrário a todas as suas expectativas. Tentava mostrar algum sinal de consciência, pressionando a perna e o braço da garota por onde segurava, recusando-se a dar um único urro para satisfazer o ego daqueles bandidos para satisfazer-lhes seu doentio ego. Mordiscou seu lábio inferior, não permitindo sequer extravasar toda a agonia que o ferimento lhe causara. Naquele momento, jurou, em silencio, que se fosse para que fosse arrebatado a planos do pós vida, garantiria a segurança da garota.
Volveu seu pescoço para trás rapidamente. Viu seus monstrinhos exauridos ao chão após caírem como fortes guerreiros que eram. Ao final de tudo, tivera o mesmo destino que eles. Estavam conectados mesmo que fosse pela dor, reafirmando um elo que contrariava todas as desconfianças anteriores de Nicholas – quiçá, uma perspectiva mais negativa da vida, após seu continente ruir em águas. Emergiu, um sorriso raso, apenas agradecendo por tê-los conhecido — mesmo que por pouco tempo.
Tornou à Emma. Arfou, tentando reunir forças para murmurar mais uma vez a garota, alternando entre caretas de dor e um riso breve, contudo, esperançoso.
– Vá, você e tente usar Ralts para escaparem... Eu ainda aguento enfrentar eles aqui... Só, vai embora, e não permita que esses filhos da puta encostem o dedo em você...
Sua frase final fora encerrada com um resmungo quanto a dor, acompanhado de uma longa respiração tentando acalmar-se.
Em seu interior, naquele ponto em que nem mesmo um feixe de luz chega, aceitava o cruel fim de sua jornada. Resistindo em entregar Emma, Nico ousava enfrentar as correntes do destino, tentando quebrá-las para que a garota saísse com vida. Nada mais lhe restava, a não ser se afogar na própria dor e agonia, esperando que a loira debandasse daquele lugar.
Derrotas são normais quando nos tratamos de batalhas entre treinadores. Contudo, não era uma situação trivial como qualquer outra. O embate travado pelo loiro agora era com criminosos — e a julgar pelo entrosamento e força individual de cada, poderia até pensar que fossem uma categoria acima dos normais. A desvantagem então se mostrou absurda, não apenas pelo tipo numérico, como também pela tipagem dos ataques.
Vencer era impossível. Claro, Nico tentou ousar, e como outrora, falhou miseravelmente. Não tinha Jigglypuff como elemento surpresa ou qualquer outra estratégia possível que lhe viesse à cabeça agora. Tinha até o que tentar fazer, mas não é ao certo estratégia, e sim desespero. Passou, pela sua cabeça, a película do mesmo correndo com Emma em seu colo para os confins da floresta procurar berrys ou qualquer que seja o item para recuperar a saúde de seus pokémons. E só saiu de sua cabeça mesmo.
Quando a treinadora arqueou a esfera bicolor de Ralts, o ruivo instruíra à toupeira para que atacasse diretamente a garota de frente para ele. Como visto nos combates anteriores, a velocidade de Drilbur era extraordinário, superando até mesmo Charmander, um combatente veloz inato. Julgando pelo terreno de difícil locomoção e estar frente a frente com três — sendo que uma das vozes estava oculta, para piorar ainda mais a situação —, desviar do ataque se tornava inviável.
Durante aquele ínfimo tempo, as memórias do loiro lhe assaltaram. Lembrara, então, desde o começo da rota até então. A companhia da garota e a confiança do lagarto nela abriram as portas da confiança de Nicholas na mesma. E conforme avançaram pela inóspita floresta, Nico se comprometeu a protegê-la. Não era apenas ela quem confiara ele. Jigglypuff fiou-se ao garoto a tal ponto que o deixou tomar as rédeas de um combate utilizando-a como se fosse sua parceira de jornada – claro que o desejo de vingança era um fator preponderante para a ocasião. As mãos entrelaçadas no casebre pútrido a pouco tempo atrás, que se sentira uma sensação tão afável tal qual o sol roçagando-se com o oceano, abençoando ao mundo com uma beleza extraordinária. Emanava uma energia tão alva e pura que parecia que se conheciam a anos.
E, novamente, a emoção do garoto bramiu em seu âmago. Não deixaria que Emma cairia nas mãos imundas de ladrões – principalmente de seu continente natal. O próprio treinador jamais se perdoaria por fraquejar a tal ponto de entregar uma preciosa amizade – curta, até então, mas mostrando claras evidências do quão clara e duradoura seria – apenas para se salvar.
Em ímpeto, Nicholas apenas cerrou seus orbes, recebendo o ataque de Drilbur.
Segurou o bramido de dor em sua garganta. A dor já lhe era tamanha, que seus joelhos pendiam ao chão em não muito tempo após receber a investida das garras da toupeira. Sua visão nublava-se, e em seu intrínseco, aceitava o atroz destino — contrário a todas as suas expectativas. Tentava mostrar algum sinal de consciência, pressionando a perna e o braço da garota por onde segurava, recusando-se a dar um único urro para satisfazer o ego daqueles bandidos para satisfazer-lhes seu doentio ego. Mordiscou seu lábio inferior, não permitindo sequer extravasar toda a agonia que o ferimento lhe causara. Naquele momento, jurou, em silencio, que se fosse para que fosse arrebatado a planos do pós vida, garantiria a segurança da garota.
Volveu seu pescoço para trás rapidamente. Viu seus monstrinhos exauridos ao chão após caírem como fortes guerreiros que eram. Ao final de tudo, tivera o mesmo destino que eles. Estavam conectados mesmo que fosse pela dor, reafirmando um elo que contrariava todas as desconfianças anteriores de Nicholas – quiçá, uma perspectiva mais negativa da vida, após seu continente ruir em águas. Emergiu, um sorriso raso, apenas agradecendo por tê-los conhecido — mesmo que por pouco tempo.
Tornou à Emma. Arfou, tentando reunir forças para murmurar mais uma vez a garota, alternando entre caretas de dor e um riso breve, contudo, esperançoso.
– Vá, você e tente usar Ralts para escaparem... Eu ainda aguento enfrentar eles aqui... Só, vai embora, e não permita que esses filhos da puta encostem o dedo em você...
Sua frase final fora encerrada com um resmungo quanto a dor, acompanhado de uma longa respiração tentando acalmar-se.
Em seu interior, naquele ponto em que nem mesmo um feixe de luz chega, aceitava o cruel fim de sua jornada. Resistindo em entregar Emma, Nico ousava enfrentar as correntes do destino, tentando quebrá-las para que a garota saísse com vida. Nada mais lhe restava, a não ser se afogar na própria dor e agonia, esperando que a loira debandasse daquele lugar.