Pokémon Mythology RPG
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[CINNABAR] - De volta as origens

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Nos primeiros instantes em que aeronave que trazia a equipe de voluntários pousou no solo de Cinnabar, Joul, que naquele momento era observado por sua mãe, que assim como o filho havia se voluntariado para ajudar sua cidade natal, se mostrou imóvel e completamente atordoado, afinal de contas, depois de tudo o que acontecera, seu início de jornada e a tormenta que tomara conta de seu continente de origem, o rapaz procurava encontrar uma lógica para tudo o que acontecera. Sinceramente, mesmo estando ali como voluntário, uma decisão envolta completamente pelo frenesi ao saber que tudo que acontecia havia chegado ao final, o Terri ainda não tinha entendido como em uma passe de mágica o destino teria dado uma nova chance a Kanto e Johto.

Com a saída organizada dos voluntários da aeronave, Joul, que mantinha suas atenções voltadas para o chão metálico do transporte, foi trazido de volta a realidade por um leve gesto de carinho de sua mãe. May Terri, que por bons anos viveu na cidade de Slateport em Hoenn, sabia nitidamente o que acontecia com o filho, pois, curiosamente, o comportamento do rapaz era o mesmo de quando ele era criança e sua vida virava completamente do avesso com os problemas financeiros que de vez em quanto eles enfrentavam,  ou seja, a mulher sabia muito bem como lidar com as atitudes do filho. Mas, será que o jovem adulto ainda tinha o mesmo perfil da criança que crescera com a mãe naquela ilha?

Enfim, muitas questões poderiam assombrar tanto a mulher quanto a seu filho com aquele retorno a sua antiga cidade, porém, com uma leve troca de olhares carinhosos entre eles, ambos sabiam que não poderiam se apegar as tristezas que eles certamente se deparariam, afinal a ilha tinha grandes chances de ter sido destruída, e nem muito menos as lembranças de seu passado no lugar. Sendo este último fato, algo que ambos já haviam superado a muito tempo. O que, no fim, só viria a tona se eles não conseguissem lidar com o cenário que ambos estavam prestar a encontrar.

Agora,  com mãe e filho, de mãos dadas, seguindo silenciosamente para o exterior da aeronave, restava saber como Joul, que nunca fora muito bom em lidar com seus sentimentos, agiria diante da nova Cinnabar. Isso se os destroços, que eles certamente se deparariam, pudessem ainda ser chamados de cidade.

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Fazia um bom tempo desde as catástrofes que assolaram Kanto e Johto, grande parte delas sendo responsabilidade de Kyogre. Joul retornava à sua terra natal acompanhado de sua mãe, May Terri. Esta estava vivendo nos últimos tempos em Slateport, em Hoenn, por onde Joul realizou grandes aventuras e jornadas desde a saída da sua região natal.

O voluntariado era uma ótima forma de resgatar suas raízes e retornar um pouco de gratidão à terra que o criou. May conseguia enxergar a aflição no olhar do seu único filho, mesmo que o jovem acreditasse já ter se distanciado muito da criança que um dia foi uma mãe sempre conseguia captar as mais puras emoções de suas crias.

De mãos dadas eles desciam da aeronave, imaginando o cenário pós-apocalíptico que poderiam encontrar. Muitas vezes imaginamos que certos traumas e eventos já estão superados quando passamos muito tempo sem entrar em contato com eles, deixando-os vagar em nosso inconsciente. Contudo, muitas vezes, quando uma situação nos faz reviver de certa forma a experiência podemos resgatar uma memória eufórica que nos mostra que às vezes o trauma não está realmente superado ou ressignificado.

Antes mesmo que pudesse dar uma olhada na cidade, Joul e sua mãe eram encaminhados a um galpão onde uma tropa de Rangers trabalhava distribuindo materiais para os voluntários e passava as missões para estes também, para que pudessem se separar em grandes grupos. Assim que o treinador nativo de Cinnabar se aproximou do balcão principal, um Ranger de meia idade entregava em um papel timbrado pelas corporações Sienna e Silph a missão que lhe era delegada. Enquanto isso a mãe recebia instrumentos que pudessem ajudar naquele trabalho como martelos, pregos, cordas, redes e machados.

MISSÃO escreveu:

Objetivo: Desencalhe barcos.
Descrição: O aumento grandioso e inesperado das marés fez com que diversos barcos que foram abandonados na evacuação da região avançassem na encosta. Logo em seguida, a maré normalizou e, com isso, diversos barcos ficaram encalhados na areia. Precisamos de voluntários com muita força e técnica dispostos a desencalharem as embarcações


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Enquanto eram orientados pela equipe organizadora a seguir rumo a uma espécie de galpão, Joul, que não ousava erguer a cabeça para visualizar o pouco de Cinnabar que ele poderia observar dali, parecia lidar com flashbacks nada positivos de seu passado na ilha. Fato este que, para o treinador, era algo completamente inesperado e novo, pois, depois de todas as coisas boas que ele havia vivido junto de sua mãe e como treinador de pokémons, não havia motivo algum para se apegar a lembranças que, há muito tempo, o rapaz já havia eliminado de sua cabeça. Pelo menos era nisso que ele acreditava.

Durante alguns instantes, o Terri tentou distinguir as vozes que o rodeavam, como se, por algum motivo, ele quisesse encontrar alguma familiaridade que o tirasse daquele transe que havia tomado conta de sua mente. Contudo, imagens de sua saída as pressas de Kanto, o treinador estava em Vermillion quando tudo começou, junto de lembranças conturbadas de sua infância, pareciam distanciar Joul de seu proposito e afundava-o ainda mais naquele difícil momento.

Então, May, que vira o filho receber a missão da equipe ranger sem ao menos questionar alguma coisa, algo bem incomum para o rapaz, percebeu que não seria qualquer trabalho que ajudaria o filho a lidar com o momento que ele se encontrava. Ela, que segurava em uma das mãos os materiais disponibilizados para as intervenções, tratou de se aproximar do herdeiro para, com um abraço, sem qualquer introdução, transferir afeto e conforto ao jovem. O que, de certa forma, era o que Joul necessitava no momento, pois, sem titubear, o treinador retribuiu o gesto de sua mãe.

Estar entre os braços de sua progenitora fez com que uma faísca de discernimento acendesse no subconsciente de Joul e colocasse sua mente para trabalhar de forma racional. Sendo que isso, no fim, fez com que o treinador, que até aquele momento parecia completamente perdido em seus pensamentos, recobrasse sua sapiência e mostrasse aquilo que, até então, parecia adormecido no rapaz.

Ao final do abraço caloroso (o que o amor de uma mãe não pode fazer), Joul, com um sorriso levemente desconcertado, finalmente saíra daquela "bad" que ele se encontrava e, demonstrando compreender o que era necessário, uma nítida evolução a tudo o que fora observado naqueles primeiros minutos em terra, falou de forma calma e tranquila a May:

- Mãe, eu só tenho mesmo que te agradecer por tudo! Só a senhora para me conhecer tão bem e saber o que é necessário para me ajudar. - Dando alguns passos rumo a porta, ele continuou: - Contudo, acho que, se eu quero mesmo seguir como treinador ou qualquer outro lugar que eu queira chegar, eu vou mesmo precisar aprender a lidar com os fantasmas e medos que possam vir a me assombrar. Sendo assim, te agradeço muito, mas quero cumprir minha parte do voluntariado sozinho junto apenas de meus pokémons. Pode ser? - Concluiu Joul erguendo o papel ao alto como se quisesse depositar suas forças no que estava escrito nele.

Curiosamente May não falara nada ao filho, apenas sorrira e, depois de dar-lhe um beijo no rosto, a mulher entregou ao filho o kit de reparo e acenou com a cabeça em aprovação a decisão dele. Daí, ela com um olhar efetuoso, saiu da companhia do filho rumo a mesa onde as tarefas eram entregue, rapidamente se juntou a um grupo de outras mulheres que pareciam determinadas a cumprir uma tarefa lhes fora designada.

Enfim, sozinho, Joul, com um coração palpitante de forma acelerada, seguiu rumo a entrada do galpão visando avançar pelas ruas de Cinnabar rumo a praia, lugar que lhe trazia tantas boas memórias. Agora, restava saber como seria vivido aquele momento pelo nitidamente atormentado herdeiro dos Terri.

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Um mix de emoções preenchiam o coração e mente de Joul, era uma relação bastante ambígua aquela que ele tinha com sua cidade natal. Apesar de ter raízes ali e colher boas memórias acerca do seu crescimento e conquistas iniciadas ali, como por exemplo, o relacionamento com o líder de ginásio Blaine, ele também tinha que lidar com espécies de pesadelos e recordações pesadas para ele. Entre tais recordações estavam momentos em que ele e sua mãe sozinhos tiveram que enfrentar adversidades financeiras e, algumas vezes, chegaram inclusive a passarem fome! Terri acreditava que por ter superado tais momentos aquelas histórias e memórias não mais o perseguiriam nem ressurgiriam na sua mente, mas era inegável que um gatilho como aquele era mais do que capaz de provar o contrário para ele.

Como já dito, a sensibilidade de uma mãe com os sentimentos de um filho era realmente algo mágico. Ao simplesmente observar o semblante e o silêncio de sua cria, May sabia que a mente de Joul estava enfrentando um turbilhão de pensamentos que o atormentassem. Um abraço caloroso entre eles foi trocado, talvez fazia tempo que uma demonstração de afeto como aquela era feita entre os dois. Se Joul tivesse menos dificuldade em expressar sua emoção, talvez até lágrimas rolassem ali, mas as suas atitudes era mais do que suficiente para demonstrar a gratidão que sentia por sua progenitora, especialmente pelos momentos conturbados que eles compartilharam durante a infância e adolescência. Pode ser que aquele retorno à Cinnabar pudesse também trazer à tona questionamentos acerca do seu pai desconhecido, assunto que raramente era tocado.

- "Filho..." - A mulher apenas pensava, segurando a emoção, com os olhos marejados repletos de orgulho do filho, mas também com a tristeza em entrar novamente em contato com um passado difícil diante da destruída Cinnabar. Ela se despedia com um beijo no rosto e entregando as ferramentas, provavelmente após sair do galpão do voluntariado passaria onde é, ou era, sua casa na ilha. Quem sabe Joul também não dava uma passada por lá depois? Se a mulher tivesse se expressado com certeza teria dito que não havia o que agradecer, afinal, ela só sentia orgulho de seu filho e torcia para que tivesse cumprido bem seu papel de mãe.

Definitivamente era através de como lidamos com sentimentos negativos que a evolução florescia pouco a pouco dentro de cada uma de nós. Afinal, independente de onde ou como estivermos, nossa mente sempre está pronta para trazer novos desafios mentais a serem enfrentados. No caso do desafio físico e real que Terri enfrentaria ali é de ver a sua cidade completamente destruída.

Ao sair do galpão ele via as vias públicas de Cinnabar completamente molhadas, alguns lugares ainda estavam inundados, sendo possível ver carros e outro automóveis consideravelmente submersos nas enchentes das áreas mais baixas da cidade. A grande maioria das casas estava destruída, algumas em estados mais graves, outras com apenas alguns muros caídos e janelas quebradas. Outras casas estavam destelhadas, provavelmente resultado dos fortes ventos que assolaram a região. Ainda tinha muito pra ver por ali e um nó na garganta já podia completamente ser sentido. O caminho até a praia seria mais longo do que nunca.

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Não demorou muito para que uma angustia tomasse conta de Joul e fizesse com que o rapaz ficasse com a respiração forçada como se algo estivesse prendendo suas vias respiratórias. Isso, porquê, com o avançar pelas ruas de sua cidade natal, o treinador, que no primeiro momento acreditou que conseguiria lidar bem com o que poderia vir a encontrar, estava nitidamente assombrado com a situação pós-desastre de Cinnabar. O que, querendo ou não, mesmo com toda a sua imaginação, não havia sido vislumbrada na magnitude que deveria.

A cada passo por aqueles cenários de destruição, Joul sentia a respiração ficar ainda mais forçada e sua mente se prender em memórias boas e, em muitos momentos, em lembranças desagradáveis de seu passado na ilha. Sendo que a soma destes fatores causavam, inesperadamente, um mix de vertigem e náuseas no aspirante a mestre pokémon.

Então, ciente de que se manter sozinho ali não seria a melhor decisão, o que ia contrário a fala dita por ele a sua mãe, o jovem resolveu que o melhor a se fazer era tratar alguma coisa que, de alguma forma, redirecionasse suas atenções. Assim, sem pensar muito a respeito, Joul sacou duas pokébolas do bolso e, com movimentos rápidos, trouxe Fletchinder e Grovyle para junto a ele.

- Pessoal, preciso da ajuda de vocês... - E depois de uma respirada profunda, que nitidamente fora percebida por seus pokémons, ele prosseguiu: - Fletch avance pelos céus da ilha e tente encontrar um caminho mais rápido que nos leve a praia. Quanto a você Grovyle, peço que me ajude a encontrar mais cordas, elasticos ou qualquer outra coisa que nos ajude a arrastar as coisas. Acho que o que recebemos dos ranger não será o suficiente. - Concluira ele enquanto observa os materiais que ele trazia consigo.



Não demorou para que a dupla partisse rumo a missão recebido, Joul, que se atentava as movimentações da dupla, o  que, querendo ou não desvia sua atenção, rapidamente retirara uma nova esfera e, com um movimento leve com o punho, trouxe Phantump para junto a ele.

- Phan flutue a meu lado por favor, vamos nos fazer companhia...

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Grovyle, Fletchinder e Phantump eram recrutados para fazer companhia para Joul em sua caminhada, especialmente frente ao misto de emoções negativas que o treinador estava carregando. Ele aproveitou o ensejo para também solicitar ajuda de dois de seus Pokémons no início da missão.

Dizem por aí que os Pokémons são uma espécie de espelho de seu treinador e, aparentemente, aquilo tinha um fundo de verdade vide que os monstrinhos sentiam a respiração pesada de Joul e se contaminavam pela energia pesada e lamentável daquele local destruído.

Apesar das chuvas intensas terem cessado, o céu azul estava ainda bastante coberto por nuvens e o sol pouco podia ser visto. Terri caminhava desviando das poças de água mais fundas para não molhar seus calçados. Phantump era uma boa companhia e flutuava atento ao lado de seu treinador. Eles acabavam por passar pelo Centro Pokémon que estava um caco: o teto de vidro avermelhado estava cheio de buracos, uma das paredes laterais estava derrubada expondo assim o balcão completamente sujo e cheio de entulho onde tempos atrás uma enfermeira Joy atendia os treinadores.

Além de toda a água, lama e sujeira, Joul podia notar um ou outro Pokémon assustado por ali nos becos. Era difícil identificá-los na penumbra entre os prédios. Fletchinder voava em direção ao vulcão inativo da ilha, ao norte de onde eles se encontravam, aparentemente a praia ficava por ali. Tanto tempo longe que Joul já não se encontrava muito bem por ali, será que ainda lhe restava algum sentimento de pertencimento? Grovyle, por sua vez, começava sua busca procurando algum material que ajudasse na missão de desencalhar barcos, mas até onde eles andaram parecia tudo fúnebre e vazio, só escombros. Enquanto seguiam o pássaro o grupo notou uma construção bastante degradada como as outras, o letreiro parcialmente destruído e sem luz indicava que ali era anteriormente uma espécie de mercearia pequena. Seria uma boa ideia dar uma olhada no local antes de prosseguir?

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A companhia do trio de pokémons se mostrou bastante eficaz na ajuda a Joul a se desprender das más lembranças que o atormentavam, pois, com aquela decisão, o rapaz precisava acompanhar a movimentação individual do trio e como cada um lidava com as orientações recebidas, mesmo que no caso de Phantump fosse apenas acompanhar o jovem treinador. E, graças a isso, a sensação de desconforto e mal estar que acompanhavam o Terri, desde sua decida da nave, parecia enfim estar dando uma folga ao jovem até então desnorteado.

Embora o resultado de sua ação estivesse dando bons frutos, ao se deparar com o estado lastimável do centro pokémon da cidade, Joul começara a sentir novamente aquelas más sensações e teve que parar por alguns instantes. Daí, depois de esfregar a face com ambas as mãos, como se de alguma maneira ele quisesse acordar do pesadelo que ele se via, o rapaz se deu conta que precisaria, de uma vez por todas, enfrentar aqueles temores e procurar um caminho para conviver com suas aflições. Sim, o treinador sabia que isso era óbvio e precisava ser feito desde o começo, porém não é nada fácil enfrentar seus medos, angustia e decepções, principalmente quando todos eles aparecessem no mesmo momento.

Então, depois de respirar por alguns minutos de forma lenta e compassada, o Terri voltou a caminhar enquanto refletia silenciosamente o estado atual que ele se encontrava. Phantump parecia entender a necessidade de seu mestre pokémon, mesmo com todo o seu perfil desatento, e flutuava próximo a cabeça de Joul usando suas pequenas mãos fantasmagóricas para acariciar os cabelos do rapaz. Tanto Fletchinder quanto Grovyle também haviam capitado a energia emitida pelo jovem, mas ambos se mantinham focados em suas atividades, como se, de certa, eles quisessem alcançar bons resultados para animar Joul.

De repente, um novo flashback, mostrando um garotinho que olhava atentamente para as portas de um lugar enquanto sentia uma dor forte abdominal, tomara a cabeça de Joul no momento  em que ele, depois de ultrapassar as delimitações do centro pokémon, atravessara a frente de uma espécie de mercearia. Assim, parando frente a frente onde anteriormente existia a porta do estabelecimento, o treinador sentia que precisava adentrar ao lugar.

Enfim, ciente do que precisava fazer, o jovem, de uma forma até silenciosa, avisou Fletchinder e Grovyle que iria entrar ao lugar e convidou a dupla para que o acompanhasse, tudo com sinais de cabeça e aceno de mãos, já Phantump, que ainda flutuava perto dele, nem precisou de sinal algum para saber o que viria a acontecer. Agora, resta saber como Joul se comportará no interior do destruído lugar.

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Pelo visto aquele estabelecimento comercial poderia ser já conhecido de Joul. Antes de adentrar o recinto ele teve uma espécie de flashback em que ele se via como criança com dor de barriga prestes a entrar na loja, em quais circunstância teria o garoto vivido aquele instante anos atrás?

De qualquer forma, o grupo entrava ali sem grandes dificuldades, os vidros da janelas estavam todos quebrados pelos fortes ventos e as portas metálicas estavam completamente amassadas provavelmente por destroços que se chocaram contra ela durante fortes vendavais. Ele entrava esguio pela lateral da lataria que estava entreaberta, precisando apenas forçar um pouco com seu corpo para se enfiar ali.

Lá dentro o rapaz encontrou um imóvel de tamanho médio e escuro, como toda a cidade que ainda estava sem eletricidade. A bagunça era típica de cena de filmes de terror: um local abandonado com sacos de grãos rasgados e espalhados pelo chão, frutos e verduras podres causando um cheiro um tanto desagradável, geladeira com alguns mantimentos estragados e diversos produtos enlatados e em vidros fora da data de validade e alguns quebrados pelo chão fazendo uma bagunça considerável. Ao fundo do estabelecimento Joul encontrava mais algumas cordas e um grande serrote, talvez fossem materiais que o ajudariam em sua missão, era melhor pegá-los e os Pokémons o ajudariam a carregar.

Segundo as informações de Fletchinder a praia não estava muito longe dali. O jovem iria explorar um pouco mais a mercearia e as supostas memórias que aquele lugar pudessem lhe trazer ou caminharia logo para uma das praias da ilha para ver o tamanho do estrago e quantos barcos estavam encalhados?

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Logo nos primeiros minutos no interior do lugar, o grupo liderado por Joul rapidamente se deparou com algumas cordas e um serrote, levemente enferrujado, em meio a toda aquela destruição. Contudo, o que mais chamara a atenção do jovem Terri, enquanto ele apontava para os materiais e via Grovyle e Phantump tratando de recolhê-los, eram as lembranças, que naquele momento pareciam muito mais claras, de uma vez, há muito anos atrás, onde o pequeno Joul entrara no interior do estabelecimento, com uma forma dor na região abdominal, e ficava a observar todas as pessoas que ali dentro estavam.

Diferentemente do que muitos poderiam pensar, como se tudo começasse a fazer sentido, Joul, que naquele momento andava desnorteado pelo interior da mercearia, como se estivesse a reconhecer o cenário, percebeu que a dor que ele criança sentia naquele época era algo bem pior que ele poderia imaginar. Ficava nítido na mente do treinador que a fome era o que motivava aquele mal estar estomacal, tudo graças a um período de resseção enfrentado por Cinnabar com a diminuição do turismo local. O que impactou fortemente o comércio ambulante da cidade, principal fonte de renda de May e Joul naquele época.

Embora tenha uma lagrima escorrido de sua face, o rapaz rapidamente se recordou do que acontecera naquele dia. Fora justamente no interior daquele estabelecimento que a compaixão da população de Cinnabar agiu na vida de Joul.

O motivo para ele, ainda criança, ter entrado no interior da mercearia fora simples, vizinhos, amigos e pessoas próximas haviam feito uma "vaquinha" e mantimento eram disponibilizados a May e ao pequeno Joul. Estava nítido para o Terri a imagem de sua mãe próxima ao balcão recolhendo os alimentos enquanto o faminto garotinho esperava por ela...



Então, com um sorriso na face, percebendo que existia ainda mais motivos para ele ajudar sua terra natal, Joul tratou de falar a seus pokémons. Fato que até surpreendeu o trio:

- Pessoal, bora parar de enrolar? Temos uma cidade para ajudar!! - Falara Joul enquanto um sorriso sincero tomava conta de sua face e ele se dirigia para fora do estabelecimento rumo a praia.

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As memórias de Joul em relação àquele lugar novamente eram confusas no tocante à mistura de sentimentos: ele recordava de um momento árduo de sua família, quando os negócios não iam bem e a questão econômica chegou a tal gravidade que ele e sua mãe acabaram por ficar sem alimentos. Entretanto, aquela lembrança lhe trazia também um sentimento mais quente, o da gratidão. Gratidão por se lembrar dos moradores dali que se preocupavam com eles e eram caridosos o suficiente para doarem mantimentos para sua pequena família. Definitivamente se sentir grato por aquele povoado da ilha era uma motivação e tanto para se voluntariar a reconstruir o local.

Com as poucas lágrimas já secas, o rapaz e seus Pokémons carregaram todos os itens que podiam em direção à praia que ficava ao norte dali, bem ao lado do vulcão inativo. Fletchinder indicava o caminho, afinal, há anos Joul não pisava ali e toda a destruição deixavam seus instintos de localização confusos. Não demorou muito para que eles chegassem na maior praia da ilha. Lá o jovem encontrou outros grupos de treinadores e Pokémons sendo voluntários em tarefas similares à sua. Aquela praia tinha alguns poucos quilômetros de extensão e abrigava os portos da cidade: tanto aqueles que traziam cargas, as navegações turísticas e as de uso pessoal para lazer ou pesca.

Um Ranger estava coordenando o voluntariado por ali e logo abordou Joul para passar mais algumas instruções e orientá-lo.

- Olá! Estamos dividindo a extensão da praia entre os treinadores para retirar todos essas embarcações encalhadas e devolverem ao mar em segurança. - Ele apontava para um porto simples que fora construído ali perto de onde eles estavam, era onde os barcos e navios deviam "estacionar". - Você ficará responsável por esses 300 metros que estão demarcados como você pode ver. Boa sorte!

Joul recebia as instruções observando que existiam cerca de 10 embarcações por ali. Algumas pequenas como canoas e barcos, umas perto do mar e outra mais afundadas na areia. Existia também algumas lanchas de luxo bastante destruídas, um navio turístico mediano e o que provavelmente seria o mais desafio: um consideravelmente grande navio cargueiro que estava muitos metros adentro da praia, demandaria bastante esforço e técnica da equipe. Por onde o garoto iria começar? Embarcações menores ou maiores? As mais próximas ou mais longe da água?

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