003 - VOLANT

Apesar dos esforços que eram feitos pelo grupo, aparentemente ninguém havia conseguido de fato cativar o a ave, o que os deixava um pouco inibidos pela forma com que as pessoas ao seu redor lhe olhavam. Sendo assim, a garota de cabelos rosados, mesmo não tendo entendido a mensagem de Arthur, que ficava chateado com isso, tentava se aproximar, mais uma vez exprimindo uma abordagem pacífica, amigável e um tanto nervosa também.

Há poucos passos da ave, ela simplesmente tratou de abrir os olhos e começar a encarar Karen como se estivesse tentando adivinhar o que ela pretendia com tudo aquilo. Então, a ave grunhiu como se indicasse tal coisa.

- O que diabos vocês estão tentando fazer com o meu Swellow? – Indagou uma voz que surgiu do nada. Apesar de inquisitiva, a voz não parecia ameaçadora.

O dono da voz vinha andando calmamente na direção deles, aos poucos revelando aparência. Sua pele era caucasiana, esbanjando cabelos bagunçados que lhe caiam sobre a testa como uma franja inclinada para a direita. Olhos eram castanhos, enquanto os lábios eram de um leve tom rosáceo. Já sua vestem constituíam de uma longa camisa marrom, um longo cachecol em tons mais claros que o de sua camisa e se estendia até sua cintura após a volta em seu pescoço. Trajava uma calça de couro preta e botas. Por fim, mas não menos importante, uma jaqueta azulada com detalhes prateados e alaranjados se colocava por cima de suas vestes. Tal jaqueta detinha a gola levantada, dando-lhe um ar de badass.

- Hein? – Indagou mais uma vez, curioso.

Como os irmãos reagiriam?

Mediante a aparição do outro jovem peculiar que se dizia dono da ave, a dupla de irmãos tentava se desculpar, explicando toda a situações e explicando suas necessidades. Então, o jovem fez uma expressão de surpresa na face e, sem seguida, tornara para sua habitual carranca calma.

- Hmm... – Emitiu pensativo. – Tudo bem então. Sou Stinger. – Se apresentou enquanto retornava a ave para sua esfera. – Bom... Se estão querendo um Swellow para voarem, o melhor seria procurar na floresta ou até mesmo buscar ajuda numa agência de voo. Tem uma não muito longe daqui. – Aconselhou. Em seguida parou pensativo. – Eu até poderia ajudar, mas tenho que cumprir uma missão na floresta. Então, boa sorte.

Dito isso, o jovem continuou seu caminho em direção a escada por onde Karen havia subido ali. Se quisesse algo mais ou uma dica, a jovem poderia alcançá-lo.

- Aliás, bonito Passimian. – Elogiou enquanto já estava de costas, revelando uma estrela prateada nas costas de sua jaqueta.

Então, já que não tinham ideia de como chegar na agência de voo, os jovens irmãos decidiam perguntar ao garoto Stinger, algo que era tomada a iniciativa por meio de Karemachena, se aproximando e cutucando o jovem. Em resposta a isso, o garoto se recolhera, como se houvesse levado um susto e voltou sua atenção para a garota, passando a encará-la.

- Bom... Não é longe daqui. – Proferiu. – Logo aqui embaixo. Da última vez que passei por lá tinha um palhaço fazendo propaganda para eles. – Revelou e, após um suspiro, continuou. – Eles cobram uma taxa um pouco alta demais. 1.000 Pk$ pelo aconselhamento em pegar um Pokémon que já permita voar. Eles não vão fazer o serviço de captura, apenas indicar como fazer. Dar dicas e etc. Alguma outra dúvida?

Dito isso, Stinger voltou suas mãos aos seus bolsos como se esperasse alguma posição dos irmãos. Apesar de extremamente carrancudo, até que ele estava sendo gentil.

Nitidamente o grande Okido se mostrava ofendido com o preço que tal agência cobrava para auxiliar na captura de um Pokémon voador e, após uma leve discussão com Karen, ficava decidido que os irmãos iriam tentar verificar que tipo de serviço era aquele antes de tomar quaisquer decisões. Sendo assim, a ação óbvia seria pedir conselhos para o outro treinador ali, Stinger.

- Bom... Pra ser sincero? Não. É um serviço que só vale a pena para treinadores realmente iniciantes, daqueles que acabaram de receber o primeiro Pokémon. – Explicou. Depois parou, pensativo, suspirando ao fim enquanto fechava os olhos. – Mas já que vocês querem tanto, vamos lá. Dou uma força a vocês. E como estou indo para uma missão, só preciso saber se vocês tem o mínimo de conhecimento para se defender caso algo ocorra antes da captura. – Tentou explicar sua condição. – Um simples combate em dupla, topam? É a única coisa que possa fazer e eu... Bom, estou com um pouco de pressa.

Os irmãos aceitariam a condição da ajuda que Stinger oferecia? No fim era melhor que gastar todo aquele dinheiro.

Apesar do nervosismo que parecia assolar a jovem de cabelos rosados, com o incentivo de seu irmão e seu parceiro Arthur, conseguia tomar coragem e aceitar a proposta do jovem estranho que saia oferecendo ajuda e batalhas. De certa forma, parecia uma proposta interessante. Só precisava passar no “teste” para conseguir ajuda.

- Então, tudo bem... Me sigam. – Pediu Stinger.

Logo, então desceram pela escada que contornava o grande carvalho, voltando as ruas e seguindo em direção a uma das ruas que levavam ao parque da cidade, muito próximo da floresta. No caminho, haviam passado mais uma vez pelo palhaço que fazia o anúncio da agência, a qual Stinger indicava como a qual se referia.

Dentro de ínfimos minutos se encontravam no parque, sendo orientados a seguir para um pequeno local de batalha no qual não havia piso, somente areia batida e com a delimitações marcadas com tinta branca. Ali, Stinger se posicionou no lado oposto o dos irmãos e puxou duas esferas de seu casaco.

- Bom, estão prontos? – Indagou, deixando as esferas se abrirem e revelarem duas criaturas escorpião. Uma era do tipo terrestre voador e a outra era venenosa. - Pode começar quando quiser. – Orientou.